Loading....

A Cabana da Floresta!


Fala galera, tudo beleza? Então, desafiado pelo meu amigo e grande escritor Norberto Silva, venho aqui trazer a todos o meu primeiro conto de terror, se assim posso chamar isso, afinal de contas, me inspirei em um conto que li e tentei montar o meu próprio! Peço desculpas pelo amadorismo e espero que possam sentir algum arrepio ao ler o final deste trabalho. Grande abraço a todos e espero não decepcionar nesta iniciativa kkkk!
-----------------------------------------------------------------
A Cabana da Floresta

Albert havia há muito decidido que iria tirar um final de semana para relaxar a descansar e praticar seu hobbie preferido, a caça! Sim, ele amava caçar, havia aprendido com o pai quando morou no interior e sempre gostou da emoção da caçada! Hoje as leis eram mais atuais e poucos animais podiam ser caçados e havia estações de caça determinadas... Albert preparou tudo para que no final de semana escolhido para suas tão merecidas horas de repouso após longos três meses de trabalho ininterruptos fossem perfeitas! E assim ele partiu, dando beijo na esposa e na filha de sete anos para três dias longe de casa...

Albert chega ao local 3 horas depois de partir, havia trazido mantimentos, remédios e todo tipo de necessidade para três dias... Ele desce da caminhonete, dá alguns passos e observa a cabana alugada... Ela era rústica, mas bem fechada e estava bom ao que ele precisava, sossego, abrigo e caça! Ele vira-se para ir pegar os pertences no carro e observa ao fundo, quando o mato começava a tomar conta do terreno dois olhos a o observar... Ele então se assusta, não entende, mas tenta forçar a visão e entender... Era um lobo, não apresentava parecer agressivo, apenas o observava... Ele ficou parado, analisando a situação e pensando em como alcançaria sua arma caso o lobo avançasse, mas o animal não o fez... Albert então decidiu a passos lentos ir até seu veículo para pegar a arma, mas quando se virou para o mesmo e tentou abrir o porta-malas ouviu, em tom gutural:

“ – A vida é intocável aqui... Ignore isto e se tornará a caça...”

Albert virou-se para ver quem havia falado com ele, não avistou ninguém e o lobo havia sumido... Achando que havia “visto coisas”, resolveu ignorar o aviso, considerou que de alguma forma escutou o que não existia e iniciou a descarregar seu material. Estava escurecendo, ele fez fogo, tomou banho, preparou algo para comer e dormiu maravilhosamente bem naquela sexta à noite. Acordou cedo no dia seguinte, tomou um revigorante café, pegou o que havia levado para comer e sua bússola preferida, com a qual contava para voltar à cabana, afinal, ele iria entrar na mata para caçar e precisava ter certeza de conseguir voltar para casa ao final do dia! Ele fecha tudo, leva tudo que precisa e parte para finalmente relaxar com sua prática preferida!
O dia passa rapidamente, Albert sequer pensou no “aviso” da noite anterior, somente quando ao perceber que o sol havia passado do centro do céu e que seu relógio apontava 13h45minhs e até então, sequer um único cervo, um único castor, nada ou qualquer sinal de vida ele havia pressentido ou visto... Era um silêncio quase incômodo aquela ausência de vida... Albert começa a se preocupar se ele havia mesmo ouvido coisas e então, novamente...

“ – A vida é intocável aqui... Mas você ignorou...”


Albert gela da cabeça aos pés e concorda que aquilo não deveria ser coincidência ou coisas de sua mente... Ele vira-se pelo caminho que veio trilhando com toda a calma e silêncio buscando sua caça sem ter dado um único tiro e busca voltar à cabana alugada a passos largos. Ele anda muito e com extrema felicidade, mas parece não reconhecer o caminho... Ele então olha para o céu, o sol parece estar agora no lado oposto ele então se volta para trás pensando ter se confundido e andado no sentido contrário... Ele consulta sua bússola e a mesma sequer mexe seus ponteiros... Para qualquer lado que olhasse e apontasse a bússola ela não se movia... Procurou se guiar pelo sol, mas ele agora parecia estar a oeste quando de inicio estava ao sul e logo depois ao norte... Nada parecia fazer sentido... Albert escolhe o caminho que lhe parece o mais correto e corre, já ofegante, quase desesperado... O que teria falado com ele, que tipo de aviso foi aquele, ele sequer havia dado um único tiro, porque aquilo estava acontecendo! Ele corre como nunca observando a floresta escurecer e sequer reconhece qualquer local por onde andava, já começava a crer que seria atacado a qualquer momento, quando de repente ele avista uma clareira e corre até ela, talvez fosse sua cabana, talvez ele pudesse finalmente chegar à segurança e já pensava em subir em sua caminhonete e partir naquele mesmo instante para sua cidade de volta, mas infelizmente o destino não lhe sorri...
Era sim uma cabana, mas não a sua... Era uma cabana velha, caindo aos pedaços, com a porta entre aberta...  Ele olha ao seu redor, ou se abrigava naquela cabana de filme de terror ou encarava a noite na floresta e o que quer que o ameaçasse lá... Sem uma opção melhor ele se dirige à cabana e indaga desde longe... Perguntou se havia alguém lá dentro, ninguém respondeu, ninguém estava lá ao que parecia... O caçador então entrou na casa, cansado, aterrorizado, com frio, sem saber o que fazer e seu corpo parecia pesar 20 vezes o que ele considerava pesar e desabou sobre uma cama que ali estava praticamente entrando em coma...
Durante seu sono, ou assim ele pensava, ele acordou e olhou ao redor de onde dormia... Ficou surpreso ao ver as paredes adornadas por vários retratos, todos pintados com detalhes incríveis, o que era estranho de se enxergar numa cabana ao que pelo menos demonstrava, abandonada, ainda mais durante a noite. Sem exceção, eles pareciam estar olhando para ele, suas características destorcidas em olhares de ódio e malícia... Algumas pareciam estar em pânico outros em agonia mas todas sem exceção o observavam, pelo menos era o que parecia para ele em seu torpor... O caçador fez um esforço e concentrou-se para ignorar as muitas faces de ódio que ali haviam e entrou em um sono profundo durando toda a densa noite.
Na manhã seguinte, antes ainda do sol nascer e as trevas ainda banhavam a floresta e o caçador acorda... Algo estava errado, terrivelmente errado... No momento em que os raios de sol iluminaram o local aos poucos, ele pode perceber seu engano letal... Ele descobriu que ali não havia nenhum retrato em nenhum local ao seu redor, mas sim... Grandes e numerosas janelas…
A porta da cabana range lentamente e ele pode ouvir pela última vez, a voz gutural que o acompanhara desde que chegou com seu último falar:
“– Agora você é a caça!”
Seu grito foi abafado pela imensidão da floresta e nunca mais alguém soube qualquer coisa sobre Albert...

11 Comentários

  1. Desafio realizado com sucesso meu amigo! Curti demais o clima que você foi construindo, apresentou bem o personagem principal, curti o detalhe da família que ele deixou pra trás, bem como as cenas dele na floresta e esse final! Rapaz ficou um conto realmente excelente... Só acho que poderia ser mais longo, poderia ter detalhado ainda mais o terror... Mas ficou bom demais, eu já sabia q vc mandaria bem demais! Parabéns amigao

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Valeu Norberto, basicamente tu disse a mesma coisa que a minha esposa me falou, "gostei mas queria saber mais do terror", ou seja, pra um primeiro conto e, tendo causado a sensação de quero mais, me considero bem sucedido no teste! Causar medo com um texto é bem complexo, deixar a pessoa curiosa também então é algo bem novo pra mim... Vamos ver o que mais se cria, te agradeço por ter proposto o desafio e por estar incentivando nessa terapia maravilhosa que é o escrever! Grande abraço meu amigo!

      Excluir
  2. Ficou realmente muito bom pra um primeiro conto! Tive a mesma dificuldade que você no meu, mas como você mesmo disse, passar o medo e o terror em um texto é muito complexo. Existem umas técnicas que ajudam muito, ouvir músicas tenebrosas também ajudam muito. eu mesmo montei uma playlist no meu celular só com musicas pra causar um ambiente de terror. Mas enfim, gostei bastante! Servirá de muita inspiração pra mim, com certeza!

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Pô FanficMaster, de boas cara, fiquei até sem palavras agora, muito obrigado pelo incentivo cara! Realmente sair da zona de conforto é complicado, ainda mais sem técnicas como eu fiz... E, tipo, é tu andar por caminho desconhecido, tu não tem a menor noção se tá andando certo ou caminhando na direção oposta, é bem complicado... Mas confesso que foi tal qual o Norberto disse, uma experiência gratificante, tu perceber que consegue algo além do feijão com arroz... Tô bem feliz, com palavras como essas fico mais ainda! Quem sabe não surgem mais contos de terror, depois dessas respostas fiquei até empolgado, kkkkkk! Brigado cara, valeu a parceria de sempre meu amigo, grande abraço cara!!

      Excluir
  3. Bem... o que dizer agora?

    Fiquei surpreso... não me senti lendo um texto do lanthys ...

    Não me leve a mal meu amigo. Calma. O texto longo, detalhado e não cansativo está lá. É sua marca registrada. Aliás deu para perceber ao ler cada linha o aumento do clima de suspense... mas, me pareceu o texto de alguém norberteando ... digamos assim. Mas, vamos ver a sequência disso... vai ter una sequência dessa cabana? Senti falta de um terror mais sombrio mesmo.

    Mas, isso não quer dizer que não gostei. Acho que estou mal acostumado com os textos do Norberto (nosso rei do terror).

    Ao contrário, eu te exalto mais e mais. Mas, uma vez, você mostra que é um cara que topa desafios e sai do senso comum. Vai à frente! Lindo isso! Essa é sua essência: evolução e coragem! São traços de sua personalidade. Vejo isso acontecer sempre em você e na sua vida. As fics são um retrato fiel de seus sentimentos.

    Portanto, não pense que não gostei! Pelo contrário, me fez refletir e perceber a grandiosa pessoa que é ... pois avançar e ir além de fato, é coisa para poucos...

    Parabéns nessa nova empreitada, mano. Acaba de nascer o novo hitcock ! Anote que, em breve, você vai superar a todos! Cuidado, Norberto! Você criou um monstro. Hahahaha

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Ahahahahaha, "não me senti lendo um texto do Lanthys", isso foi a coisa mais perfeita que tu poderia ter dito sobre esse conto Artur, e eu te explico porque:
      - NUNCA eu escrevi um conto de terror, e para que ele pudesse ficar aceitável, ele JAMAIS poderia parecer com um NeoChangeman ou Nipo Ranger. Ler a sentença de que, não parecia um texto meu, neste caso foi um gigantesco elogio, pois indica que consegui fugir do meu estilo tradicional e escrever algo totalmente diferente sem perder com isso a pouca qualidade que tento manter... Dizer que está "Norberteando" foi mais um elogio, pois é um dos caras que mais me espelho para tentar fazer algo decente, visto que suas narrativas são incríveis, bem detalhados e nos prendem ao texto... Se consegui "norbertear" assim, me considero com sucesso total nesta apresentação nova!

      Sobre sequência da Cabana? Creio que não, o intento era deixar quem lesse com um clima de "caracas, que será que houve", isso já seria suficiente... Novos contos de terror? É bem provável, na verdade quero mesclar terror com heróis e os colocar a prova diante de cenas dantescas e isso começará a acontecer assim que terminar NeoChangeman, a primeira saga que vou concluir... Eu já os tenho batizado de "Crônicas Lantheryanas", onde irei narrar, personagens meus em situações inusitadas de terror, ficção e outros assuntos não abordados durante as sagas tradicionais, numa forma de exercitar a capacidade de sair do que já escrevo hoje, não para abandonar o estilo, mas para conseguir me diversificar mais e ser apto a escrever trabalhos, não somente sobre heróis!

      Enfim, fico muito feliz com tua avaliação meu amigo, é bom ver o que outros olhos enxergam sobre nossos trabalhos, isso nos faz querer fazer mais e melhor e com isso, nos tornarmos mais capazes diante das situações! Grande abraço meu amigo e mais uma vez obrigado pela leitura e pela parceria de sempre!

      Excluir
  4. *perdoem erros de digitação. .. esse maldito corretor de celular!!! Tem una parte que era pra sair: mais uma vez...

    ResponderExcluir
  5. Grande Lanthys Lionheart!

    Foi tu que escreveu esse conto...

    Mas, sinceramente não parece kkķkkk.

    Baixou o Norb em tu!

    Gostei muito.

    Não se pode nunca ignorar a voz que fala ao coração...

    A nossa alma...

    Toda vez que esse princípio básico é desprezado pela soberba, o autor de tal desatino, se dá mal.


    Essa é a moral.

    Parabéns, por me surpreender mais uma vez!

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Grande Jirayrider, esse conto por mais que destoe de mim, fui eu sim, inspirado e cobrado pelo Norb, é claro, mas saiu de inspiração em vários contos que li e pude formular um meu! Fico feliz que tenha curtido e que bom que consigo sair da vertente principal e ainda assim me manter com um mínimo de escrita descente! Gratidão pela leitura e apoio de sempre cara! \0/

      Excluir
  6. Lanthys. Esse texto antigo me mostrou o quanto você pode ser versátil. Um texto que prendeu do início ao fim, com as possíveis alucinações, com o aviso recebido e ignorado...

    Simplesmente sensacional. Parabéns.

    ResponderExcluir
  7. Grande Lanthis. Cara, que texto maneiro. É interessante acompanhar a jornada desse personagem pra entender como que um simples plano de um final de semana de relaxamento e de fazer o que se gosta vai se tornando algo estranha, depois incompreensível até se tornar um perigo real. O clima aqui pra mim pelo menos remeteu bem ao suspense, que era a proposta claro e ficou bem feito, bem construído e com um final de tirar o chapéu. Eu até pensei que o conto mostraria tipo uma entidade que controlava os animais na floresta e faria esses animais caçarem o personagem mas é sempre bom ser surpreendido vendo você tomar outros caminhos que não aqueles que a gente idealiza quando começa a ler. Parabéns pelo texto cara. Mandou muito bem

    ResponderExcluir