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Esquadrão Eletrônico Virtuaranger - Capítulo 7 – Ases indomáveis

 



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Capítulo #7 – Ases indomáveis



Simulacro City – Torre de Controle


Eles abriram os olhos.

Os Virtuarangers notaram que, de alguma forma, estavam de volta à Torre de Controle, mais precisamente em uma espécie de enfermaria. Eles estavam deitados em leitos de alumínio e CyberMaster estava com eles.

- Ah, finalmente acordaram! – disse o homenzinho, com satisfação – Estava genuinamente preocupado com vocês.

- CyberMaster? – perguntou Rodrigo, ainda atordoado – Como... como a gente veio parar aqui?

- Então, eu tive que teleportá-los a tempo, antes que aquele Bug gigante desse cabo de vocês completamente.

- Cara, foi tudo muito rápido! – disse Sofia – Achei que já tinha ido para o outro plano.

- Somos dois. – disse Cauê – Dessa vez, o VirtuaShield não nos protegeu...

- A culpa não foi sua, Cauê. – disse Gabi – O ataque daquele bicho era muito poderoso.

- Ah, sobre isso, CyberMaster, você conseguiu analisar o Bug gigante? – perguntou Rodrigo.

- Sim, Rodrigo, eu analisei e o ponto fraco dele, na verdade, é o centro de fornecimento de energia, como se fosse uma bateria. Este objeto fica no tórax do Bug.

- Realmente, para manter aquele bicho, precisaria de muita energia. – comentou Cauê.

- Então, vamos lá. – disse Rodrigo, levantando-se.

- Esperem! – disse CyberMaster – Seus Pad Changers estão na restauração. Como o ataque os avariou completamente, a restauração irá demorar por mais duas horas, ou seja, quatro horas.

- Quatro horas?! – perguntaram os Virtuarangers ao mesmo tempo.

- Agora já era! O desgraçado do Crashware vai dominar o Simulacro! – lamentou Sofia, passando a mão do rosto até os cabelos.

- Não se preocupem, Virtuarangers. – disse CyberMaster, placidamente – Vocês poderão enfrentar o Bug gigante sem sair daqui da Torre.

- Como?! – perguntaram os Virtuarangers ao mesmo tempo.

- Vocês podem se levantar?

Os jovens assentiram.

- Então, sigam-me.

Os Virtuarangers levantaram-se dos leitos e seguiram CyberMaster, saindo da enfermaria. Eles foram andando até um elevador e ao invés de subir, eles desceram. Foi uma longa descida até o elevador chegar ao seu destino. Eles saíram e atravessaram um longo corredor até pararem em uma porta. CyberMaster digitou a senha no painel ao lado da porta e ela se abriu.

Passando pela porta, os Virtuarangers ficaram surpresos com que viram... Havia ali quatro pequenas câmaras nas quais haviam um assento, uma tela de tamanho grande e abaixo da tela, um painel com uma espécie de manche de avião ao centro.

Rodrigo logo disse:

- Já sei o que são. São simuladores de voo. Já estive em um, certa vez.

- Você acertou, Rodrigo. – confirmou CyberMaster – De fato, eles se assemelham a simuladores de voo, porém, aqui vocês podem controlar naves de verdade sem sair do lugar.

- Sério?! – perguntaram os Virtuarangers.

- Sério. Vocês controlarão naves, que na verdade, pequenos caças, que passei a chamá-los de VirtuaJets. É a nossa única chance contra o Bug gigante de Crashware.

- Bem, qualquer coisa serve contra esse cara. – disse Cauê.

- Olha aí, Rodrigo, é sua chance de ser um “Top Gun”, hehehe! – brincou Sofia.

- Acho que já dissemos que, no filme, eles são da Marinha e eu quero entrar para a Aeronáutica. – corrigiu Rodrigo.

- Ah, que seja!

CyberMaster interrompeu aquele momento de descontração, dizendo:

- Tomem seus postos. Não temos tempo a perder.

Os Virtuarangers assentiram e cada um assentou-se no respectivo simulador de voo.

- Ótimo. – disse CyberMaster – A condução não é difícil. Para a ignição, é só apertarem o botão vermelho no lado direito do manche. Lembrem-se: não tirem as mãos do manche por nada neste mundo, porque, assim que apertarem o botão, vocês estarão em pleno voo.

Então, eles apertaram o botão e de repente as câmaras começaram a vibrar. As imagens das telas mostravam os prédios iluminados de Simulacro City.

- Uau, estou realmente pilotando um avião! – exclamou Gabi – Nem em meus sonhos imaginaria isso!

- Bem, eu quero pilotar um avião de verdade no futuro. – comentou Rodrigo – CyberMaster, qual é a nossa localização, exatamente?

- Ponto 2-3-9. Foi a última localização identificada do Bug gigante. Aliás, quando vocês o virem, acionem as metralhadoras apertando o botão ao centro do manche.

- Certo! – disseram os Virtuarangers.

Enquanto isso na superfície, os VirtuaJets rasgavam o céu do ponto 2-3-9 de Simulacro City. Como CyberMaster dissera, os VirtuaJets eram pequenos caças de cor prateada. Eles voavam até localizar o MegaBug, que estava zumbindo extremamente alto.

- Encontramos! – exclamou Rodrigo – Lembrem-se, o ponto fraco dele está no tórax.

- Certo! – disseram os outros.

- Cauê e Gabi, ataquem pelos flancos. Sofia, ataque por cima, enquanto eu atiro no ponto fraco.

- Certo! – disseram os outros mais uma vez.

Então, os Virtuarangers fizeram o combinado. Cauê e Gabi disparavam contra o MegaBug pelos dois lados, enquanto Sofia atirava na cabeça.

Rodrigo viu que a parte do tórax estava exposta e foi até lá, encontrando uma protuberância na qual havia o símbolo de Lorde Crashware.

- Pessoal, achei o ponto fraco! – disse o rapaz – Vou atirar.

Contudo, o MegaBug parecia pressentir o perigo e afastou o VirtuaJet de Rodrigo com uma das patas frontais. O jato começou a rodar feito pião e o rapaz tentava controlar a aeronave.

- Mayday! Mayday! (*) Aeronave abatida! – exclamou Rodrigo.

- Rodrigo, use o freio de emergência para estabilizar o jato. – disse CyberMaster.

O rapaz obedeceu e um paraquedas abriu-se na cauda do VirtuaJet, fazendo com que o jato realmente se estabilizasse.

- Beleza, vamos lá. – disse Rodrigo – Vamos nos agrupar e atirar juntos no peito dele.

- Certo!

- Formação em V, pessoal!

De fato, os Virtuarangers posicionaram seus VirtuaJets com os rapazes à frente e as garotas atrás, formando um V no céu, diante do ponto fraco do MegaBug.

- Fogo! – bradou Rodrigo.

Então, eles dispararam contra o tórax do MegaBug e a criatura começou a voar em ziguezague, completamente desnorteada, até ir de encontro com um prédio, ir ao chão e explodir. O poderoso MegaBug estava destruído!

- Conseguimos! – comemorou Rodrigo – GG, pessoal!

- GG! – responderam os outros.

- Não foi fácil, mas a mais poderosa criação de Crashware foi derrotada. – disse CyberMaster.

- Graças a vocês, Desenvolvedores. – disse Cauê.

- Claro, claro. Contudo, vocês estão se saindo melhor que o previsto. Para isso, não se pode baixar a guarda. Crashware não desistirá em querer dominar o Simulacro e o Concreto.

- E nós estaremos aqui para impedir. – disse Sofia.

Os outros assentiram.

- Vocês precisaram retornar com os VirtuaJets. Eles precisam ser preservados.

Do lado de fora, os VirtuaJets rasgavam o céu de Simulacro City em direção à Torre de Controle.


Ilha Lagstone – Mansão Crashware


Enquanto isso, Lorde Crashware e Dr. Glitcher acompanhavam por uma tela a queda e a destruição do MegaBug. Naturalmente, Crashware ficou furioso e esmurrou a tela.

- Inacreditável! Impossível! Inconcebível! O MegaBug destruído pelos pestinhas de CyberMaster! – lamentava-se Crashware – Doutor, ele não era infalível? Quero que me explique o que acabei de ver com meus próprios olhos!

- Mi-mi-milorde, e-e-eu também não estou acreditan-tan-do! – disse Dr. Glitcher, apavorado – Os Virtuarangers encontraram o centro de fornecimento de energia e atiraram ali. Eu não deveria ter deixado tão exposto...

- Cale-se! Cansei de suas falhas, doutor! E uma falha desta magnitude não merece ficar impune!

O lorde desembainhou sua espada e apontou para o cientista.

Dr. Glitcher ajoelhou-se diante de Crashware e disse:

- Eu lhe imploro, milorde! Dê-me mais uma chance! Prometo que vou corrigir as falhas. Por favor!

- Sem outra chance, doutor! Vou matá-lo agora mesmo por causa destas sucessivas falhas. Só quero que me diga um único motivo para eu não matá-lo neste instante.

- Por favor, abaixe a espada, milorde! Eu... eu... posso lhe dizer algo muito importante.

- Está blefando, doutor! Você só quer se safar da morte iminente.

- Eu juro, milorde! Eu sei de algo que vai interessar ao senhor, porque vai ajudar a conquistar o Concreto.

Ao ouvir as últimas palavras, Crashware guardou sua espada e disse ao cientista em tom mais calmo:

- Hum, ganhou minha atenção, doutor. Pois então, diga. Espero que seja importante, porque caso contrário, minha espada não terá piedade.

- Ah, mas é muito importante, milorde. É algo que CyberMaster esconde dos Virtuarangers, mas eu sei, afinal, também sou um Desenvolvedor, na verdade, estou aqui muito antes de você, Victor.

As últimas palavras surpreenderam Lorde Crashware, não só por ter sido chamado pelo nome verdadeiro, mas por descobrir que Dr. Glitcher também era um Desenvolvedor.

- Você, um Desenvolvedor?! E ainda veio antes de mim? Impossível! Eu me ofereci como cobaia para ser o primeiro humano do Concreto a entrar no Simulacro. Não é possível que tenha alguém que veio do Concreto antes de mim.

- Pois tinha, Victor. Era eu, o Dr. Henry Glitcher. Achou mesmo que eu era um mero NPC quando nos conhecemos? Eu sabia de todas as suas ambições, Victor, de dominar tudo isso aqui e dominar o Concreto também. Pois eu vou dizer: estas também são as MINHAS ambições. Por isso que decidi a me juntar a você.

O tom de voz do cientista mudou completamente. Não era mais um mero servo apavorado por causa da fúria de seu mestre, mas era como se fosse um “parceiro no crime”. Em poucos minutos, a relação mestre e servo entre os dois tinha se acabado.

Ainda confuso com as revelações de Dr. Glitcher, Crashware perguntou:

- Então, por que não me falou antes, quando estávamos no Concreto, desenvolvendo o Simulacro? Aliás, quando você veio para cá, se ninguém tinha ouvido falar de alguém antes de mim?

- Victor, você deveria saber que nós, os Desenvolvedores, não somos muito unidos, tanto que quase não há relação entre nós. Eu vim para cá em segredo e nem os outros e nem você, claro, sabiam disso. Quando você chegou aqui e nos conhecemos em Simulacro City, decidi me unir a você, para ajudá-lo a dominar o Simulacro e o Concreto, como disse antes.

- Bem, os outros Desenvolvedores criaram CyberMaster e eles trouxeram aqueles adolescentes irritantes para cá, para tentar nos impedir. Mas vamos voltar para o começo da nossa conversa, doutor. O que você sabe e é algo que os Desenvolvedores por trás de CyberMaster estão omitindo dos Virtuarangers?

- A existência de um local que fica entre o Simulacro e o Concreto: a Interface. É o acesso das pessoas do Concreto como nós voltarmos para lá.

- E os Virtuarangers não sabem disso? Excelente! E você pode me dizer onde fica a Interface, doutor?

- Bem, ela fica...



CONTINUA...



(*) É um termo usado para indicar que uma pessoa, aeronave, navio ou veículo está em perigo iminente e precisa de ajuda imediata.

2 Comentários

  1. Agora a coisa está esquentando.

    Na primeira parte do episódio , a parte Top Gun, ficou da hora.

    Uma saída criativa para vencer o Mega Bug!
    Curti.

    Na segunda parte, uma revelação que pode mudar o rumo da narrativa.
    Cashmare descobriu sobre a Interface e isso pode ser perigoso.

    Ansioso pelo próximo capítulo!

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