Capítulo XIV - Trato é trato: Chloé e Sabrina em Lille (parte II)
Horas antes de irem à sorveteria, enquanto Sabrina passeia
pelas ruas de Lille com Brigitte, a cachorra de estimação da família Boulanger
da raça Lulu da Pomerânia (como se vê, Sabrina adora cachorros e se dá muito
com eles), Chloé tem uma conversa com as primas a respeito da mãe, ainda na
casa delas.
Marisol: “Chloé, diga-me uma coisa, como você se sente em
relação à tua mãe? Imagino que para você deva ser bem penoso e difícil viver
longe dela”.
Chloé (começa a chorar): “Marisol, Selina, difícil? Viver
longa da minha mãe é uma verdadeira penitência, isso sim! Desde que ela foi
embora para Nova York, ela quase nunca vem me visitar, muitas vezes esquece o
meu nome e, para piorar ainda mais as coisas, agora em Cannes ela mal ficou lá,
e enquanto ficou por lá mais parecia que estava em Nova York que em Cannes...
Sabe primas, eu não sei o que mais eu faço. Queria tanto que a minha mãe, minha
mãe, me desse atenção e tal, mas às vezes sinto que para ela eu não existo. Eu
a amo muito e queria muito que ela me visitasse em Paris, nem que fosse só uma
vez por ano!”.
Só de lembrar-se desse assunto, Chloé começa a chorar como
um bebê, depois de ter dito todas essas coisas que vêm do fundo dela. Para
tentar melhorar o ânimo de Chloé, Selina (que, a despeito das desavenças
pregressas com a tia dela e sabendo quem ela é de fato procura não julgar a
prima a esse respeito) oferece à prima um macarron de brigadeiro. “Chloé, coma
esse macarron aqui, vai ajudar a melhorar o teu humor”, diz Selina. Chloé de
início recusa, sob a alegação de que está sem vontade de comer. Mas as primas
convencem Chloé do contrário e ela come o macarron. E o acha uma delícia. “Sabe
primas, esse é o melhor macarron que já comi na minha vida! Acho que vou querer
mais”, diz a loira oxigenada, que come mais alguns desses e pouco a pouco
melhora de humor.
Pois bem. Como combinado entre as partes, Chloé terá de
pagar um sorvete para as primas na sorveteria favorita delas, a sorveteria do
Bertrand Glacier, situada na Rua de Bethune, um dos principais pontos de lojas
e restaurantes da cidade natal de Charles de Gaulle (1890 - 1970), 18º
presidente da República Francesa. Bertrand, que a propósito, é irmão do
sorveteiro André.
Como dinheiro não é problema para Chloé, a conta ficou por
conta da loira oxigenada. Ela pediu um sorvete de bola dupla de chocolate
branco e floresta negra, enquanto que Selina pediu um Banana Split, Marisol uma
bola dupla de brigadeiro e morango e Sabrina, também um Banana Split.
Enquanto se deliciam com os sorvetes do senhor Glacier, um
dos mais renomados sorveteiros de Lille, Chloé, Sabrina, Selina e Marisol
conversam. E um dos temas da conversa é sobre a visita do Chapolin à mansão em
Cannes.
Selina: “E então Chloé, como é que foi lá em Cannes?”.
Chloé: “Foi muito bom lá, sabe? Apesar de que minha mãe
ficou pouco tempo por lá. Mas para compensar, vocês acreditam que o Chapolin
Colorado apareceu lá na minha mansão?”.
Marisol: “Sério Chloé, o Chapolin Colorado, que é uma lenda
no mundo dos heróis?!”.
Chloé: “Sim, ele mesmo. A Lady Bug achou que eu ia correr
perigo e pediu ajuda ao Chapolin para ele me ajudar”.
Marisol: “Mas que legal, Chloé. Me conte mais sobre o
Chapolin e o que ele fez na mansão”.
Chloé: “O Chapolin é incrível, um tanto atrapalhado é
verdade, mas é um herói muito corajoso, nobre e astuto. Ele me salvou de um
bandido que entrou pelos muros da mansão. Sabe como é...”.
Selina: “E falando na Lady Bug, eu estive pensando, quem
será ela por trás da máscara? Será que é aquela colega tua que estuda contigo,
Chloé? As duas até se parecem um pouco, a começar pela cor de cabelo”.
Chloé: “A Dupain Čeng? Aquela desastrada que volta e meia
chega atrasada à aula? Acho que é mais fácil elefante criar asas que a Dupain
Čeng ser a Lady Bug. E fala sério, vir a Lille para ouvir o nome dela é um
sacrilégio”.
Enquanto Chloé conversava com as primas sobre a visita que
ela recebeu do herói mexicano e também sobre a Lady Bug, quatro presenças
ilustres chegam à sorveteria, e Sabrina é a primeira a nota-las.
Sabrina: “Chloé, meninas, olha só quem está ali, é o Adrien!
Oi Adrien!”.
Adrien: “Oi meninas!”.
Selina: “Oi, Adrienzinho!”.
Chloé: “Selina, não ouse chamar o meu Adrienzinho assim!
Baixe a bola ai!”.
Adrien veio a Lille junto com seu pai, Gabriel Agreste, a
assistente Nathalie e o guarda-costas Gorila. Eles também vieram tomar um
sorvete na sorveteria do senhor Glacier. A ida à sorveteria foi ideia de
Nathalie. “Dizem que o sorvete que eles fazem nessa sorveteria é muito bom”,
ela disse. Adrien se surpreende ao ver Chloé na sorveteria, e Chloé idem.
Adrien está lá em uma campanha de caridade da firma do pai em Lille.
Adrien: “Chloé, mas que surpresa encontra-la aqui. O que
está fazendo aqui?”.
Chloé: “É uma longa história, Adrienzinho”.
Gabriel: “Adrien, onde está você? Por que está demorando a
pedir os sorvetes?”.
Adrien: “Pai, olha só quem está ai, a Chloé, a Sabrina e as
primas dela”.
Gabriel: “Prazer em vê-las, garotas”.
Garotas: “Olá, senhor Agreste!”.
O senhor Agreste, assim como Nathalie e o Gorila, ficam
surpresos de ver Chloé em Lille. Logo, os dois velhos amigos de infância estão
a par sobre o que lá estão fazendo. Adrien, por seu turno, ficou surpreso de
saber que Chloé conheceu o Chapolin Colorado. “Uau, o Chapolin Colorado!
Gostaria muito de poder conhecê-lo, ele é um dos meus heróis favoritos”, diz o
Agreste.
Enquanto conversava com as meninas, Selina pergunta a Adrien
sobre a identidade de Lady Bug.
Selina: “Adrien, diga-me uma coisa, quem você acha que é a
Lady Bug?”.
Adrien: “A Lady Bug? A Lady Bug? Não sei, e nem faço ideia”.
Selina vê o rosto de Adrien corar só de ouvir falar no nome
da heroína que protege Paris. E é o suficiente para ela descobrir que Adrien é
apaixonado por ela. Mas, ela, de forma prudente, para a conversa por ai e volta
a se deliciar com o sorvete, enquanto que Adrien pede o sorvete para ele, o pai
e sua comitiva.
1 Comentários
ita que a Selina é esperta!
ResponderExcluirEnxergou o que tá na cara de todos.
Era só olhar para os cabelos azuis....🙄 🙄
Vejamos o que acontece com Adrien em Cannes.
E sinto uma sincera pena da Chloé.
Muito bom !