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Rei Vegeta - Capítulo 2


E com vocês, o segundo capítulo de o Rei Vegeta. Segunda e última postagem minha aqui nessa semana.

Capítulo II - Queda na pobreza.


Dez anos se passaram. Ou seja, estamos no ano 705. Vegeta pai (ou se preferirem, Vegeta II), ao lado de várias tribos saiyanas aliadas, pretende através de um ambicioso plano destruir os tsufurianos por completo. Todos eles têm fortes ressentimentos contra seus vizinhos das terras planas e férteis, por todas as maquinações que têm feito para mantê-los débeis e divididos e toda a arrogância e desprezo deles para com os saiyanos. Já os tsufurianos, por sua vez, têm certo receio da crescente força dos nativos originários de Sadala, e para mantê-los politicamente fracos e débeis ora se aliam a uma tribo, ora a outra, incitando-os a guerrearem uns com os outros. Tudo na base da famosa tática do dividir para dominar.

Os tsufurianos são um povo de modo geral pacífico. Durante o século VI e mesmo durante boa parte do século VII, estiveram indiferentes em relação à presença do povo oriundo do planeta Sadala nas terras periféricas e inóspitas de Plant. E quando os notavam, os olhavam com certa curiosidade, como se fossem uma espécie de um retrato deles de muitos milênios antes, quando ainda eram um povo primitivo que viviam em condições similares e levavam um estilo de vida caçador-coletor. Em outras palavras, como se fossem um fóssil vivo deles mesmos.

Mas tal situação começou a mudar a partir do ano 630, quando em decorrência de uma forte seca um bando saiyano atacou alguns povoados tsufurianos na região norte do planeta Plant. Isso foi um claro sinal de alerta às autoridades de Plant de que medidas deveriam ser tomadas em nome da segurança dos povoados fronteiriços. “Ou nós tomamos uma atitude, ou nós estaremos em maus lençóis cedo ou tarde”, disse na tribuna do Senado um tsufuriano chamado Taopur. “Precisamos dar uma lição neles, do contrário eles vão ficar cada vez mais ousados com o tempo. E antes que seja tarde demais para nós”, disse outro senador tsufuriano, chamado Luobos.

A partir de meados do século VII, os tsufurianos passaram a promover periódicos ataques contra os acampamentos e povoados saiyanos, com o claro objetivo de enfraquecê-los e expulsá-los das áreas dos povoados fronteiriços. O clã de Vegeta foi alvo de uma dessas incursões antes dele nascer, o que lhe causou significativas baixas. Também costumam construir muros e outras fortificações de caráter defensivo nessas áreas limítrofes (para imaginá-las, pensem na muralha de Adriano, construída pelo Império Romano na atual fronteira entre Inglaterra e Escócia durante o reinado do imperador de mesmo nome, criada para conter os ataques de povos como os pictos e os escotos, no limes também criado por Roma nas fronteiras dos rios Reno e Danúbio para conter os ataques os ataques dos povos germânicos que viviam na fronteira norte, ou mesmo a Grande Muralha da China, criada pelos imperadores chineses ao longo de vários séculos e várias dinastias para conter os ataques de povos como os hunos e os mongóis – só que com um visual mais hi-tech).

Dentro do senado tsufuriano há alguns elementos belicosos que desejam o extermínio total e completo dos saiyanos. Ante o crescimento não apenas da força, como também da população de seus vizinhos bárbaros (preocupação essa que eles já demonstram desde o final do século VII), eles temem que seja uma questão de tempo surgir uma liderança extremamente forte, hábil e capacitada no seio dos saiyanos, os junte sob um único estandarte e faça com que a correlação de forças dentro do Planeta Plant um dia mude, assim virando o jogo em favor dos oriundos do Planeta Sadala. Assim sendo, tais figuras acham que essas medidas todas tomadas contra “certos bárbaros primitivos” não são o suficiente para acabar com aquilo que eles olham como uma “ameaça existencial aos tsufurianos e aos nobres valores de nossa raça”. “Se vocês continuarem assim, um dia eles ainda vão virar a canoa e será tarde demais”, uma dessas figuras disse em uma sessão na assembleia no Senado de Plant, chamada Trauber.

O ataque saiyano começa. Depois de cruzarem o rio Aram, eles reduziram a ruínas algumas cidades tsufurianas, dentre elas Musar, Fikura e Maluse. Entretanto, no fim das contas, acabaram dando um passo maior que a perna: embalados pelos sucessos iniciais, foram detidos e massacrados próximo às muralhas da cidade de Fragaris. O exército tsufuriano, sabendo de antemão que Fragaria seria o próximo alvo do inimigo, primeiro preparou as defesas da cidade, ante a aproximação inimiga armou uma emboscada aos saiyanos e pouco a pouco foi aniquilando-os, além de confiscar o butim de guerra de seus inimigos, conquistado nos enfrentamentos anteriores.

Vegeta foi capturado e foi decapitado vivo na capital tsufuriana, Sitrusar. Ou seja, o pequeno Vegeta perdeu ainda pequeno seu pai, ainda aos 10 anos de idade. E o pior ainda estava por vir. Quatro anos mais tarde, ele viria a perder a mãe, vítima de cólera. Logo em seguida ele caiu na miséria, vagando sem rumo pelas florestas, pântanos, desertos e estepes do Planeta Plant. Para agravar ainda mais a situação, pelo fato de Vegeta ter cabelo marrom e, portanto ser diferente da maioria dos saiyanos, ele era muito discriminado por outros saiyanos. Não raro estes o insultavam e o violentavam. Em uma ocasião ele estava perto de morrer, mas milagrosamente sobreviveu. No entanto, Vegeta nesse tempo todo aprendeu a ser forte, orgulhoso de si mesmo e independente. Foi assim durante três longos e duros anos. Até que encontrou abrigo na tribo Ook.

6 Comentários

  1. Cara ! Que história contundente e dramática!

    A rivalidade entre tsufurianos e sayanos ocasionou uma perda imensurável para o pequeno Vegeta.

    Certamente, o combustível para que ele se molde na dor, tornando-se um guerreiro poderoso.


    Muito bom !.

    Tiro o chapéu

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  2. Muito ingteressante o modo como a história é narrada, parece saída direto de um livro de história, contando sem diálogos uma narrativa, apontando os anos em que ocoerreram alguns eventos importantes.
    E muitas coisas tem paralelos na história de nossa realidade, como a mãe dele morrer de cólera, essa me deixou surpreso, no tanto que vi de DB não lembro deles citando doenças e tals, principalmente os Sayajins.
    Em putz ele tbm foi violentado? Dá prá entender o motivo de crescer e ser um cara tao severo.
    A história segue interessante.

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  3. Bom, como desconhecedor da saga Dragonball, eu gostaria de comentar e perguntar coisas, então vou primeiro ao comentário - Achei muito legal como narraste tudo e algumas partes realmente me deixaram bastante surpresos até, mas com certeza é interessante a forma como apresenta o teu texto e isso cativa! Por isso, parabéns pelo teu trabalho! Agora vem as dúvidas, eu assisti muito pouco de Dragonball, justamente por não curtir a trama, mas eu tinha uma ideia e não sei se alguém me contou ou vi em algo, que o Vegeta viu o Freeza matar o pai dele, mas na tua saga tu menciona o pai dele morrendo decapitado na cidade dos Tsufurianos... A tua é um universo paralelo ou eu que tenho a história de Vegeta errada? Quanto ao caso do "não raro eles o insultavam e o violentavam" é no sentido de estupravam ou é outro sentido que tu quis colocar? Mais uma vez parabéns pelo trabalho!

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    1. Primeiro que essa história é sobre o Rei Vegeta, o pai do Vegeta que nós conhecemos. Portanto, o chefe saiyano que é morto nesse capítulo é o avô paterno do Vegeta que nós conhecemos, não o pai. E segundo mais no sentido de dar porrada e outros golpes do tipo.

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  4. Interessante. É bastante intensa a visão geral da batalha entre os Tsufurujins e os Saiyajins (ou Tsurufurianos e Saiyanos como você diz), algumas informações destoam do cânone principal, mas nada que atrapalhe a história, eu diria que é até um charme.

    Tô curioso pra ler mais das suas histórias!!

    Abraço.

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  5. Excelente episódio. Muito interessante a forma da história e a dor e perda de Vegeta.

    Você merece todos os aplausos.

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