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A garota que jogava suas roupas (capítulo X)

 

                                            Capítulo X - Um bandido dentro da mansão (parte II)

Como já dito antes, Audrey está dentro da sala de estar da mansão, muito mais preocupada com o que acontece em Nova York que no lugar em que está, de tal modo que está indiferente até mesmo em relação à presença do bandido.

A rainha do estilo está lá, dentro da sala principal da mansão, com o celular na mão, e ao ver que não há ninguém perto dela pretende ligar para a meia-irmã de Chloé, Zoé. Zoé foi fruto de uma aventura extraconjugal de Audrey em Nova York com certo senhor Lee. Mas, bem na hora em que ia discar o telefone para conversar com a filha, eis que o Chapolin aparece. Ele, em um surto de loucura, pensa que Audrey é uma cúmplice do bandido e a fulmina com várias marretadas. E ao fim dos golpes, Chapolin diz “não contavam com a minha astúcia!”. Audrey, por seu turno, fica p* da vida depois dessa.

Audrey: “Ora, seu projeto herói atrevido!”.

André: “Está tudo bem contigo, Audrey querida? Não se machucou? Chapolin, a Audrey não é cúmplice de bandido, ela é minha esposa!”.

Chapolin: “Suspeitei desde o princípio”.

Audrey: “Ora essa, seu esquisitão de roupa vermelha! Você é muito ridículo e cafona, não deveria andar por ai vestindo esse uniforme brega. Está despedido!”.

Chapolin: “Que eu saiba, eu não trabalho para você, madame Audrey Bourgeois”.

André e Chapolin vão à sala conversar brevemente a sós, enquanto que Audrey vai ao quarto, toda aborrecida por ter passado por um papelão diante do Polegar Vermelho.

André: “Chapolin, a Audrey é a minha esposa, a mãe da Chloé, e você não pode sair por ai dando marretadas a torto e direito”.

Chapolin: “Me desculpe, é que no calor do momento achei que ela era uma cúmplice do bandido e tal, sabe como é. Mas saiba de uma coisa, depois que resolvermos o problema com o bandido nós teremos uma conversa séria. Eu, você, a tua mulher e a tua filha. Entendeu?”.

Audrey: “Sim, Chapolin”.

Minutos mais tarde, o bandido volta. Primeiro ele observa do alto dos muros da mansão, como se fosse um tigre espreitando sua presa no meio de um denso matagal. Ao ver que no espaço exterior da mansão não há ninguém, o bandido pula para dentro e vê que no chão há algumas roupas e brinquedos jogados por lá. De início, movido por curiosidade, mexe neles e até se atrapalha um pouco. Até que ele começa a pegar alguns dos brinquedos e roupas para si mesmo. Mas ele muda de ideia ao ver que os moradores da mansão (excetuando-se Audrey, obviamente) e Chapolin estão para voltar ao espaço e se esconde na casinha de cachorro.

Chegando ao espaço exterior da mansão, as anteninhas do Chapolin começam a detectar a presença do inimigo, e dessa forma ele pede silêncio a todos.

D’Agencourt: “Isso só pode significar que...”.

Sabrina: “O bandido ainda está aqui, em algum lugar oculto!”.

Chapolin então ordena que as mulheres saiam. André entende que Chapolin quis dizer os melhores e se dirige à área interna da mansão, mas com um puxãozinho de orelha do mordomo ele muda de ideia e volta à área externa da mansão. Chapolin diz aos presentes que irá se ocultar para surpreender o bandido no momento em que ele retornar. André pergunta a Chapolin onde que ele irá se esconder, e o herói mexicano responde que irá se esconder na casinha de cachorro.

Chapolin entra na casinha, sem saber que o bandido também está lá. Dentro do espaço da casinha, Chapolin e o bandido travam uma luta por cerca de dois minutos. Os dois ficam dando golpes e sopapos um no outro até que Chapolin acerta uma marretada no bandido, seguida de uma marretada nele próprio. “Sou eu, estúpido!”. E enquanto Chapolin chamava-se a si mesmo estúpido, o bandido aproveita o momento para fugir.

André sai de dentro da mansão correndo e pergunta ao Polegar o que aconteceu, e o Polegar o coloca a par de tudo o que aconteceu na casinha. André volta a entrar na mansão para pegar um revólver. E enquanto isso Sabrina aparece, segurando um cachorro nos braços. É um cachorro da raça Lhasa Apso de cor dourada. Na verdade, uma cadela chamada Traquemoiselle, que geralmente fica em Cannes aos cuidados dos mordomos (já que cachorros como ela não são permitidos no hotel). Sabrina adora cachorros, e sempre que vai à mansão de Cannes passa longas horas junto de Traquemoiselle. Até passeia na rua junto com ela.

Sabrina: “Você encontrou o bandido, Chapolin?”.

Chapolin ia explicar a situação à ruiva, mas Chapolin se derrete todo ao ver o cachorro que Sabrina tem em mãos. “Ai que bonito cachorrinho”, diz o Polegar. E até pede à ruiva para segurá-lo em seus braços. E enquanto Chapolin acaricia o cachorro, o mordomo volta a aparecer.

D’Angecourt: “Mas você me disse que o bandido veio e já foi embora?”.

Chapolin: “Sim, sim, mas não se preocupe. O bandido vai tomar um susto que ele não esquecerá até o último dia de sua vida. Espere e verá”.

Chapolin conta ao mordomo que ele pretende se disfarçar de brinquedo, o que gera risadas da parte do mordomo d’Agencourt. Até que o herói mexicano mostra ao mordomo as pastilhas que tem em mãos, as pastilhas encolhedoras. É a deixa para Chapolin mostrar ao mordomo que basta tomar só uma delas para reduzir de tamanho. Tanto o mordomo quanto Sabrina (que também viu a cena) se surpreendem ao ver que Chapolin pode reduzir de tamanho por meio das pastilhas.

Chapolin vai à casinha de cachorro e segura com os próprios braços um dos ossinhos de Traquemoiselle. Achando que há um bandido dentro da casinha, o senhor Bourgeois aponta o revólver e diz mãos para cima e efetua um disparo que atinge no osso. E enfim se dá conta de que é um boneco em miniatura do Chapolin que lá se encontra. Chapolin sai do local. Ao ver que Chapolin saiu do local, Bourgeois volta à casinha, e logo Sabrina e Chloé aparecem.

Chloé: “Papai, o que procura?”.

André: “É um brinquedo que acabei de ver, é um Chapolin Colorado mais ou menos desse tamanho que fala e se movimenta sozinho”.

Chloé: “Agora estou vendo quem é o mentiroso aqui”.

André: “Ai minha filha...”.


1 Comentários

  1. O Chapolin sempre deixa as coisas mais engraçadas.


    A marretada na Audrey foi cômica.

    Junta -se ao "Está Despedido !" e a resposta do Chapolin, temos o cenário perfeito.


    Muito bom!

    A história está muito divertida !

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