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Kamen Rider Kuuga - Episódio Final - Infecção!

Nota do autor:

Salve pessoal, tudo beleza? É com muito orgulho que recebo a grata missão de ser o primeiro a publicar e assim, inaugurar nosso Desafio Tokusatsu Z, onde fomos convidados a pegarmos personagens Tokusatsu e jogá-los em uma situação de Apocalipse Zumbi. Como bem diz nosso amigo Norberto Silva, o que faria Patrine se por acaso acordasse um dia e encontrasse seus pais zumbificados na cozinha? E Lionman dando de cara com aldeões putrefatos? E personagens queridos como Jaspion, Jiraiya, Changeman entre outros? Essa é a proposta do Tokusatsu Z, um desafio de escrita para abrirmos nossos horizontes e aumentarmos nossa capacidade de criação e de narrativa para permitirmos os surgimento de novos grandes trabalhos!

É com muito prazer que trago até vocês a minha narrativa, sobre um dos meus personagens preferidos e como ele reagirá ao tentar retornar para casa após cumprida sua missão e encontrar tal pesadelo! Espero que curtam e se ainda não preparou o seu trabalho para o Tokusatsu Z, tenha toda certeza, ainda tá em tempo! Corre lá e mostra pra gente como você acredita que seu personagem tokusatsu favorito se comportaria em um Apocalipse Zumbi! Boa leitura a todos!

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Seis meses se passaram desde a tristeza do combate entre Daguba e ele... Muitas praias, muitos vilarejos, muitos sorrisos pelo mundo a fora que ele buscou e conheceu apenas como um andarilho... As estrelas e o firmamento foram seu telhado pela maioria das noites nestes meses, mas ele compreendeu que a vida neste mundo, infelizmente, ainda era mais de tristezas mesmo que iluminada em vários momentos pelos preciosos sorrisos... Que muitas pessoas ainda se sentiam melhor ao causar dor do que ao proporcionar risadas e que a ira ao ver esse tipo de seres viventes a agir, poderia levar a algo pior, algo que seria o próprio causador dessa tristeza... Ele se aproximava neste momento do porto de Boseongsa, Coreia do Sul... Eram aproximadamente 21:00hs e os arbustos próximos do porto, dariam um bom lugar para dormir... Ele se senta, abre sua mochila e retira de lá os alimentos que recebeu da senhora para a qual trabalhou na fruteira, centro de Nam-Gu... Esteve lá por duas semanas enquanto seu esposo, proprietário do comércio, se recuperava de uma cirurgia no hospital... Muitas iguarias ali estavam como maçãs, bananas e alguns sucos, o que para ele em sua simplicidade, era um verdadeiro banquete... Ele comeu e se recostou para descansar usando a mochila como travesseiro, esperando no dia seguinte conseguir algum serviço em algum navio para chegar ao território japonês após seis meses e reencontrar aqueles que deixou para trás sem sequer um adeus... Ele relembra momentos de sua trajetória antes do embate final... Das alegrias, das tristezas, das mortes e das pessoas que ficaram a chorar por quem foi tirado deles... Ainda era incompreensível para ele a satisfação em tirar vidas e causar dor e nem mesmo seus dias viajando por outras terras conseguiu explicar-lhe tais capacidades de algumas pessoas... O sono chega, ele adormece e a noite passa como uma leve brisa soprando seu rosto...

Dia seguinte, os primeiros raios de sol o acordam... Seu rosto estava umedecido do orvalho... A brisa devia ter jogado pó em seu rosto pois ao passar a mão pelo mesmo, o orvalho ficou marrom e ele rindo, imaginou como estaria seu rosto. Se ergueu então, partindo para o espaço do porto para iniciar sua busca por retorno para casa. O banheiro da loja de conveniência serviu pra sua higiene pessoal e então ele seguiu para o local do estaleiro onde haviam ofertas de trabalho nos navios... Por várias horas ele buscou algum navio que fosse para o Japão, mas todos que partiriam para lá não precisavam de funcionários... Era de se esperar ele cogitava, afinal os japoneses são muito meticulosos com seus trabalhos e chegar em um porto com funcionários faltando não seria algo feito por alguém que se preocupasse com a cobrança da sociedade japonesa... Ele depois de muitas horas em pé, busca por um banco e se recosta um pouco pensando em como encontrar uma saída para seu dilema... Alguns minutos bastam para a sorte sorrir-lhe, pois conseguiu ouvir seu idioma sendo falado e ainda, comentando sobre algo que possibilitaria a ele empreender seu retorno ao lar... 

Dois homens com traços orientais e uniformes comuns à navios comerciais japoneses passavam há alguns metros de distância e dialogavam: 
" – Então ele decidiu ficar aqui visto que segundo ele a epidemia estava grande em sua cidade...” O outro acenava preocupado com a cabeça, indagando: 
“– Não vi falar desta tal epidemia ainda, o governo teria notificado...” O homem que havia falado anteriormente, franzindo um pouco o cenho discorda, alegando: 
“– Na descrição dele, o governo está agindo na cidade mas não permite veicular a notícia... Por isso ele veio para cá onde parte de sua família reside já e não irá voltar...” O segundo homem então com olhar preocupado exclama: 
“– E pode voltar sem ele?” O homem que iniciou a conversa faz uma careta e complementa um tanto preocupado: 
“– Seria prejudicar os demais da tripulação e exigir que trabalhem por ele, mas me recuso a ter estrangeiros em minha tripulação...” O segundo balança a cabeça como se concordando e então escutam a inusitada frase: “– Eu sou japonês. Posso resolver seu problema e em troca sequer quero dinheiro, apenas uma carona... Aqui meu cartão!” E alcança ao que supostamente era o capitão do barco, sua antiga e conhecida apresentação:
O capitão assim que lê o cartão, faz uma cara de desprezo e entrega o cartão de volta saindo do local, mas foi acompanhado pelo insistente jovem que ao final do dia, estava com o uniforme do navio e lavando o convés com grande sorriso ao rosto... Iria para o Japão e iria rever aqueles que eram importantes para ele... Ele observa o horizonte, sorri um pouco se imaginando em casa dentro de pouco tempo, e então toma um tapa na nuca que o trouxe de volta a realidade! O capitão o observava matando tempo, sorrindo debruçado na vassoura, o que o fez se desculpar com seu sorriso debochado de sempre e se dedicar a limpeza do convés uma vez mais... Após o destino cruel que o colocou contra os Grongi, ele uma vez mais estava em vias de pisar em solo japonês, mas enquanto limpava, ainda estranhava um pouco a conversa que ouvira horas antes... Existiria uma epidemia no Japão? E o governo estaria ocultando isso da população porque motivo? Se houvesse algo assim, Ichijou teria as respostas e ele encontraria com ele tão logo fosse possível. Godai se dedica a garantir sua passagem de volta pra casa e seu retorno após seis meses se iniciaria naquela noite!

A noite cai, 19hs eram agora, Godai Yusuke se debruça sobre as varandas do gigantesco navio e observa o mesmo iniciando seu movimento... Aos poucos o imenso transporte vai deixando o local e se afastando do porto enquanto o jovem observa a cidade se tornar menor a cada minuto que passa... Ele se prepara para voltar ao trabalho quando uma explosão é vista no porto deixado para trás... Godai se impressiona e busca por um binóculo... Muitos correm para a borda do navio para olhar e eis que o capitão surge na ponte de comando observando também... Estavam longe, não dava para definir o que acontecia, mas haviam tiros, correria e explosões acontecendo... Se ouviam sirenes de ambulâncias ou bombeiros, talvez da polícia, não era possível definir... Godai corre em direção a ponte de comando e tenta interceder com o capitão:
Godai“ – Precisamos voltar, eles precisam de ajuda!” O capitão o observa com olhar reprovador, uma expressão bastante zangada e o adverte:
Capitão“– Aquilo é a Coréia do Sul... Ninguém intervém nos assuntos deles... Se algo está acontecendo, somente eles resolvem... Não iremos voltar!” O jovem na tentativa de contornar a situação ainda insiste:
Godai“– Mas capitão, eles podem...” O comandante do navio avança até o jovem o encarando seriamente encerrando o assunto:
Capitão“– O navio segue em frente... Se quiser ir, se atire ao mar e volte a nado, mas tenha certeza que não estarei esperando seu retorno!” O oficial se retira do local deixando o desolado jovem para trás... Godai engole em seco as palavras e o fato de que não poderia (e não deveria) voltar ao porto... Seu ímpeto ainda se mantinha forte, ajudar não importa a quem, mas naquele momento, devido ao tipo de regime da Coréia do Sul, era muito provável que o capitão do navio fosse o que detinha a razão naquela situação dentro do navio. Godai então fica a observar a confusão enquanto a embarcação se afasta e se conforma em viajar sem ter ajudado quem quer que precisasse dele naquela hora...

A noite reinava absoluta e o navio singrava o mar em direção ao Japão... A falta de iluminação no oceano permitia ver estrelas nunca vistas antes pelo jovem aventureiro e enquanto o ar gélido causava arrepios em Godai, ele admirava por mais alguns instantes aquele céu imenso a cobri-los. O sono começava a vencer o apaixonado admirador da noite e acostumado às noites ao relento, ele entra em um dos botes salva vidas e se aconchega ali mesmo... Eram mais de três da manhã e sorrindo, o jovem adormece esperando não se tardar no dia seguinte para não tomar repreensão do capitão do navio... O sono é profundo e Godai tinha sonhos estranhos... Gemidos e murmúrios e pessoas fugindo de algo sem sucesso... Aquilo o incomodou a noite inteira ele pensava, mas ao abrir os olhos, através da lona do bote era possível perceber que o sol estava ao centro do céu, o que indicaria que ele havia dormido pelo menos até o meio dia... Ele pensa em se levantar rapidamente mas seu instinto o detém... Cauteloso, ele estranha inicialmente o silêncio anormal para a hora que aparentava ser e então, erguendo uma fresta na lona, o jovem espia para o convés... A cena era dantesca e demonstrava que ele tomou a atitude certa... Sangue espalhado por todo o local e nenhum sinal da tripulação... Um terrível cheiro de podridão impregnava tudo mas não era possível, dali pelo menos, localizar a fonte... Godai sai de dentro do bote e avança alguns passos em direção ao convés e busca afinar seus sentidos para localizar alguém... Alguns batimentos na parte baixa ele conseguia captar, alguns gemidos em outras áreas, mas algo muito mais forte e fácil de se ouvir, precipitou-se... De cima de uma das pilhas de contêineres algo se arremessou e se espatifou aos pés de Godai... Com vestimentas da tripulação, ferido e ensanguentado, porém de uma forma que ele nunca havia presenciado antes um ser humano... Parecia que ele havia sido “drenado” completamente... Era como se fosse uma das tristes pessoas que morrem de fome a cada dia nos continentes africanos, cheio de feridas e com olhos embaçados, como se a vida o tivesse abandonado... Godai tenta se aproximar e percebe então que o homem não tinha mais cabeça, ela havia explodido com a queda brutal, mas impressionantemente seu corpo ainda tentava se mover até que parou por completo... O jovem se ergue de novo e observa por sobre e entre os contêineres mais criaturas idênticas surgindo e desta vez, avançando contra ele, resmungando, sofrendo, se arrastando, todos idênticos como se tivessem sido completamente exauridos do que quer que os preenchesse... A tripulação, agora numa espécie de zumbificação, vinha em sua direção e seus olhos vazios não indicavam boas intenções... Os seres o alcançam, Godai tenta se libertar das mesmas e força um movimento para retirar seu braço que foi segurado pelas criaturas, mas o resultado desse movimento foi que acabou arrancando o braço do ser que o segurava... A cena foi aterradora até mesmo para ele e o que vinha depois disso, pior ainda... As criaturas se arremessaram sobre a poça de sangue que surgia ao chão com o braço arrancado e lambiam o convés desesperadas como que famintas pelo líquido... O jovem observa ao redor e o capitão também capengava há poucos contêineres dali... Godai olha ao redor, já estava no Japão era fato e ficar ali não resolveria nada... O jovem corre para o bote onde esteve dormindo, arranca as amarras que o prendiam e deixa o mesmo cair ao mar. Assim que consegue que a embarcação pare de balançar em meio ao oceano, ele apanha os remos e começa a tentar se distanciar do navio enquanto as criaturas começavam a se jogar mar a dentro em uma busca inútil de tentar alcança-lo.... Yusuke Godai não saberia descrever as cenas que havia presenciado, muito menos tentar explicar as tais acontecimentos, nunca havia presenciado algo assim antes... Ele se concentra em chegar ao porto de Kobe, o mais próximo dali naquele momento, para avisar as autoridades do acontecido...

O jovem rema com vigor por pelo menos mais uma hora e então vai se aproximando do gigante porto de Kobe, mas mesmo ainda há mais de um quilômetro de distância, ele podia perceber que algo estava errado... O silêncio se fazia presente... Uma vez mais o silêncio que não deveria existir ali, existia... Ao invés do barulho dos motores e do trabalho diário, eram somente o vento e as ondas do mar e de quando em vez, tal seu maldito sonho, grunhidos e gemidos também se faziam notar aleatoriamente... O jovem finalmente percebe que algo nada isolado estava acontecendo e agora restava apenas determinar o quanto isso havia afetado seu mundo e as pessoas que ele amava... Godai se põe a remar freneticamente até atingir o porto e então começa a escalar as docas em busca de sinais vitais uma vez mais... Ele escuta batidas fracas em várias posições e vai se esquivando delas conforme pode, na esperança de que o porto não estivesse como o navio... De repente tiros, gritos e ele avista alguém correndo em direção a um dos escritórios do porto! O jovem observa um pouco e avança para o local buscando acesso ao interior para tentar entender o que estava a acontecer mas logo escuta ao longe os gemidos e percebe que sejam o que forem, as criaturas se aproximam... Ele corre, chega ao escritório e abrindo a porta adentra o local fechando a mesma logo em seguida... O silêncio era gigante mas ele podia ouvir claramente a batida acelerada e isso o reconfortou... Haviam sobreviventes... Ele tenta acalmar quem quer que fosse tentando comunicação:
Godai“– Hã... Senhor... Com licença... Me chamo Yusuke Godai... Pode me dizer o que está acontecendo?” O silêncio foi total e o jovem entendia o medo que quem se escondia ali deveria ser maior que a necessidade de informar alguém, por isso insiste:
Godai“– Senhor... Eu quero ajudar... Me diga o que está acontecendo...” Mais alguns segundos em silêncio e Godai pensou em se aproximar e foi interrompido:
Voz“– Não se aproxime... Se ainda está saudável... Eu posso te matar então... Fique onde está...” O jovem detém seu movimento e ergue as mãos como dizendo que não queria encrencas... A voz continua:
Voz“– Eu não sei o que é... Começou como uma virose e no final a cidade inteira estava infectada... Fazem dias que se tem notícia de uma doença terminal e... Resistente... Mas o governo nunca se manifestou oficialmente... Então não acreditamos e seguimos trabalhando... Hoje...” Ele detém sua narrativa e tosse violentamente enquanto Godai faz menção de ajuda-lo mas é novamente interrompido:
Voz“– Não se mexa eu disse... Ainda estou vivo...” O dono da voz respira por alguns segundos e continua:
Voz“– Creio que a cidade toda está infectada já... O porto seria o extremo... O Japão está perdido... Meu tempo está terminando também...” A voz começa a ficar estranha e então parece mais um chiado que palavras, mas Godai consegue definir claramente suas últimas palavras:
Voz“– A origem... É Nagano... Agora vá... Meu tempo... Acabou...” Godai fica a chamar pela pessoas que falava com ele e então, barulhos grotescos e movimentação disforme atrás das caixas onde parecia que seja lá quem fosse aquela pessoa, ela se escondia enquanto falava... A cena foi das piores, em terrível agonia o homem ergueu-se detrás da pilha, agarrando seu próprio pescoço, seu corpo parecia murchar diante dos olhos de Godai e o brilho de seus olhos ia sumindo enquanto o terror aumentava para o desesperado arremedo de homem... A pele cinzenta, parecia sem circulação sanguínea e então ele deteve seus movimentos ainda segurando-se... Godai fica a observá-lo por alguns segundos e tudo muda no instante seguinte... Um guincho desumano e o ser agora esquelético avançava contra o jovem em carga e o mesmo em frações de segundos brada Henshin e se arremessa para fora do escritório abrindo um rombo no teto com o salto e ganhando o topo da construção térrea... Ele observa ao redor, o barulho chamou a atenção de outros na mesma situação que andavam pelo local e eles começavam a vir para o ponto de onde Kuuga em sua Dragon-Form observava tudo...
Kuuga Dragon-Form“– Isso parece filme de terror... O que está acontecendo com as pessoas... O que aconteceu em Nagano... Eu preciso ver todo mundo, eu preciso parar com essa loucura!” Kuuga corre pelo telhado, se lança de construção a construção, de contêiner a contêiner, e vai passando por todas as criaturas que encontra sem confrontá-las, buscando uma moto para empreender viagem até Nagano e descobrir o que acontecia.

Com sua atual forma, velocidade e agilidade ampliadas, não era problema fugir dos lentos arremedos humanos e se existiam pessoas ainda saudáveis na cidade elas estavam completamente escondidas pois ninguém era avistado... Logo ele encontra uma moto no estacionamento e pousando ao lado da mesma, volta à sua forma humana, dá partida e segue em direção a cidade de Nagano, era necessário encontrar Ichijou, saber o que estava acontecendo... A viagem não duraria mais que 3hs e haviam muitos postos de combustível pelo caminho, seria fácil se manter rodando e assim ele seguiu por algumas quadras deixando o porto até que surge diante de si a cidade de gigante de Kobe onde tudo infelizmente era caos e destruição... Pessoas andando pelas ruas no mesmo estado das de antes no porto e no navio... As criaturas o avistam e logo vão virando-se para tentar chegar a ele devido o barulho da moto que chamou suas atenções, mas o jovem no entanto os ignora e tenta avançar o mais que puder... As Tevês das lojas e as imagens dos telões das ruas estavam todos fora do ar embora ligados, nenhuma notícia era possível ser vista... Aparentemente até as forças policiais estavam infectadas pensava o jovem, pois não eram vistas nas ruas, nem mesmo equipes de resgates... Apenas as criaturas perambulando sem rumo enquanto ele avançava para Nagano... Pouco mais de duas horas transcorreram, o aventureiro chegava a cidade pretendida e a visão era desoladora... Lágrimas escorreram dos olhos de Godai... A tristeza impregnava o local... Ele via de tudo, sofrimento, dor, caos, gemidos, sangue, destruição... Nada que pudesse lembrar o sorriso que ele tanto defendeu se fazia presente em seu lar naquele momento... Ele não conseguia parar de chorar com o que via mas sabia que precisava avançar... Tendo a ideia de que o som os atraía, Godai deixa a moto que o trouxe até ali e uma vez mais assumiu sua forma azul, avançando de novo pelas ruas, pulando por sobre locais e obstáculos quando preciso, evitando o contato com os seres agonizantes! Ele seguiu em direção a central de polícia, pois sabia que se algo poderia resistir aquilo, seria Ichijou e seus aliados e logo a praça diante da central de polícia é alcançada mas para a infelicidade de Godai, muitos dos seres mumificados se arrastavam em passos lentos e agonizantes pela frente da instituição... Até mesmo em sua forma mais ágil seria difícil passar despercebido por eles e Godai queria evitar o confronto... Observando o cenário e confabulando consigo mesmo:
Kuuga Dragon-Form“– São seres humanos... Algo aconteceu a eles... Eu não tenho o direito de tirar suas vidas e ainda assim já tirei uma delas... Eu vou descobrir o que aconteceu e salvar a todos...” Ele então desativa sua transformação e busca, como já havia assistido em alguns filmes, se misturar a eles imitando seus arrastos de corpo, acreditando que isso o camuflaria... Ledo engano, mal ele foi avistado e um guincho terrível seu precipitou sobre ele fazendo com que todos os seres voltassem seu olhar para onde ele estava... Godai pressente que se tiver que chegar a entrada da delegacia o momento era aquele e se convertendo em Kuuga Dragon-Form novamente salta por sobre eles tentando se distanciar, porém o trajeto se mostrou grande demais para um salto apenas fazendo o guerreiro cair em meio a um grupo dos andarilhos, sendo totalmente dominado por eles... Os seres então o agarram, ele tenta se desvencilhar mas sua força ainda era grande para o atual estado daqueles corpos e mesmo sem querer, seus braços eram arrancados e seus peitos perfurados com a simples tentativa de se soltar... Godai grita de agonia, em sua mente estava matando pessoas e ele não poderia compactuar com tal fato... Ele salta uma vez mais, está próximo da porta de acesso à delegacia, outra leva de seres agonizantes se aproxima, o seguram, ele não quer mata-los, mas sabe que se tentar se liberar os matará... Diante do impasse, em uma cena incapaz de ser produzida por qualquer outro ser humano, contrariando tudo que se esperava de alguém em desespero, Kuuga desativa sua transformação para tentar se soltar como ser humano e evitar mortes mas isso signifcava selar seu destino... Ele iria perder esta luta, não seria capaz de se soltar como Godai Yusuke e dando uma última olhada para a entrada, tão perto agora, prepara-se para encontrar a morte nos braços dos agonizantes...

Um estampido ressoa do outro lado da praça, as criaturas erguem-se e o jovem escuta finalmente palavras ao invés de gemidos: “– ABAIXE-SE!” Ao que o som da palavra termina, somente o ensurdecedor som de uma arma de grosso calibre atirando repetidamente pode ser ouvida, nem mesmo os protestos de Godai para que não matassem os seres podiam ser percebidos e eis que o jovem é pego por debaixo dos braços e arrastado para dentro da delegacia com velocidade... As portas se fecham, do lado de fora os gemidos e ruídos caóticos de corpos mutilados se mexendo e então uma meia luz dentro do local ilumina o ambiente... Há dois policiais, um de cada lado de Godai e a sua frente um homem de terno, gravata e sobretudo, segurando um potente fuzil em seus braços... Cabelos longos e castanhos escuros, todos usando máscaras de gás impedindo reconhecer seus rostos, mas a fala, apesar da máscara, era inconfundível para o jovem Godai Yusuke: “ – Continua tentando fazer o papel da polícia cidadão?” Godai se ergue, sorri e corre para abraçar o homem que fala com ele, eufórico por tê-lo encontrado e ainda normal:

Godai: “– Ichijou-San, você está bem, que felicidade em vê-lo!” Antes que o policial pudesse responder, os soldados gritam, Godai olha para trás e só há tempo de empurrar Ichijou para suas costas e tomar o lugar do mesmo, recebendo uma mordida poderosa em seu antebraço da criatura catatônica. Milésimos de segundos depois o ser desaba ao chão sem cabeça e novamente Godai recrimina o ato... Ichijou se ergue, e puxando Godai do braço o leva para uma porta ao fundo que dá acesso a mais um pequeno corredor e então outra porta, que mostra ser na verdade a entrada de um elevador... Eles descem rapidamente enquanto Godai tenta argumentar:
Godai“– Não podem mata-los, são pessoas! Estão matando cidadãos doentes, isso é errado Ichijou!” O policial então meneia a cabeça em sinal negativo e diz ao otimista Godai:
Ichijou“– Não sabe o que está falando Godai... Eles foram transformados, não são mais cidadãos... Já ouviu falar em Apocalipse Zumbi? Se nunca viu, conheceu agora, aquilo lá em cima não são mais pessoas, são coisas e eu vou matar cada uma delas que tentar se aproximar de um ser ainda dono de si mesmo. Agora cale-se e venha comigo, preciso que Tsubaki te veja e tente te salvar se ainda houver tempo. Apliquem!” Ao que Ichijou terminou de falar, com uma espécie de pistola, o pescoço de Godai foi alvejado à queima-roupa e ele perde a consciência por completo!

Ele não saberia dizer quanto tempo passou, mas aos poucos vai recobrando a consciência... Lentamente abre seus olhos e se localiza conseguindo ver Ichijou e Tsubaki, um de cada lado do leito que ele estava... Godai sorri, estava entre amigos e tenta se levantar, mas percebe estar preso por poderosas travas em seus pulsos e pernas... O jovem olha para os dois amigos indagando com a visão o motivo de tal recepção, quando uma porta se abre violentamente e uma voz de mulher praticamente troveja na sala: “– Como ousam questionar a lealdade dele? Como ousam? Se estamos aqui, cada um de nós, se ainda respiramos e temos chance de viver, é porque ele nos salvou... Seus idiotas!” Godai sorri com a chegada da moça, Ichijou baixa a cabeça, Tsubaki tenta argumentar “– Olha Sakurako, ele foi mordido, poderia atacar a todos!” A pesquisadora e amiga próxima do aventureiro se afasta do doutor com um passo completando em seguida “– Ou o tiram dessa situação ridícula ou paro agora mesmo com os estudos! Vocês escolhem!” Ichijou toma a frente e com o pressionar de um botão liberta Godai de sua prisão permitindo que o jovem se erguesse em seguida... Yusuke Godai senta-se na cama agradecendo e então Sakurako corre para abraça-lo... Os dois sorriem muito, desde sua partida para o combate contra Daguba ele não via a pesquisadora e amiga, era por demais recompensante vê-la bem e em segurança! Ele observa a todos com um largo sorriso, a sorte lhe sorria novamente pois todos pareciam estar protegidos e com certeza agora ele teria respostas, ou pelo menos assim pensava... Antes de entender o que era a epidemia, ele precisava ver mais alguém...
Godai“– Quero ver Minori... E as crianças também... Onde estão?” Ele dizia sorrindo, mas todos ficaram com expressão fechada com a pergunta... Alguns viraram o rosto e então outra voz feminina ecoa no local, passando por todos e chegando ao jovem: “– Não há tempo para fazermos cena pessoal, digam a verdade!” A mulher de óculos e jaleco branco chega até o jovem que a observa e apenas deixa escapar a expressão “– Enokida-San...” A cientista a observa seriamente completando: “– A última notícia que tivemos deles, era de que eles estavam se escondendo no porão da escola, seu antigo professor, Kanzaki-Sensei é quem nos avisou que chegaria até lá e faria isso, visto ser impossível andar pela cidade com a infestação atual, ainda mais com crianças! Não sabemos se estão vivos, mas não recebemos nenhuma informação contrária também, essa é a verdade...” Godai então baixa a cabeça e fica assim por alguns segundos... Os demais o observam e esperam uma reação dele ao que ele ergue a cabeça com um sorriso no rosto: “– Enokida-San, a TryChaser ainda existe?” A cientista sorri e estende a mão a Godai para que ele se levante da cama, satisfeita com a atitude do rapaz: “– Está melhor do que nunca e Gouran, embora eu não saiba onde está, deve responder a você com certeza. Venha comigo rapaz, pelo menos alguém neste abrigo tem atitude!” 

Godai se levanta do leito e vai seguindo Enokida enquanto Tsubaki e Sakurako tentam impedi-lo:
Tsubaki: “– Você não pode, está ferido!”
Sakurako“– É muito perigoso lá fora, existem muitos deles, você pode ser... Morto Godai...” Ele sorri olhando para os dois e faz seu mais conhecido gesto explicando: “- Daijoubu..." Sakurako e o médico tentam argumentar e Ichijou se põe a frente do jovem com a arma ao ombro: “– Sabe que se tornar-se um deles, terei de pará-lo... Eu não permitirei que ninguém faça isso em meu lugar...”
Sakurako“– Ichijou-San...” Enokida então parece perder a paciência e eleva o tom de voz: “– Vai contar isso quando Tsubaki? Ou eu terei de contar tudo de novo?” Todos então olham para Tsubaki, inclusive Ichijou... O médico coça a cabeça como se estivesse sem saída e então revela... “– Bem... Eu achei que se contasse ele iria se arriscar sem necessidade, mas... Aparentemente... Você é imune aos efeitos dessa infecção...” Todos ficam a observar o médico e Enokida com sua costumeira falta de paciência interpela: “– O Amadam... Provavelmente ele cura Godai mais rápido do que o vírus pode infectá-lo, ou ainda ele realmente é imune, o fato é que Tsubaki analisou o sangue de Godai e nenhuma célula foi infectada, ele estará seguro lá fora! Agora paremos de perder tempo, venha comigo rapaz!” Godai ainda sorrindo e surpreso faz suas costumeiras reverências desajeitadas e vai se retirando, mas a “comitiva” com Ichijou, Tsubaki e Sakurako seguem aos dois... Enquanto caminham, o aventureiro arrisca a pergunta: “– Qual é a origem disso, e... O que é isso, o que aconteceu com as pessoas?” Enokida parecia cansada de dar explicações e não se pronuncia, então Ichijou começa a falar:
Ichijou“– Tudo tem origem no ponto onde você e Daguba lutaram... O corpo dele se desfez em explosões e após alguns dias, pessoas começaram a ficar doentes... E o resultado final da doença após meses de ação é este...”
Tsubaki“– As pessoas infectadas... Como posso dizer, elas... Secam... A umidade e a vitalidade somem de seus corpos... Suas funções vitais ficam mínimas e eles parecem não pensar em nada... Em contra partida suas reações são violentas e destrutivas, como se sentissem raiva de tudo que é vivo... Eu não saberia definir eles de outra forma que não fossem... Zumbis...”
Sakurako“– Estou estudando os textos e creio que existe uma explicação para isso visto que tudo ocorreu após a derrota de Daguba... Creio que os jogos iam bem além do que descobrimos...”
Ichijou“– Para mata-los, basta...” Godai vira-se para Ichijou e o interrompe: “– Não irei matar ninguém... Eu vou salvá-los!” Todos param e observam o rapaz incrédulos...
Tsubaki“– Não há como eles voltarem ao normal, seus corpos estão ressecados, eles... Eles, estão mortos Godai!”
Ichijou“ – Eu entendo seu modo de ver a coisa mas está errado Godai, precisa se defender...”
Sakurako“ – Godai, isso não é como antigamente...”
Enokida“ – O enrolão tem razão Godai, você não pode salvar quem já está infectado...” Godai sorri para todos e apenas faz seu gesto com o polegar e novamente completa: “ – Os corações deles ainda batem... Fracos, mas batem... Eu os ouvi... Daijoubu... Apenas me leve até a TryChaser
Enokida-San...” Enokida sacode a cabeça e vai a frente, Godai Yusuke a segue e atrás deles o tumulto com cada um com uma opinião sobre o caso! Todos temiam pela morte do amigo embora a provável imunidade à infecção, mas eis que eles chegam ao hangar, Godai avista a sua moto e vai até ela correndo... Ele toma acento e liga a intrépida máquina enquanto os outros continuavam a tentar chamar Godai à razão, porém o jovem apenas sorri e completa antes de partir: “ – Eu vou devolver o sorriso a todos eles, confiem em mim, Daijoubu!” Um tapa em seu capacete para baixar a viseira, ele acelera a moto e parte pelo túnel de acesso! Um portão logo a sua frente se abre e ele vai para o acesso às ruas, onde com habilidade começa a desviar das criaturas, sem bater em qualquer uma delas, evitando feri-las como havia se decidido a fazer... Ele avança por algumas ruas e então mais das criaturas aparecem e o jovem sabe que precisa de mais habilidades para continuar a evita-los... “– HENSHIN!” O corpo do jovem converte-se novamente no ancestral ser denominado Kuuga e assumindo sua forma mais usada, a Mighty-Form, adquire capacidade incrível de controle da moto TryChaser, realizando manobras e movimentos impossíveis para a maioria das pessoas, evitando assim o choque com os seres por mais algumas quadras. 

O cenário muda novamente e Kuuga percebe que eles agora eram muitos... Ressecados, desesperados, sem qualquer expressão além de terror e fúria, andando em direção a ele... Não seria mais possível avançar com TryChaser sem os ferir e ele ainda estava há quadras da escola de Minori... Kuuga detém sua trajetória então, desce da sua moto e se lança correndo contra as criaturas que avançam contra ele e mas, diferente de qualquer pensamento que nós humanos normais poderíamos ter, ele se lança por sobre as criaturas cambaleantes com impulso gigante pousando ao galho de uma árvore e logo depois no semáforo à frente, para então buscar os fios elétricos já sem energia... Com agilidade incrível ele aumentava seus movimentos, sua armadura brilhava e ele ficava com traços dourados mudando para sua Rising Dragon-Form, sendo capaz de avançar as quadras que ainda o separavam de sua irmã com habilidade única, desviando de todos os seres que exalavam fúria em sua marcha... Quando finalmente faltavam duas quadras para a escola e ele estava pronto para desviar de hordas inteiras neste percurso restante, estranhamente as ruas se esvaziaram... Os seres pareciam seguir sem olhar para trás como se algo ali os fizesse sair do lugar e então... Nada mais havia na rua diferente do que estava poucas quadras atrás... Era como se algo os tivesse feito optar por sair dali... O ar também parecia mais denso e pesado, Kuuga respirava e sentia um odor fétido, mais forte do que qualquer coisa que ele tenha sentido antes... Segundos bastaram para que o cenário mudasse uma vez mais e sua visão lhe apresentasse mais uma cena inesperada... Inicialmente eram vultos, logo depois ganharam forma na névoa e então a visão revoltante se definia... Diversos Grongis, que ele já havia derrotado no passado, agora cambaleavam há poucos metros dele, completamente putrefatos, com partes de seus corpos faltando, como se comidos uns pelos outros tivessem sido... A cena era dantesca e nem mesmo Godai era capaz de sentir compaixão por eles devido ao seus passados de atrocidades contra inocentes... A bílis subia por sua garganta e esse sentimento ruim aumentou quando as criaturas o avistaram e começaram a balbuciar coisas incompreensíveis avançando em sua direção... O jovem os observou com fúria... As criaturas que mataram tantos inocentes, aqueles que riam através de um jogo com o sofrimento dos demais... Era uma afronta eles viverem novamente pensava Godai...

“– O que eles fazem aqui... Tudo começou de Daguba e agora os Grongi de volta... Voltar do túmulo uma vez mais para... Para destruir sonhos e causar mais sofrimento... Eu... Eu...” 

Os punhos de Godai se fechavam, sua fúria era palpável e as criaturas pareciam sequer perceber qualquer coisa nesse sentido... Um urro saiu de sua garganta enfurecida e começando a caminhar pesadamente para cima dos inimigos, o guerreiro apanha uma barra de ferro caída ao chão e imediatamente a cor de seu exoesqueleto muda para um violeta sereno e eis que o guerreiro de força avantajada surge, convertendo a retorcida barra de ferro na destrutiva Titan Sword enquanto Kuuga, agora em sua Titan Form avançava contra os inimigos lentamente, passo por passo, deixando escorrer lágrimas de fúria devido ao encontro inesperado... Os monstros o atacam e Kuuga sequer os encara nos olhos, sua repulsa é gigante e a Titan Sword varre o campo de batalha com brutalidade, arrebentando corpos com uma fúria intensa... Cabeças, braços, pernas, corpos inteiros eram destroçados pela força absurda da forma atual enquanto os ataques da criatura sequer detinham os passos do guerreiro enfurecido... Dezenas de Grongis já haviam caído e então algo chama mais ainda a atenção de Kuuga... A criatura porco espinho, que havia despertado ódio em Yusuke pela primeira vez em sua vida estava ali, a encarando de forma bestial e sem vida... Ele lembrava como hoje da pergunta que fez e da resposta que obteve... “– Porque mata essas pessoas inocentes?” e o sibilar tenebroso ativa sua transformação novamente: “– Porque gosto de ver suas vidas desaparecendo de seus olhos...”

Como um clarão vermelho Kuuga rasga a distância entre ele e o monstro assumindo sua Rising Mighty Form atingindo o inimigo com um poderoso direto no rosto que arrancou metade de sua
face... A criatura não teve tempo de se defender e Kuuga continuou a atacar com velocidade incrível e força descomunal... Era nesta forma que o guerreiro estava no passado quanto destruiu vários quarteirões da cidade com seu potente Rider Kick, ele não iria repetir o mesmo, mas aquele Grongi em especial, Godai jamais permitiria que voltasse a vida e com a mesma fúria, ou talvez maior do que no encontro original, Godai o golpeia com tamanha brutalidade que em poucos segundos, o que restava ao chão eram pedaços do monstro se contorcendo em frenesi tentando em vão, reagir contra seu agressor... Kuuga então cessa o ataque, respira fundo e tenta retomar o controle de sua raiva... Ele busca um contato visual ao redor de si e observando ao longe percebe que embora ele tenha destruído dezenas deles, mais dezenas estavam chegando e poderiam se tornar centenas... Era como se cópias dos originais, de forma putrefata ali surgissem a cada instante talvez para se vingar dele por suas mortes... O jovem recua alguns passos, notando que o estavam cercando e ficaria sem saída em breve, buscando uma alternativa... Ele se agacha e se lança aos céus numa fração de segundos que foi suficiente para uma vez mais a coloração de seu exoesqueleto mudar, agora dando espaço ao verde intenso irradiado da transformação...

Kuuga ganha os céus em altura extrema, seus sentidos ampliados pela Pégasus Form indicavam cada alvo com precisão e então já com sua Pégasus BowGun em mãos, ele desfere tiros múltiplos por todo o local, atingindo sem erro qualquer, cada um dos Grongis deteriorados que ali estavam. Quando a gravidade exerce suas regras e traz o guerreiro ao chão novamente, todos os inimigos caíram junto e a batalha havia sido encerrada de forma brutal! Ofegante e ainda com raiva, Kuuga observa a sua volta e ao longe, não parecia haver mais inimigos e ele não poderia esperar que eles surgissem novamente se este fosse o caso... Ele vira-se em direção à escola, finalmente ao seu alcance e corre com pressa para tentar salvar sua irmã e os demais mas um novo impedimento surge... O ruído de tiros ao longe... Kuuga detém sua corrida, busca pela direção do som e observa um único remanescente de Grongi caindo ao chão sem cabeça enquanto Ichijou surge da esquina onde acontecia a cena dantesca com duas armas em punho, um revólver em uma das mãos e uma espingarda na outra... Kuuga faz menção de ir em direção a ele mas o policial com um leve sorriso no rosto o tranquiliza: “– Essa aqui é para eles, os demais... Bem, eu gastei todo o estoque de tranquilizante da polícia...” O policial faz um positivo para Kuuga, este responde a ele com entusiasmo enquanto Ichijou completa: “– Vá lá e me mostre que estava certo... Vou manter os cidadãos em segurança enquanto você acha a cura!” Kuuga acena positivamente com a cabeça, vira-se e se põe em corrida vigorosa em direção a escola confiando ao amigo a segurança dos demais e finalmente chega a escola infantil onde Minori era professora...

Ele adentra o local e dá alguns passos buscando não fazer ruídos para localizar a entrada ao suposto subsolo mas o que ele ouve são sons de algo se arrastando... Focalizando a direção do movimento, era possível ouvir também uma espécie de lamurio... Com cautela ele se dirige lentamente para o local buscando por algum Grongi remanescente perambulando por ali, mas o terror iria tomar conta de sua alma uma vez mais, pois ele não esperaria ver algo tão triste... À sua frente, com expressão de dor e tristeza, arrastando uma perna e completamente ressecado, expondo um terno já rasgado e bastante sujo de manchas de sangue, com um ferimento extenso de mordida em seu braço... Os olhos embaçados e lágrimas que pareciam escorrer demonstrando a tortura pela qual passava... Godai jamais pensou em ver algo tão sofrido e quase que paralisado deixou escapar as palavras: “– Kanzaki... Sensei... Não...” A agonia tomou conta do jovem guerreiro de uma forma que ele não sabia explicar... Seu mentor, aquele foi sua inspiração para ter o caráter que ostenta hoje, diante dele, de forma totalmente injuriada... Sua primeira intenção é deixar o professor em segurança até que todos pudessem ser salvos da zumbificação e a fim de evitar o confronto, Kuuga apenas vai recuando conseguindo que seu mestre o siga... Eles adentram uma das salas de aula, o guerreiro vai recuando até o fim da mesma para então pular por sobre o professor saindo da sala travando a maçaneta logo em seguida com um aperto que a emperrou completamente... Kanzaki-Sensei fica a arranhar a porta do outro lado, Kuuga ignora a dor e tristeza partindo para buscar sua irmã e as crianças confiante que voltaria para salvar seu professor! Sua audição apurada finalmente localiza as batidas dos corações e logo em seguida a entrada para o porão... Com velocidade ele adentra o local e encontra Minori e as crianças ao canto do abrigo, o que o fez por instantes baixar a guarda para ir ao encontro delas e então... Uma sobra toma conta de sua visão e de sua mente e tudo que ele consegue ouvir, além dos gritos de Minori e das crianças, é a voz que retumbou em seus pensamentos: "– Finalmente você veio... Meu filho...”

Godai acorda e está atirado na grama sem qualquer ferimento... O jovem se levanta e observa à volta e nada avista, apenas sabe que aquele é o lugar onde ele destruiu Daguba... Em sua mente a voz começa novamente embora ele não possa saber de onde ela vinha ou mesmo avistar alguém...
“ – Até que o homem na escola, que dizia ser seu professor tentou, mas os Rinto são realmente uma raça fraca e incapaz... Porém o que quero lhe contar é algo bem mais interessante que uma casca sem vida presa em uma sala de aula... Há muito tempo atrás... Tanto tempo que eu não saberia explicar... Algo caiu dos céus em meio a uma tribo muito antiga... Na época não era possível entender essa lógica, mas, essa pedra era capaz de ampliar o que quer que existisse em sua personalidade... Por muito tempo ela foi disputada em batalhas árduas por vários de nós até que um velho imbecil acreditou que a pedra deveria ser esquecida pois seria perigosa... Eu fui contra, acreditava que a pedra nos daria o controle sobre nossos inimigos e poderíamos assim nunca mais sermos subjugados... Entrei em combate com o guerreiro deles pela posse da pedra e lutamos por horas mas... Ao final deste duelo... Liberamos uma gigantesca energia em nosso último golpe, talvez devido a emanação da pedra e a mesma acabou por se partir em dois pedaços... Deposto como líder da tribo antes mesmo do embate, me vi obrigado a fugir, muito ferido com uma das metades da pedra enquanto a tribo ficou com a outra... Me escondi em uma caverna, abraçado ao artefato e então, ao acordar no dia seguinte, meu peito ardia de forma violenta e a pedra havia sumido... Desde então comecei a sentir meu corpo mudar, minha força e poderes aumentar e comecei minha caminhada pelo mundo me preparando para meu grande embate com quem me exilou... Porém eu queria um combate memorável onde pudesse humilhar meus inimigos com maestria para que todo e qualquer ser soubesse quem era o mais poderoso e não apenas uma luta sem qualquer pompa... E isso me motivou a percorrer este planeta agregando capacidades e poderes para tal batalha... Descobri neste percursos que... Ao devorar meus inimigos eu adquiria suas energias vitais e com isso me tornava mais forte e então rodei o mundo atrás de seres poderosos para serem absorvidos e assim não mais passei fome além de aumentar meu poder individual... Tempos depois, renegados da tribo que me expulsou foram também exilados, por terem demonstrado querer continuar usando sua parte da pedra em proveito próprio... Assim, como não tinham mais pra onde ir, eles vieram me procurar e queriam se beneficiar de meu poder... Eu os atendi... Os devorei e os recriei como meus filhos eles foram mais tarde batizados pelos Rinto, como Grongis... Esta é a origem de nossa batalha ancestral jovem Godai Yusuke... Interessante não?” Godai buscava com espanto quem falava com ele, mas seu espanto se devia mais ao relato do que a ausência física de um inimigo: “– Quem é você? Apareça!”

A voz novamente ecoa na mente do jovem continuando: “– Sinceramente... Eu não lembro meu nome e sequer isso importa hoje... Eu me tornei o que esperava... Eu só não posso dizer que tive tudo que quis, pois embora eu tenha tido de certa forma dois filhos, minha vitória sobre os Rinto me foi retirada... O maldito guerreiro deles usou a pedra que eles tinham para se melhorar e ela foi absorvida, assim como você, por seu abdômen e então ele adquiriu capacidades capazes de me selar... Mas felizmente nesta era, a curiosidade e prepotência dos Rinto me libertou uma vez mais e eu pude trazer meus guerreiros de novo, colocando assim meus filhos em combate como sempre desejei... O Amadam, a pedra que veio dos céus, metade minha, metade dos Rinto... Poder e essência de uma mesma existência, divididas em duas tribos que se originaram de minha liderança, de meus ideais... Rinto e Grongi são meus filhos, ambos descendentes da mesma tribo mas com ideias e poderes diferentes... A humanidade atual, descendente dos Rinto e nossa tribo Grongi, representando o poder e a liberdade para fazer o que quiser apesar de ter se originado na fragilidade dos Rinto... E então eis você e Daguba, os representantes máximos de cada tribo... Aqueles que deveriam decidir qual dos dois era mais forte para que então, eu devore o vencedor e me torne o que nasci pra ser, o senhor de tudo e de todos reinando sobre este mundo como um deus onipotente...” Godai busca desesperadamente por alguém, ele ouve a voz mas nada avista... Quem quer que fosse deveria estar próximo... De repente o céu se torna turvo, era como se as sombras engolissem o firmamento e como se atendesse à busca do jovem aventureiro, uma mancha escura surge próximo das árvores caminhando em sua direção enquanto continua:
“ – Entendeu finalmente, filho? Você e Daguba, duas partes da mesma força, da mesma emanação... Suas missões eram se tornar poderosos e se enfrentarem... Bastava Daguba vencer e então eu o absorveria e poderia ressurgir neste mundo de novo para então te devorar e o Amadam estaria completo de novo. Mas Daguba perdeu e você se foi... Então eu precisava me levantar e te trazer de novo e os restos de meu filho Grongi serviram pra isso... Agora, a você será dada a dádiva de ser estripado por minhas mãos para ser absorvido por mim, e uma vez mais o Amadam estará completo como deveria ser desde sempre... Venha se unir aos outros Rinto que agora vivem aqui dentro filho, venha...” A criatura toma forma e bate no peito indicando onde seu Amadam estava fixado... O ser detém sua caminhada, abre os braços e completa:“– Quando Daguba foi destruído, seu corpo virou pó e seu pó absorvido pelos Rinto... Ao contato com as células de Daguba, suas energias se tornaram minhas e agora suas vitalidades me pertencem... Eu quero o maior dos combates representante dos Rinto, e não espere ter chances de me vencer... Você será destruído, massacrado e completamente devorado e se por um milagre tivesse culhões para me vencer, seria necessário uma fúria superior a minha o que te tornaria meu substituto e o novo destruidor de vidas pois nada pode conter a fúria destrutiva daqueles que experimentam a mais poderosa das lutas... Eu sou o Alpha e ômega, não é assim que dizem em seus cerimoniais ridículos? Então meu filho... Deixará ser devorado ou me dará a maior das lutas e quem sabe talvez, se tornar deus em meu lugar? De qualquer forma, a pedra ancestral estará unida de novo, e... De qualquer forma os Rinto perdem e eu terei minha vingança, ahahahahahahahaha!” A criatura continua a avançar lentamente contra Godai e esse por sua vez, tinha o rosto envolto em lágrimas diante das palavras... O jovem então cerra seus punhos, assume uma posição de combate e leva a mão direita à frente espalmada enquanto a outra fica retraída próximo à sua cintura... O Amadam se materializa em sua cintura... “– Um ódio e desejo de vingança inexplicável desde a pré-história da humanidade, apenas em busca de poder... Controle... Superioridade... Tirar milhares de vidas apenas para ser o topo imaginário de uma cadeia de elevações que só existe em sua mente doentia... Sua parte do Amadam se tornou negra como seu coração sempre foi, maldade essa amplificada pelo poder da pedra... Inúmeras pessoas sofreram e ainda...” Godai se lembra de Kanzaki-Sensei neste momento e continua: “– Ainda agonizam devido a sua atitude egocêntrica e desmedida... Agora eu entendo...” O silêncio toma conta de tudo enquanto a criatura continua a avançar e a ouvir Godai... “– O Amadam... Ele habitou o corpo do Kuuga ancestral e agora habita o meu com o intuito de evoluir no bem e te parar de uma vez por todas... E em nome de todos aqueles que tiveram seus sorrisos apagados você ouvirá o último brado de fúria em sua vida torpe..."
"- HENSHIN!”


Godai salta contra o inimigo e em pleno salto ele assume a forma branca, sua Growing-Form, a forma larval e intermediária entre humano e Kuuga e acerta um chute no peito do monstro que sem qualquer tentativa de defender o ataque, o faz retornar para trás com o mesmo impulso dado pelo herói! Kuuga esperava por isso, usando o retorno como espaço para evoluir de novo, passando para sua forma vermelha, a Migthy-Form. Kuuga então corre contra o inimigo e desfere socos e chutes com o máximo que pode mas todos são facilmente seguros e repelidos pelo oponente negro. Um potente soco no peito de Kuuga o arremessa para trás, mas ele tira proveito do movimento e aproveitando o espaço concedido, o herói brilha em intenso dourado e então sua forma Mighty torna-se mais poderosa assumindo a Rising Mighty-Form! Uma vez mais ele avança contra o oponente! Diversos diretos, jabs e uppers, assim como chutes, sempre cada um deles amparado e desviado pelo oponente, embora dessa vez se notasse a superiores dos ataques, até que a criatura parece conseguir defender e golpeá-lo, e num impulso gigante de velocidade, o agarra por uma perna o arremessando contra a árvore próxima. Kuuga rodopia no ar, sua coloração muda e o azul dourado toma conta de seu corpo, conseguindo re-estabelecer o controle de seu corpo, usando a árvore como impulso e arrancando dela um galho comprido, enquanto se arremete de novo bradando: “– Maldito ancião, eu ainda nem comecei meu verdadeiro ataque!”

Kuuga atinge incrível velocidade contra o monstro e dessa vez, embora seus impactos não sejam fulminantes, o inimigo não os consegue evitar e é atingido diversas vezes pela Dragon Road surgida através do galho modificado pelas mãos de Kuuga, e tantas vezes ele é atingido que um urro surge do inimigo explodindo em uma densa nuvem de névoa negra... Kuuga em sua Rising Dragon-Form pousa ao chão e observa o cenário enquanto ouve a voz pelo meio escuridão: “ – Ficar veloz foi bom filho... Se a intenção era evitar meus golpes, mas... E se não me ver também, poderá tentar algo?” Kuuga sequer responde seus questionamentos, um intenso brilho começa a partir de seu corpo e o herói se ergue lentamente tendo seu corpo consumido pelo verde dourado e Dragon Road mudando para a Pégasus BowGun enquanto Kuuga começava a buscar com seus sentidos altamente evoluídos, a posição do inimigo... Seus olhos brilham, a BowGun se ativa e centenas de disparos são desferidos em diversas direções e cada disparo era logo confirmado com um urro de dor vindo da névoa, pois apesar da velocidade com que mudava de lugar para enganar a Kuuga, o monstro foi atingido em todas as posições que assumiu mostrando não ser páreo para a capacidade sensitiva da Rising Pégasus-Form de Kuuga. A névoa então começa a recuar em direção a um único ponto e o monstro ensaia um sorriso para novamente provocar ao jovem guerreiro, mas quando a névoa inicia a desaparecer de seu campo de visão, era como se ela fosse empurrada, expurgada ou expulsa do local por intenso brilho dourado com lilás que parecia vir por detrás dela... O antigo ser milenar mal teve tempo de vislumbrar a beleza da Rising Titan-Form de Kuuga e sequer percebeu quando a Titan Sword atingiu seu corpo com uma violência descomunal, acompanhada de um urro que partia de Kuuga: “– HORYAAAAAAAAA!”

Toda a lateral do corpo do inimigo foi afundada para dentro tamanho o impacto que recebeu, decolando do local para ir de encontro ao muro que existia próximo do combate... O monstro atravessou o muro com um impacto tão gigantesco que pedaços da construção foram arremessados para longe dali tamanha a violência do choque... A polvadeira e o pó tomaram conta do cenário enquanto uma risada começava a ecoar no local e o monstro uma vez mais começa a se levantar e surgir pelo rombo que fez no local... Ele enfia a mão na lateral do seu corpo cravando as garras em si mesmo, segurando suas costelas e as puxando para o lugar novamente, comemorando: “– Bom, muito bom meu filho, uma luta épica para que seu povo caia sob meus pés como merece, sobrepujado por meu...”

KRACK-TA-POW!

Um poderoso direto com o punho direito atinge o queixo do monstro ancestral, deslocando sua mandíbula completamente para o lado esquerdo o fazendo girar o corpo e voar ao longe tamanho impacto recebido enquanto uma forma negra de Kuuga se mantinha na posição do golpe desferido e respirava ofegante a frente do ancião maligno... A criatura se ergue, agarrou seu queixo e com um estalo gigantesco o puxou para o lugar fazendo um som assustador para só então reconhecer a Amazing-Form de Kuuga que logo brilha em dourado assumindo sua Rising Amazing-Form com a qual ele começa a mesma sequência de golpes que fez quando iniciou o combate... Diretos, cruzados, uppers, jabs, chutes de direita, de esquerda e, para a surpresa do inimigo, todos os golpes desta vez atingiam diretamente os pontos cogitados por Kuuga, o monstro apenas gemia de dor enquanto recebia impacto após impacto e não mais tinha capacidades de impedir ou revidar aos golpes... O olho direito vazado, a lateral trazida à força para fora foi colocada para dentro de novo com impactos de chutes, os ferimentos somente se acumulavam enquanto a ferocidade e violência de Kuuga só aumentava! Assim, tal qual Daguba no combate final de Kuuga ali naquele local, o monstro começa a rir desvairadamente: “– Isso... Isso... ISSSOOOO! DEIXE O ÓDIO TE CONSUMIR, DEIXE SUA VERDADEIRA FORMA SURGIR, SE TORNE O GRONGI MAIS PODEROSO DE TODOS E COMO TOQUE DE REQUINTE, SEJA O DESTRUIDOR DOS RINTO DEVIDO SUA RAIVA INCONTROLÁVEL! ASSUMA A ÚLTIMA FORMA, SE TORNE UM DEUS DESTRUIDOR DE TUDO E CONCRETIZE MINHA VINGANÇA MEU FILHO! Kuuga dá um chute giratório com a perna direita e arremessa o monstro para além de quinhentos metros de si, mais parecendo um arremedo de criatura do que um ser vivo com forma definida... Caminhando lentamente até o monstro, e urrando em fúria, o guerreiro começou a liberar um intenso vapor negro que ofuscava a visão do monstro... O ser maligno então sorri e comemora... “– Exatamente como previ... O ódio te dominou, sua verdadeira forma surgiu, você agora irá completar minha vingança, me absorvendo! Nossas pedras seu unirão e serão uma só novamente! Eu viverei em você e você será o carrasco de todos os Rintos! ISSO, LIBERE SUA FÚRIA MAIS PODEROSO GRONGI DE TODOS OS TEMPOS AHAHAHAHAHAH!”

Assumindo por completo sua Ultimate-Form, Kuuga caminha em direção ao oponente com olhos vermelhos, sedento por destruição e enquanto gargalhava o monstro foi pego pelo pescoço e erguido do chão pelo guerreiro que o observou por alguns segundos antes de agir... “ – Isso meu filho, cumpra sua missão agora...” dizia o monstro enquanto ficava erguido no ar... Os olhos de Kuuga irradiam vermelho e então o monstro é arremessado contra uma árvore com violência... Tentando se erguer sem forças ele novamente é pego pelo pescoço e novamente a criatura vocifera: “– Basta me devorar e seremos um só, vá meu filho!” Então Kuuga agarra um de seus braços e com um movimento brutal o quebra com uma fratura exposta, fazendo o inimigo soltar um terrível urro de dor para então ser novamente arremessado para o outro extremo do muro com total brutalidade.... Kuuga vai uma vez mais até ele e o maligno tenta entender: “– Basta me devorar, coma minha carne e nos tornaremos um só, você não entende criatura bestial?” Os olhos de Kuuga novamente brilham e então ele ouve o que ele jamais pensou em ouvir: “– Sim... Eu entendo completamente monstro!” O outro braço é segurado, quebrado violentamente e novamente outro arremesso, dessa vez contra uma das árvores... Com ferocidadee Kuuga em sua Ultimate-Form avança, mas desta vez era mais aterrador, pois o que o monstro ancião não esperava acontecia... “– Eu entendo que você quis o mal, e se deixou embebedar por ele... Entendo que tentaram te parar e vocês se afogou mais ainda nesta escuridão!” O monstro ancestral é erguido por uma perna e em uma cena dantesca ela é destroçada por completo, e logo em seguida a outra, ficando o monstro como um amontoado de carne que não podia mais se mover sendo novamente arremessado contra outra árvore e ficando ali, gemendo e atemorizado enquanto Kuuga vinha mais uma vez contra ele: “ – Ao invés de como os Rinto, usar este poder para proteger, você usou para se beneficiar... Transformou aqueles que acreditaram em você em monstros e os usou em seus jogos, tirando suas vidas como se elas fossem suas... Mas julgou os outros como você e por isso você perde hoje!” O amontoado de carne não poderia descrever o terror que sentia naquele momento, não pelos ferimentos, não pela dor, não por ver seus planos ancestrais frustrados, mas por realmente temer o ser que agora falava com ele sem que tivesse palavras para responder a tais frases... Kuuga então novamente o ergue pelo pescoço e desfere socos diretos ao rosto do monstro, pesados e extremamente rápidos, que foram abrindo cortes e ferimentos terríveis ao inimigo que cuspia e derramava sangue por diversos ferimentos no corpo... Em um esforço descomunal, o ancião balbucia: “ – Como... Consegue... Controlar...” Kuuga o puxa próximo do rosto e responde: “ – Eu não uso o Amadam para mim!” Kuuga desfere seu mais violento soco fazendo o inimigo quebrar a árvore com o impacto e indo parar mais uns 300 metros longe do combate... O ser conhecido amplamente como "Forma de Vida nº 4" pára então acima dele e olhando nos olhos finaliza: “– E essas pedras nunca mais se unirão!” Ele retesa o braço direito para trás levando a frente de novo com a mão como se fosse uma lança e a encrava no peito do monstro agora disforme... A mão penetra o peito fétido, se fecha lá dentro como se firmasse em algo e qualquer um imaginaria um coração pulsante mas o que sai de lá, em um formato arredondado, é uma pedra, enegrecida, similar ao Amadam e ainda pulsante... Kuuga a segura em sua mão e com olhos vermelhos em raiva a estilhaça com um aperto apenas deixando as palavras enquanto a criatura ainda tinha algum sinal de vida: “ – O ódio que você guardou durante milênios, me deu as forças e a bílis suficiente para extirpar sua infeliz existência. Nunca os dois Amadam se reunirão e nunca o mundo saberá que você existiu até os dias de hoje! Desapareça no anonimato e enquanto eu viver, sua história nunca seguirá a frente monstro!" A pedra vira pó que voa pelo ar, assim como o corpo do monstro começa a derreter e virar uma gosma nojenta... Kuuga então se lança aos céus com furor, novamente mudando as cores de seu exoesqueleto, como se passasse por todas as suas transformações desde a Growing até a Ultimate que então fica brilhante e assume a Rising Ultimate, atingindo finalmente altura considerável para então girar seu corpo e se arremeter para baixo novamente. descendo dos céus como um meteoro negro brilhante em seu Rider Kick preparado, envolto em chamas, pronto a incinerar qualquer rastro do demônio milenar e dos Grongi para todo sempre: “ - HORYAAAAAAAAA!”

Ichijou andava pelas ruas sedando criaturas, tentando abrir caminho até a escola para ajudar Godai, quando então algo inexplicável aconteceu diante de seus olhos... As criaturas ressecadas que perambulavam sofrem algo como um choque e caem ao solo sem mais se mover... Ichijou observa a cena e logo o rádio começa chamar:
Ichijou“– Sou eu, o que houve?”
Enokida“– Ichijou, o extravagante acertou de novo...”
Tsubaki: “– Ichijou, os corpos... Os corpos, eles estão recuperando sua vitalidade...” O jovem policial começa a olhar ao redor e então observa que mesmo que de forma singela algo estava mudando... Eles estavam voltando, era visível isso... Ele então meneia a cabeça com um sorriso ao rosto e usando do rádio comunica:
Ichijou“– Atenção toda e qualquer força policial ou de resgate na escuta... O alerta definido antes agora se intensifica... Não causem qualquer ferimento aos andarilhos, repito, não causem ferimento aos andarilhos, eles estão vivos e regressando ao estado normal. Toda e qualquer agressão aos seres atingidos por essa doença serão considerados crimes e punidos de acordo! Sistemas de resgate e policiais que ainda estiverem em condições de operar, vão para as ruas, há milhares de pessoas a serem resgatadas por toda a cidade, comuniquem e espalhem estas informações e digam a todos que... Tudo vai ficar bem!” Na base de refugiados todos comemoram e começam a se preparar para sair para as ruas para ajudar enquanto Ichijou vai para a escola em busca de salvar Minori e as crianças... Ele adentra pela mesma e com um mapa em mãos, talvez retirado do sistema da prefeitura ele acha a entrada e desce as escadas chegando lá rapidamente, para então se deparar com outra cena inesperada... Godai está sentado ao chão, com as crianças ao seu redor rindo e brincando enquanto Minori e as demais professoras cantavam canções para os entreter... Godai observa a chegada do amigo, levanta-se e se detém diante de Ichijou fazendo seu positivo de sempre enquanto o policial baixa a cabeça e sorri reconhecendo que uma vez mais perdeu para o jovem... Ambos falam ao mesmo tempo com o positivo em mãos: “– Dai-Jou-Bu!” Eles sorriem e Godai então passa por ele subindo as escadas para realizar seu último ato daquele retorno apocalíptico ao seu lar, explicando ao confuso policial: " - Preciso ver um amigo Ichijou-San, cuide deles por mim!"
O jovem sobe as escadas sorrindo, segue então vagarosamente até a sala onde deixou Kanzaki-Sensei preso, se detém atrás da porta e ouve por alguns segundos... Nenhum ruído foi ouvido... O jovem então forçou a porta a arrancando do marco com um simples empurrão... Colocando a face para dentro da sala e a observando até o fundo da mesma ele pode perceber muitas classes viradas, muita sujeira, algumas manchas de sangue e muitos vidros quebrados nas janelas... A tristeza tenta se manifestar diante da cena e do silêncio inesperado... Godai então dá dois passos para dentro da sala virando-se em seguida para a classe do professor, única parte não vistoriada ainda e finalmente um sorriso transborda no rosto do homem de 2000 habilidades... Sentado sobre a mesa, com um sorriso meio sem graça e no corpo roupas totalmente em farrapos... Fazendo o conhecido gesto com o dedo polegar, o mestre de escola primária de Godai Yusuke finalmente fala: “– Tudo está bem, mas... Definitivamente eu vou precisar de um terno novo!” Godai ri emocionado e retribui o positivo enquanto Sakurako, Tsubaki e Enokida entravam pela sala querendo saber notícias de Godai... Ele fazia positivo para todos freneticamente, sorria como nunca e todos falavam ao mesmo tempo sem que qualquer um entendesse nada e assim o dia chegou ao final...

Dois dias após o ocorrido, eram em torno de 11:45 e a reunião iniciava no Pore-Pore Tea Café. Oyassan que durante todo o ocorrido estava cozinhando na base dos refugiados, agora cozinhava em seu lar novamente enquanto todos conversavam e debatiam sobre o acontecido tendo o cuidado de não revelar sobre a identidade de Godai visto que Oyassan parecia ser o único a ainda não reconhecer Godai como o notíciado “Número 4”, do qual aliás, o hilário proprietário do Pore-pore era fã...
Sakurako“ – Dois Amadam... Na verdade um, partido em dois... Escuridão e luz...”
Enokida“ – E as partículas do corpo de Daguba espalharam a doença que drenava a energia vital de todos infectados que foi a força capaz de fazer a tal criatura se levantar novamente... Engenhoso eu diria... Do ponto de vista científico, é claro...”
Tsubaki“ – Uhum... E a infecção sendo transmitida pelo ar, consequentemente pela respiração, ato que nenhum ser vivo poderia ignorar, foi realmente uma forma bem prática de atingir a tudo e a todos sem grande esforço... E quem não aspirasse podia ser infectado pela mordida ou arranhão... Será que ele elaborou todos esses detalhes por tanto tempo?”
Ichijou“ – Mais que engenhoso, eu diria psicótico... Nos incentivaria a matar uns aos outros devido ao estado dos andarilhos e o medo que nos causavam... Sem a interferência de Godai, teríamos matados tantos quanto pudessemos e seríamos sem dúvidas os carrascos de nossa própria raça matando quem ainda estava vivo, embora não parecessem... Bastante maquiavélico com toda a certeza...”
Godai“ – E realmente não há mais nenhum rastro das moléculas deles no ar Tsubaki-San? Enokida-San?” Os dois doutores meneiam a cabeça e completam:
Enokida“– A cidade estará em quarentena por pelo menos dois meses para atestar a segurança total do lugar, mas nenhum traço das partículas foi encontrada... Aquele ataque final incinerou realmente qualquer resquício Grongi no local!”
Tsubaki“– E misteriosamente não fez mal algum a qualquer andarilho, o que é bem intrigante... Assim como corpos ressequidos retornarem a vitalidade, algo que ainda não tenho como explicar...”
Minori“– Eu acho que... Grongis que ficam humanos e depois monstros outra vez... Pedras do espaço que assumem lugares nos corpos das pessoas... Seres humanos que se tornam guerreiros com várias formas... São tantas coisas não explicáveis que creio simplesmente haver algumas coisas neste universo que não carecem verdadeiramente de uma explicação, não é Tsubaki-San?” A imrã de Godai sorri belamente enquanto todos fazem um aceno de concordância com a cabeça... Alguns segundos de silêncio enquanto todos tentavam assimilar tudo e uma das últimas frases seria pronunciada no recinto:
Kanzaki-Sensei“ – O importante é que nossas atitudes de hoje, inspirem os jovens de amanhã a fazer o certo, mesmo contra todas as probabilidades... Certo? Yusuke...” Godai responde com o insistente positivo acompanhado de um sorriso debochado e a palavra de concordância máxima: " - Hay!"

Todos erguem seus copos e brindam enquanto Oyassan chega com os pratos reclamando o de costume: “– Ora calem a boca e comam! Vocês falam como se conhecessem o Número 4 ou tivessem participado de algo... Façam-me algo de útil e comam esta boa comida!” Todos riem sonoramente deixando confuso o anfitrião e logo em seguida começam a degustar a bela refeição enquanto o segundo pai de Yusuke e Minori segue a divagar sobre sua idolatria ao Número 4... Enquanto todos se divertiam, Yusuke vira o rosto e observa a rua pela janela... Crianças, suas famílias, pessoas passando pela rua recuperando a confiança no amanhã... Ainda estavam tímidos, ainda tinham receios mas o que ele mais queria já começava a surgir de novo... Os sorrisos uma vez mais estampavam os rostos das pessoas e enquanto vivesse ele iria proteger aqueles sorrisos, para sempre poder estampar o seu...
"- Daijoubu Desu!"

11 Comentários

  1. Uau! Não, pera... Deixa eu retomar o fôlego aqui... Perai...
    Senhor Lanthys, que obra de arte temos aqui hein?
    Incrível o nível de detalhamento da história, desde personagens a situações e, claro aos combates.
    Você mostra um controle imenso no que diz respeito a como o Godai agiria se defrontado com uma situação de um apocalipse zumbi, toda a determinação do personagem em não destruir os monstros, sua esperança em reencontrar os entes queridos, você conduz o leitor perfeitamente até que a gente se pegue realmente querendo que ele encontre a cura. Muito bom.
    E como se não bastasse você cria esse plot com a criatura ancestral e, desculpe, mas não tem outro jeito de comentar, PUTAQUEOPARIU, ainda monta uma batalha épica dessas onde o Kuuga desfila todas as suas formas(náo posso afirmar pois não vi a série inteira, mas imagino que foram quase todas... Incrível, espetacular... me faltam adjetivos para essa batalha, em todos os sentidos.
    Realmente o projeto Tokusatsu Z começou magnificamente, juntando o que há de melhor em dois universos tão distintos.
    Meus mais sinceros parabéns meu bom amigo!

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    1. Grande Norberto, obra de arte? Tá longe disso, ainda mais considerando o tema que deveria ser Gore... Eu confesso que acho que escolhi o personagem errado para tal cenário visto que a humanidade de Godai é grande demais para permitir que ele virasse um carniceiro então eu não tinha como seguir uma linha apenas de terror e acabei desviando mais pros desafios de Godai que os zumbis em si, então, gomen se fugi da raia kkkk.

      Meu primeiro detalhe foi, ele não vai querer matar inocentes, esse era o ponto principal, o resto precisei moldar as opiniões de cada um em cima de suas convicções e levá-los de encontro ou confronto com as de Godai. E para não passar um episódio inteiro sem qualquer combate, era necessário ter algo além dos inocentes para serem combatidos, então surgiu a ideia da trama ancestral, grongis realmente zumbis, e algo que fizesse Godai querer usar suas formas e ter justificativa para tamanha fúria visto ele ser um pacifista. Pra finalizar, um dos pontos altos na saga de Kuuga é o fato de não poder atingir a Ultimate Form visto isso o transformar num monstro incontrolável (algo um pouco mais grave e menos reversível que Kouga tempo demais com a armadura Makai, lembra?) e fazer com que a humanidade e bondade de Godai conseguissem sobrepujar esse limitador controlando até mesmo a mais furiosa e bestial forma de vida conhecida na série. Enfim, que bom que curtiu e que bom que apresentei nosso projeto de forma descente e adequado, agradeço imensamente pela oportunidade e que tenha feito algo a altura dos demais trabalhos que serão apresentados! Um grande abraço meu amigo, valeu mesmo!

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  2. Que leitura incrível eu tive. Retratou perfeitamente o personagem e a atmosfera de mortes do seriado. E o final... lindo demais!

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    1. Grande Ícaro Paladino, ainda estou na espera da tua retomada ao MindStorm com mais trabalhos teus! \0/ Muito obrigado pela leitura e principalmente pelo retorno incentivador e que me agradou muito, espero que continue a participar conosco do MindStorm. Grande abraço e obrigado por tudo!

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  3. Cara, o que dizer disso que acabei de ler? Sensacional, sem a menor sombra de duvidas, além de ser um texto que faz muito Juz ao projeto, uma aventura de tirar o folego. A essência de Kuuga(pelo menos até onde vi a série), Me pareceu ser respeitada em seus 100%. Durante uma boa parte da historia, eu temi pelos personagens, temi pelo Kuuga até que meu mundo caiu quando ele foi mordido. Falei comigo mesmo, "fudeu", mas enfim, o cara é imune. Batalha final de tirar o folego, ossos se quebrando, carnes se deteriorando e no fim, a vitória e as vidas salvas realmente emociona.

    Quero só fazer um adendo, que quando vi que Godai queria salvar as pessoas, pensei comigo mesmo: Não dava pra esperar menos de um Kamen Rider rsrs. Vou além a ainda analiso que Takeru(Kamen Rider Ghost), Tomari(Kamen Rider Drive), Kouta(Kamen Rider Gaim) e até aquele Kamen Rider enfermeiro que eu não assisti por completo, provavelmente teriam a mesma decisão. Salvar as pessoas.

    Então, meus parabéns pelo Texto, parabéns pela historia, e vamos aguardando os novos trabalhos!!

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    1. Grande Rodrigo meu amigo, mais uma vez obrigado por teus comentários e apoio de sempre, é realmente empolgante ler tuas análises sobre tudo, pois de uma forma ponderada e muito fácil de compreender, tu nos leva a divagar sobre outros pontos que não haviamos abordado ainda e isso é bom pra caramba! Então, quando pensei em colocar Kuuga na pancadaria contra os zombies, minha esposa me recordou isso "Godai nunca mataria um inocente", e eu tive de contornar a coisa de forma a fazê-lo lutar a ainda assim manter seu ideal de não deixar essa sua faceta passar! Então precisei adaptar os inimigos e aproveitei para colocar em prática, o final que eu esperava ter visto quando assisti a série pela primeira vez então, creio que de uma forma bem mais branda, eu fiz justiça aos Rinto e a todos os inocentes mortos durante a saga kkkkkk! E como eram parte do mesmo poder, eu achei que seria justo e até empolgante dar esta imunidade a Kuuga, seguindo a já conhecida poderosa força de Kuuga! Que bom que curtiu, fico realmente feliz com teu comentário meu amigo, estou feliz!! Gratidão!! \0/

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  4. Uau!!! Que história fantástica. Curti demais meu amigo Lanthys, tudo bem explicado, amarrado e bem desenvolvido, de ponta a ponta.
    Confesso que, mesmo nao sendo muito fã da franquia, consegui adentrar bem na história, ligando-me aos personagens e torcendo para que tudo terminasse bem. Não conhecia o kamen Rider em questão, mas ficou claro que ele é um heroi poderoso e fiel aos seus ideais, muito bom mesmo.
    Mais uma vez te parabenizo pelo desenvolvimento e escrita que proporciona um prazer enorme na leitura. Obrigado por mais essa obra.
    Forte abraco!!!
    Daijoubu Desu!

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    1. Grande Renato, muito obrigado pela leitura e pelo comentário, fico feliz de ver que tinha curtido mesmo que não conhecesse a saga, isso ajuda bastante a desenvolver mais e mais nossas capacidades de escrita. Kuuga é uma série excelente para quem curte empatia e sentimentos simples e básicos do ser humano! Agradeço imensamente pela parceria e apoio de sempre e espero poder sempre continuar a emplacar bons trabalhos. Grande abraço e valeu uma vez mais!

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  5. Bom... na boa... É complexo descrever tamanha alegria ao ler esse conto. Na verdade, esse texto é um ode sacrossanto ao melhor Kamen rider de todas as eras: você pegou um tema que eu não gosto... a zumbilandia ... E um gênero que acho chato. Mas, você pegou esse gênero e arrasou mais uma vez.

    Para quem viu Kuuga, a leitura desse conto é ainda mais saborosa. Isso mesmo! Este texto é como se fosse de fato um fechamento ainda mais primoroso que o original. Lindo, meu amigo. O arco criado para o embate com a criatura ancestral é algo unico. Norberto tem razão. É uma obra de arte.

    Mas, eu quero valorar algo que talvez muitos não notem: a relação amorosa de godai com o professor. Agradeço fortemente por todos os professores. Você , Aldo, é um ser humano que, de fato, entende a essência da figura de um mestre que discípula alguém. E, isso é algo essencial em Kuuga. Somente alguém como Godai para enfrentar uma crise apocalíptica como a retratada.

    Mas, por que ele consegue? Justamente pela humanidade pueril de Godai, mas que foi desenvolvida e apurada por seu professor. Lindo demais. Kuuga venceu Daguba por matar seu sorriso. Ele.matou e sofreu pois transferiu sua alegria aos demais para ousar dominar a força as trevas que queriam dominar sua alma. E, aqui, você pegou esse elemento essencial e usou de.modo magistral. Lindo!!!

    Godai venceu de novo graças a sua pueril humanidade e o amor trazido por seu professor ainda que agora envolvido numa atmosfera ainda mais mórbida e triste...

    Olha, eu já bato o.martelo: nenhum conto vai superar o seu.

    Parabéns, meu irmão da vida e não de sangue... mas, meu irmão real!

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    1. Grande amigo Artur, como sempre tuas palavras vem com o mesmo impacto que uma onda de energia que revigora e nos faz cada vez mais querer se aprimorar na construção dessas aventuras! Me sinto extremamente feliz com teu retorno por esse trabalho que, quando idealizei fazer, não tinha a mínima ideia de como começar e no final, a coisa fluiu... Eu precisava colocar Godai em meio a esse acontecimento e não queria estragar a trama original, ou seja, mexer nos acontecimentos, então, busquei o final da série, não explorado por ninguém e tentei fazer algo condizente com a série ali! E o grande desafio era tentar colocar a série no mesmo clima dos zumbis, e pelo jeito, deu certo, fico feliz com isso! Sobre o professor, tu sabe bem o apreço que tenho que pela importância dos mestres em nossa vida, sem um professor, nenhuma outra profissão existiria, assim sendo, visto ele ter se criado sem pais, sendo responsável por sua irmã desde cedo, tendo tido seu professor como exemplo e grande estima, eu achei que seria mais que adequado que o grande motivo ao final de tudo para ele acreditar cada vez mais que, por mais que todos dissessem o contrário, ele deveria se esforçar em salvar todos para assim, salvar também aquele que o transformou na personalidade e caráter que o levou a vencer até mesmo o poder máximo da Ultimate Form. Eu fico feliz que tenha gostado e mais ainda que tenha te empolgado tanto, vindo de alguém que viu toda a série e que tem grande apreço pelos personagens, tem um peso gigante e muito bem vindo! Mais uma vez obrigado por tudo e espero poder sempre agradar com meus trabalhos!

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  6. Henshin...Kamen Rider Kuuuuuuuga!!!

    Um novo herói...
    Uma nova lenda !!!!


    Quando um fã declarado de uma série faz algo com tanto esmero, com tanto carinho, o resultado não poderia ser outro.

    Maravilhoso !


    Kuuga em todos os sentidos e formas.

    Yusuke Godai , fielmente retratado em toda a sua pureza alma, em seu senso de justiça inigualável.

    Todas as pessoas que fizeram parte da sua vida ali , narrados com reverência.

    A irmã Minori...
    O professor Kenzaki...
    O policial Ichijou e sua equipe de colaboradores...
    As crianças do orfanato...
    Sakurako , a amiga devotada e leal...
    Uma bela e épica homenagem!


    Fizeste algo grandioso meu amigo!

    Godai é um Rider único...
    Já te disse em off e manifestou aqui...

    Satoshi Yoshida , o inesquecível Neo Change Pégasus, tem muito do Godai.

    Deixo registrado aqui.

    Falar da luta contra o Monstro Ancestral e toda a trama construida nessa historia, é chover no molhado.

    Nosdos amigos fictors já fizeram com perfeição.


    Só me resta aplaudir, aplaudir e aplaudir...


    Continue a nos emociona com suas histórias!


    Parabéns, mestre da escrita!

    Talvez , a sua modéstia não permita enxergar a grandiosidade da obra em si...

    No entanto, os seus muito fãs, entre eles , esse humilde fictor que vos escreve agora , vem aqui pra te lembrar:


    O seu trabalho cativa, emociona e ensina.

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