Loading....

Dragon Ball Super: O Destino de Turles. Capítulo 1, Limbo

 

É, pessoal. O meu hiperfoco de escrita está ativado.

Farei postagens todas as quartas feiras caso consiga, então espero que curtam.


1. Limbo

Turles, depois de sua morte, vagava no outro plano do multiverso, sem se prender a qualquer planeta, uma vez que o planeta no qual ele havia plantado a Árvore do Poder havia sido destruído por ter sua energia completamente consumida. Ele não se importava com mais nada, afinal de contas, ele era um guerreiro de classe baixa e havia sido derrotado por seu irmão Goku, a quem considerava mais fraco do que ele.

Ele já havia morrido, antes de conseguir concretizar seu plano. Se considerava um fracassado. Queria dominar o universo, mas nem ao menos sequer conseguira vencer sua primeira dificuldade. Queria que o universo se explodisse, queria que tudo acabasse, que seu sofrimento terminasse.

Porém aconteceu algo que nem mesmo o saiyajin maligno esperava: uma fenda dimensional sugou seu espírito para o que parecia ser outro multiverso. Outro lugar cheio de energia maligna. E aquilo o deixou surpreso. “Como pode existir um lugar assim”, se perguntou.

Ao chegar naquele lugar, viu que havia seis universos. “Como assim, existe mais que um?”, pensou. E logo ele foi vagando para o central, sendo dirigido para uma versão do que seria o “outro mundo” do planeta Terra do sétimo universo, porém tudo dominado e chefiado pelo que pareciam demônios.

E não demônios que fariam o tipo de bonzinho, não.

O tipo que faria você tremer apenas de pensar neles.

E, quando menos esperou, ele ressuscitou.

E, à sua frente, apareceu um demônio negro, vestido com uma túnica branca. Ele estava em um palácio suntuoso, quase parecido com uma pirâmide, mas as paredes eram todas negras, com os desenhos destacados em dourado.

E a aura daquele ser era divina.

O ser que estava à sua frente era superior a ele de todas as maneiras possíveis e imagináveis.

E a voz que lhe era dirigida era grave, mas um grave que denotava poder em todas as palavras. Turles sentiu que aquele à sua frente era quem ele queria ser, quando ainda estava vivo.

-       Ora ora. Um ser do multiverso principal foi ressuscitado no nosso pequeno quintal. Achei que não havia mais maldade na brincadeira de Zen-Oh. – Sua voz era um trovão, em todos os sentidos. E era claro que não poderia ser contrariada. Turles sabia que aquilo não era como era com Freeza, em que ele poderia se rebelar e estava tudo bem; Com ele, se ele fizesse alguma coisa, esse ser saberia, e ele estaria morto em um simples e rápido piscar de olhos.

-       Não sei do que está falando, senhor. Eu mesmo estou surpreso de ter voltado à vida aqui. – Respondeu Turles de maneira firme, mas sabia que, com uma palavra em falso, ele voltaria ao status anterior.

-       Não sabes que há doze universos no multiverso principal e seis aqui, nos universos “aparentemente” deletados por Zen-Oh, a entidade mais poderosa que a história da vida já viu? – Perguntou o ser à frente de Turles de maneira direta, sem alterações ou emoções. – Espere... Acho que você nem sequer sabe que tinha outro universo além do seu. Deixe-me ver... Você é um saiyajin, pelo que me consta, talvez do universo de Beerus, o universo sete... Hoje em dia há três guerreiros muito poderosos, um que tem dois nomes que venceu o último torneio... Eu sei que o nome dele da raça de vocês não me vem à cabeça, mas o nome terráqueo dele é Son Goku...

A feição de Turles mudou drasticamente. De aparente calma, até mesmo apatia, tornou-se em algo cheio de raiva, rancor, ódio. E o ser à frente dele viu toda a reação.

-       O que este “Son Goku” é para você, caro saiyajin? – Perguntou ele, genuinamente curioso.

-       Um dos responsáveis por eu estar aqui neste momento, e o responsável direto por eu ter morrido. É simplesmente a pessoa que mais odeio em minha vida e além dela. – Por um instante Turles havia esquecido o quão titânico aquele ser à sua frente era e respondeu verdadeiramente.

-       Curioso. Uma reação tão verdadeira, tão cheia de ódio... Me deixa feliz em saber que uma das crias de Zen-Oh é capaz de tal sentimento. Diga-me, pequeno saiyajin, tens sede de poder?

Aquela última pergunta lhe pareceu música aos ouvidos. Era como um deus perguntando-lhe se deveria dar-lhe uma provável bênção.

-       Sempre. Porém, fui interrompido nesta busca. – Turles era, naquele momento, como uma mariposa em direção à luz, mas naquele caso, à falta dela.

-       Acho que agora entendo o porquê a Suprema Vontade fez com que seu espírito viesse para cá. Preciso dar uma ótima recompensa a quem lhe ressuscitou no planeta Red. Esta entidade merece. Mas, agora, farei de ti meu pupilo, tornar-te-ei meu futuro guarda-costas. E, para isso, claro, precisas de poder. Muito poder.

A frase soou como uma bênção. Gerou devoção absoluta e lealdade, coisa que Turles nunca havia tido por ninguém.

-       E antes que isto continue sem que nos apresentemos, sou Senrosa, deus onipresente e onisciente deste multiverso demoníaco. A primeira coisa que lhe darei, pequeno Turles, é conhecimento. Isto também é uma forma de poder.

Senrosa chegou próximo à cabeça de Turles e encostou sua mão negra nela, fazendo com que ele sofresse em agonia. O saiyajin se contorcia em dores, sentia cada grama de informação entrando em seu cérebro, fazendo com que sua mente, antes ignorante de todo o panorama da eterna guerra entre Zen-Oh, Daishinkan e os demônios, tivesse conhecimento profundo de todos os meandros. Níveis de poder, informação de hierarquias que sequer lhe passariam pela mente, agora eram parte de seu conhecimento.

Sua pequena mente recebeu não só informações, mas imagens e sensações. Suas írises, antes negras de nascimento, foram adquirindo coloração esbranquiçada, sem que perdesse a visão. Quando toda a informação terminou de ser gravada na mente do maligno saiyajin, ele desmaiou, depois de um momento, que parecia ser infindável, de tortura.

Senrosa, com um estalar de dedos, chamou um demônio de pele roxa, olhos vermelhos e um uniforme preto.

-       A que devo a honra da convocação, Senrosa-sama? – Pergunta o demônio com uma perfeita curvatura, mostrando a devoção que tinha para aquele que o havia convocado.

-       Karai, por favor leves Turles para um dos aposentos próximos ao meu. Ele será treinado para ser um dos meus futuros guarda-costas e chave para a futura invasão ao multiverso principal.

-       Ouço e obedeço, Senrosa-sama.

-       E não ouses reclamar, Karai. Sei o quanto odeias os seres de Zen-Oh, você mesmo costumava ser um Kai. Mas passaste pelo ritual de conversão, não é mesmo? Renasceste como um demônio. Então não renegues a dádiva que recebestes de minha magnanimidade.

-       Farei como ordenar, Senrosa-sama.

E, sem reclamar, Karai carrega Turles para o aposento indicado, conforme Senrosa havia mandado. Depois da sobrecarga de informação recebida, o saiyajin ficou desacordado por quatro dias, em tentativas de acordar por alguns segundos e voltando ao estado comatoso.

Em dado momento ele se sentou na cama em que ficou por tanto tempo, se sentindo horrível – a cabeça latejava, ele sentia fome e sede, luzes piscavam à frente de seus olhos. Viu que, ao lado de sua cama, havia um jarro de água e uma travessa de frutas, o qual ele tomou a água toda em grandes goles enquanto comida as frutas de aparência estranha.

Aos poucos foi sentindo a força voltar ao corpo, mas o quarto onde estava era algo simples, uma cama de pedra com uma mesa de cabeceira onde ficavam os alimentos e um candelabro afixado perto da porta de saída. A cama era do tipo espartano /egípcio, ou seja, não havia colchão, mas ao menos era acima do chão.

Quando finalmente a dor de cabeça cedeu, Turles já dormia e se alimentava regularmente, esperando a boa vontade de quem o fosse treiná-lo, afinal de contas, ações anteriores mostraram a ele que força conquistada por meio de indução não faria dele mais forte por mais tempo. Ser mais forte por comer os frutos da Árvore do Poder era bom, mas ele teria que se manter comendo... Ele estava ficando viciado naquilo e ele, na verdade, não gostava de se manter dependente.

Foi quando uma garota demônio chegou. Ela tinha a pele roxa, tinha metade do tamanho do saiyajin, cabelos e olhos verdes. Tinha um andar confiante, uma linguagem corporal bastante lânguida, do tipo de pessoa que sabia muito bem o que queria e quando queria.

-       Ora ora, Senrosa-sama achou mais um brinquedinho? Vamos ver até quando você aguenta? – A voz dela era sedutora por natureza. Era como se ela o induzisse a tomá-la ali mesmo. Mas Turles se recompôs.

-       Posso ser fraco agora, mas isso não continuará assim por muito tempo. Farei o que Senrosa quer porque isso vai de encontro ao que eu quero. É você quem vai me treinar? – Perguntou o saiyajin analisando a garota demônio de cima a baixo.

-       Neste início, sim. Sou Umai, e é tudo o que você precisa saber por enquanto.

-       E, ao que parece, vou ter que contar contigo por enquanto, Umai.

Umai se surpreendeu ao ver a atitude daquele à frente dela. Agora ela entendia porque Senrosa havia gostado tanto daquela cria de Zen-Oh. E ela o havia achado bastante interessante, pra ser dizer o mínimo.

4 Comentários

  1. Um começo interessante, focando em um vilão do desenho que, se eu tivesse assistido, talvez tivesse me empolgado mais.
    Mas a história em si tá bem interessante, vamos ver como se desenrola.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Digamos que esta história irá completar uma que virá mais pra frente. Obrigado por ter lido, Norbie.

      Excluir
  2. Grande George!
    Eu fico muito feliz em saber que você se encontra num ciclo produtivo virtuoso e fértil!

    E o que é legal: com grande qualidade!

    Dragon-Ball é sempre um universo fértil para histórias empolgantes e essa , certamente será mais uma!

    A caracterização de Turles, é sua complexidade mental , foi muito bem construída.

    Tá de parabéns!

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Obrigado. Digamos que Turles sempre foi o grande avesso de Goku... Agora vou fazer ele um pouquinho mais... sombrio.

      Excluir