Jiraiya Nova Geração #10 Horrores diversos.

Olá Tokuleitores!
Seguindo firme rumo ao final da primeira temporada de Jiraiya Nova Geração!
E vamos que vamos, firmes e fortes em quarentena e torcendo para que o fim dela esteja próximo!

Boa leitura!

Jiraiya

Nova Geração #10

O Dragão Surge.

Sati Mastumori não aguentava mais.

Ela andava pelas ruas escuras de seu bairro, procurando desesperadamente uma farmácia aberta, pois precisava, de forma urgente, de algum remédio que ajudasse a diminuir as cólicas da pequenina que trazia nos braços, envolta em cobertores rosas.

“Não dá... Para de chorar, pelo amor de Deus, sua...” os pensamentos vinham sem controle ou filtro, após mais de mês sem uma noite sequer de sono completo, Sati estava no seu limite “Por que... Por que não cala a boca desgraça... Eu... Eu nem te queria... Eu...” suas pernas perdiam as forças gradativamente, tudo o que ela queria era dormir, mas com a filha chorando daquela forma ela não conseguia nem fechar os olhos direito.

Por isso, quando uma imensa garra negra agarrou seu pescoço e puxou mãe e filha para um dos becos próximos, ela mal conseguiu registrar o que estava acontecendo.

A adrenalina inundou o corpo de Sati, conforme ela foi jogada contra uma parede, ficando totalmente alerta, procurando abraçar ainda mais a criança cuja existência ela amaldiçoara a poucos instantes atrás.

Ela, agora, a protegeria até o fim.

A língua áspera e longa do Horror cobriu a distância entre eles e, de forma lasciva, se esfregou no rosto da apavorada mulher, para se afastar lentamente e deixar sua ponta tão afiada quando uma lança em riste.

Sati estava congelada de medo, nem conseguia fechar os olhos, que permaneciam arregalados, conforme a língua se afastava, como uma cobra que preparar o bote.

O Horror avançou.

A ponta da língua seguia veloz na direção do olho da pobre mãe, que apertou mais sua filha contra o peito, sem sequer saber como rezar, ela apenas pedia agora que, ao menos, a pequena sobrevivesse.

Sati sentiu um puxão no corpo e também suas pernas se arranharem conforme as duas eram arrastadas pelo cimento da calçada do beco e logo foi amparada por braços fortes.

- Peguei a mulher e a criança... – Reinin Eclipse apoiava a mãe conforme ela se levantava, tomando o cuidado de passar a criança para uma de suas companheiras. – Me ajuda Allana... Pessoal, já voltamos.

Os dois partiram rápido, enquanto cinco outros jovens cobriam a saída do beco, não pretendiam dar chance alguma ao Horror para que ele escapasse, não depois do modo como ele havia destroçado um grupo de delinquentes a poucas horas.

“Qual a melhor maneira de lidarmos com isso Satoru?”

- Do mesmo modo que se enfrenta todos os Horrors Jiraiya... – O cavaleiro Makai do Dragão desembainhava suas duas espadas conforme ia falando. – Batemos o mais pesado que pudermos, não deixamos escapar e encerramos sua ameaça... Agora.

Tendo mais experiência, foi Satoru quem liderou o ataque, seguido de perto pela Jiraiya e Sakura, com Lenin Winchester logo atrás dando cobertura aos atacantes e servindo de proteção a Hitori, que ia, literalmente, pintando círculos místicos no ar, ao seu redor, usando um imenso pincel.

Apesar de tantos inimigos, o Horror que teve a refeição interrompida, apenas olhou para os vários atacantes que vinham em sua direção e reagiu de uma forma totalmente inesperada.

Ele sorriu.

XXX

Toha Yamashi não conseguia fazer sua perna direita ficar quieta, deixando claro todo o incômodo de ficar para trás e deixar o fardo de enfrentar tamanha ameaça para suas filhas e os jovens que as acompanhavam.

Sabendo dos riscos, uma vez que ele próprio enveredara por aquele tipo de vida quando era pouco mais velho que a própria Tomoko, se lamentou pela milionésima vez não ter conseguido criar um mundo seguro, onde as meninas pudessem crescer sem se envolver em lutas daquele tipo.

Ao seu lado jazia uma caneca de chá, feita pelo jovem com o qual mais se afeiçoara desde que a atual situação havia começado, se surpreendendo como o protegido do velho amigo, Lenin Wild, era um jovem tão calmo e tranquilo, muitas vezes preferindo ficar acompanhando um velho, ouvindo suas histórias antigas, do que saindo com os demais.

Toha sorriu ao pensar nisso e sentiu as mãos da esposa enlaçarem sua cintura, cada dia mais fina devido à doença, conforme ele se levantara para ajustar alguns painéis que analisavam e davam diagnósticos a respeito da integridade física da equipe.

- Fazia tempo que não via esse sorriso...

- Os motivos para sorrir andam meio raros não é?

- Toha... – ela o virou com carinho fitando profundamente os olhos do marido. – É justamente nesses momentos que precisamos ainda mais nos agarrar às boas coisas...

Um longo beijo, cheio de urgência, uma urgência que só existe nos amantes que sabem da proximidade do fim, mas logo se separaram, pois um forte acesso de tosse acometeu Toha, que acabou ajoelhado no chão, com sua esposa amparando-o.

- Me... Me desculpe... Agnes...

E então ele desmaiou.

XXX

- Muito rápido!

Lenin Winchester não conseguia acertar um tiro no inimigo, arrancando apenas lascas das paredes do beco, conforme o Horror ia saltando de um lado para o outro, evitando todos os ataques.

Sakura e Jiraiya acabaram com as armas cruzadas, após uma esquiva do monstro, mal conseguindo evitar se acertarem, enquanto o cavaleiro makai não tinha mais sorte que elas, escapando por pouco das imensas garras do Horror, que se estendiam até se tornarem tentáculos de pontas afiadas.

- Se essa magia ficar pronta hoje eu agradeço cara!

- Calma... – Hitori desenhava de maneira frenética com seu pincel, mesmo tendo estado na guerra do Makai, ainda era um monge inexperiente e não ajudava a pressão de estar diante de um tipo totalmente diferente de Horror e, sem ter certeza de quais círculos deveria usar, estava tentando cobrir todas as possibilidades. – Tô quase...

Enquanto a magia não ficava pronta, os demais tentavam da melhor maneira afastar o Horror, que parecia realmente focado em alcançar o monge makai, identificando-o como a maior ameaça imediata.

A lâmina da espada Ancestral começou a brilhar, atraindo a atenção da criatura, que parou de avançar contra a entrada do beco e se voltou, correndo na direção da kunoichi, que se manteve parada, em uma posição de ataque, aguardando o momento certo.

- Tomoko! – Sakura avançou na direção da irmã, mas teve seu ombro seguro por Satoru. – O que você tá fazendo cara?

- Você não confia na sua irmã?

Dizendo isso o Cavaleiro Makai estendeu os braços para os lados, as pontas de suas espadas quase tocando as paredes do beco, apenas aguardando o momento ideal.

O monstro saltou na direção da Jiraiya, o tempo pareceu desacelerar, conforme ele ia se aproximando, a boca salivando de antecipação pela refeição, mas logo suas feições de transformaram.

Dor.

Uma sensação que ele não conheceu muito bem desde que fora criado, a pouco tempo pelo doutor Toshiro.

A criatura caiu desajeitada, as costas ficando voltadas na direção da Jiraya, que identificara as shurikens características de dois dos seus aliados que, de fato, acabavam de voltar ao combate.

Seinin Allana desceu dando pequenos chutes pelas laterais do beco, controlando assim a sua “queda”, conseguindo desferir um golpe certeiro no ombro esquerdo do Horror, enquanto ele estava quase se erguendo.

Finalmente o monstro demonstrava alguma fraqueza.

- Agora!

Satoru desenhou no ar dois círculos com as pontas de sua espada e, ao cruzar os braços diante de seu corpo, eles vieram junto, fazendo surgir uma armadura cujo elmo lembrava a cabeça de um dragão.

Ao seu redor uma cortina de fumaça se erguia, resultante da energia dispensada n transformação.

- Sou Doragon! – em meio a um estranho chiado, a voz do cavaleiro makai soou vigorosa pela noite. – Abram caminho!

Sakura estava mais próxima e, de olhos arregalados por detrás de sua máscara, deu passagem para o guerreiro, que avançou como um animal selvagem prestes a agarrar sua presa.

Allana se virou no momento em que o Cavaleiro Makai se aproximava, saindo do caminho por um triz, após agarrar um cabo lançado por Eclipse, que havia se mantido alguns metros acima do combate, pretendendo servir de suporte aos amigos.

Uma decisão extremamente acertada.

Jiraiya permanecia no lugar, se o Horror, agora ferido, tentasse fugir, só poderia seguir na sua direção, por isso a Espada Ancestral se mantinha com a lâmina refulgindo de energia.

Nesse momento todos foram pegos de surpresa, pois o Horror saltou para o alto e, em pleno ar, asas coriáceas brotaram violentamente de suas costas, levando-o para longe.

- Não vai escapar!

Um rugido, novamente misturado a um tipo de som eletrônico, antecedeu os saltos incríveis do Cavaleiro Doragon, conforme ele subia pelas paredes do beco, até sumir na noite, atrás do Horror.

Jiraiya fez a lâmina de sua espada voltar ao normal, guardou-a e, se voltando para Eclipse, executou vários movimentos com as mãos e, no instante seguinte o ninja sumiu de vista, seguindo pelo alto dos prédios a dupla que se afastava.

Hitori cancelou a magia que estava preparando com um murmúrio de reclamação, enquanto seguia seus novos colegas, correndo para o carro da Jiraiya. Allana resolveu usar a moto de Eclipse para não deixá-la para trás e logo todos estavam seguindo o sinal que o ninja brasileiro acionara a mando da líder do grupo.

XXX

- Deixa eu ver se entendi doutor Toshiro... Você resolveu soltar sua criação nas ruas por que achou que ele estava entediado? É isso? Quando eu penso que um bando de jovens é meu maior problema...

Yasu Matiko permanecia sentada por detrás de sua mesa de trabalho, um cotovelo sobre o tampo de carvalho, uma mão massageando a têmpora, enquanto a outra fazia mudar os canais de uma série de telas, algumas em telejornais, outras grampeando câmeras policiais.

Em algum momento alguém acabaria ou gravando o monstro que seu cientista liberou, ou os prováveis guerreiros que surgiriam para enfrenta-lo, de qualquer maneira Yasu já imaginava maneiras de reverter a situação a seu favor.

Já as ações do Dr. Sato, tomando decisões tão importantes sem consulta-la antes, isso ela não podia admitir. Com um sorriso malicioso nos lábios, ela olhou para o cientista, que tentava em vão disfarçar como estava excitado apenas por estar na presença da presidente da empresa.

Ela pediu para que ele se aproximasse, sendo prontamente obedecida, fazendo-o parar a poucos metros da mesa, onde ele permaneceu, calado, cabeça baixa, as mãos apertando nervosamente a barra de seu jaleco, como uma criança levada pega numa travessura.

- Sabe doutor... Eu aprecio muito, e digo isso de coração, aprecio demais mesmo sua iniciativa quanto à criação dessa nova opção para meus planos futuros, o senhor, com certeza vai ajudar e muito no caminho até alcançar meus objetivos...

O cientista não sabia como lidar com a forma que as palavras da mulher lhe tocavam, amaldiçoando a si mesmo por tamanha fraqueza, algo que nunca sentira na vida, nem quando passou pela puberdade.

Foi isso que acabou cegando-o e, conforme ele deu um passo na direção de Yasu, ele nem percebeu quando ela pareceu tocar de leve um botão no tampo de sua mesa.

No instante seguinte ele caía por um alçapão, quase quebrando a bacia ao aterrissar sobre um monte de corpos destroçados.

- Não... Não... – de repente ele soube onde estava e o que provavelmente aconteceria, toda a excitação dando lugar ao horror de estar prestes a morrer da pior e mais horrível forma. – Não... Tudo o que eu fiz... Fiz por ela...

Ele se encolheu até ficar em posição fetal, irracionalmente esperando pelo momento em que seria destroçado pelas criaturas rejeitadas que viviam sob o prédio das industrias Starshine.

Toshiro estava tão fora de si que nem percebeu a mão que tocou seu ombro, nem mesmo quando alguém o ergueu do chão e o carregou para longe de onde ele tinha caído.

XXX

O Horror, percebendo a aproximação de seus perseguidores, deslocou seu voo para uma área onde não havia prédios, o que evitaria de ser seguido, dando-lhe tempo para analisar a situação e revertê-la, demonstrando assim uma inteligência raramente encontrada em Horrors.

Se percebeu isso Doragon não demonstrou, apenas aumentando a força de seus saltos, procurando chegar perto o suficiente para, ao menos, acertar um golpe de espada antes do inimigo estar longe demais de seu alcance.

- Pessoal! – logo atrás seguia Eclipse que, percebendo as intenções do monstro, tratou de entrar em contato com os demais companheiros. – O bicho tá indo para fora do nosso alcance... Vou tentar derrubá-lo... Sigam meu sinal e tentem chegar o mais rápido possível!

Dito isso o ninja redobrou os esforços e, ao chegar perto suficiente, pegou a sua Kusarigama e jogou contra o monstro, conseguindo enrolar uma das asas do Horror que, perdendo sua capacidade de voo, acabou por fazer um pouso forçado num terreno baldio.

Doragon chegou logo em seguida, fincando os pés na borda da cratera resultante da queda do Horror, usando suas imensas espadas para cortar as asas da criatura, assim ele não poderia fugir.

Caso ele não fosse capaz de criar novas asas, claro.

Eclipse chegou poucos segundos depois, jogando vários shurikens, enterrando-os nas costas do monstro para, logo depois, acionar os explosivos que o impediram de se recuperar da queda.

Só então ele desembainhou sua Jitte, correndo na direção do Horror, aproveitando as brechas da luta entre o monstro e o cavaleiro Makai, conseguindo causar dano, ainda que pouco, em alguns pontos, tais como os tendões, fazendo assim com que ele andasse mais devagar.

Doragon atacava aparentemente de forma irracional, quase como se balançando displicentemente as imensas espadas, mas logo o padrão se revelou aos olhos atentos do ninja, enquanto ele se afastava um pouco, pretendendo fazer outro ataque com as shurikens explosivas.

Eclipse viu que o companheiro movia as espadas de forma a causar o maior dano possível, da forma mais rápida, pois sabia que o monstro poderia estar além de suas capacidades, então era necessário, ao menos, enfraquece-lo, dando tempo para que os reforços chegassem.

O Horror enfrentava os dois inimigos de maneira cada vez mais surpreendente, quando ambos estavam fora do alcance de seus dois braços, outros nasciam de lugares incomuns de seu corpo, como das costas e, em dado momento, até do meio de uma de suas coxas.

O local estava se enchendo de pedaços de carne podre, fazendo o ninja agradecer aos céus pelos filtros de sua máscara, conforme percebia que os ataques do cavaleiro Makai iam ficando um pouco mais lentos.

O Horror pareceu perceber também, pois não teve dificuldades em evitar um golpe mortal, sacrificando boa parte do ombro esquerdo, apenas para conseguir segurar um dos punhos de Darogon, girá-lo em pleno ar e acabar jogando-o contra o Eclipse, que escapou por pouco, usando a corda de sua arma para evitar que o cavaleiro makai colidisse com uma parede próxima.

Ambos os guerreiros esperavam um ataque frontal de seu monstruoso inimigo, mas vendo que ele permanecia no mesmo local, até mesmo com as garras das mãos e dos pés enterrados no chão, tanto Eclipse quanto Darogon se ergueram devagar, se preparando para avançar.

Foi nesse momento que, ao redor deles, o chão explodiu em vários locais, dando passagem para dezenas de braços do Horror, enviados por debaixo da terra, as imensas garras negras brilhando por causa da luz da Lua, avançando mortalmente.

Não havia chance de escapar.

Sorte que eles não agiam sozinhos.

Um dos braços que ia direto para a cabeça de Eclipse foi cortado ao meio, com o ninja conseguindo ver apenas um rastro azulado, conforme a Espada Ancestral desenhava no ar um arco perfeito, anunciando a chegada dos demais companheiros de grupo.

Jiraiya não precisou se voltar para os demais, já havia passado tudo o que deviam fazer enquanto ainda estavam no carro, por isso ela apenas seguia na direção do monstro, avançando sem se preocupar com os flancos e a retaguarda, devidamente protegidos.

Allana e Sakura usavam suas armas, uma cimitarra e as adagas sai de lâminas energéticas, para ir abrindo caminho para Jiraiya, enquanto Winchester disparava com suas armas de mais alto calibre, causando micro explosões que iam destruindo vários braços.

- Agora vai cara? – o ninja americano se voltava para o monge makai que, às suas costas, tentava recriar os desenhos de energia de antes, mas com mais afinco agora. – Juro que eu preferiria estar mais perto da ação e...

- Consegui!

Hitori saiu da proteção de Winchester e, com vários círculos de desenhos místicos ao seu redor, avançou na direção do Horror, ignorando até os gritos de aviso de Darogon, dizendo que não era necessário ele se arriscar daquele modo, mas o monge não lhe deu ouvidos.

Várias garras se voltaram na direção dele, forçando até mesmo Jiraiya a desviar seu caminho, indo na direção do novo companheiro, já imaginando se não estaria desperdiçando uma oportunidade de encerrar a luta, mas acabou sendo surpreendida, como todos os demais presentes.

 - Que as trevas... PAREM!

Os círculos de luz então dispararam em todas as direções e, em poucos segundos, todos os braços extras do Horror se encontravam paralisados.

- É todo seu Satoru...

O monge makai se afastou andando calmamente, enquanto o Cavaleiro Doragon avançou, as duas espadas deixando um rastro de energia, que cortaram juntas, num golpe lateral, acabando por decapitar o monstro.

Seu corpo imediatamente começou a apodrecer, logo se tornando um pó mal cheiroso, que se dispersou pelo ar, não deixando nenhum traço de que um dia um monstro comedor de humanos esteve ali.

- Eca... – Lenin Winchester tirou sua máscara. – Cacete... Tomara que esse fedor saia do uniforme, senão vou ter que pedir pro sensei me mandar outro...

Os demais colegas riram, trocaram cumprimentos com o jovem monge makai, que permaneceu um bom tempo conversando com o cavaleiro do dragão, que procurava por todo lado algum ferimento, para só depois de ser chamado por Sakura, passou um braço pelo ombro dele e seguiram até o carro da Jiraiya.

“Eis que recebemos um verdadeiro dragão! Coitados dos nossos inimigos”

Todos concordaram com as palavras da nova Jiraiya, acreditando realmente que a situação melhoraria a partir de agora.

Ledo engano.

XXX

- Já esperava essa decepção... – na sede das industrias Starshine, a presidente Yasu olhava para telas que haviam acabado de ficar azuis, indicando que as câmeras oculares instaladas no Horror haviam, assim como o monstro, sido destruídas. – Ao menos serviu para ver mais um pouco desses moleques em ação...

Só então ela foi dormir, sem se dar conta que, longe dali, a última peça do jogo que ela montara, finalmente fazia seu movimento.

Depois disso, o mundo não seria mais o mesmo.

XXX

O grupo de jovens guerreiros chegou fatigado em casa, todos ansiosos para tirarem seus uniformes, tomar um banho e cair nas camas, mas foram recebidos por uma Agnes que trazia no rosto uma expressão desolada, tomando Sakura num abraço apertado.

- M-mãe?

- Eu... Eu... Precisamos... Conversar... É sobre o seu pai...

Continua.

Ilustração de Satoru - Cavaleiro Makai Doragon

Ilustração de Hitori - Monge Makai