Olá leitores.
Espero que estejam todos bem e prontos para mais uma estréia.
A muitos anios atrás eu criei uma história com personagens da Marvel no universo do desenho dos X-men Evolution e depois de algum tempo outros escritores de fanfics se uniram a mim e criamos o universo Marvel Evolution.
Estou meio nostálgico e resolvi recriar (mais uma vez, sim, eu sei) o meu personagem favorito, o Capitão América e agora dentro de um novo universo Marvel Evolution.
Tomara quer eu tenha acertado a mão.
Para descobrir, então, sem mais delongas... Boa leitura.
Marvel Evolution
Capitão América.
Lenda Urbana #01.
Jéssica e
Andrew ainda não haviam se assumido como um casal.
No alto de
seus quinze anos, ainda estavam divididos entre a infância e a adolescência,
cujos sinais ficavam mais fortes a cada dia, com seus corpos passando por
mudanças significativas.
Por isso os
dois haviam combinado uma última aventura, indo até a casa abandonada nos
arredores da cidade de Bar Harbor, no Maine e ficando lá por algumas horas após
a meia-noite quando, segundo as lendas locais, um monstro aparecia para
assombrar o casebre.
— Confesso
que tô ficando com medo…
— Calma
Jess, tá tubo bem, se… Se você quiser, eu posso te abraçar e…
A frase foi
interrompida quando o jovem sentiu algo se fechando ao redor de sua cabeça,
parecia uma mão imensa, mas em seu íntimo ele ficou se indagando sobre a
impossibilidade de existir alguma criatura com uma mão tão grande.
Sua mente
foi deixando de lado a curiosidade e sendo inundada pelo mais completo e puro
terror, quando sentiu que sua cabeça começava a ser espremida.
“Jess…”
A
preocupação com a amiga, não namorada, foi o último pensamento que Andrew teve,
antes de finalmente ter a cabeça estourada como uma fruta madura, com o sangue
escorrendo farto e encharcando o chão, numa poça que aumentava mais e mais.
Nenhum
grito foi ouvido naquela noite quando o jovem casal, que dizia não ser um
casal, encontrou seu fim de forma tão violenta.
Se alguém
estivesse passando por ali, somente se prestasse muita atenção, ouviria apenas
um riso baixo, rouco e debochado.
— Tem
certeza de que essa é a cidade correta não é senhor Barnes?
O
motorista, que conduzia um grande furgão, adentrava os limites da cidade de Bar
Harbor, conversando pelo viva voz do celular com um rapaz, que estava bem longe
de lá.
—
Exatamente senhor Rogers. Já faz um bom tempo em que jovens tem sumido sem
explicação nessa área, a polícia nunca encontra nenhum vestígio, ou pista,
encerrando as investigações de forma rápida e desleixada. Daí cabe às famílias
apenas amargar e lamentar suas perdas.
— Isso vai
mudar. Já.
O furgão
parou perto de uma lanchonete e dele desceu um homem que, para muitos
transeuntes, mulheres em sua maioria, era difícil de não reparar.
Com mais de
dois metros e uma musculatura bem definida, cujas roupas, ainda que folgadas,
não conseguiam esconder, Steve Rogers escolheu uma mesa estratégica, de
onde poderia ver todos os clientes da lanchonete e, se uma fuga fosse
necessária, alcançaria a saída rápida e facilmente.
— Oi
bonitão.
Uma
garçonete, claramente com mais de cinquenta, deixando isso claro pelo modo como
tentava disfarçar com o tanto de maquiagem que estava usando, se aproximou com
um pequeno caderninho de notas, em vez de um tablet, deixando ainda mais
gritante sua real idade.
— Espero
que não queira uma refeição rápida querido. — a senhora alternava o olhar entre
o cliente e a porta, cujo sininho tocava cada vez que um um freguês entrava. —
Parece que, por sua causa, vou ter um aumento rápido de clientes.
De fato,
várias mulheres foram entrando na lanchonete e, ao ver onde estava o homem que
acabara de entrar, procuraram sentar em mesas próximas às dele.
— Prá
começar preciso de um café, bem forte, sem açúcar. — Steve caprichava no
sorriso simpático. — Dirigi a noite inteira e estou precisando me manter
acordado, pelo menos até achar uma cama de verdade onde eu possa capotar.
— Pelo que
vi lá fora querido, você tem um furgão bem grande, deve ter, ao menos, um lugar
para dormir ali.
— Tem muita
coisa ocupando espaço, principalmente material de gravação e uma cama
confortável precisou ser sacrificada por um simples saco de dormir.
— Hum… Bem
misterioso não, querido? O que traz você até Bar Harbor senhor…
— Rogers.
Steve Rogers. Eu tenho um podcast sobre true crimes. — ele estendeu um cartão
com o endereço do site, surpreendendo a garçonete, que não viaa algo assim a
anos. — Ouvi falar de uns estranhos desaparecimentos aqui na região e, como
estranhei o fato de ninguém estar comentando em outros casts, achei que poderia
achar algum material diferenciado para o meu.
Steve
agradecia mentalmente pelas dicas que seu jovem parceiro havia lhe dado para
usar como pretexto, ao abordar os habitantes da cidade e descobrir o que estava
acontecendo ali.
— Hum… Sei,
sei… Bem, vou buscar seu café senhor Rogers.
A mudança
imediata no jeito da garçonete falar com ele, deixando de lado o “querido”
saltou aos olhos do recém-chegado, bem como o fato de muitas das mulheres, que
haviam entrado na lanchonete depois dele, repentinamente pareceram se lembrar
de algum compromisso, saindo da forma menos discreta possível.
“Hum, vai
acontecer a qualquer momento. Iniciando contagem regressiva.”
Mal havia
chegado mentalmente ao número cinquenta e logo uma dupla de policiais entrou no
recinto, mãos no cinturão, perto demais das empunhaduras de suas pistolas.
“E lá vamos
nós.”
O mais
velho olhou na direção da garçonete e ela apenas esticou o pescoço, de forma
que achava ser discreta, na direção do homem que ainda esperava seu café.
— Bom dia
senhor. Está tudo bem por aqui?
— Pelo
menos até agora sim, policial. E com o senhor?
— Está tudo
muito tranquilo, pelo menos até a poucos minutos. — O policial mais velho, cujo
sobrenome “Hudson” se destacava na farda, tentava, sem sucesso, encolher a
barriga de cerveja, ao notar o tamanho do indivíduo que o haviam chamado para
dar as “boas vindas”. — Foi quando recebi uma ligação falando sobre alguém que
parecia prestes a, talvez, quem sabe, iniciar algum tipo de tumulto.
— Hum. Isso
seria muito ruim. — “Se mantenha frio, Rogers, não arranja problemas tão cedo”.
— Se eu vir esse encrenqueiro já sei a quem chamar.
O policial
mais jovem da dupla não conseguiu conter um riso, imediatamente silenciado por
apenas um olhar do veterano, que logo se voltou ao homem que estava abordando.
— Bem, bem,
bem. — agora Hudson soltara a tira de segurança do coldre de sua arma. —
Imagino então que o senhor já está de saída, correto?
— Pelo
visto sim.
Steve
Rogers se levantou vagarosamente, fazendo com que a dupla de policiais darem um
passo para trás e erguerem suas cabeças, para manter o que achavam ser um olhar
de autoridade, torcendo em seus íntimos para que o imenso homem resolvesse
realmente ir embora em paz.
— Uma pena
que não pude tomar aquele café. — Steve se voltou para a direção da garçonete.
— Vou deixar aqui no balcão uma gorjeta pelo excelente atendimento.
E então ele
tomou o rumo da rua, indo até seu furgão e seguindo para a saída mais próxima
da cidade, deixando para trás um grupo de pessoas aliviadas por terem se
livrado do que poderia ser uma ameaça à terrível força que dominava a cidade e
obrigava todos os habitantes a agirem daquela forma
Força essa
que Steve Rogers conheceria naquela noite.
— Sim
Senhor Barnes, passei o dia vendo a cidade apenas à distância, mas, tirando a
interrupção ao meu café da manhã, tudo parecia quase normal. Sim, quase, pois
percebi em todas as pessoas que observei a mesma aura de medo dos policiais e
da garçonete, assim que citei os desaparecimentos.
O furgão se
encontrava no estacionamento de um posto de gasolina praticamente vazio, em
meio ao silêncio da noite, que foi interrompido por pequenos e ritmados
estrondos, cujo barulho aumentava conforme algo imenso se aproximava do
veículo.
Quando
Steve Rogers pensou em sair e ver o que poderia ser a fonte dos barulhos, era
tarde demais.
Dedos
gigantes atravessaram a lateral direita do veículo e logo o furgão começou a
ser erguido no ar e ser batido no chão repetidas vezes, até finalmente acabar
por explodir, após ter seu tranque de combustível destruído.
As chamas
iluminaram uma imensa criatura, com proporções basicamente humanas, uma cabeça,
dois braços e duas pernas, mas com uma musculatura tão exagerada, que se
distanciava totalmente de uma pessoa comum.
— Um bisbilhoteiro a menos.
Atrás do
monstro os dois policiais, que abordaram Steve Rogers naquela manhã, se
aproximavam, sem conseguir disfarçar o tremor assustado que tomava seus corpos.
— Limpem tudo.
E então,
com seus passos trovejantes ele se afastou.
Enquanto os
policiais coçavam a cabeça, decidindo como debelariam o incêndio que fazia o
veículo arder em chamas, não muito longe, em meio a uma clareira na floresta
que rodeava a cidade, um homem usando um traje colorido acompanhava tudo a uma
distância segura.
— Não te
falei que usar um furgão falso era uma boa ideia, Senhor Barnes? — enquanto
falava com seu parceiro Steve Rogers seguia o monstro com um binóculo de visão
noturna. — Te peguei seu desgraçado.
Se iniciava
assim um jogo de gato e rato que decidiria o destino daquela pequena, porem
incomum, cidade.
Galeria de Imagens.
Capitão América.
2 Comentários
Grande Norberto!
ResponderExcluirO que eu mais curti nessa estreia, foi a aura de mistério que envolveu o episódio em si, lançando muitas perguntas para nenhuma resposta.
Eu sei que foi propositadamente e isso foi bacana.
Esse suspense instiga e deixa-nos curiosos para saber o que vem pela frente.
Acertou demais no tom!
Um monstro misterioso, uma cidade amedrontada e, até conivente com.a ação desse ser, e um Capitão América diferente, com uma pegada de investigador.
Estou curioso pra saber o que é essa ameaça !
Mandou bem demais!
Parabéns!
Muito obrigado pela leitura e comentário.
ResponderExcluirFico feliz por você ter curtido esse início.
Como falei em conversas no zap, meu objetivo aqui é recriar o Capitão de forma a ser reconhecível e, ao mesmo tempo, levá-lo por outros caminhos.
vejamos até onde eu conseguirei chegar.