Olá Tokuleitores! Espero que estejam todos bem e em segurança!
E chegamos ao segundo capítulo das histórias do pai de Aruto Hiden, Soreo, também conhecido como Kamen Rider Peacemaker!
Então... Boa leitura!
Kamen Rider
Peacemaker #2
Quando a Guerra te atinge.
“Querido Aruto. Meu filho.
Se estiver vendo essa mensagem holográfica,
provavelmente eu morri, mas espero, ao menos ter cumprido minha missão, a de
ter feito do mundo um lugar mais seguro para você.
Se não, bem, tenho certeza de que meu pai, seu
avô, deixou tudo pronto para que você seja capaz de proteger a si e a todos
aqueles que você ama.
Nada do que eu diga apagará minha decisão de me
afastar de você e seguir atrás do homem que, por anos, acreditei ter sido o
responsável pelo atentado... Isso mesmo... Atentado... Que nos privou da
presença de sua mãe...
Eu fiquei tão arrasado e nada que seu avô, meu
pai, tentou fazer diminuiu o imenso buraco que sua mãe deixou em meu peito...
Buraco esse agravado pela terrível sensação de que, a qualquer momento, você
também poderia cair vítima dos monstros criados pelo doutor Shiro Osaka...
Não poderia ser o pai amoroso que você merecia.
Por isso, assim que meu pai ofereceu a opção de
criar um HumaGear especial, feito a minha imagem, numa época que isso ainda
não era totalmente proibido... Além da construção de um cinto que, usando parte
da tecnologia da Hiden para construção dos androides, me permitiria lutar
contra qualquer arma que viesse de Shiro... Não pude negar.
Talvez hoje eu fizesse tudo diferente... Se
talvez...
Não... Não adianta me perder nesses
pensamentos... Fiz o que fiz e, provavelmente, faria outra vez...
Ainda assim eu te peço... Jamais esqueça que,
apesar de tudo...
Eu te amo, meu filho...
De seu pai... O humano... Soreo Hiden,”
XXX
África, região
central da Nigéria, anos atrás.
As chamas que
consumiam o HumaGear que a pouco fora enviado pelo doutor Shiro Osaka, ainda
ardiam e seu calor era tão cáustico que quase podia ser sentido por debaixo da
armadura de Soreo Hiden, o Kamen Rider Peacemaker.
Ainda assim ele
sentia gotas de suor escorrer por sua face, por detrás da máscara esverdeada,
mas não era por causa do calor.
- Warhammer...
A recém-chegada
nada disse, apenas seguiu com passos languidos na direção do outro Kamen Rider,
seu braço esquerdo transformado num canhão, cuja ponta já brilhava, antecipando
um novo disparo de plasma.
Os segundos
transcorreram como se fossem horas, não muito longe o cientista responsável
pela criação e venda dos HumaGears de Guerra, os WarGears permanecia escondido
dentro de um imenso veículo blindado, acionando todas as câmeras instaladas
ali.
Ele precisava
aproveitar, pois não era todo dia que caía em seu colo a chance de conseguir
gravações de seus produtos, o que sempre ajudava nas negociações quanto aos
preços que ele cobrava por seus préstimos.
- Hora do
show... – ele trouxe um comunicador para bem perto da boca, sussurrando seus
comandos. - Acabo de soltar sua coleira... Minha Cadela...
Antecipando o
ataque em segundos Peacemaker avançou, se desviando rápido para a direita,
conforme Warhammer efetuava seu segundo disparo, errando por pouco o oponente,
destruindo uma pilha de caixas de munição.
Em meio às
explosões provocadas logo atrás de si, Peacemaker não se permitia a
possibilidade sequer de perder o equilíbrio, disparando seu punho num arco
ascendente, desferindo um potente upper que visava o queixo da inimiga.
Seu golpe, no
entanto, morreu no canhão de plasma de Warhammer que, ao descartar sua arma, a
amassou ao redor do punho do seu oponente, acertando um violento chute no peito
deste, forçando-o a se afastar e ganhando assim tempo para preparar seu próximo
movimento.
Peacemaker não
conseguiu se livrar daquele excesso de metal, que estava ao redor de seu punho,
antes da inimiga se jogar contra ele, os dois antebraços cruzados diante do
rosto, com vários espinhos que haviam acabado de ser fabricados pela armadura.
Warhammer
pretendia empalar o inimigo, causando o maior estrago possível ao se chocar
contra o peito, ou mesmo os braços dele, dependendo de como ele se defendesse.
Não conseguiu
alcançar seu intento.
Peacemaker
saltou na direção do verdadeiro trem que vinha contra ele, erguendo com vigor o
punho que permanecia envolto nos restos da arma da inimiga e assim que desceu,
conseguiu encaixar um potente soco no alto da cabeça da outra Rider.
Após quicar
algumas vezes no chão, Warhammer parou seu avanço ao se chocar contra uma pilha
de entulhos próxima, mas se ergueu quase de imediato, descartando os espinhos
dos braços e avançando calmamente, não dando sinais de ter sido atingida por um
golpe tão potente.
Ela estendeu o
novo canhão do braço, mas não pode usá-lo, vendo só naquele momento que o mesmo
estava semi destruído, com pedaços pendurados e circuitos à mostra, soltando
pequenas e contínuas faíscas.
Assim que
Warhammer voltou seu olhar para o oponente, viu que ele jogava restos de seu
canhão fora, provavelmente o golpe dado contra seu rosto serviu apenas de
distração para que ele atacasse sua arma, ao mesmo tempo que livrara o punho
com o impacto do golpe.
Soreo sorria
por debaixo do capacete, ao perceber que sua inimiga não havia percebido o dano
no braço, provando desse modo uma teoria antiga de que, assim como ele, se
tratava de um humano trajando uma armadura.
Um HumaGear
teria reagido de forma muito diferente, percebendo o dano em seu corpo de
imediato.
Isso mudava
tudo no combate.
Apesar de ser
contra destruir os HumaGear, valorosos androides criados por seu pai, Soreo conseguia
eliminá-los, ainda mais se estivessem ameaçando inocentes, mas nunca sem antes
oferecer uma chance de rendição, onde ele tiraria apenas a War Key e enviaria o
rendido para uma manutenção.
Em pouco tempo
ele voltaria a um saudável convívio com a sociedade.
Mas diante dele
estava uma mulher trajando uma moderna armadura de combate, aparentemente com
um poder de fogo muito maior do que o dele, que sempre preferiu a defesa ao
ataque.
Peacemaker
endireitou o corpo e se voltou para sua oponente.
- Podemos
encerrar do jeito mais fácil e menos doloroso se você simplesmente desistir...
Eu...
A frase foi
interrompida quando uma explosão ocorreu próxima ao combate dos guerreiros de
armadura.
Um novo grupo
de combatentes voltava a atacar a fortaleza que Peacemaker havia protegido do
ataque-demonstração de Shiro Osaka, pegos de surpresa enquanto assistiam ao
combate que ocorria entre os Riders.
A poucos metros
um grupo de crianças se via pega no fogo cruzado e, para desespero de Soreo,
uma granada havia sido lançada contra elas.
Não houve tempo
para pensar ou para hesitações.
Peacemaker
abandonou sua oponente e, executando um impressionante salto, cobriu a
distância entre ele e as crianças, ficando à frente delas e fazendo surgir
diante de sua mão um aparelho que se estendeu em quatro arestas e entre essas
brilhou vários pequenos escudos de energia.
No instante
seguinte a granada explodiu, erguendo uma imensa nuvem de terra e areia ao
redor do Rider e das crianças.
XXX
Soreo não
conseguia se lembrar direito dos últimos acontecimentos, quando sua consciência
finalmente retornava aos poucos, ele nem mesmo conseguiria distinguir por
quanto tempo estivera apagado, mas assim que despertou, erguendo-se rápido e
desnorteado, olhou ao seu redor e viu duas das crianças que ele havia
protegido.
- A irmã menor
não sobreviveu... – o Rider, cuja armadura se encontrava desativada, o que
provavelmente acontecera quando a granada explodiu, teve sua atenção atraída
para outro canto do local, que parecia demais com uma cela. – Agradeça ao seu
amigo japa... Além dos robôs de combate que ele veio oferecendo para quem
pudesse pagar mais, o desgraçado também armou várias milícias... Tô vendo que
você parece surpreso por uma coisa como aquela granada ter te derrubado... Pelo
menos ela criou uma confusão suficiente prá tirarmos você e essas duas de lá
fora...
Soreo sentou e
levou uma das mãos à cabeça. Ter sido derrubado daquela forma já era ruim,
despertar e saber de forma tão crua que falhou ao tentar proteger uma daquelas
pobres crianças era muito pior.
- Acho que
podemos chegar a um acordo e... – uma explosão próxima interrompeu a frase por
alguns instantes. – Opa... Essa foi perto... Bom... Eu tenho uma proposta para
você e...
- Onde eles
estão? – Soreo se ergueu, os punhos cerrados com o mais puro ódio correndo
pelas veias, era uma guerra, ele sabia, ainda assim, ver crianças sendo mortas,
era demais para ele. – Apenas me indique uma direção, leve as mulheres,
crianças e idosos daqui para um lugar seguro e saia do meu caminho...
Percebendo a
determinação do homem à sua frente, Josué, o líder daquela facção fez como foi
ordenado e, minutos depois, Soreo Hiden estava do lado de fora da precária
fortaleza, tendo pesadas portas de ferro sendo fechadas às suas costas.
Diante dele
centenas de soldados.
“Kamen Rider!” a voz eletrônica ecoou de seu cinto.
- Henshin!
“Peace Rise”
“Rising Hopper!”
“Quando a paz é ameaçada, o Peacemaker é
invocado.”
E então o
inferno desabou sobre ele.
Continua.
6 Comentários
Fantástico, maravilhoso, e agora comecei a pegar o fio da meada da coisa... Muito ficou no ar e creio que será explicado em breve, mas onde foi parar a rider tunadona e o outro rider que creio não morreu também... Pelo que entendi agora, a facção ia pedir ajuda ao PeaceMaker e ele se prontificou antes do pedido, ele quer de qualquer forma colocar esses inimigos no chão e parece ostentar uma raiva sem igual por eles... Muito bom, o esquema da revolta dele com a morte da criança me agradou e muito também, ele tem os tipos de motivações e valores que me agradam muito em um personagem, creio que vou curtir muito PeaceMaker! Parabéns meu amigo, mais um incrível trabalho, tô realmente empolgado com o que vem por aí!
ResponderExcluirGrande Lanthys! Que bom que nesse segundo capítulo você já está se afeiçoando ao Soreo e seu universo...
ExcluirPrometo que em dado momento tudo ficará claro, essas capítulos iniciais são mesmo para apresentação de personagens, depois irei aprofundar nas razões de cada um... Tô também testando esse jeito de escrever, iniciando com as "cartas" do protagonista para seu filho, por isso talvez ainda demore um pouco mais para engrenar os acontecimentos, mas acho que conseguirei chegar lá.
O destino do Hapa, o primeiro rider Wargear, bem como o que aconteceu com a Warhammer serão desvendados na hora certa e espero que fique bacana.
Valeu demais mesmo pela força, leitura e comentários fantásticos de sempre meu amigo!
Te agradeço de coração!
A revolta dele com a morte da criança me lembrou o desespero de RX quando achou que Hitomi estava morta em seus braços. Um herói mutante, mas humano.
ResponderExcluirMatou a pau, Norb.
Soreo não é mutante, mas realmente é muito humano no que diz respeito a crianças, afinal de contas, para embarcar em sua missão ele se viu obrigado a deixar o filho para trás.
ResponderExcluirValeu!
Norberto ,uau!!!
ResponderExcluirEsse segundo capítulo foi bem tenso e denso!
Soreo, o pai de Aruto ,mostra a nobreza de sua alma .
Uma pena que tenha que pagar com a vida, como veremos mais a frente.
As cartas a Aruto não deixam dúvidas a respeito disso.
Soreo é um pacifista, mas sabe que tem que usar a força para que a paz seja conquistada.
Uma ótima trama!
Considero o segundo capítulo muito superior ao primeiro, que já tinha me agradado.
Você colocou todo no episódio todo o clima e os elementos que caracterizam as séries Kamen Riders.
Quem lê com atenção, percebe isso claramente.
Mais uma vez ,parabéns!
Como sempre surpreendendo neste trabalho de qualidade tecnica inquestionável!
E aí meu amigo! Que bom que você gostou!
ExcluirMe esforcei muito para deixar esse título a altura não só da série original, a Zero One, como do vasto legado dos Kamen Riders.
Valeu demais pela leitura e comentários!