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Força Especial Bataranger 3 - Capítulo 15 - A aranha e as moscas

 



No capítulo anterior:

O grupo da Ilha das Rosas entra na Teia e descobre sobre os cupinzeiros espalhados pelo Rio de Janeiro.



Capítulo #15 – A aranha e as moscas



Ilha das Rosas – Complexo de Araki


A voz de Rosicler Araki ecoava por toda a Teia. O grupo ficou espantado ao ouvir a voz dela.

Angélica: “Araki!”

Araki: “Sim, Angélica, sou eu. De volta do mundo dos mortos. Vocês têm o privilégio de ouvir minha voz depois de tanto tempo.”

Roberta: “Humpf, esse é um privilégio que eu nunca queria ter...”

Araki: “Eu consigo lhe ouvir, velocista. Você virou uma Bataranger, certo? Realmente, a F.E.B. virou bagunça... Qualquer um pode entrar.”

Tarso: “Ei, Roberta não é qualquer uma!”

Araki: “Você próprio é um exemplo de como qualquer um pode ser um Bataranger, Monteiro. Na verdade, eu lhe dei uma chance de ser melhor que seus companheiros, mas eles conseguiram levá-lo de volta ao lado da F.E.B. (*).”

Tarso: “Humpf, agradeço pela BataSilver, mas você fez com que eu me voltasse contra meu primo e meus amigos!”

Araki: “Tudo bem, tudo bem... Vamos deixar o passado de lado e vamos pensar no presente. Aliás, sobre o presente, parece que uma parte da equipe dos Batarangers veio até o meu complexo, graças a um rato, na verdade, uma ratazana bem grande...”

Zaira: “A senhora não manda mais em mim, Dra. Araki! Eu os trouxe aqui para prendê-la!”

Araki: “Uau, que determinada! Parece que a influência de Lopes, Angélica e seus micos amestrados fez efeito em você, Zaira. Confesso que você me decepcionou bastante. Achei que você seria obediente o bastante para ter o mesmo destino dos outros soldados Ômega. Digo o mesmo a você, Eduardo Torelli.”

Capitão Torelli: “Ao contrário da senhora, doutora, eu nunca ordenaria minha tropa para morrerem em vão. Meu maior erro foi ter aceitado trabalhar para a senhora.”

Araki: “Bem, parece que minha reputação como patroa nunca foi a das melhores, visto a insatisfação dos meus antigos comandados... Porém, não ligo para isso. Ora, a mulher-felina está aí também! Olá, querida!”

Felícia respondeu apenas com um rosnado.

Araki: “Não quer falar? Tudo bem, eu entendo. Bem, vamos voltar à vaca fria. Segundo Zaira, vocês vieram até a Teia para me prender, correto?”

Angélica: “Sim, Rosicler, mas dessa vez, não vamos deixá-la escapar!”

Araki: “Hum, gosto de sua determinação, Gomes, mas como vocês vão me prender, se nem conseguem me ver?”

Capitão Torelli: “Nós vamos encontrá-la, doutora, e a senhora não deve estar longe.”

Araki: “Será, Torelli? E se eu não estiver na Teia? E se eu estiver em outro lugar bem longe de onde estão? Parece que entraram na Teia à toa.”

Roberta: “Ela tem um ponto, pessoal. A gente não tem como saber se ela está aqui na Teia, porque nós só escutamos a voz dela.”

Araki: “Pelo menos, alguém usa o cérebro nesse grupo... Vamos ver se o resto sabe usar também. Bem, vocês viram os cupinzeiros naquela sala. O que podem concluir disso?”

Angélica: “Que você mandou espalhar cupinzeiros com embriões pelo Rio de Janeiro, mas não consigo ver a ligação.”

Araki: “Não consegue? Francamente, Angélica, você já foi melhor... Contudo, vou ser boazinha e vou lhe ajudar a conectar o tico com o teco. Cupins são irritantes quando ficam voando em volta da luz, certo?”

Angélica: “Certo.”

Araki: “Então, como quero o caos na cidade, preferi unir o útil ao agradável. Acho que já entendeu onde quero chegar, certo?”

Então, Angélica arregalou os olhos e compreendeu toda a situação.

Angélica: “Agora entendi! Você espalhou embriões de híbridos de cupins e humanos para que fique impossível da F.E.B. prender a todos eles! Então, essa era a segunda parte de seu plano?”

Araki: “Bingo! Sabia que a minha substituta não iria me decepcionar.”

Tarso: “Saiba que a F.E.B. já impediu seu plano de caos antes, quando você mandou soltar os prisioneiros da BataBase (**). Ela vai impedir novamente esse seu plano.”

Araki: “Tarde demais, Monteiro. Os homens-cupins já estão espalhados pela cidade. Neste momento, a tão ‘maravilhosa’ F.E.B. está sofrendo com eles, como eu esperava.”

O grupo ficou espantado com a informação, mas o Capitão Torelli não ficou convencido:

“Está blefando, doutora.”

Araki: “Estou, Torelli? Deem uma olhada no telão da sala onde vocês estavam.”

Eles foram até a sala dos cupinzeiros e viram no telão cenas aterrorizantes! Eram do noticiário ao vivo, que mostrava imagens de centenas de homens-cupins sobrevoando as ruas do Rio de Janeiro, causando pânico na população. Para causar ainda mais indignação neles, principalmente em Tarso e no Capitão Torelli, a Divisão Tática estava tendo dificuldades contra os homens-cupins.

O grupo saiu da sala e Araki não perdeu a oportunidade de provocá-lo:

“Ainda acham que estou blefando?! A cidade está tendo o caos que merece e vocês não têm como impedir! Admitam, eu venci.”

Angélica: “E depois, Araki? O que vai acontecer a você, se por um acaso você nos derrotar?”

Araki: “Comigo? Vou me sentir realizada por me livrar de vocês.”

Tarso: “Mas e a população do Rio? Ela não tem que pagar pela sua megalomania.”

Araki: “Ah, Monteiro, pelo visto, você não entendeu nada. A população do Rio merece o caos, porque não existe ordem entre humanos, principalmente humanos modificados.”

Roberta: “Você não passa de uma psicopata, nariguda! Prefere usar a ciência para o mal e não para o benefício da população.”

Araki: “O meu benefício à população foi ter criado os jovens HMs que se tornaram os Batarangers, minha cara, mas Lopes não os deixou serem o que quiserem. Foi ele quem quis brincar de Deus, não eu. Eu só os criei, porque ele queria que eles fossem os ‘policiais perfeitos’, ou seja, ele os via apenas como meros soldados, não como humanos.”

Angélica: “Mentirosa! O comandante sempre se importou com os Notáveis, tanto que ele sempre foi cuidadoso com o momento que os liberaria para campo.”

Araki: “Se importou tanto com eles que escondeu a origem deles... Admiro sua devoção a Lopes, Angélica. Talvez seja por isso que nunca se casou...”

Angélica: “O que... está insinuando, Rosicler?! Minha vida pessoal não lhe interessa, sua...!”

Ela estava com um semblante completamente de raiva, prestes a explodir a qualquer momento. Rapidamente, Capitão Torelli tocou-lhe o ombro e disse:

“Não caia nas provocações dela, doutora. Ela quer isso mesmo, tentar nos irritar. Enquanto estamos parados aqui, a cidade do Rio está em perigo.”

Angélica, já mais calma, disse:

“Tem razão, capitão. Estamos perdendo tempo aqui conversando com essa desgraçada. Nós já cumprimos os objetivos de libertar os HMs e entrar na Teia. Agora, temos que sair daqui e ajudar nossos companheiros.”

Araki: “Ah, sobre sair daí, Gomes, tenho algo para vocês.”

De repente, outra voz feminina saiu do alto-falante, ecoando por toda Teia, com uma mensagem aterrorizante e familiar:

O sistema de autodestruição foi ativado! Repetindo, o sistema de autodestruição foi ativado! O procedimento não pode ser abortado! Todos os soldados devem se dirigir aos vagonetes de fuga!

Depois de uma pausa, a voz prosseguiu:

Dez minutos para a detonação!

O alarme soava por todo o complexo. O grupo ficou espantado com mais aquela situação de fugir de uma autodestruição.

Tarso: “Ah, não! De novo, não!”

Araki: “Sim, de novo, sim! Porém, ao contrário da outra vez (***), vocês não têm como escapar.”

Capitão Torelli: “Não cante vitória, doutora. Sei de todos os caminhos de fuga do complexo, caso a senhora tente nos impedir de ir para os vagonetes.”

Araki: “Ah, é, Torelli? Mas será que você sabe como se livrar...disso?”

Então, o ovo ou casulo do teto se rompeu e de lá saiu uma criatura. Ela tinha a cabeça, os membros superiores e o torso em forma de mulher humana, enquanto o abdômen era de um aracnídeo, com as patas.

Araki: “Minha amiguinha far-lhes-á companhia e os manterá ocupados, enquanto meu complexo, que construí com tanto carinho por mais de vinte anos, vai pelos ares, na verdade, pelas águas. Adeus a todos vocês! Vejo vocês em outra vida!”

Assim que Araki falou a última frase, não se ouviu mais a voz dela pela Teia, apenas o barulho do alarme de autodestruição, da qual restavam nove minutos. A criatura aproximava-se cada vez mais do grupo, encurralando-o.

Roberta: “Estamos literalmente presos na Teia da aranha...”



CONTINUA...



(*) Ler Força Especial Bataranger, capítulo 13 (“A palavra é prata (Parte II)”)

(**) Ler Força Especial Bataranger, capítulo 16 (“O último ato de Skruk”)

(***) Ler Força Especial Bataranger 2, capítulo 27 (“Pedro II (Parte Final))



No próximo capítulo:

O grupo da Ilha das Rosas precisa escapar do complexo o quanto antes.

2 Comentários

  1. Grande Israel!

    Como é bom ver que sua escrita ,a cada dia ,se torna mais envolvente e muito bem amarrada!

    A Temporada 3 , corrobora a sua rápida evolução, sendo preciso e certeiro capítulos curtos, mas que falam muita coisa.

    Apesar dos heróis estarem em sérios apuros na Teia da Aranha, fico feliz e aliviado que Zaira e Torelli, não eram traidores.

    Isso já é uma grande coisa e motivo de comemoração.

    Talvez,esse seja mais um erro de Araki!

    Menosprezar os dois!

    Vejamos como se dará esse desfecho!

    Parabéns!

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    1. Obrigado pelo feedback de sempre e agradeço os elogios.

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