Crise Internacional, Cena 1.

 

E aqui veremos... O que acontece quando Kamen Rider Ichigo e Kamen Rider Nigo se unem aos vingadores para uma causa em comum? Não perca esta shortfic.

1.Crise em terras além

Uma sala redonda, bastante ampla. Era algo de concreto negro, com várias cadeiras ao redor, dispostas em um círculo. Ali estavam os heróis mais fortes da América do Norte, talvez conhecidos no mundo inteiro... Eles, como equipe, eram conhecidos como Os Vingadores. Talvez aquela situação fosse a pior que eles já tenham enfrentado em toda a história da equipe.

Havia uma luz circular no centro da sala, que projetava a sombra de todos eles para trás, deixando todo o restante da sala em penumbra, deixando aos heróis em pensamento o que os trouxe até aquele exato momento. Cada um dos heróis foi capturado individualmente, até porque, quem fez isso sabia que juntos, eles poderiam até parar Thanos.

Todos olhavam uns para os outros, tentando achar fora de si alguma coisa que os ajudasse a sair dali. Porém, naquela situação, parecia não haver saída.

Com a iluminação da sala e a aparente ausência de portas, todos começaram a voltar seus pensamentos para dentro de si mesmos, usando suas mentes para tentar entender como eles foram parar ali.

O primeiro a se manifestar foi o Gavião Arqueiro.

- É quase risível o quão fácil foi nos capturar! Estamos todos aqui, mas nessa situação não conseguiríamos sair daqui nem se quiséssemos!

- Mantenha a calma, caro Gavião. Já estivemos em situações que quase nos levou à morte, pelo menos por enquanto estamos seguros. É melhor não darmos mais informação àqueles que nos capturaram. Vamos acalmar os ânimos e pensar em uma maneira de sairmos daqui. - Falou o Capitão América, em uma voz calma, compassada, contendo um tom como se dissesse a mesma coisa para si mesmo.

- Aliás, como você veio parar aqui, Capitão? Você não tinha envelhecido a ponto de quase morrer depois da última missão?

- Muita coisa aconteceu e você não faz ideia do que foi. Por enquanto, vamos nos ater à situação em que estamos agora. Não importa como viemos parar aqui, mas sim como vamos sair. Algum de vocês tem alguma ideia? – Perguntou o Capitão, tentando organizar as ideias antes de partir para algum plano onde eles sairiam dali.

Um silêncio sepulcral tomou conta do lugar, como nunca aconteceu, mesmo nas reuniões da liga. Bruce Banner, até agora quieto, resolveu falar.

- Olha, acredito que nem se eu assumir minha transformação como Hulk isso vai resolver. Não sei como, mas as algemas me trazem calma. Ou seja, nem se eu quiser me transformarei.

Todos olharam tensos para o biocientista. Ele era uma das possibilidades de fuga, mas se os inimigos pensaram até no fator raiva de Banner, muita coisa ali estava errada.

 

- O que podemos fazer é obter padrões de ao menos três das nossas estórias e assim conseguiremos entendê-los – Iniciou Visão.

- Péra aí, até o Visão está aqui? – Perguntou o Gavião Arqueiro, que não tinha visto ainda o parceiro robótico.

- Sim, Clinton. Até eu fui capturado pelos inimigos. Acho que não tem mais valia nos chamarmos aqui pelos codinomes, afinal de contas, eles nos capturaram risivelmente.

- Acredito que sim, mas você continuaria sendo Jarvis? – Perguntou o Gavião.

- Também acredito que sim, afinal de contas, nunca tive um nome civil antes, aliás, nem humano eu sou.

Todos ficaram quietos. Mas, então, Bruce começou a contar a historia de como havia sido capturado.

Vocês leitores sabem que, de acordo com o último filme dos Vingadores, aquele conhecido como “Smart Hulk” tinha juntado o corpo do gigante esmeralda com a mente de Bruce Banner. Ele estava em sua ilha mexicana, tratando de cuidar de sua vida como sempre, quando lutadores em trajes negros surgiram. Eles eram ágeis, pareciam um pouco infantiloides, mas na verdade eram bem sagazes.

A luta começou e logo Banner derrubou uns dez, mas eles não paravam de chegar. Começavam a usar armas imbuídas com tranquilizantes, o que deixou o gigante um pouco mais letárgico, mas não de todo prejudicado. Afinal de contas, vocês sabem que o corpo de Hulk, por causa dos raios Gamma, metaboliza qualquer substância que for maléfica ao corpo.

Mas o efeito não passava, era como se eles soubessem deste poder de Hulk e resolveram fazer algo a respeito... Era uma substância que não era metabolizada, e aos poucos o sono foi tomando conta do gigante esmeralda. Temendo ser capturado por causa da união de suas mentes, Banner fez a única coisa plausível: entrou dentro de si e conversou com a besta, que havia se tornado mais calma.

Disse a ela que poderia causar o caos o quanto quisesse naquela ilha porque ali ele não machucaria ninguém que não merecesse, e em troca, ele os salvaria e depois cederia o controle.

A mente de segunda personalidade criada assentiu e assumiu o controle, dando à face de Banner seus contornos bestiais novamente, e ele quebrou tudo mesmo o que podia enquanto enfrentava seus inimigos. Os danos foram aumentados imensamente, o fator de cura de Hulk voltou ao padrão normal, estupidamente rápido, metabolizando em segundos a nova substância que estava sendo utilizada para causar torpor em Banner.

Porém, algo estava diferente.

Era fácil ver que eles haviam mudado a substância para algo contrária à que estava sendo utilizada até o momento, e o efeito foi o contrário, para gastar mais energia que o normal, o que foi deixando Hulk cada vez mais cansado e sonolento.

Foi quando ele caiu, e quando deu por si, era Bruce Banner novamente, e Hulk se desculpava com ele mentalmente... “Desculpe Bruce, falhei” era o que ele dizia.

Todos analisavam friamente tudo o que o biocientista havia dito, e comparavam com suas histórias. “Um exército quase sem fim de lutadores vestidos de preto”, conferia. Agiam como crianças, mas eram mortais. Também conferia. Só que, no caso de Banner, não havia chegado outro ser consigo, o que talvez tivesse facilitado as coisas para ele.

- Algumas coisas fizeram sentido mesmo. Mas faltou alguma coisa... Talvez eles tenham feito algo especial pra você por causa de seu poder destrutivo, amigo. – Disparou Máquina de Combate.

- Sim, mas podemos alterar o padrão conforme você contar sua história para nós, James. – Respondeu Banner.

- Posso sim, não há problema. Talvez seja até mesmo similar ao que aconteceu a Tony, não é mesmo, Tony?

- Sim, James. Mas nos conta. O que aconteceu? Assim posso avaliar melhor.

Máquina de Combate era um soldado de alta patente da Força Aérea dos Estados Unidos. Ele só pilotava uma aeronave diferente, concedida a ele pelo maior cientista técnico de todos os tempos, Tony Stark.

Voava pela costa oeste dos Estados Unidos, fazendo a patrulha como lhe era requerido (e aproveitando para praticar algumas manobras novas), foi quando foi atacado com pequenos mísseis atirados da terra. Tentando entender se não tinha passado da fronteira e recebido “boas-vindas” de algum grupo do cartel mexicano, ele pousou, e foi aí que a luta começou.

Era possível ver que as semelhanças com o Hulk começaram – soldados vestidos de negro, mas que portavam visores elétricos – para ver a corrente elétrica que passava por sua exoarmadura, lutavam com ele. Ele derrubou vários, porém eles começaram a utilizar armas que continham pequenos PEM, Pulsos Eletromagnéticos. Aquilo começou a desestabilizar os sistemas do traje, pouco a pouco.

Como o traje de Rhodes não tinha o assistente virtual para armar as defesas automaticamente, ele sofreu alguns atrasos e danos em seu traje, que logo foi desligado pelo lado de fora. Diferente de Banner, que foi levado desacordado para a prisão, ele acompanhou parte do caminho, até que tamparam com um pano a viseira do elmo do traje, deixando-o em completo silêncio.

Claro que ele, com as conexões neurais que o traje possuía, tentou reiniciar o sistema e reparar os danos, mas de alguma maneira eles haviam desativado tudo por fora, mantendo PEMs contínuos, até que usaram um inalador no elmo para inserir um gás sonífero, que o apagou em seguida.

- Olha só, a finalização foi diferente, mas o método de captura foi igual. James enfrentou os mesmos soldados vestidos de preto, aparentemente armados para a fraqueza do traje. Não houve muita diferença para o meu – emendou Tony Stark – até porque, o meu traje não usa eletricidade, mas sim uma célula de energia derivada diretamente de uma reação química. Mas até nisso eles pensaram.

Pensaram enquanto ouviam aos outros contarem suas histórias; O padrão se repetia, os mesmos soldados vestidos de preto os atacavam, eles ostentavam formas de neutralizar a força de seus capturados, e o final era igual: o alvo acabava sendo neutralizado e capturado.

- Acho que não precisamos mais contar as histórias, está bem claro que estamos diante de uma organização criminosa. Indivíduos altamente treinados nos capturaram utilizando o que nós temos de fraqueza. Temos algo nesses lutadores que podemos utilizar como característica?

Todos começaram a pensar em características daqueles lutadores que os capturaram anteriormente. Começaram com o óbvio traje preto; Eram cobertos dos pés à cabeça com espaços apenas para os olhos e para a boca; ostentavam um cinturão com uma fivela relativamente grande que continha um símbolo desconhecido, e botas que favoreciam a aderência no chão, ajudando a tornar os movimentos mais precisos.

Comparando as histórias contadas, todos perceberam que não importava por quanto tempo eles lutassem, eles nunca pareciam se cansar. E o modo infantiloide que eles se portavam, parecia ser muito robotizado. Talvez aí estaria a chave daqueles que os capturaram.

- Fomos capturados por robôs, ou talvez por ciborgues com lavagem cerebral. Os movimentos deles eram fluidos como humanos, mas travados como robôs e eles não pareciam ter vontade própria. Acredito que a segunda opção seja mais plausível - Opinou Banner após ouvir os demais relatos.

- Uma organização criminosa que usa de Cyborg com lavagens cerebrais para capturar seus alvos e os prender... Onde é que nós vimos isso? - Se perguntou o Capitão América.

- Eu acho que eu sei de quem estamos falando - Informou o Gavião Arqueiro - talvez estamos lidando com uma organização criminosa chamada Shocker; É uma organização japonesa que foi por muito tempo contida por um agente do FBI conhecido como Taki e um justiceiro, conhecido como Kamen Rider. Esse justiceiro era parceiro do FBI do Japão, ele só fazia o bem em uma das suas maiores características era sempre estar andando de moto, por isso chamado de Rider.

Todos se surpreenderam pela informação conhecida por Clinton. Todos sabiam que ele tinha conhecimento de artes marciais japonesas, porém não sabiam o quanto que ele conhecia do submundo japonês, ou mesmo das relações internacionais entre Estados Unidos e Japão, por meio do FBI.

Mas tudo aquilo fazia sentido, a organização queria expandir para o resto do mundo e viu nos Vingadores um obstáculo para a dominação mundial. Se eles desistiram do Japão, significava que aquele que o Gavião disse ser chamado de Kamen Rider deveria ser muito bom, a ponto de conhecer todos os pontos fracos daquela organização.

Porém eles ainda não sabiam como eles poderiam sair dali ou mesmo contatar este guerreiro para auxiliá-los a se libertar. Foi aí que, mais uma vez, o Gavião Arqueiro surpreendeu a todos mais uma vez: ele fez sair do bolso dele um pombo treinado, que trouxe consigo uma caneta e um pedaço pequeno de papel.

Mesmo com as mãos atadas uma na outra ele conseguiu escrever um bilhete, em japonês, e atar o papel a uma das pernas do pombo. Observando a parte de cima do salão circular onde estavam, percebeu uma pequena janela na parte de cima que nenhum deles teria acesso por estarem presos ao chão; Mas o pombo teria acesso, uma vez que não estava preso e podia voar até o acesso.

E assim o pássaro o fez; Voou em direção à janela aberta e de lá para o céu, partindo em direção ao seu destino.