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Conto de Terror - O Renascido Parte 1




 DESAPROPRIADO PARA MENORES DE 18 ANOS E PESSOAS SENSÍVEIS

Sinopse:

José era apenas um jovem tímido, invisível entre os ricos e poderosos da mansão. Humilhado e traído, sua morte parecia o fim… até que ele voltou. Agora, usando a máscara de caveira que causou sua queda, ele caçará aqueles que transformaram sua vida em um pesadelo. A vingança começou… e ninguém está seguro.


RENASCIDO - PARTE I

A casa de Roberto era um refúgio de ostentação no coração de São Paulo, uma fortaleza de mármore e vidro onde o luxo se sobrepunha ao vazio existencial de seus habitantes. Nos fins de semana, ela se transformava em um teatro de risos forçados e conversas vazias, onde todos desempenham seus papeis, mas poucos se importavam com os outros. Ali, as máscaras se tornavam mais pesadas do que as fachadas.

José, com seus 20 anos, era mais uma sombra nesse cenário. Sua timidez era sua única proteção, mas ele mal sabia que ela seria também sua sentença de dor. Trabalhando como "faz-tudo", ele se movia silenciosamente pela casa, uma presença quase invisível, cujo valor era reconhecido apenas por Roberto, o dono da casa. Regina, irmã de Carlos, também o via com outros olhos, mas seu amor por ele era uma chama secreta, escondida nas profundezas de seu ser.

Carlos, por outro lado, era o oposto. Filho de Roberto e herdeiro do luxo, ele ostentava sua arrogância como uma armadura. Sua presença gerava repulsa, não importava o sorriso que tentasse oferecer. Seus amigos, igualmente vazios e mimados, alimentavam sua crueldade com risadas vazias, enquanto empurravam José cada vez mais para o abismo da humilhação. Para eles, ele era uma figura apenas para se divertir, um alvo fácil para suas piadas crueis.

E ali estava Elis, sua mãe, com o olhar fixo e a mente longe. Ela protegia Carlos com o zelo de uma leoa, acobertando cada um de seus deslizes, cada ato de crueldade. Para ela, seu filho era uma extensão de si mesma, e o mundo se resumia a manter a aparência de perfeição. Nunca ousava contrariá-lo, pois sua missão era preservar o que ela acreditava ser a sua "família ideal". O sofrimento dos outros não passava de ruído em seu mundo impecável.

Naquela noite, a festa se desenrolava como sempre: risadas altas, copos tilintando e música que abafava qualquer protesto. José, um espectador silencioso, se movia entre os convidados, seu olhar perdido nas cores distorcidas das luzes e nas sombras que se alongavam pelas paredes da casa. Mas dentro de seu peito, algo começava a se quebrar. Uma fúria silenciosa, crescente, alimentada pela dor de uma vida que parecia sempre estar ao lado, mas nunca nela. Ele apenas queria ser visto, amado, aceito. Mas o destino, impiedoso, preparava-lhe um fim cruel, uma queda da qual não havia retorno.

Continua…

Jeremias Alves Pires


4 Comentários

  1. Bem legal o pequeno conto.
    O clima e os personagens ficaram bem escritos, a única pena é que é muito curto. Quero ler logo o que vem a seguir.
    Parabéns!

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    1. Valeu, meu amigo. Dividi a história toda em pequenas partes que vão ter narração de IA

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  2. Grande Jeremias!

    Parabéns pelo novo projeto.

    Renascido já começa bem ao seu estilo: terror com fortes críticas sociais .
    Ricos de mentes vazias que ficam o pé na arrogância e na soberba para esconderem suas vulnerabilidades e falhas de caráter.

    A sinopse já diz muito sobre o que virá pela frente.

    Curti muito!

    Parabéns!

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    1. Obrigado... É um conto curto, mas aproveito pra falar de mais um lado da face humana que não suporto.

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