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Jiraiya VS Garo#1 - Primeiro Contato.


Olá Tokuleitores!
Recuperados do final de Jiraiya R?
Espero que sim, pois dando continuidade a esse universo entrego para vocês o capítulo 1 de Jiraiya VS Garo.
O Ninja encontrando o Cavaleiro Makai.
Eles se enfrentarão? Terão de unir forças?
Muitas outras perguntas e um tanto de respostas se iniciam agora!
Boa leitura!



Jiraiya VS Garo #1
Primeiro Contato.





Sayuri e Hayata vinham se encontrando a mais de um mês no Posto de Observação da família Hananin, numa das margens do lago que servia de prisão para a armadura amaldiçoada.

Desde que Yushi despertara Satã Ashura, anos atrás, sendo impedido apenas pela união de Jiraiya e Hananin Agnes, sempre um dos ninjas da família permanecia de guarda no local, pronto para defender o lago ou, se necessário, avisar seus superiores caso outra pessoa tentasse repetir os feitos do ninja renegado.

Com o passar do tempo, porém, com a paz reinando na área, os guardas ficaram cada vez mais e mais sossegados, não acreditando que algo pudesse acontecer, por isso, sempre que um dos dois era designado para uma noite de vigília, o outro ia até o lago e passavam a noite inteira juntos.

- Finalmente me liberaram dos afazeres... Estava começando a achar que tinham descoberto e tentavam me prender no hotel...

- Você não é exatamente discreto né Hayata? Já te peguei mais de uma vez contando vantagem pros seus amigos...

- Meu amor... – a kunoichi fez uma exagerada cara de brava, sabendo que seu namorado a tomaria pela cintura num abraço sensual, o que ele logo fez, virando-a lentamente para que pudessem ficar de olhos fixos, antevendo um longo beijo. – De que adianta namorar uma mulher linda como você sem poder fazer inveja ao resto do pessoal? Vem cá vai...

Bocas se unindo, olhos se fechando, mas logo o tesão deu lugar à uma fustigante dor que mal foi percebida, uma vez que os amantes morreram tão de repente que seria impossível qualquer reação mais elaborada.

A espada foi puxada violentamente, fazendo a lâmina sair pela nuca do ninja, rasgando tanto a boca de Hayata, quanto a de Sayuri, deixando os corpos de ambos tombarem ao chão como marionetes cujas cordas haviam sido partidas.

“Muito bom minha deusa... Silenciosa e mortal... Eu escolhi bem...”

A voz sibilava na mente dela, impregnada de luxúria, fazendo com que a hospedeira ficasse imediatamente excitada, como nunca havia ficado em toda a sua vida.

- Sim... E quando poderei encontrar o maldito? Quero me vingar e...

“Tudo ao seu tempo, minha querida... Tudo ao seu tempo... Primeiro precisamos eliminar toda e qualquer oposição que possa surgir, afinal de contas precisaremos de muitas mortes para poder alcançar nossos intentos...”

- Posso matar todos que estão nessa propriedade... – ela arrancara a máscara, deixando os longos cabelos, molhados de suor, escorrendo pelos ombros da armadura, a língua deixando os lábios úmidos, pura lascívia. – não seria o suficiente?

“Adoro sua iniciativa, minha deusa da morte, mas não... E acabaria por atrair atenção indesejada... Até mesmo esses dois, se encontrados logo, acabariam por nos revelar cedo demais...”

- Não seja por isso... – a kunoichi que um dia foi conhecida como Eminin Emiha se voltou para um grupo de criaturas horrendas que espreitavam nas sombras. – O jantar está servido...

Conforme ela se afastava, sua excitação parecia crescer ainda mais, conforme o som de carne sendo retalhada e devorada chegava aos seus ouvidos.

XXX

Tóquio.

- Atrás de você!

- Obrigada... Esse já era, mas ainda tem muitos...

Jiraiya já mal escutava sua esposa, se concentrando para fazer a Espada Ancestral emitir um brilho azulado de sua lâmina.

Em seguida, descrevendo um arco ascendente, cortou ao meio os corpos de duas criaturas, que lembravam os clássicos demônios apresentados pela igreja católica, pele negra e carcomida, chifres no alto das cabeças, asas coriáceas, como a de morcegos e rabos que terminavam numa ponta.

Hananin Agnes seguiu o exemplo de seu marido, fazendo sua espada curta iluminar a ruela onde se encontravam, decapitando outro inimigo com um corte perfeito, fazendo corpo e cabeça caírem para lados opostos.

Os dois ninjas haviam sido atraídos até o local, próximo de uma escola primária, por causa dos relatos policiais, que indicavam alguns becos próximos como locais de desova dos corpos de alguns moradores de rua.

Temendo que, o que quer que estivesse matando os mendigos, resolvesse mudar seu foco e talvez ir atrás das crianças, Jiraiya e Agnes não pensaram duas vezes em aparecer e começar sua própria investigação, uma vez que não puderam contar a costumeira ajuda de Jiban, seu contato e aliado dentro da polícia da cidade.

Achando que não se tratava de nada além de um ou mais assassinos cruéis, mas humanos e, portanto, relativamente fáceis de lidar, o casal foi surpreendido pelo surgimento de várias horrendas criaturas, que atacavam um casal inocente.

Assim que os monstros foram derrotados, com surpreendente facilidade, eles se aproximaram do homem caído, pretendendo ajudá-lo, mas foram pegos de surpresa, mal conseguindo se esquivar de um ataque covarde, que visava acertar suas jugulares.

Só então perceberam a armadilha.

O homem teve tremores e espasmos violentos enquanto os dois ninjas se recuperavam do ataque, fazendo com que uma moradora de rua, que havia sido atraída até ali com falsas promessas de dinheiro fácil, finalmente despertasse e corresse.

- Me privaram da janta... Eu pretendia devorar essa inútil antes de encontrar vocês... Até acreditei que meus irmãos poderiam dar conta dos dois, mas me enganei... Agora vão morrer por minhas mãos!

O som de carne se rasgando antecedeu o terrível cheiro de ovos podres, conforme o assassino, demonstrando de uma vez por todas não se tratar de algo humano, erguia o corpo, revelando-se em toda a sua glória.

Os dedos se alongaram em afiadas garras e com um salto o monstro procurava novamente acertar o pescoço do ninja, que conseguiu se proteger um segundo antes de ser atingido, colocando a Espada Ancestral entre ele e seu inimigo.

Um movimento, mais para afastar o monstro do que para feri-lo, resultou em três garras decepadas, fazendo com que a criatura desse um salto para trás, segurando o ferimento, de onde jorrava um sangue escuro e fétido.

Percebendo a intenção da criatura de fugir voando, Agnes desembainhou sua espada outra vez e, com um salto espetacular, conseguiu rasgar o suficiente das asas, fazendo o monstro cair pesadamente sobre algumas lixeiras próximas.

Aproveitando a deixa Jiraiya fez sua lâmina brilhar e saltou sobre o oponente, pretendendo encerrar aquela luta o mais rápido possível, mas a Espada Ancestral foi aparada por outra lâmina.

Parecia que ele tinha atingido uma parede.

- Não posso deixar que faça isso...

Um homem sisudo, trajando um incomum sobretudo branco se mantinha firme entre o ninja e a criatura caída, os olhos deixando transparecer ódio.

- Kouga... – uma voz estranha, misto de chiado e rosnado ecoou entre os combatentes e o recém chegado ergueu uma das mãos para perto do rosto. – Ele vai escapar desse jeito...

Jiraiya mal pode registrar o estranho fato de que era o anel do outro que estava falando, quando o guerreiro ergueu sua espada e afastou o ninja com um certeiro chute na barriga para, logo depois, se voltar para o monstro, que começara a se erguer.

O casal de ninjas apenas conseguiu ver quatro lampejos de movimento e depois o tronco do monstro caía no chão imundo, braços e pernas devidamente separados, tendo sido jogados longe.

Cada membro virou pó antes mesmo de tocar o solo.

- Vão embora... Já vi que vocês não são o que pensei. – ele estendeu a espada de forma ameaçadora. – Assim que terminar aqui poderemos...

Antes de terminar a frase ele foi violentamente atingido no flanco esquerdo, terminando por atravessar uma parede próxima, sumindo em meio a uma nuvem de poeira espessa.

Um rugido gutural se fez ouvir, enquanto o monstro se erguia, novas pernas e braços, ainda mais fortes dos que haviam sido arrancados, começavam a brotar de várias partes de seu tronco.

Ele se colocou de quatro, abriu a bocarra, que também parecia ter crescido e se enchido de dentes pontiagudos, para se lançar contra Jiraiya e Agnes.

Os dois ninjas saltaram, mais por instinto do que pela habilidade propriamente dita, escapando do ataque por pouco, mas assim que seus pés tocaram o chão, as lâminas de suas espadas já emitiam um brilho azulado.

Agnes atacou primeiro, arrancando um bom pedaço da coxa do monstro, espalhando no ar a pestilência do cheiro que vinha do sangue negro que havia esguichado no chão.

Jiraiya conseguiu decepar uma das novas asas, impedindo assim qualquer chance do monstro escapar voando e logo precisou se defender quando o imenso braço novo da criatura quase o acertou.

Um brilho dourado ofuscou todos, chamando a atenção dos combatentes, quando um círculo de luz surgiu sobre o local onde o homem de sobretudo havia caído.

Em seguida parecia que pequenos pedaços dourados de metal atravessavam o círculo.

Os destroços foram afastados com violência, conforme alguém, ou algo, ia se aproximando do monstro, que deixava claro o medo em seu horrendo rosto, tentando desesperadamente se afastar, conseguindo apenas cair de forma desajeitada sobre um carro, destruindo o veículo.

Jiraiya e Agnes mal conseguiram ver o movimento, apenas um borrão dourado, quando o novo combatente se jogava contra o monstro, conseguindo divisar somente os contornos de algo que lembrava uma armadura.

Algo que eles torciam para que fosse, realmente, apenas uma armadura.

Um som preencheu o ar noturno, algo que lembrava um rugido animalesco, mas sofrendo algum tipo de distorção eletrônica, antecedeu um potente golpe, descrevendo no ar um semi-círculo perfeito com uma espada apresentava sua lâmina negra toda ornamentada.

Lâmina essa que penetrou fundo no corpo do monstro, que logo se desfez em uma fétida fumaça enegrecida, deixando finalmente cair no chão um homem, ou demônio, trajando uma imponente armadura dourada, com detalhes que lembravam um leão.

- O Horror já era... – o mesmo tom chiado e animalesco, mas agora com palavras mais audíveis, o que em nada tranquilizou os ninjas. -  Agora é a vez de vocês...

Alguns andares acima, no topo de um prédio próximo, uma misteriosa figura feminina, trajando um misto de armadura samurai e roupas sadomasoquistas, olhava o combate, uma das mãos no cabo de uma espada, a outra tocando suas partes íntimas.

- Então... – voz rouca, misto de desejo com um lampejo de ódio e desdém. – As peças estão no tabuleiro... Finalmente começou.


Continua.




6 Comentários

  1. Caramba... Tu tá pegando pesado hein? Eu me senti numa máquina de lavar, tipo, começa num romance, aí vira gore com bocas rasgadas e demônios devorando carne. Aí tu entra no ritmo e pensa que vem mais gore, mas aí vira combate ninja do melhor nível. Então surge a parede, detém um dos mais poderosos ninjas e o chuta pra longe como não poderia ser diferente. Aí tu pensa, dominou a situação e antes que tu termine o pensamento o cara é removida da cena de forma brutal e os ninjas quase viram a cena gore na sequência... Logo depois ele volta, retalha tudo e tu pensa, ok, vai dar tudo certo agora, quando ele diz "os próximos são vocês"... Aí tu fica assim, ferrou de vez e o clima vai ser mesmo gore... Então tu vem com a cena da mulher segurando o cabo da espada e se deliciando com auto-suficiência sexual... Sério, cara, tu é monstro!! Simplesmente maravilhoso, fantástico, conseguiu mostrar o melhor de cada um desses detalhes que mencionei, manteve o padrão de cada personagem e ainda fez o Kouga ser Kouga sem desmerecer o Jiraiya... Na boa véio, surpreendente e contagiante e agora, a espera pelo próximo, porque tu consegue fazer isso, tu faz a gente ficar na espera do próximo episódio, pois cativa! Sinceramente gostei, sinceramente, muito aprovado esse primeiro contato e confesso que rolou até emoção na hora que o Kouga banca a parede e segura a espada milenar como se fosse nada, e claro, o chute no peito foi o melhor kkkkk! Não é que queira ver o Jiraiya se ferrar, mas Kouga tem de ser Kouga senão perde a graça, então, parabéns por fazer um dos personagens mais incríveis que já conheci continuar a ser o cara que eu admiro! Sem palavras, muito, muito bom Norberto, meus parabéns meu velho!! \0/

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  2. Ufa... Não sabe como fiquei tranquilo depois desse incrível comentário amigo Lanthys!
    Quando escrevi essa série, se minha memória não me trai, eu havia acabado a alguma temporada do Garo, portanto o jeitão do Kouga ainda tava fresco na memória... Por isso eu sabia que não poderia diminuir as capacidades dele, mesmo que o Jiraya seja, de longe, meu tokusatsu favorito, devo ser o mais realista possível com os personagens com os quais trabalho.
    nem eu tinha percebido esse carrossel de cenas e situações... Para mim pareceu uma sequencia até normal... hahaha
    Quanto à violência, gore e sexualidade, sempre achei uma pena o Garo ser considerado adulto apenas por um pouco de sangue(de Horror) e um ou outro peitinho... Daí resolvi pegar esses detalhes e expandir ao máximo e... Bem, aí está o resultado.
    Agradeço do fundo do coração pelo comentário e pelo alívio de perceber que você curtiu meu amigo! Valeu mesmo e até a próxima!

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  3. Cacete???

    Você juntou o.sangue de garo e mesclou com as ninjices de Jiraya!!! E, mais... deu o tom macabro que só o hitcoch da mindstorm sabe dar!!!

    Que exosivo início de segunda temporada. Achei que seria só um especial... mas, vc encaixara a key nisso???

    Estou pasmo.

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  4. Unir dois universos assim deu um certo trampo, mas acho que o resultado final agradará a todos. Espero que tanto quanto me agradou escrever.
    Valeu mesmo pelo comentário meu amigo!
    Até mais!

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  5. Surpreso com primeiro capítulo.

    Kouga chega, chegando, Key, quem diria?

    Surpresas e mais surpresas.


    Mais uma trama "dark", onde Jiraiya e Agnes terão que se superar.


    Ao sair cada vez mais do senso comum , tua trama ,instiga ,contagia...

    Realmente, muito bom!

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  6. Após ver o primeiro Garo, não posso deixar de rever essa saga, pois consigo entender melhor do que da primeira vez, uma vez que estou familiarizado com o universo Garo.

    Parabéns!

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