Capítulo VII - Ó, e agora, quem irá ajudar a Chloé? (parte I)
Em seu canto dentro da sala de estar da mansão, a senhora
Audrey se encontra indiferente às traquinagens da filha e da fiel escudeira
dela. Como bem disse uma vez a irmã dela, como mãe Audrey é um zero à esquerda
para educar e dar atenção à filha, mas uma leoa para mantê-la afastada dos
parentes que ela não vai nem um pouco com a cara. Afinal para ela o que Chloé
faz ou deixa de fazer na área externa da mansão não é problema dela.
Mas o mesmo não se pode dizer do mordomo Charles
d’Agencourt. Algo dentro dele diz que há algo de errado na história que Chloé
inventou sobre o bandido. “A conta não fecha”, assim ele concluiu após pensar
um pouco sobre a história que Chloé e Sabrina inventaram. De fininho, ele se
oculta atrás de uma das portas que dá acesso à área exterior da mansão, certo
de que é questão de tempo a loira oxigenada inventar mais uma história cabeluda
dessas sobre ser roubada.
E o presságio dele se revelou correto: depois de jogar o
cosplay para fora, é a vez de Chloé pegar um dos barquinhos que ela usa de
brinquedo na piscina e jogar para fora da mansão. Mais uma vez, Chloé chama por
seu pai e sua mãe e repete a dose afirmando que o bandido veio e roubou o
barquinho dela. Com Sabrina dando cobertura novamente.
Chloé: “Mãe! Pai! O ladrão veio e roubou o meu barquinho!”
(continua a chorar)
Sabrina: “E ele estava com uma arma na mão e a apontou nas
nossas direções!”.
Audrey mais uma vez está nem ai para as traquinagens de Chloé.
Sem desconfiar da veracidade da história de Chloé por um momento sequer, o
senhor Bourgeois consola a filha e a fiel escudeira dela, e diz que irá comprar
um barco novo para elas.
Mas, antes que ele possa ir comprar um novo barco, ele é
interpelado pelo senhor d’Agencourt. Ele estava vendo tudo e diz ao senhor
Bourgeois que a própria Chloé é quem estava jogando os brinquedos e roupas para
fora da mansão e pergunta se ele entendeu a situação. Bourgeois responde que
acha que sim. “Agora ela vai dizer que veio um ladrão e roubou o barco”, diz o
senhor d’Agencourt.
O mordomo d’Agencourt diz que ela está mentindo e que na
verdade ela é quem jogou não só o cosplay de Lady Bug, como também o barquinho
para fora da mansão. Ao ver-se confrontada pelo mordomo, a loira oxigenada fica
muito irritada. “Como você ousa, d’Agencourt, dizer que eu sou uma mentirosa e
que eu é que estou jogando os brinquedos e as roupas fora?! Ouça aqui, o
mentiroso aqui é você, não eu”, diz a loira. “Mas eu vi a cena toda,
mademoiselle, e você não pode sair por ai dizendo essas mentiras...”, diz o
mordomo. E Chloé responde que a função de um mordomo como ele é servir a ela e
à família e não inventar histórias infundadas. “Ridículo, totalmente
ridículo!”, conclui a loira oxigenada.
O senhor Bourgeois diz à filha que irá comprar outro
barquinho, ainda melhor e mais caro, na loja mais próxima de casa. “Você
enlouqueceu, monsieur Bourgeois?!”, pergunta o mordomo claramente indignado com
a toda a situação. Já Chloé responde ao pai com um obrigado e diz que ele é o
melhor pai do mundo.
O senhor d’Agencourt continua indignado não só com o patrão
dele, como também com a patroa dele. E pergunta ao patrão o motivo pelo qual
fez isso. Bourgeois responde com uma expressão envergonhada no rosto.
D’Agencourt: “Por que não disse que ela estava mentindo?”.
André: “Bom, é que eu... não tive coragem! Ela é tão
pequena, e tão inocente, com aquele sorriso maroto e olhar encantador...”.
D’Agencourt: “Mais inocente ainda é você, monsieur! E o pior
é que a Chloé percebeu que você não tem boas cintas”.
André: “Minha calça vai cair, essa não! Não brinca desse
jeito, ou da próxima vez te despeço daqui!”.
D’Agencourt: “Você não tem boas cintas para mandar na Chloé,
de tal modo que parece que a Chloé é quem manda em você!”.
André: “Engana-se você, pois tenho muitas cintas para
mandar”.
D’Agencourt: “Você não tem autoridade, como um pai é um zero
à esquerda!”.
André: “Só não te respondo como devia porque tenho coisa
mais importante a fazer!”.
D’Agencourt: “O que?”.
André: “Comprar o barquinho do meu filho”.
O irmão do professor de esgrima de Adrien fica ainda mais
enraivecido, e tenta falar com Audrey sobre o ocorrido.
D’Agencourt: “E você Audrey, não vai fazer alguma coisa?”.
Audrey: “Eu, fazer alguma coisa? Sobre o que?”.
D’Agencourt: “A tua filha está jogando roupas e brinquedos
para fora da mansão, mas alega que foi roubada por um ladrão”.
Audrey: “Sinto muito, mas o que a Carly faz ou deixa de
fazer não está na minha alçada”.
D’Agencourt: “Como não é da sua alçada, se a tua filha está
mentindo sobre ter sido roubada por um ladrão?!”.
Audrey: “Isso é problema da Charlotte, não meu”.
D’Agencourt: “Você é outra Audrey. Você como mãe também é um
zero à esquerda, a tal ponto que nem se lembra do nome da filha! Você, muito
mais preocupada com o que acontece em Nova York, na tua agência, que com o que
acontece com a tua filha!”.
Audrey: “Quem é você na fila do pão para querer dar palpite
sobre o que devo fazer ou deixar de fazer, um mero mordomo como você? Está
despedido!”.
Cabisbaixo, o senhor d’Agencourt vai à cozinha da mansão. E
de repente se pergunta: “Ó, e agora, quem poderá ajudar a Chloé?”. E então uma
voz surge, vindo do lado da geladeira.
???: “Eu!”
D’Agencourt: “O Chapolin Colorado!”.
Chapolin: “Não contavam com a minha astúcia! Sigam-me os
bons!”.
O senhor d’Agencourt fica muito feliz ao ver que Chapolin
veio. Para ele, é uma verdadeira luz no fim do túnel. O mordomo coloca o herói
mexicano a par de tudo sobre o que está acontecendo na mansão. E ao mesmo tempo
que os pais de Chloé fazem pouco caso da situação: enquanto que Audrey está
mais preocupada com o que acontece em Nova York na agência em que ela trabalha,
André não demonstra firmeza, acredita nas lorotas da filha e ainda por cima
compra roupas e brinquedos novos para ela.
“E o pior de tudo é não só a mãe está com a cabeça em Nova
York, como também o pai dela compra, e pior ainda é que ela está cheia de
brinquedos e roupas caras”, conclui d’Agencourt. Conversando com o mordomo da
mansão, Chapolin invariavelmente se lembra de um garoto que ele conheceu a
muitos anos que morava em uma vizinhança da Cidade do México, o Chaves do oito.
Segundo as palavras de Chapolin, “ele era tão pobre que mal tinha o que comer”.
E também conta ao mordomo a respeito de um garoto que ele também conheceu a
muitos anos, filho de pais ricos, que fez a mesma traquinagem e que por causa
disso se envolveu em sérios apuros.
Toda criança...
adoraria viver brincando todo dia
Em cada noite, em cada sonho de mil brinquedos seria o dono
Velocípedes, patins e patinetes
Tamborins e marionetes
Uma caixa de lápis coloridos
E um ursinho lindo
Uma casa de bonecas completinha
E um avião para voar!
Coisas grandes
Pequeninas
Bicicletas
Bailarinas
Tudo serve quando é hora de brincar!
REFRÃO:
A brincar... A brincar...
Brincaremos, brincaremos sem parar
A brincar... A brincar...
Brincaremos, brincaremos sem parar
A brincar... A brincar...
Brincaremos, brincaremos sem parar
A brincar... A brincar...
Brincaremos, brincaremos sem parar
A brincar... A brincar...
Brincaremos, brincaremos sem parar
1 Comentários
Só mesmo o Chapolin Colorado para dar umas lições na Chloé e sua família aluada.
ResponderExcluirQuando a futilidade se torna rotina ,é de se preocupar.
Vejamos como se dará esse encontro de Chapolin com Chloé.