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Pharaoh Maidens, capítulo 1, Instinto


Boa noite, pessoal.

Hoje eu começarei esta saga, que eu espero que vocês curtam.

Trata-se de um super sentai com um time inteiramente feminino baseado no antigo egito.

Vamos lá?


1.   Instinto

Vocês sabem, leitores. Tudo começa com uma história contada, de algo que possivelmente aconteceu há muito tempo atrás. Pessoas poderosas que conquistaram vitórias imensas, pessoas que comandaram milhões frente a problemas inimagináveis. E o nome que sempre vai ficar na mente das pessoas como uma das mulheres mais poderosas da história.

Cleópatra.

Comandando o último império egípcio como a última faraó, fez tudo o que pôde até que o império terminou, sua morte entregou seu império aos romanos.

E... Se Cleópatra aparecesse nos dias atuais, como líder de um dos povos que anteriormente ela havia comandado? Acredite, leitor. Isso aconteceu, não faz muito tempo.

Cinco jovens trabalhavam no Brasil, em lugares diferentes do país, descendentes do antigo povo egípcio. Em São Paulo, centro nervoso financeiro do país, uma jovem havia sumido e de repente reaparecido, mas dizem que ela tinha uma mentalidade inteiramente diferente, e esta era Fatma.

Trabalhava como representante de uma marca famosa de cosméticos. E logo ela sentiu, consigo mesma, uma vontade, uma urgência de procurar algo na cidade que a ligasse ao seu sangue egípcio. Tratou de começar a pesquisar algo que unisse o Brasil ao antigo Egito. Soube da recente descoberta de pirâmides enterradas na Amazônia Boliviana, e sabia que era questão de tempo encontrar algo em terras brasileiras.

Porém, ela não sabia o quão perto disso ela estava.

Ouviu falar de todo o esquema de arqueologia que acontecia na cidade de Ribeirão Preto, e resolveu viajar para lá. Foi necessária uma viagem de 6 horas para que tudo acontecesse, e lá estava ela na cidade onde queria chegar.

Ao chegar à cidade, soube de algumas terras ao lado do hospital que ninguém queria chegar perto, por dizerem que eram ‘assombradas’. Curiosa com o que poderia ser, Fatma chegou ao lugar, mesmo com vários dos locais mandando ela se afastar...

E foi quando, no meio do terreno, de mata fechada, ela achou uma ponta metálica, enterrada no chão. Ela foi abrindo um pequeno buraco com as mãos ao redor do achado, e parecia não ter fim. As pontas de seus dedos já estavam rachadas e ela precisava entender o que era aquilo, uma vez que sentia uma conexão cada vez maior com aquilo.

Primeiro, cercou o lugar do jeito que pôde e voltou à cidade, andando calmamente. Claro que, ao chegar ao centro da cidade, o dia já havia praticamente terminado, as lojas já haviam terminado, porém, ela não desistiu. Ela ia até o fim com aquilo. Achou um lugar para hospedar-se e lá ficou até que a manhã do dia seguinte surgisse, para voltar a fazer o que precisava fazer.

Assim, ela comprou ferramentas de escavação manual e, mesmo com muita gente duvidando, ela seguiu sozinha, sem avisar as autoridades sobre aquilo. Ela tinha uma noção de engenharia, então foi fazendo toda a escavação de maneira pensada. Passou meses naquilo. Sabia que se alguém descobrisse algo, ela estaria com muitos problemas.

Foram meses que Fatma levou escavando, fazendo uma estrutura em que fosse possível descer até um possível portal de entrada. Passou a ganhar dinheiro vendendo terra boa que ela removia da escavação, comprando o terreno que ela estava escavando com isso. Sabia que suas reservas estavam acabando, e a terra que ela removia do redor da pirâmide a salvaria.

Ela só não sabia o quanto.

Quando finalmente achou a ponta de um portal nas paredes da pirâmide, finalmente ela poderia entrar lá. Mas precisaria de ajuda, para lidar com as armadilhas e possível combate que aconteceria. Ela mesma não era uma combatente, pelo menos não tão formidável quanto uma situação daquelas pedia.

Então resolveu pedir ajuda a cinco amigas, que há muito tempo não via. Ela apenas não sabia que as meninas estavam espalhadas pelo país inteiro... Como o negócio de venda de terra pra plantio estava tranquilo, mantendo suas despesas como um todo, ela tinha muito dinheiro sobrando agora, uma vez que todo o gasto inicial foi reposto graças à venda da terra. Logo ela acabaria, e sua renda chegaria ao fim, mas aquilo não importava. Em breve, ela conseguiria vender algo muito mais importante para conseguir construir o que tinha em mente.

A primeira de suas amigas a ser chamada seria Safira. A menina era superinteligente, engenheira, líder de setor, forte pra caramba. E, além disso, linda. Era hora de chamá-la, uma vez que era, de todas, a que aparentemente estava mais próxima dela.

Ela pegou seu smartphone e realizou a ligação.

-       Safira? Oi! Quanto tempo! Aqui é a Fatma! Tudo bem contigo?

-       Fatma! Realmente! Quanto tempo! Tudo bem sim, e com você?

-       Estou muito bem, obrigada por perguntar. Muito ocupada esses dias?

-       Nah, estou correndo atrás de recolocação. Fui demitida há duas semanas.

-       Como assim? Você não era líder do setor de uma empresa do ramo de engenharia?

-       Você disse bem, eu era. Fui substituída porque meu chefe, o diretor da área, não achou interessante manter uma mulher por muito tempo à frente de uma equipe. Segundo ele, não era ‘interessante para a aparência da empresa’.

-       Você sabe que você pode processar ele, não é?

-       Sei sim. Mas eu desisti desde o princípio. Vi que aquela empresa é um berço de machismo, todos apoiariam quem me demitiu, eu sabia que tinha muitos homens ali que me queriam apenas como brinquedinho, e quando viram que eu era mais capaz do que eles, faziam de tudo para me colocar pra baixo, me diminuir. E, quando eu saí, ainda me fizeram propostas indecentes. Bando de chauvinistas. Pela lei recebi o que era meu por direito, então deixei quieto. Não queria dor de cabeça e os deixei pra lá.

-       Safira... Fico muito triste por você, amiga.

-       Não fique. Estou muito melhor agora, sem ninguém no meu pé pra me fazer me provar todos os dias. É verdade que eu estou sem dinheiro, começarei a receber meu seguro-desemprego em breve... Mas não estou pra baixo. Estou bem em paz comigo mesma.

-       Posso te fazer uma proposta, então? Preciso de você.

-       Onde você está agora, Fatma? Não te vi mais, você morava bem perto de mim...

-       Estou em Ribeirão Preto agora, com um serviço de vendas de terras para plantação.

-       Sério? Que bom! Isso te rende bem?

-       Sim, e é com essa renda que eu quero te trazer pra cá, pra trabalhar comigo. Se você aceitar a minha proposta, eu mando te buscar.

-       Já está aceita! Só me dizer quando e eu espero!

-       Me passa o seu endereço e eu mando um carro de aplicativo te pegar agora mesmo.

-       Agora? Tem certeza? Preciso pelo menos de algumas horas para fazer as minhas malas!

-       Aproveita que a viagem de um motorista de aplicativo vai demorar pra chegar aí!

-       Tá certo. Vou começar agora, então!

-       Combinado.

E Fatma desligou a chamada. A primeira recrutada já estaria a caminho.

A segunda não seria tão fácil. Pelo que Fatma soube, Lapis havia casado há pouco, e estava bem feliz com o marido, cuidando da casa para ele. Ligou para ela para saber como ela estava.

-       Oi, Lapis! Tudo bem contigo? É a Fatma.

-       Nossa, Fatma! Quanto tempo! Levando, obrigado por perguntar. E você?

-       Tranquila! E como assim, levando?

-       Meu marido foi embora. Estou na casa dos meus pais.

-       Como assim?

-       Eu comecei a implementar melhorias em casa, colocando uns aparelhos para facilitar cuidar da casa, mas meu marido era adepto da ‘mulher à moda antiga’. Quando viu que eu enchi a casa de equipamentos eletrônicos para facilitar as coisas, ele sustou o pagamento de tudo e me mandou de volta pra casa dos meus pais. Disse ainda que ‘não queria uma mulher gastadeira’.

-       Que pena, Lapis. Fico triste por você.

-       Não fique, Fatma. Me livrei de um homem que só queria me usar como empregada gratuita. Eu estava facilitando as coisas em casa para poder arrumar um emprego e trabalhar, mas como meu ex é um homem das cavernas, ele não aceitou. Queria até que eu voltasse pra casa dos meus pais, mas eu não voltei. Tinha algum guardado, tava morando sozinha, tentando fazer algumas coisas para ganhar dinheiro honestamente.

-       Então tenho uma proposta pra você. Vem trabalhar comigo?

-       Claro! Onde você está?

-       Ribeirão Preto, interior de São Paulo.

-       Chi, longe! Acho que não vou conseguir.

-       Fique em paz, te mando o dinheiro para você pegar um avião até aqui a cidade. Você quer vir?

-       Claro! Vai ser maravilhoso a gente trabalhar juntas de novo.

E assim, a segunda havia sido recrutada. Levaria um tempo maior, mas com certeza chegaria.

E assim ela repetiu o processo com as outras três meninas. Miria era Modelo e vivia sendo abusada pelo representante da agência que a contratara, e sem aviso prévio, a havia colocado na rua. Não foi difícil que ela aceitasse.

Alia era Analista de Infraestrutura de TI, e vivia sendo assediada por seus líderes. Aguentava calada enquanto seu emprego era mantido, e foi complicado convencê-la a deixá-lo para ir trabalhar com Fatma, mas esta era decidida, provou para Alia que ela precisava melhorar e dar valor à sua autoestima. Foi assim que ela foi recrutada.

Sara era Baterista em uma banda de Rock. Vivia sendo assediada por todos os lados, seja pelos membros de sua própria banda, por seu empresário, pelos fãs da banda. Por ela ter se levantado e decidido lutar contra os assediadores, havia sido expulsa da banda. Inclusive estava bêbada quando Fatma ligou. Não foi fácil, mas ela aceitou trabalhar, mas precisava que alguém a fosse buscar. Deixaria o trabalho para uma das meninas quando elas chegassem.

4 Comentários

  1. Uma proposta que parece bem interessante, graças aos temas propostos, o Egito e seus contos, deuses e lendas podem render histórias riquíssimas.
    As personagens prometem, espero ver mais de cada uma pelos próximos capítulos e vamos ver onde essa história levará

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    1. Obrigado por ler, Norbie. A história está ainda bem no começo, mas coisas boas ainda virão.

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  2. Grande George!
    Foi um capítulo introdutório de uma premissa bem original: um Sentai com a temática do Antigo Egito .

    Deu pra perceber que Fátma será a grande llíder desse Esquadrão feminino.

    Vamos acompanhar como a narrativa se desenvolverá.

    As perspectivas são as melhores possíveis.

    Mandou muito bem!

    Parabéns!

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    1. Obrigado por ter lido... Em breve vocês terão novidades, no próximo capítulo.

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