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A verdadeira história do desterro do Doutor Gori (capítulo 5)

 

                                            Capítulo V - Gori na Grande Universidade de Virunga.

Com o passar do tempo, Gori II seguiu o caminho natural para um prodígio científico como ele: entrar na Grande Universidade de Virunga, a capital de Épsilon. A Grande Universidade de Virunga é um dos principais locais nos quais os grandes gênios científicos de Épsilon estudam e se formam com o passar dos anos.

Lá Gori I não só fez estudos universitários e se formou, como também deu aulas e fez pesquisas durante muitos anos. Há até livros escritos por Gori I que foram publicados pela editora da Grande Universidade de Virunga, relativos aos estudos que ele durante muitos anos vem fazendo na área de cura de doenças raras.

Também foi em Virunga que Gori I e Hou se conheceram. Hou era da turma um ano mais nova que de Gori I, e estudava farmacologia. Belo dia, os dois se conheceram, se apaixonaram um pelo outro. Os dois, tendo consciência de que estavam diante do amor de suas vidas, começaram a namorar, se casaram passados alguns anos de namoro e constituíram uma casa e uma família, a família na qual Gori II nasceu e viveu seus primeiros anos de vida.

A entrada de Gori II em Virunga, obviamente, deixou Gori I e Hou muito felizes. Felizes de verem o filho único que eles criaram durante muitos anos não apenas seguirem os mesmos passos que eles, como também de verem que ele está começando a trilhar o caminho dele no mundo científico de Épsilon.

Gori I: “Filho, você não sabe o quanto estamos felizes e orgulhosos de te ver estudando na mesma Universidade em que eu e a mamãe estudamos e lecionamos.”

Hou: “Você é o orgulho de nossa família, Gori. Você será um dos maiores cientistas que Épsilon já viu, colocará seu nome da história da ciência de Épsilon”.

Gori II: “Vocês estão falando sério, pai, mãe?”

Hou: “Sim, meu filho. A Grande Universidade de Virunga é um mundo maravilhoso, que te dará todas as oportunidades para você desenvolver ainda mais o teu potencial científico”.

Gori I: “Você fará grandes amigos, e viverá anos inesquecíveis aqui em Virunga. Quiçá, os melhores anos de sua vida”.

Percebe-se que há certa sensação de nostalgia tanto em Gori I quanto em Hou a respeito dos tempos de juventude universitária deles. E então Gori I conta ao filho que foi lá que ele e Hou se conheceram e toda a história de amor entre os dois que lá se iniciou.

Hou: “Tenho certeza filho, que ai em Virunga você conhecerá uma garota incrível, que um dia te fará muito feliz e com a qual você constituirá uma família, que dará continuidade à nossa linhagem”.

Aos 18 anos de idade, Gori II enfim iniciou seus estudos na Grande Universidade de Virunga, um sonho que há tempos ele acalentava desde tenra idade. Querer ser um cientista que nem o pai e a mãe, aos quais ele muito estima.

Tão logo Gori II começou seus estudos em Virunga, ele já chegou mostrando ao mundo para o que veio. Em avaliações, repetiu as notas altíssimas de seus tempos escolares, e era o aluno mais aplicado de toda a turma. Os professores de Gori igualmente se impressionavam com ele, tamanho era o interesse dele pelas aulas. Todos eles sentem que estão diante de um prodígio que terá um futuro brilhante pela frente.

E, ao mesmo tempo, foi questão de tempo Gori encontrar em Virunga pessoas que pensam como ele. Entre eles, os senhores Sun e Wukong, que estudam na mesma sala de Gori II. Tal como Gori II, são estudantes brilhantes e tal como ele sabem criar vida através de fórmulas de laboratório, e igualmente se enojam com o pacifismo vigente em Épsilon e com o fato de que as autoridades do planeta tratam a questão da defesa do planeta da forma mais desleixada possível. E, tal qual Gori II, acreditam que Épsilon deve se lançar a conquistar outros planetas e estabelecer uma zona de influência interplanetária caso não queira ser conquistado por Bazoo, Satan Goss, Jark ou qualquer outro tirano espacial.

Wukong afirma que, certo dia, chegou a ver uma das guerreiras da Ordem das Feiticeiras Galácticas, a bruxa Kilza, rondando por regiões não muito distantes de Berengei, em uma expedição de reconhecimento do terreno de Épsilon. A Ordem das Feiticeiras Galácticas é um grupo de guerreiros interestelares praticantes de magia negra, cujo objetivo é o de aumentar sua influência dentro dos grandes impérios galácticos e facilitar o intercâmbio de informações entre seus membros. Entre seus membros mais notáveis estão a rainha Ahames IV de Amazo-Giraz, as irmãs Kilza e Kilmaza do Império dos Monstros, a feiticeira Marie Baron do Império Crisis, Titânia e outras tantas. Entre outras coisas, as Feiticeiras Galácticas se notabilizaram por terem aniquilado quase que por completo com a Ordem dos Profetas Galácticos, da qual restou um único membro vivo, o Profeta Edin.

Kilza foi tão discreta que ninguém percebeu sua presença, tirando Wukong. “Então era a Kilza, Wukong?”, pergunta Gori. “Sim, só podia ser ela! Eu a vi com meus próprios olhos!”, responde Wukong. “Se nós somos incapazes de detectar a presença de uma simples feiticeira espacial, o que dirá a hora em que Satan Goss, Bazoo ou Jark nos invadir com um exército poderoso e nos conquistar?”, indaga Wukong em um de seus encontros com Gori II na faculdade, no tempo livre das atividades.

Falando em questões político-ideológicas, a maioria dos estudantes de Virunga pensam de acordo com as ideias vigentes em Épsilon, e no tange à questão do pacifismo, tratam essa questão como se fosse um dogma religioso que deve ser defendido com unhas e dentes. Também olham a ciência dessa forma. Segundo eles, tudo o que a ciência diz é fato e aqueles que a questionam, por menor que o questionamento seja, devem ser cancelados e linchados publicamente.

Um desses elementos é um sujeito chamado Baboon. Baboon é um sujeito que na Terra seria classificado como um hippie, que adora ventilar aos quatro ventos palavras como paz e amor e que diz amar a natureza do fundo do coração. A ponto de se refestelar com certos narcóticos sob a alegação de que são coisas naturais, tais como ervas e cogumelos alucinógenos. Gori II, assim como seus amigos Sun e Wukong, não vão nem um pouco com a cara dele. Na verdade, sentem nojo dele. “Como pode um sujeito desses estudar aqui em Virunga?”, certa vez se perguntou Wukong, impressionado com o cretinismo dele.

2 Comentários

  1. Grande Pistoleiro Veloz!

    A saga de Gori segue retratada com esmero , mostrando as suas influências ao longo da juventude, desta vez , falando sobre o seu período universitário.

    Já se começa a perceber um descontentamento com o status quo de Epsilon.

    Algo grande está reservado pra Gori.


    É questão de tempo e sua verdadeira ambição se manifestará.


    Aguardemos os próximos eventos.


    Parabéns!

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  2. Sem contar que a Ordem das Feiticeiras Galáctica estão fazendo as primeiras sondagens.

    E a política de paz e amor dos políticos de Epislon não se deram conta do perigo que isso pode representar...


    Teremos surpresas...Ainda mais se tratando de Ahames , Kilza, Marie-Baron, Titania...

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