Uchuu Sentai Kyuranger: Nova Ameaça - Capítulo 18, O pior adversário

 

Olá, leitores.

Desculpem por tanto tempo sem lançar nada relacionado ao conto.

Mas espero que curtam o capítulo!!

18.   O pior adversário

Lucky enfim resolveu entrar e enfrentar o que quer que fosse. Não tinha o tempo de esperar ou mesmo de não querer entrar – ele precisava ficar mais forte para terminar aquela guerra contra a Nova Jark Matter.

Seus passos ecoavam no chão de pedra polida enquanto andava pelo salão de entrada. Era fácil ver que estaria com um bom número de combatentes de outros universos, outras dimensões. O vazio da recepção que tivera com os demais ecoava ali também.

Algum tempo depois de entrar naquele lugar, Lucky achou um altar feito de um tipo de pedra negra que parecia absorver parcialmente a luz do ambiente. Ao centro deste altar havia um buraco em formato da metade de uma esfera.

O tamanho era perfeitamente talhado para sua Kyuutama.

Lucky puxou a Kyuutama da Seiza Blaster e instintivamente a inseriu no altar. O momento seguinte faria com que o atual líder dos Kyurangers se lembrasse do que presenciara para o resto de sua vida.

A primeira reação foi o altar parar de absorver a luz local, tornando o ambiente bem mais claro. Na sequência a Kyuutama do Leão começou a emitir um brilho vermelho, que inicialmente iluminou apenas o altar, mas foi crescendo, e em determinado momento preencheu o salão inteiro.

Uma voz ecoou na mente de Lucky...

“Antes de lutar contra o outro, conhece a ti mesmo”.

Do altar, foi surgindo uma sombra. Aos poucos foi tomando forma, e quando terminou, era uma cópia idêntica do Kyuranger vermelho.

Sem aviso prévio, o duplo de Lucky partiu pra cima do original, com algumas das táticas conhecidas pelo último. Sorrindo, começou a se esquivar dos golpes recebidos, mas o adversário não se intimidou e seguiu atacando.

“Está fácil para um começo”, pensou Lucky consigo mesmo. Ele aumentou o nível da luta e começou a pressionar o adversário, que esboçava reações atrasadas.

“Ele luta como eu lutava antes de me tornar um Kyuranger”, percebeu o guerreiro, mas mesmo assim seguiu em sua luta titânica contra si mesmo.

Em dado momento, com um soco bem encaixado Lucky fez com que sua cópia desaparecesse.

“Vamos deixar o tempo passar...”

A voz na mente de Lucky até mesmo parecia com a de seu pai, morto por causa da Jark Matter, mas esperou o próximo desafio.

“Esse tipo de luta é boa para eu entender o que eu tenho pra melhorar, desfazer erros e maus costumes que poderiam me fazer perder uma luta... Mas o que eles pretendem?”

A resposta veio no momento seguinte, onde outra sombra foi se formando, outra vez era Lucky. Mas ele parecia mais confiante, parecia ter mais experiência.

O Lucky recém formado apenas observava, esperando o primeiro passo. Porém não demorou muito e ele partiu pra cima do atual líder dos Kyurangers, mostrando ter mais experiência do que o anterior.

A luta foi mais ferrenha, com golpes trocados quase simultaneamente, com o tempo de reação muito similar.

E novamente Lucky entendeu, aquele com quem ele lutava era ele mesmo de logo após derrotar Dom Armage. A euforia de ser um dos seres mais fortes do universo, um dos salvadores. Um dos lendários, como diria Tsurugi.

Mas ele ainda tinha vícios, alguns que Lucky inclusive já tinha superado ao ascender o trono e aprender com os guerreiros mais experientes de seu próprio reino.

A luta durou mais três horas, nenhum dos lados queria ceder. Lucky aproveitou e fisgou seu outro eu com uma de suas antigas falhas mais comuns, que era confiar demais no poder da Kyuutama... E ele perdeu com um golpe extremamente rápido.

O monarca de Regulus arfava com o cansaço. Aquela versão de si não era tão diferente do estado atual, o que o deixou levemente deprimido, o levando a pensar que ele não evoluíra tanto assim nos últimos cinco anos.

Logo, a porta se abriu – Lucky nem percebera que estivera preso. “Acho que agora é hora de descansar, por isso abriram a porta”, pensou o guerreiro consigo mesmo. O que era o meio da tarde quando ele entrou no Templo do Leão, sendo assim que ele o chamou, havia adentrado a noite.

Puxando o relógio através da Seiza Blaster, percebeu que era mais tarde do que pensava, ele havia adentrado a madrugada. Todos já estavam na Orion, prontos para recolher-se. Eles ainda não conheciam o local, não poderiam tratá-lo como seguro.

Quando ele chegou, todos estavam preocupados, ele tinha sido o último a chegar. Hammy correu e não falou nada, apenas abraçou o amado, deixando para ele a explicação, que não tardou a chegar.

Lucky contou a respeito do Templo do Leão, de como havia um altar onde sua Kyuutama foi encaixada e como ele lutou contra si mesmo, e mais de uma vez.

- Se há um templo do Leão, deve haver outros das constelações de vocês. – Disparou Lucky, feliz por ter a oportunidade de evoluir.

- Assim que conhecermos melhor o lugar. Você teve a sorte de o Templo do Leão ser perto da sede principal, os demais devem estar espalhados pelo planeta. – Argumentou Tsurugi.

- Você está certo, Tsurugi – Disparou Lucky – E se acharmos os outros templos, todos vão precisar estar descansados, vão precisar de toda energia que puderem ter disponível.

Um argumento válido, em face do que ele tinha contado até aquele momento.

Todos se recolheram, e Hammy foi deitar-se com Lucky.

- Posso? – Perguntou ela ao entrar no quarto dele, corada.

- Claro. Se quiser vir com mm igo amanhã também.

Hammy sorriu, ele podia contar com a força e a ajuda dela.

A noite foi tranquila, todos dormiram bem, por mais que não confiassem inteiramente, aos poucos cediam ao sentimento que a cada pouco era instilado em seus peitos. Na manhã seguinte, Lucky e Hammy foram ao Templo do Leão, e lá o guerreiro Kyuranger se preparou física e mentalmente para enfrentar uma de suas cópias.

Ao colocar a sua kyuutama novamente no altar, uma sombra escura começou a se formar e começou a tomar forma humana. Assim que terminou de se transformar, a imagem assumida pela sombra era de um Lucky mais velho. Tinha um aspecto mais régio, de quem está acostumado a governar e também de quem está acostumado a combater, aparentando ser muito mais poderoso do que a forma atual.

Com olhar de preocupação, Hammy observou os dois se entreolharem e se prepararem para a luta, ambos estudando o adversário, tratando estratégias para não perder a luta.

Esta não tardou a iniciar, mostrando que os dois estavam muito poderosos. OsFoi entendendo aonde tinha erradopes trocados eram fortes, rápidos e bastante táticos. Cada golpe era pensado para atingir o adversário de maneira a incapacitá-lo, não matá-lo.

Hammy parecia ver uma luta espelhada, onde os movimentos eram muito similares e o objetivo era o mesmo. Nenhum dos dois cedia um centímetro, fazia de tudo dentro do possível para ganhar a luta.

Porém, a experiência começou fala mais alto. O Lucky sombra não se mostrou mais rápido ou mais poderoso, mas sim sabendo acertar os melhores pontos de maneira mais eficiente.

Lucky entendeu onde tinha errado e começou aprender com sua sombra! E isso deixou a sombra e Hammy surpresos, porque ao que parecia ser, nenhum dos dois se quer ter imaginado atitude por parte do guerreiro atual.

Era fácil entender que quanto mais durasse a luta, mais Lucky aprender ia e seu vigor jovem faria com que a luta fosse vencida pelo mais novo, e era tudo que o mais velho não queria.

Então, o mais velho mudou de atitude. Começou a tentar atingir os golpes de maneira mais rápida e precisa, nos pontos vitais, onde poderiam incapacitar o lutador mais novo.

Lucky entendeu a mudança de estratégia do adversário e resolveu fazer com que a luta ficasse mais veloz, tirando a Kyuutama do altar, colocando em sua Seiza Blaster e praticando a transformação em seguida.

Como se imitasse o lutador mais novo, o mais experiente manteve a mão direita espalmada para cima por dois minutos, e logo a Kyuutama vermelha foi materializada na mão dele também, em seu braço direito foi materializada a sua Seiza Blaster.

Logo os dois lutadores estavam transformados e um era um indistinguível do outro.

Mas aquele momento já era tarde. Lucky já havia aprendido modo de lutador lutador mais velho e passou a lutar de maneira bem similar, adaptando para o que ele conhecia no momento. Fez com que prevalecesse sua juventude e fez com que a clara desvantagem dele, que era idade, você evidenciada de maneira mais direta.

Percebendo que irremediavelmente perderia, lutador mais velho tratou de se render, e se desfez em poeira. Como era uma luta apenas amistosa e nada de perigoso poderia acontecer dali, o resultado era óbvio, e ação do mais velho também.

Lucky ficou feliz por ter ganhado a luta e por ter ganho mais experiência, sabia que se a sua contraparte lutasse bem a sério, como se valesse o futuro de um mundo ou do universo, ele teria perdido por uma margem muito grande.

Porém agora ele sabia por onde começar a treinar, por onde melhorar, e evoluir na sequência. Hammy ficou feliz pelo amado, sabia que o que ele tinha acabado de fazer era extremamente difícil, e somente entendendo o quão deficiente era em uma determinada área e saber o que ele poderia fazer para melhorar. Era por isso que ele era considerado, mesmo depois de tanto tempo, o líder do esquadrão.

Lucky se sentou extremamente cansado, sabia que havia esgotado naquela luta não só a sua energia física, mas também a sua energia mental. Precisava sair dali para descansar, sabia que se continuasse lutando naquele templo, perderia uma hora ou outra e também poderia afetar o desempenho dos outros lutadores.

Hammy o ajudou a sair do templo e voltar para a Orion, onde descansaria e absorveria o que aprendeu naquele momento.