Capítulo IX - Um bandido dentro da mansão (parte I)
Chapolin: “Boa tarde”.
Bandido: “Boa tarde”.
Chapolin: “E você é o culpado por permitir isso”.
Bandido: “O que? Do que você está falando?”.
Chapolin: “Da tua filha! Olha só, gasta tanto dinheiro
comprando brinquedos e roupas para ela que não tem dinheiro para comprar umas
roupas novas. E outra coisa, esse tipo de brinquedo não é bom para ela!”.
Chapolin pega nas mãos o revólver do bandido, assim o
desarmando.
Chapolin: “Não, não, não! Olha, se por um lado é muito bom
tratar as crianças com carinho e com ternura, por outro lado é preciso saber
trata-las com autoridade, ouviu, porque...”.
O bandido, ao ver que Chapolin virou as costas, tenta acertar
uma pancada na cabeça dele, mas o Chapolin vira antes disso e assim o bandido
desiste de aplicar o golpe.
Chapolin: “Olha, aqui nessa mansão não há nenhum ladrão.
Então não adianta inventar que tem um bandido que entra nas casas por ai para
roubar os brinquedos e as roupas. Você não acha isso certo?”.
Bandido: “Não, não”.
Chloé e Sabrina, cujas vozes exalam desespero e medo, tentam
falar com a mãe sobre a presença de um bandido na mansão. Mas Audrey continua
mais preocupada com o que acontece em Nova York que no local em que se
encontra. E assim demonstrando indiferença com que acontece com a filha e a
fiel escudeira dela.
Chloé: “Mamãe, tem um bandido na mansão!”.
Sabrina: “E ele está armado com um revólver!”.
Audrey: “Não vá que eu estou ocupada com meus afazeres,
Claudette?”.
Como viu que a mãe estava mais preocupada com o que
acontecia em Nova York que na própria mansão e o pai estava fora de casa, à
Chloé e Sabrina não restou alternativa a não ser chamar o mordomo d’Agencourt
para falar que há um ladrão na área exterior da mansão.
Sabrina: “Olha lá, é o Chapolin Colorado!”.
Chloé: “O esquisitão tá dando um jeito no bandido!”.
Chapolin: “Esse brinquedo não é adequado para uma criança”.
D’Agencourt: “Chapolin, esse não é o pai da Chloé”.
Chapolin: “Então essa que é a verdade. Então você se enganou
completamente se acha que pode ganhar o carinho de uma criança com brinquedos,
e muito menos brinquedos como este”.
Chapolin dá uma olhada na arma que tem em mãos, estranha ao
ver o que tem em mãos, diz ela que é muito bem feita e que parece verdadeira. E
então efetua um disparo no chão. Todos, incluindo Chapolin e o bandido, se
assustam com o barulho do disparo. Chapolin conclui que o que ele tem em mãos é
uma arma de verdade.
D’Agencourt: “Sim, e o bandido idem. Aonde ele foi?”.
Sabrina: “Ele pulou para a rua, sem nem tocar no muro”.
Chapolin: “Esperem, esperem. Querem dizer que era um
autêntico bandido?”.
D’Agencourt: “Sim, isso mesmo”.
Chapolin: “Quer dizer então que eu arrisquei a minha pele ao
lhe tirar a arma”.
Chloé: “Sim, como você é valente, projeto mal feito e
inacabado de Kamen Rider”.
Ao ser chamado dessa forma pela loira oxigenada, Chapolin
obviamente se irrita e quase perde as estribeiras com ela.
Chapolin: “Como ousa dizer que sou um projeto mal feito de
Kamen Rider, hein Chloé?”.
Chloé: “Essa tua roupa sabe, com essas anteninhas, as
asinhas nas costas, até parece o Kamen Rider, só que sem uma armadura metálica.
Não esquenta Chapolin, estava só brincando”.
Chapolin: “Hein, olha lá garota, olha lá hein, cuidado com a
tua boca, pois como diz o ditado, o peixe morre pelos olhos... não o peixe
morre pela barbatana... não, morre pela boca... ou será que é pela língua? Bom
o que importa é que você deve ter entendido o que eu disse, né?”.
Chloé: “Sim Chapolin”.
Chapolin: “E saiba de uma coisa garota, o Kamen Rider é meu
amigo, ele e eu nos conhecemos de longa data de quando estive no Japão uma vez
e periodicamente nós conversamos entre si. Ele me conta sobre o que acontece no
Japão e eu sobre o que acontece no México. E tem mais: o meu visual pode não
ser uma coisa ‘ai minha nossa, mas que visual incrível o Chapolin tem’, mas
vocês sabem o que eu estou dizendo né?”.
Sabrina: “Sim, Chapolin. Entendemos muito bem o que você
disse, mas você não acha que o bandido ainda assim pode voltar?”.
D’Agencourt: “Talvez para reaver a arma perdida”.
Chapolin concorda com Sabrina e o mordomo d’Agencourt.
Chloé: “Mas tenho certeza que a hora que quando voltar ele
vai tomar uma surra que jamais se esquecerá, né Chapolin?”.
Chapolin responde com um sim, um tanto a contragosto e joga
o revólver próximo ao jardim da mansão. Até que de repente as antenas de vinil
do herói mexicano começam a acusar a presença do inimigo. Para ver se encontra
o inimigo, ele vai até o topo do escorregador. E enquanto Chapolin ainda está
no topo do escorregador, o senhor Bourgeois chega, trazendo um novo barquinho,
que leva Chloé e Sabrina à alegria.
André: “Filha, Sabrina! Vejam só o que eu trouxe! Um
barquinho novo para vocês brincarem na piscina! Tenho certeza que vocês vão
adorar”.
Chloé: “Um barco novo, puxa que lindo!”.
Sabrina: “Ai, mas como é lindo esse barco. Combina
direitinho com a piscina, né Chloé?”.
Chloé: “Sim Sabrina”.
Sabrina: “E vamos brincar muito de batalha naval, cruzeiro e
tudo mais, né?”.
Chloé: “Sim”.
Sabrina: “Monsieur D’Agencourt, olha só o barquinho novo,
como ele é lindo!”.
D’Agencourt (demonstrando certa indiferença na voz): “Sim,
já vi Sabrina”.
Do alto do escorregador, Chapolin cai, e sem querer querendo
atinge e derruba o senhor Bourgeois na piscina, bem quando este colocou o barco
novo na piscina. Ao ver que seu patrão está na água, D’Agencourt vai salvá-lo.
D’Agencourt: “Por que você está sempre no lugar errado e na
hora errada, monsieur Bourgeois? Vem que te ajudo!”.
André: “Deixe comigo, que sei me virar”.
Chapolin: “E isso foi unicamente para que aprenda a educar
melhor a sua filha”.
Sabrina: “Chapolin Colorado, você deu um fim no bandido
mesmo?”.
Chapolin: “Sim, dei um susto que ele não irá esquecer tão
cedo”.
1 Comentários
Comparar o Chapolin com o Kamen Rider foi o ponto alto de episódio.
ResponderExcluirKkkkkkkkkkkk
Essa foi ótima !
Só poderia sair da cabeça de vento da Chloé kkķkkk.
Muito bom !
Mas , o ladrão fugiu e o Chapolin deixou a arma dele fácil...
Isso vai dar encrenca !