EPISODIO 1 - A CHEGADA A ODISSÉIA
Não havia nada que pudesse ser visto no horizonte, além de areia. Tudo em torno deles era areia. Já fazia dias que ali, longe dos limites da cidade de onde eles saíram, não aparecia uma tempestade de areia como aquela. Os passos que os três davam eram lentos e pesados, seus pés se afundavam na areia e a visão do entorno era prejudicada pois precisavam manter os antebraços à frente do rosto por conta do vento forte que espalhava a areia.
Usando trapos na cor cinza e sujos como roupas de proteção, e uma espécie de óculos escuros que pareciam ter sido construídos em uma oficina mecânica por serem tão rústicos e mais um pedaço de trapo que cobria suas cabeças, eles avançam a passos lentos seguindo em frente. Logo atrás deles um grupo de seres, constituídos de um metal esverdeado de origem não terrestre que formava seus corpos humanoides e seus rostos robóticos, os tais Drônicos como eram conhecidos nessa nova realidade apocalíptica pela qual a terra passava, tinham como missão capturar aqueles seres humanos.
Graças a areia, no chão e no ar, e ao vento forte que a espalhava, os robôs também estavam lentos. Os três humanos já estavam cansados, já não tinham forças para continuar, e o primeiro deles cai tendo sua queda amortecida pela areia fofa. O segundo cambaleou, resistindo usando suas últimas forças para se manter em pé, antes de falhar e desmaiar caindo pelo chão. O terceiro então para, percebendo que não conseguiria avançar, se vira na direção dos Drônicos. Os Robôs humanoides caminhavam na sua direção. Ele se coloca em posição ofensiva pronto para lutar por sua vida e pela vida de seus amigos agora indefesos. Seus joelhos doíam, seus olhos ardiam mesmo com a proteção dos óculos. E então o primeiro Drônico ataca, e o homem de trapos desvia do soco e desfere uma joelhada no humanoide fazendo-o se afastar. Outro Drônico avança e o acerta no rosto fazendo-o rodopiar por umas duas vezes no ar antes de bater com as costas no chão caindo pela areia próximo a seus amigos.
Nesse momento todos os Drônicos atacaram de uma só vez indo para cima deles. Ele ainda conseguiu enxergar de forma deturpada dois homens surgindo do nada, saltando por cima dele e dando cambalhotas no ar, pousando no chão a sua frente. Deu pra perceber que um dos caras usava branco e preto, e o outro usava verde e branco, e apesar da tempestade de areia que acontecia, apenas as roupas que usavam os protegiam, eles estavam de capacete ou algo assim, pois não conseguia ver seu rosto, foi o que ele pensou antes de perder os sentidos.
O homem de verde e o de preto, lado a lado, partem pra cima dos Drônicos. O primeiro desfere uma voadora frontal que acerta a lateral da cabeça metálica do oponente jogando-o metros para o lado em cima de outros robôs. Já o segundo desfere uma rasteira em um dos inimigos que sobe alguns metros no ar mas antes de cair, é atingido por um outro chute que o acerta a lateral do corpo o arremessando contra outros Drônicos. Em seguida, os dois giram os corpos por entre os Drônicos ainda de pé, passando por eles e se afastando alguns passos, o suficiente para levarem a mão ao coldre e sacarem suas armas.
O saque é rápido e o disparo vem em seguida assim que as armas são apontadas para seus alvos. Decorrente dos tiros a lasers que atingem os Drônicos, uma grande explosão acontece levantando uma boa quantidade de chamas que se espalham com a areia e o vento, até o fogo desaparecer por completo, enquanto os dois giram as armas nos dedos e as colocam de volta ao coldre. O som ambiente volta a ser apenas o do vento levantando a areia e a espalhando com velocidade e violência.
Os dois desconhecidos de uniformes coloridos se voltam para os três desmaiados e caminham até eles.
CIDADE DE ODISSÉIA
Em 2020, algo no espaço invadiu os sistemas de todos os satélites terrestres em volta de nosso planeta. A partir daí, um vírus alienígena, ou seja lá o que era, infectou toda a rede mundial de computadores. Quando as máquinas foram infectadas por essa espécie de vírus de origem alienígena, começaram a falhar. O colapso mundial se instaurou. Nada mais funcionava. Carros, aviões, computadores, tudo que demandava tecnologia foi invadido pelo vírus e parou de funcionar. Metade da população da terra foi consumida pelos acidentes provocados por quedas de aviões, acidentes de carros, falhas de equipamentos médicos e tudo que dependia da tecnologia. Mísseis foram disparados por países que sequer tinham a intenção de fazê-lo e milhares de pessoas morreram no processo. O mundo começava a deixar de ser um lugar seguro. O que restava para humanidade, ou para o que restava dela, era se isolar em um lugar seguro.
A cidade de Odisséia era um plano secreto e em conjunto de vários governos para uma possível catástrofe a nível global. A ideia, era uma cidade que detinha toda tecnologia que pudesse conferir a seus moradores uma vida normal como as que se tinham em cidades como Nova York, São Paulo e outras tantas pelo mundo. Vazada sua existência pelos cientistas e engenheiros contratados pelos governos e que a construíram, em meio ao caos, todas as pessoas que conseguiram, chegaram lá. Porém, as que não conseguiram, e ficaram pelo caminho, acabaram se separando em grupos, grupos esses que foram crescendo e aprendendo a sobreviver nessa nova realidade, e assim, várias outras cidades foram se espalhando por um mundo deserto cheio de destroços do que era o mundo em que um dia vivemos. Cinquenta anos se passaram desde o fim do mundo, desde que as máquinas pararam e os Drônicos apareceram para dizimar o restante da raça humana, e hoje uma dessas cidades, a cidade de Odisséia, protegida por um forte campo de força em volta dela, energizado por um gerador de energia auto suficiente, consegue propiciar a seus habitantes uma vida segura e na medida do possível, normal.
CENTRO DE COMANDO
No centro da cidade está o complexo conhecido por todos como Centro de Comando, quartel general da força militar responsável pela segurança da cidade, além de incursões para fora da cidade atrás de sobreviventes, e de limpeza em torno do campo de força. Quando os Drônicos se aproximam a uma determinada quilometragem do campo de força, alguns agentes são enviados para destruí-los, utilizando a tecnologia desenvolvida dentro do centro de comando para tal feito. Esses agentes eram chamados de Power Rangers.
Num corredor à meia luz que dava acesso a várias salas do complexo, o Coronel Ramon Collins caminhava ao lado de dois de seus subordinados que acabavam de voltar de uma incursão fora dos muros. Jacob vinha vestindo um uniforme colado ao corpo, da cintura para baixo na cor branca com bota preta e da cintura para cima na cor preta. No centro do peito a imagem em perfil de um Bisão em branco, e Willians que usava um uniforme nos mesmos moldes, porém, a verde no lugar do preto, e no peitoral um rinoceronte. Os dois traziam debaixo do braço seus capacetes, que completavam seus trajes especiais e caminhavam um de cada lado do coronel que usava um traje padrão das forças especiais de Odisséia. Jacob tinha uma estatura a altura do coronel, olhos castanhos, cabelos pretos e rosto expressivo, já Wilians tinha uma aparência claramente de descendência oriental, cabelos curtos e lisos na cor preta, olhos castanhos e pele branca
Jacob: ...então os trouxemos pra cá e os separamos em salas. Achamos mais seguro.
Willians: O que aparenta ser mais resistente está na sala de interrogação. Ele inclusive lutou com um dos Drônicos antes de cair no chão. O cara realmente perdeu a noção do perigo.
O Coronel Collins tinha olhos castanhos e aparentava já ter ultrapassado seus mais de cinquenta anos, utilizava uma camisa preta colada ao corpo que ressalta seus músculos, e por cima uma pesada jaqueta preta de couro, já sua calça era cinza, com desenhos de estampa militar e amarrado a perna direita um coldre onde o mesmo trazia uma arma. Ele continua sua caminhada sem dar uma palavra e ao chegar à porta da sala de interrogação, finalmente reage aos dados passados por eles.
Cr Collins: Fiquem de olho nos outros dois. Eu vou conversar com ele e ver o que consigo.
Os dois batem continência e se retiram indo em direção às outras salas onde os outros dois convidados se encontravam. Em seguida, Collins abre a porta passando por ele, fechando-a em seguida.
Na pequena sala que devia ter uns 3 metros por quatro, o coronel observa o homem sentado na cadeira do outro lado da pequena mesa de metal, adormecido. O corpo do homem inclinado para trás como se estivesse dormindo pesadamente. O coronel então pega a cadeira, a levanta e em seguida a bate no chão fazendo um barulho suficiente para chamar a atenção do convidado que dormia.
O homem abre os olhos e endireita o corpo na cadeira devagar devido a dor que sentia, por conta de ficar muito tempo naquela posição. A luz da sala em primeiro momento oculta sua visão, e quando o mesmo resolve colocar a mão na frente do rosto para impedir que a luz incomode seus olhos, percebe estar algemado na cadeira. Tyler possuía seus olhos verdes e pele branca, um pouco maltratada pelo calor do ambiente desértico pelo qual passara, seus cabelos eram castanhos e ainda vestia os trapos com os quais fora encontrado.
Tyler: Mas o que tá acontecendo? — Indaga ele meio confuso?
Cr Collins: Você sabe onde está? — Indaga dessa vez, o Coronel enquanto se senta na cadeira a frente da mesa.
Tyler: Eu… — Tyler abre e fecha os olhos por diversas vezes tentando normalizar seus sentidos — To numa sala — Começa respondendo olhando em volta — com um cara usando um uniforme de aparência militar da década de 2020, me perguntando se eu sei onde estou.
Cr Collins: Preciso que me diga seu nome. Podemos começar assim?
Tyler: Meu nome — Ele olha em volta mais uma vez, reparando na parede, na porta da sala, tentando se familiarizar com o local onde está — É Tyler — Responde voltando seus olhos para o anfitrião.
Cr Collins: Tyler! — Começa a falar calma e pacificamente, buscando a confiança do convidado. — Você está em Odisséia! O que vocês faziam lá fora?
Tyler: Onde estão meus amigos?
Cr Collins: Eles estão bem, foram cuidados, medicados. Assim como você.
Tyler: Foram algemados numa cadeira também?
Cr Collins: Tinhamos que tomar precauções, afinal, vocês são os únicos humanos que encontramos lá fora em anos. Não sabíamos se podíamos confiar. — Explica o Coronel — Não é nada pessoal.
Tyler: Dá pra tirar as algemas?
Cr Collins: Vamos fazer o seguinte. Responde pelo menos uma de minhas perguntas e eu tiro as algemas.
Tyler: Beleza — Concorda Tyler — Estávamos procurando a Cidade da Luz. Mas acabamos nos perdendo lá fora quando a tempestade de areia começou.
Cr Collins: A Cidade da Luz? — Indaga sem conseguir esconder um determinado espanto.
Ao ouvir essa informação, o Coronel se levanta, dá a volta na mesa retirando uma chave do bolso, se inclina para baixo e abre as algemas libertando as mãos de Tyler que por sua vez as levanta na altura rosto passando a mão sobre o punho demonstrando alívio por ter sido libertado. O Coronel então se dirige até a porta.
Cr Collins: Me acompanhe — Diz ele enquanto abre a porta da sala para sair — Vou te levar até seus amigos.
Espantado pela rapidez com a qual as coisas pareciam se resolver, Tyler se levanta e segue o Cr Collins. Os dois caminham pelos corredores do centro de comando até chegarem a uma outra sala. Ao se aproximar da porta da sala, essa por sua vez se abre ao meio recolhendo as extremidades para o lado assim que o sensor capta a presença do Coronel. Quando finalmente a porta conclui o processo de abertura, Tyler entra correndo na sala e vai em direção a seus amigos que estavam sentados à uma mesa oval. Os dois, ao verem Tyler se levantam rapidamente e os três se abraçam no meio da sala, aliviados por estarem vivos.
A sala parecia uma sala de reuniões com a mesa oval ao centro e algumas telas de computadores espalhadas pelas paredes. Sentados na extremidade da mesa afastada da porta estavam Willians e Jacob, agora já em seus trajes civis. Jacobi usava uma jaqueta preta de couro, camisa branca e calça jeans com uma bota. Ja Willians usava uma camiseta branca com uma blusa de moleton com um Rinoceronte estampada atrás, uma calça Jeans e tênis. O coronel os convida a se sentarem novamente enquanto o mesmo se senta em uma outra cadeira.
Megan tinha um rosto jovem aparentando ter uns vinte e cinco anos, cabelos loiros e lisos, enquanto que Alexander tinha cabelos loiros, porém mais deteriorados pelo tempo, com olhos castanhos e uns dois anos mais novo que Megan, que tinha provavelmente a mesma idade de Tyler.
Cr Collins: Me contem mais sobre essa...Cidade da Luz — Inicia a conversa o coronel demonstrando curiosidade.
É quando Alexander toma a palavra já se levantando novamente.
Alexander: Olha, nós agradecemos a hospitalidade, mas se não se importam, queremos ir embora.
Tyler: Exatamente, — Diz Tyler se levantando também — Já dissemos coisas demais sobre nós e nem sabemos quem são vocês. Se puderem nos arrumar alguns mantimentos e água, e nos direcionar pro portão da sua cidade, a gente se manda.
Do outro lado da extremidade da mesa, Jacob e Willians apenas observam, esperando que o Coronel diga algo para impedir os convidados de se retirarem sem deixar as devidas informações, mas o coronel nada diz. Apenas encara Tyler, que o encara de volta. Até que Williams resolve tomar a palavra.
Willians: Eu não me arriscaria lá fora se fosse vocês — Diz ele enquanto balança uma caneta por cima da mesa onde tem seu braço apoiado. — A incidência de Drônicos tem aumentado muito nos últimos meses. Têm aparecido mais do que podemos contar.
Tyler: A gente vai se arriscar lá fora. Sabemos nos defender.
Jacob: Claro que sabem!! Nós vimos isso — Interrompe de forma debochada. — Cedo ou tarde, vocês acabaram morrendo la fora, mas eu particularmente não me oponho se vocês quiserem se matar. Mas seria de extrema educação, considerando que nós salvamos a vida de vocês, que vocês respondam as nossas perguntas.
Tyler se vira para Jacob irritado — Já falamos tudo que vocês queriam saber e…
Antes que o aparente líder dos visitantes pudesse continuar, Megan resolve dar o ar de sua voz acrescentando a conversa.
Megan: Estamos procurando a cidade da Luz, porque a nossa foi destruída.
Um pouco de silêncio repentino pela intromissão da garota, e ao perceber que todos se calaram, ela prossegue, explicando-se tanto para o coronel quanto para os dois subordinados na sala.
Megan: Nossa cidade foi invadida, eu não sei bem quanto tempo faz. Quando saímos de lá perdemos a noção do tempo vagando pelo deserto. Os Drônicos encontraram nossa cidade, entraram e dizimaram toda a população. Foi sorte termos conseguido escapar.
Alexander: Nós mantinhamos contato com a cidade da Luz através de ondas de rádio. Sabemos que lá é um bom lugar e que tem proteção contra os Drônicos, têm água, energia, comida. Então, quando fomos invadidos, uma caravana saiu da cidade de Lemuria em direção a cidade da Luz.
Tyler: Mas as pessoas foram morrendo pelo caminho, atacadas pelos Drônicos, morrendo de fome, ou soterradas pelas dunas de areia em meio a tempestade. Apenas nós da caravana sobrevivemos. — prossegue Tyler de cabeça baixa olhando para a mesa.
O coronel Tyler respira fundo, e então se levanta. Nesse momento, uma voz de mulher é ouvida através do sistema de rádio do Centro de Comando.
— “Aqui é a sargento Miller, da sala de controle. Identificamos sinais de Drônicos a vinte quilômetros de distância dos muros da cidade. Repito, identificamos sinais de drônicos a vinte quilômetros de Odisséia. Convocando os Rangers para incursão imediata.”
Sem dizer uma palavra, Jacob e Williams se levantam e saem da sala fechando a porta logo atrás deles. Depois disso, o Coronel também se dirige até a porta para atender ao chamado da sargento Miller. Antes disso, ele se volta aos convidados novamente.
Cr Collins: Desculpem. Vamos liberar vocês assim que resolvermos esse problema. Mas é bom que saibam, nós perdemos contato com a cidade da Luz, no mesmo dia em que perdemos contato com a cidade de Lemuria e com várias outras. — O coronel segue com uma perceptível decepção na voz. — Pelo relato de vocês, se Lemuria foi invadida nesse dia, provavelmente as outras cidades também foram.
O Coronel deixa a sala, deixando nela, Tyler e seus amigos Megan e Alexander com um olhar de espanto e de plena desolação.
Mais uma porta se abre revelando a Sala de Controle do Centro de Comando. A sala possui formato circular, com vários computadores e telas em suas extremidades circundando a sala. Para operar essas tecnologias, duas pessoas, que através das cadeiras flutuantes as quais sentavam, podiam se movimentar por toda a sala acessando qualquer computador e com isso qualquer informação que fosse necessária. Os computadores eram operados pelos jovens Laura e Joseph, eles usavam a farda padrão da força militar que era constituída de um macacão cinza de mangas compridas com o símbolo da guarda estampado nas costas. Laura tinha cabelos pretos curtos e usava um headset que complementava seu uniforme e Joseph, com cabelos longos na altura do meio das costas, também trazia envolto a cabeça o mesmo apetrecho. Na parede ao lado esquerdo da porta havia cinco plataformas circulares de uns sessenta centímetros, circundadas por uma espécie de tela de acrílico, onde ficavam expostos em manequins, cinco uniformes com a mesma identidade visual. os uniformes branco e preto de Bison utilizado por Jacob e o uniforme verde e branco de Rino, utilizado por Willians. Não era possível identificar por enquanto os outros três uniformes pois seus contêineres de acrílico estavam escuros.
Em pé no meio da sala de controle, com os braços para trás, estava a sargento Amanda Miller, ou Sargento Miller como era chamada. Diferentemente de seus subordinados no controle dos computadores da sala, seu uniforme era composto de um terninho feminino também na cor Cinza claro, uma saia social que ia até a altura dos joelhos e salto alto. Morena e com o cabelo amarrado em cock. Ela prosseguia com seu trabalho analisando e tomando decisões com base em todas as informações que eram passadas a ela pelos já mencionados Laura e Joseph.
Miller: Quanto tempo até os Drônicos conseguirem identificar nossa localização? — Pergunta ela já aguardando uma resposta certeira e imediata.
Laura: Se continuarem nesse ritmo — Respondia ela digitando alguns códigos de acesso aos programas de gerenciamento e cálculos — trinta minutos.
Joseph: Mas é estranho — Complementa as informações — Temos o sinal costumeiro de Drônicos, mas tem um em específico que é diferente de tudo que já detectamos antes. Aparentemente é um Drônico mas se comporta de forma diferente, não está acompanhando a manada. A grande manada é que o segue.
Miller: Conseguimos identificar de forma precisa?
Joseph digita mais alguns códigos enquanto os números na tela vão se acumulando — Negativo, impossível identificar. Não temos nada dessa natureza no banco de dados.
A porta da sala se abre e Jacob e Williams passam por ela.
Jacob: Amanda!! Qual o problema?...Quero dizer — se retrata ele meio sem jeito — Sargento Miller, qual o problema?
Amanda um pouco desconcertada pelo fato de Jacob tê-la chamado pelo nome, ao invés do sobrenome como todos a chamavam, se recompõe e segue com as informações.
Miller: Temos Drônicos se aproximando da cidade. Precisam ser desviados ou destruídos imediatamente. — Segue ela com as informações — Se chegarem mais perto e passarem pelos portões, estamos perdidos.
Williams: Não se preocupe — Responde já se dirigindo para a porta — A gente cuida disso.
Poucos minutos depois, duas motos deixam a cidade em direção ao local onde os Drônicos se moviam. Elas saem da cidade em plena velocidade controladas pelos Rangers Bison, de uniforme preto e Rino de uniforme verde.
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Enquanto isso na sala de reuniões, Tyler e seus amigos estão sentados cada um em uma cadeira olhando para baixo, decepcionados pela possibilidade da Cidade da Luz, a qual eles buscam a algum tempo, não mais existir.
Tyler: Não podemos ficar aqui — Diz ele se levantando. — Vamos sair dessa cidade e retomar nosso caminho.
Alexander: Eu não acho uma boa ideia voltarmos la pra fora — Responde ele cabisbaixo. — Tudo que fizemos, tudo que perdemos, foi pra conseguir chegar a cidade da Luz, mas agora que ela não existe mais...Que diferença faz ficarmos aqui ou em qualquer outra cidade? Se é que existe outra.
Megan: O Alexander tem razão. — Concorda — Se sairmos, só vamos nos colocar em risco. Sem alimentos, sem água, sem abrigo. Morreremos lá fora em menos de uma semana.
Tyler: Não existem provas que a Cidade da Luz deixou de existir. Eles apenas perderam contato com ela. Eu ainda tenho a esperança de encontrar a cidade. Vocês também deveriam ter.
Megan: Mas Tyler. Você não acha melhor…?
Tyler: Eu não acho nada — Interrompe —. Existem pessoas na Cidade da Luz que esperam por nós. Pessoas que nós amamos. Por isso, quando Lemuria caiu, nós arriscamos tudo. Por isso atravessamos um mundo em meio a um inferno de areia. Por isso sobrevivemos. Alex, você não quer encontrar a Anne? E você Megan? Não quer encontrar seu irmão?
Megan e Alexander, ainda meio em dúvidas, balançam a cabeça positivamente concordando com o amigo.
Tyler prossegue encorajando seus amigos — Então a gente se levanta, sai dessa sala e encontra a saída desse lugar. E depois seguimos o nosso caminho com ou sem a ajuda deles.
DO LADO DE FORA DA CIDADE
As motos seguiam em grande velocidade quando o Sargento Miller entra em contato com os dois Rangers. Para atender ao chamado e abrir uma linha de comunicação com a cidade e com o Centro de Comando, os Rangers levam a mão esquerda até a lateral esquerda do capacete, ao tocá-lo nesse ponto, a linha de comunicação é aberta.
Ranger Bison(Jacob): O que foi!
— Os Drônicos que estavam a oito quilômetros de distância mudaram de curso e agora se afastaram mais cinco quilômetros ao norte de onde vocês estão. — Informa a Sargento.
Ranger Rino (Williams): Isso já tá fora da área de areia. Eles estão indo para o desfiladeiro no ponto C. Estamos indo pra lá. Desligando!! — Diz Rino encerrando a comunicação com a central.
As motos pilotadas pelos Rangers adquirem mais velocidade e seguem rumo ao ponto indicado pela Sargento, logo eles ultrapassam a parte arenosa do deserto e chegam em uma área rochosa. Mais alguns minutos pilotando, e de repente, a frente dos Rangers um raio é disparado contra eles explodindo no peitoral dos dois e os arrancando das motos jogando-os metros de distância para trás e fazendo com que eles caiam em uma espécie de grand canyon, uma arranhadura gigante no meio das montanhas. Os dois caem nesse trecho. Ao se levantarem percebem o ambiente onde estão. O chão era arenoso, mas não tão fofo quanto a areia do deserto com algumas pequenas e grandes pilhas de rochas espalhadas que criavam um caminho pelo local composto por várias curvas.
Ranger Bison: Você está bem — Pergunta ele enquanto se levanta.
Ranger Rino: To sim!! Esse raio foi de um impacto monstruoso. Se não fossem as melhorias constantes que fazem nos uniformes, a gente teria se dado muito mal.
É nesse momento, que no local sem saída onde caíram, que de trás das rochas começam a surgir os Drônicos. Não só de trás das rochas, como também saltando de cima do morro para dentro do Grand Canyon genérico. Os Drônicos começavam a surgir de todos os lados. Logo os Rangers se colocaram em posição de combate um de costas para o outro para que pudessem cobrir maior espaço.
Ranger Rino: Tem mais Drônicos aqui do que podemos contar.
Ranger Bison: Isso não está certo. Desde quando eles atacam em bandos tão grandes?
CONTINUA …>>>
13 Comentários
E eis que o nosso querido escritor de Power Rangers mostra por que deveria ser contratado imediatamente para ser roteirista da série original.
ResponderExcluirUm início excelente,, mostrando e desenvolvendo muito bem todos os personagens em poucas linhas, já mostrando quem ser a mais turrão ou mais ponderado...
O cenário também foi descrito de forma soberba, o leitor já sabe muito e fica na esperança de saber mais sobre esse cenário distopico.
É termina com um gancho perfeito.
Quero muito e logo a continuação.
Mandou muito, muito bem meu amigo!
Parabéns!
Grande Norberto, obrigado pela leitura. Fiquei meio cabreiro pra postar essa versão pois vou utilizar as imagens de liveman, e não gostaria de gerar nenhum desconforto com amantes de super sentai, mas enfim, acho que pelo monos o primeiro episodio consegui cumprir a missão que era mostrar o ambienete apocaliptico e poscionar alguns personagens. Valeu mesmo pela leitura.
ExcluirPower Rangers Feras Lendárias.
ResponderExcluirUm novo e já bem sucedido projeto.
Curti muito a narrativa, o cenário apocalíptico , a questão dos Drônicos e dos tres sobreviventes a procura da cidade da luz .
O final deixa um gancho para uma batalha que promete ser tensa .
Parabéns!
Grande episódio!
Obrigado Antonio. Aguarde e confie que muito mais vem por ai!! Valeu mesmo pela leitura.
ExcluirBoa Rodrigão!
ResponderExcluirCurti a história. Cenário apocalíptico sempre traz grandes tramas e gosto demais disso. Ótimo começo e com ótima introdução dos protagonistas. Mais uma aventura que promete, parabéns!
Grande Renato. Sim cara, eu particularmente curto muito esse tipo de cenário. E essa ja é uma historia que a tempos eu tava a fim de desenvolver e com a boa saida de Power Rangers Mundo Sombrio, acho que é a hora certa de narrá-la. Valeu mesmo pela leitura. Grande abraço.
ExcluirRealmente Rodrigo tá se mostrando, como vi em um gibi da Mônica outro dia, um "PowerDrigo" kkkkk! Cara, que que é isso véio? Agora vai me fazer virar fã de Power Ranger é?? Pôxa, que início de história empolgante e cheia de mistérios já de cara? Drônicos, Cidade da Luz, Cidades em meio a areia, mundo de areias e poucos humanos vistos em tempos... Além de tudo já temos agora os Drônicos armando emboscadas aos Rangers, pois com certeza foi isso que fizeram e se pá, conhecendo um pouquinho do Rodrigo, acho que esses dois já eram pra iniciar o projeto já com mortes... Esperar pra ver o que vem pela frente, qual a situação desses três recém chegados e como vai tudo continuar daqui pra frente, fiquei bastante curioso com tudo que já aconteceu e com o que tem pra acontecer ainda, maravilhoso início de trabalho Rodrigo, parabéns meu velho! \0/
ResponderExcluirGrande Lanthis, ainda não fiz tu gostar de Power Rangers, mas quem sabe um dia você não de uma oportunidade. Caso isso aconteça, aconselho você a assistir Lost Galaxy ou RPM. São as melhores. Quanto a historia. Sim, você pegou o fio da meada. Os dronicos ja eram uma ameaça constante nesse universo e aparentemente, eles estão aprendendo e evoluindo, e graças a isso...será que eles armaram uma emboscada? Vamos ver no próximo episodio!! Por enquanto só posso agradecer pelo tempo disponibilizado e apoio de sempre.
ExcluirMuito bom, Rodrigo.
ResponderExcluirAssim como muitos, tive muito preconceito com a franquia. Mas, hoje em dia, eu aceito mais. Principalmente, nos quadrinhos, Power Rangers têm uma pegada mais adulta. Aliás, a Hasbro parece dar novos ares ao rico multiverso da franquia.
A forma como você lidou com os dronicos foi excelente. Nesse primeiro episódio, a gente pôde perceber a pegada satânica e sombria que nos espera.
Ótimo cartão de visitas!
Grande Artur, obrigado pelo tempo disponibilizado e pela leitura cara. Grande abraço!!
ExcluirEm tempo: a chegada em odisséia... foi algo maravilhsoamente descrito... você fez um cenário totalmente apocalíptico. Sensacional.
ResponderExcluirMuito dahora esse começo. Curti demais a proposta. Um mundo apocalíptico onde a tecnologia é quase inexistente e ainda prá acabar de piorar, com criaturas "dronicos" na cola dos seres humanos. Nossa! Que desesperador. Agora tô ansioso pra saber o que vai acontecer com o Rino e Bison. Partiu segundo episodio.
ResponderExcluirDe fato, Henrique. Isso é o mais bacana do trabalho de Rorigo. Ele é denso e maduro, mostrando um potencial enorme para a franquia.
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