Bonus Track - Making Of (Capítulo IX - epílogo)
Olá a todos,
tudo bem? Essa foi a única história de seriados tokusatsu inéditos aqui no
Brasil que escrevi até agora, envolvendo dois sentais que fizeram muito sucesso
na França nos anos 1980: Bioman e Liveman. Na França, Bioman e Gyaban são como
o Jaspion e o Changeman por aqui. A tal ponto que no país de Victor Hugo,
Honoré de Balzac, Georges Bizet, Alexandre Dumas e Emile Zola chegaram ao ponto
de chamar Maskman e Liveman de Bioman 2 e Bioman 3, respectivamente, da mesma
forma que aqui no Brasil o Spielvan foi lançado como Jaspion 2. Ou seja, os
gauleses foram mais longe que nós nessa história de usar o sucesso de
determinadas séries para alavancar outras.
Os tokusatsu
fizeram tanto sucesso na França (que é onde se encontra o escritório europeu da
Toei –foi lá que a Bandeirantes adquiriu as fitas masters de Sharivan) que
tivemos a participação da apresentadora e cantora Dorothée em Jiraya (onde fez
a kunoiči Catherine nos episódios 29 e 31), Kamen Rider Black (episódio 45) e
Liveman (episódio 30). E a título de curiosidade, o sucesso dos tokusatsu
aconteceu na mesma época em que Cavaleiros do Zodíaco veio à França e também
fez muito sucesso por lá (diga-se de passagem, o título Cavaleiros do Zodíaco é
de origem francesa e depois foi traduzido para outros idiomas neolatinos,
incluindo o italiano, o espanhol e o português).
Como dito
antes, essa é uma história que eu escrevi originalmente em 2012 e que diferente
da história do Rei Vegeta III, mantive o texto original praticamente intacto,
devido ao fato de que nada de novo desses seriados Super Sentai dos anos 1980
foi lançado (tirando algumas referências no sentai de 2011, Kaizoku Sentai
Gokaiger), ao contrário do Dragon Ball (que é uma verdadeira máquina de gerar
dinheiro, diga-se de passagem). De conteúdo novo, praticamente só adicionei um
making of dividido em duas partes. Bom, chega de conversa e vamos às
inspirações:
1 –
Metodologia: como vocês devem ter reparado, nessa e nas histórias anteriores
sobre impérios malignos de seriados Super Sentai que escrevi em 2011 e 2012
usei a seguinte metodologia, por assim dizer – primeiro, narro uma série de
eventos que ocorrem antes do início das séries e avanço até o episódio inicial
das séries. Depois, no capítulo final dou um pulo e volto a falar de eventos
que ocorrem após o desfecho das séries. Ou seja, nessas histórias trabalho com
uma estrutura narrativa de antes e depois das séries. Até como forma de dar
maior ênfase às lacunas que os seriados deixaram (e uma das coisas mais bacanas
de se escrever fanfics é isso – explorar as lacunas que as séries deixam para
trás e criar a sua própria versão).
2 – Junção
dos vilões: por que eu juntei os vilões supremos dos sentais de 1984 e 1988 em
uma só história? Como ambos são cientistas que em determinado ponto das vidas
deles submeteram-se a uma série de experimentos transhumanistas e eram líderes
de dois impérios malignos, achei que seria legal criar uma história na qual os
dois se conhecem e são amigos antes de se tornarem os vilões que nós
conhecemos. E, diferente das histórias anteriores sobre impérios malignos que
fiz antes dessa (“Império Gozma”, “Cruzador Imperial Mess” e “Império
Subterrâneo Tube”), quis variar um pouco, dessa vez fazendo uma história dois
em um.
3 – O ponto
de partida da história: por que escolhi o Bakumatsu (para quem não sabe, é a
guerra civil que teve no lugar no Japão entre 1853 a 1868 entre os partidários
do xogunato e os monarquistas), ocorrido em meados do século XIX, como ponto de
partida dessa história envolvendo esses dois grandes vilões de tokusatsu?
Primeiro que é uma parte da história do Japão que acho fascinante e da qual
tomei conhecimento depois que vi Samurai X pela primeira vez há 21 anos (e é um
pouco chato saber que tal conflito foi contemporâneo não só da Guerra de
Secessão dos EUA, como também da Guerra do Paraguai e do processo de unificação
da Itália e da Alemanha e não ser muito conhecido por nós). E segundo que o
Bakumatsu é onde a semente do Japão moderno foi plantada (e depois germinada na
era Meidži).
E, além
disso, penso eu que histórias envolvendo os seriados tokusatsu não precisam
necessariamente se passar 100% nos dias de hoje. Podem sim ter partes que se
passam, por exemplo, na Idade Média ou mesmo no século XIX (vide a história
sobre o Cruzador Imperial Mess que eu escrevi em 2011, em que há uma parte que
se passa no século XVII). E também podem muito bem se passar fora do Japão
(lembro-me muito bem que no finado fórum da Tokubrasil [do qual eu era membro desde
2004] tinha uma fanfic cuja história se passa na Itália, mais precisamente na
cidade de Bergamo).
4 – Last Wolf
Suite: sobre a parte do Šišio influenciando o ideário de Bias e Man, achei essa
ideia bem interessante, tendo em vista que o Šišio em vida foi vencido e isso
não impediu que o ideário dele torna-se a política de Estado do Japão a partir
do final do século XIX, quando a Nação do Sol Nascente, após abandonar a
secular política isolacionista dos tempos do Período Edo e fazer sua Revolução
Industrial, inicia sua política de expansão imperialista, cujos primeiros
passos se dão com as vitórias sobre a China na Guerra Sino-Japonesa (1894/1895)
e sobre a Rússia na Guerra Russo-Japonesa (1904/1905). E não só isso: também
achei bem bacana a ideia do ideário do Šišio continuar a influenciar terceiros
mesmo com todo o silêncio em torno dele em decorrência do fato de que ele
perdeu a guerra. Metaforicamente, é como se as cinzas que a combustão do corpo
dele produziu no momento em que deixou este mundo, depois de subirem ao céu,
caíssem de volta ao solo japonês como se fosse fuligem. A propósito, Last Wolf
Suite é o nome do tema musical do chefão da segunda saga de Samurai X (a melhor
em minha opinião).
5 – Šišio x
Eniši: Antes de tudo, como alguns de vocês devem saber, o Eniši Yukiširo é um
personagem exclusivo do mangá e dos OVAs, e não aparece no anime original
devido ao fato de que a saga na qual aparece até hoje nunca foi animada, devido
ao fato de que na época da produção do anime original o anime alcançou a
história do mangá ao final da saga de Kyoto, e então os produtores do anime
resolveram criar suas próprias sagas (que em minha humilde opinião não são a
porcaria que muitos fãs acham) até que tivessem material suficiente do mangá
para que enfim dessem início à animação da saga da vingança. Entretanto, o
anime foi cancelado por baixa audiência e por algum motivo não foi
posteriormente retomado do ponto em que parou que nem fizeram com Cavaleiros do
Zodíaco e Inuyaša (que tiveram suas histórias finais do mangá animadas depois
de muitos anos após a conclusão dos respectivos animes originais). E assim essa
saga (que no ano passado ganhou adaptação cinematográfica) foi apenas animada parcialmente nos seis OVAs.
Agora, sobre
a questão do naufrágio da fragata Purgatório (em japonês Rengoku), lembro-me
que nos tempos do saudoso orkut, em discussões em comunidades, de ter lido umas
teorias e especulações de fãs da obra do Nobuhiro Watsuki nesse sentido: de que
o plano do Šišio possa ter sido sabotado pelo Eniši, já que ao irmão da Tomoe
certamente não interessaria nem um pouco que a presa que ele tanto queria
abater fosse abatida por outro. Ainda mais levando em conta que na saga da
vingança vemos que um dos membros do grupo do Šišio, o Iwanbou, era na verdade
um boneco controlado por um dos comparsas do Eniši, o Gein. E assim esse, além
de colocar o boss dele a par do que acontecia no Japão, possa ter mexido alguns
pauzinhos para que o plano do Šišio não tivesse tido o sucesso que o espadachim
mumificado queria ter. Portanto, para mim, essa especulação faz muito sentido.
E entre os
dois, eu prefiro o Šišio. Além de achar a história de fundo do Šišio mais
interessante (começa pelo fato de que ele é um monstro que depois de certo
tempo voltou-se contra seus criadores, que nem o Sensui no Yu Yu Hakušo) e
gostar muito mais da personalidade dele e dos objetivos que ele tinha em mente,
achei o Eniši, principalmente após o primeiro embate com o Kenšin, muito bebê
chorão para o meu gosto.
6 – O nome
humano do Grande Professor Bias: sobre o fato de que eu batizei o Bias humano
com o mesmo nome do filho do Doutor Man, achei que seria uma ideia bem bacana,
um belo de uma sacada. E também um sinal de que os dois, a despeito das divergências
que os fez trilharem caminhos diferentes em suas vidas, ainda assim se
lembravam da amizade pregressa deles e se respeitavam.
7 – Filhos
cibernéticos: A propósito, essa parada de que o Doutor Man criou o Prince com
base na aparência do filho que ele acreditava estar morto em um primeiro
momento, também aparece em outros seriados tokusatsu, como é o caso de
Metalder, onde vemos o Doutor Koga criar o Metalder com base no filho dele,
Tatsuo Koga, morto durante a Segunda Guerra Mundial. Depois no sentai de 1997,
Dendži Sentai Megaranger (que depois foi adaptado nos EUA como Power Rangers no
Espaço), no qual o Doutor Hinelar (vulgo Doutor Samedžima) criou a Šibolena com
base na filha morta dele, Šizuka Samedžima. Fora do universo tokusatsu, isso
pode ser visto na franquia de jogos Tekken, onde o Doutor Boskonovič criou a
Alisa Boskonovič com base na filha morta dele de mesmo nome. E também no Dragon
Ball: segundo informações do Akira Toriyama em algumas entrevistas (entre elas
a concedida a um dos volumes do mangá Dragon Ball Full Color da saga do Cell –
a mesma na qual ele revelou que os androides 17 e 18 originalmente se chamavam
Lápis e Lazuli, respectivamente), o Doutor Maki Gero (vulgo Androide 20) criou
o Androide 16 com base na aparência do Gebo, o filho dele que era soldado do
Exército Red Ribbon e que veio a óbito em combate após ser atingido por uma
bala inimiga (ao que tudo indica, isso aconteceu antes dos embates com o Goku).
8 – Zarm, o
senhor da guerra e do caos: No desenho Capitão Planeta, há um eco-vilão chamado
Zarm (cujo nome é um anagrama da palavra alemã märz, que significa março –
março que vem de Marte, o nome romano de Ares, o deus da guerra). Ele, que
tinha todo um histórico de rivalidade com a Gaia (a patrona dos protetores) e
que depois de ter sido expulso da Terra destruiu vários planetas incitando
guerras e caos entre seus habitantes. E de longe ele é o eco-vilão que menos
aparece no desenho: só apareceu em sete episódios ao todo. Uma pena, tendo em
vista toda a rivalidade dele com a Gaia.
E ele aparece
em fanfics anteriores escritas por mim, em especial “Cruzador Imperial Mess”,
escrita em 2011. Achei legal coloca-lo nessas histórias pelo fato de ele no
episódio 50 (“Terra Arrasada”) ter dito que foi a força por trás de todos os
principais tiranos da história da humanidade e assim o coloquei como a força
por trás do Monarca La Deus (como o episódio 48 de Flashman mostra, La Deus era
uma casca vazia, e assim achei incrível a ideia de haver uma força ainda maior
por trás dele) e outros toku-tiranos, geralmente mexendo os pauzinhos por trás
das cortinas e sempre envolvido com jogos de poder nos impérios malignos. Fora
o fato de que os protetores do Capitão Planeta são uma equipe bem ao estilo
Super Sentai, a ponto de podermos dizer que o Capitão Planeta é como se fosse
uma espécie de robô gigante dos protetores. Portanto, achei que seria legal
coloca-lo também dando trabalho aos heróis coloridos, ainda que de forma
indireta.
Uma
curiosidade: na dublagem original do desenho, ele ganhou a voz do cantor Sting
(o mesmo Sting que é amigo do cacique Raoni) nas duas primeiras temporadas. Já
no Brasil ele foi dublado por Leonel Abrantes (dublador do Ned Flanders em
Simpsons e do Fera no desenho clássico do X-Men, finado em 2020) no episódio “O
conquistador”, por Garcia Júnior (dublador do He-Man e do Arnold Schwarzenegger
em vários filmes) no episódio duplo “Encontro para salvar a Terra” e em “Terra
Arrasada” e por Isaac Bardavid (dublador do Esqueleto em He-Man e do Wolverine
tanto no desenho clássico do X-Men quanto nos filmes, finado esse ano) em
“Máquina dos sonhos”. Ou seja, no Brasil Zarm foi dublado tanto pelo dublador
do He-Man quanto pelo dublador do Esqueleto.
9 – A reação
de Bias: quanto à reação de Bias à morte do Doutor Man, quis mostrar não apenas
que ele ainda respeitava o velho amigo a despeito das desavenças entre eles,
como também ainda tinha dentro dele resquícios de humanidade, a despeito de ter
se submetido a várias experiências transhumanas e renegar o fato de que ele
mesmo era um humano (que nem o Doutor Keflen no Flashman).
E também se
pode dizer que isso é uma crítica a uma tendência que vem surgindo nos últimos
anos, o H+, o assim chamado transhumanismo (o professor russo Aleksandr Dugin
tem umas considerações bem interessantes sobre esse assunto). Que irá bombar
ainda mais agora com a Quarta Revolução Industrial e os avanços em robótica e
biotecnologia. Diga-se de passagem, eu tenho muito medo do mundo que a
indústria 4.0 está a reservar a nós. E se é isso que a indústria 4.0 tem a
reservar a nós, fico só imaginando o que será a hora em que aparecer a
indústria 5.0, ou mesmo a 6.0 (e acho que a tendência a partir de agora será
essa – os intervalos entre uma Revolução Industrial e outra serem cada vez
menores, caso essa tendência continue). Acho que já está mais que na hora de a
humanidade colocar um freio no avanço tecnológico dos últimos anos.
10 – Pai e
filho: Algumas palavras sobre a reação do Šuiči em relação à morte do Doutor
Man (vulgo Hideo Kageyama). Quis fazer um jogo de paradoxo, basicamente. Para
ser mais exato, de sentimentos conflitantes que se completam um ao outro. De
que por ele achasse que o Doutor Šibata era o verdadeiro pai dele e que o
Doutor Man tenha sido um pai ausente no começo e depois feito várias maldades
enquanto foi chefão do Império Gear, ainda assim era o pai de sangue dele.
11 – A capa
do capítulo 8: Como vocês devem ter visto, coloquei como capa do capítulo 8 não
uma imagem relacionada aos seriados tokusatsu, e sim o já citado quadro
Rebocadores no Volga (em russo Burlaki na Volge/Бурлаки на Волге), do pintor
russo Il’ja Jefemovič Repin (1844 – 1930). Este quadro (que Repin levou três
anos para concluir – de 1870 a 1873) se encontra no Museu Estatal de São
Petersburgo, e o vi com meus próprios olhos quando lá estive em 2017. Foi uma
sensação incrível poder ver com os próprios olhos um quadro que antes eu só via
em imagens de Internet.
Também já o
usei como capa de capítulos de outros trabalhos anteriores meus. Como vocês
podem ver, tal tela retrata um grupo de 10 rebocadores que como se fossem
burros de carga rebocam uma embarcação do Rio Volga, o maior rio da Europa. E
tais rebocadores são retratados como verdadeiras almas penadas que vagam de
forma errática, sem destino certo, não no inferno retratado por Dante Alighieri
em “A Divina Comédia” ou no Yomotsu Hirasaka do Máscara da Morte, mas na
própria Terra.
Tais
rebocadores (que em sua maioria eram camponeses sem terras) eram muito comuns
na Rússia durante a era tzarista, e eram um símbolo da miséria da maior parte
do povo russo à época. E viraram objeto de uma famosa canção tradicional russa,
Ėj Ukhnem!/Эй Ухнем, também conhecida como a Canção dos Barqueiros do Volga. Um
trecho dessa canção pode ser ouvido em dois episódios de Bob Esponja,
“Funcionário do mês” e “Sandy, Bob Esponja e a minhoca”, ambos das primeiras
temporadas. Também pode ser ouvido em um trecho de um episódio da versão brasileira da novela Carinha de Anjo, no episódio em que eles acharam que a Dulce Maria faleceu.
12 – Man in
The Mirror, ou os mistérios dos chefões: em 2018, faleceu o empresário J.
Hawilla, aos 74 anos. Em vida, ele era o dono da agência Traffic e esteve
envolvido nos esquemas de corrupção da FIFA descobertos em 2015. E desde então
me pergunto quantos mistérios a respeito do submundo do futebol ele não levou
ao túmulo dele.
De forma
análoga, alguém ai já parou para pensar que, quando os líderes dos Impérios
malignos de tokusatsu são vencidos e mortos, eles levam consigo uma série de
segredos para o lugar de descanso eterno deles, sem que os heróis tenham ao
menos noção deles? Como por exemplo, como de onde eles vieram, como eles
surgiram, quem eles eram antes de se tornarem líderes de Impérios malignos,
como eles organizaram seus respectivos Impérios, entre outros?
Um dos
méritos do filme do Coringa, no qual o ilustre palhaço do crime foi
interpretado por Joachim Phoenix, foi que ele mostrou como alguém como o
Coringa surge e o mundo no qual ele surge e se desenvolve. Em outras palavras,
mostrou como que os ovos da serpente são chocados. E geralmente os seriados
apenas mostram o vilão já pronto, fazendo maldades e traçando seus planos de
dominação mundial.
E mais uma
coisa: como será que o filho do Doutor Man se sentiria ao descobrir que foi
batizado em homenagem do velho amigo dele que depois virou o Grande Professor
Bias? A propósito, Man in the Mirror (em português homem no espelho) é o título
de uma famosa música do grande e eterno rei do pop, Michael Jackson, do CD Bad
(1987).
1 Comentários
Interessante saber como é a sua metodologia de criação.
ResponderExcluirVocê se especializou em ser uma espécie de "biógrafo não-autorizado" dos vilões , contando o que seria na sua opinião, os seus passados.
Não é algo fácil de fazer!
Tornar factível e crível, mais difícil ainda!
Envolve pesquisa e leva tempo.
Eu que faço também conexões de universo,atesto o quanto é difícil.
Te parabenizo por essa característica.
Como humilde sugestão peço a possibilidade de incluir mais diálogos dos personagens.
Isso torna a leitura mais viva, mesmo sendo uma biografia.
Tenho sentido falta dessa parte nos teus textos.
Mas, essa é uma visão pessoal.
Parabéns pelo trabalho!