Desculpem a demora na postagem e por este capítulo ser mais curto... Logo mais eu faço um melhor!!
Fiquem com o capítulo, espero que gostem.
11. Sete é mesmo o número mágico?
Alguns minutos depois, Eduardo estava na superfície, arfando
de cansaço com o esforço físico extremo que realizou para ver Aiyra o quanto
antes possível. Apareceu diante de sua irmã e de sua amada já de cabelo
penteado, com o torso nu e o traje de mergulho enrolado até a cintura.
Eduardo: Aiyra, não some mais desse jeito, eu senti a
sua falta demais! – O jovem mergulhador pegava com as duas mãos a mão esquerda
da índia, que sorria francamente para ele – Você esqueceu da sua promessa?
Aiyra enrubesceu um pouco. A promessa que ela tinha feito a
ele se de juntarem como um só às frente de Tupã, ou como os católicos
costumavam dizer, casar-se com ele. Lembrou de tudo o que passaram antes dos
Tupangers serem novamente convocados, como os irmãos agiram mas sombras e
evitaram sempre o pior...
E de todas as vezes que Eduardo a salvara, não porque ela
era uma donzela em perigo, isso ela nunca foi.
Foi porque ele a amava.
E ela começava a compartilhar um pouco desse sentimento,
agora que o vira novamente.
Aiyra: Primeiro as coisas mais importantes, Eduardo.
Vocês sabem que os Tupangers estão ativos novamente. Desta vez eles assumiram a
aparência daqueles heróis coloridos vindos do outro lado do mundo.
Débora: Peraí, só pode ter algum nerd na equipe.
Sempre tem um que gosta dessas coisas. Espero que eu não tenha que vestir um
collant colorido! Eu já fico com vergonha de vestir um maiô...
Aiyra: Fica em paz, Débora. É uma espécie de armadura
bastante maleável. Por mais que tenha o que você disse ser, a tal segunda pele
colorida, você não terá seu corpo exposto.
Débora respirou fundo e deu graças aos deuses. Viu que Aiyra
ainda não conseguia falar palavras de outra língua que não fosse o Tupi ou o
Português, então palavras como collant, que era de origem francesa, era difícil
pra ela entender e replicar.
E ela riu levemente com aquele fato. A amiga tinha sido
criada no plano mítico, nada sabia dos costumes de outros povos. Mas com a sopa
cultural que o Brasil era, isso era difícil, mesmo para alguém que era serva
dos deuses da terra.
Débora: Bom, Aiyra, você não despencaria do Plano
Mítico até aqui só pra ficar olhando prós olhos azuis do meu irmão.
Aiyra: Obrigada, Débora. É bom irmos direto ao ponto.
Japeusá resolveu liberar o segundo Cavaleiro.
Os dois irmãos adotaram uma postura mais séria. Até mesmo
preocupada.
Eduardo: Então o Coronavírus é obra do Cavaleiro da
Peste? Eu já imaginava.
Aiyra sorriu. Com aqueles irmãos, ela não precisou explicar
quase nada. Eles já entenderam tudo rapidamente.
Depois de algumas explicações mais pontuais, o que durou
mais meia hora, os irmãos já estavam a par de todo o cenário que acontecia a
nível mundial.
Voltando ao plano mítico, os cinco estavam pensando em como
poderiam derrotar estes inimigos já plenamente estabelecidos e poderosos.
Iúna: Eu sei que a situação é preocupante, mas não é
algo que possamos lidar agora. Nossa equipe não está totalmente reunida, por
enquanto não temos poder o suficiente. Por enquanto vamos lidar com as ameaçar
mais imediatas.
Ada: É ruim saber o que acontece e não poder fazer
nada a respeito.
Tupã: Logo Aiyra voltará com reforços. Vocês
conseguirão agir mais efetivamente. O que vocês precisam fazer agora é treinar
e se fortalecer. Sei muito bem que vocês foram jogados nas lutas sem ao menos
terem conhecimento do que podem fazer com o poder que lhes dei. Iúna os
treinará. Neste tempo em que vocês não poderão sair de casa, vocês podem ficar
aqui e aprender.
Pedro: Senhor, desculpe negar um pedido teu – Pedro
pisava em ovos para falar com o deus do trovão brasileiro – Mas eu trabalho em
casa... Não parei de trabalhar, sou profissional de tecnologia...
Tupã olhou para Pedro significativamente, como quem fosse
lhe dar uma bronca, mas aquiesceu. Compadeceu-se de seu comandado, ele não
poderia perder o emprego.
Tupã: A tu concederei este bracelete, para que possa
abrir um portal para o plano mítico sem usardes do poder. Mais alguém trabalha
em casa, a exemplo de Pedro?
Envergonhadas, Ada e Amanda levantaram suas mãos direitas, e
também foram contempladas com braceletes. No momento seguinte, Tupã olhou para
Fábio e Alexandre.
Fábio: Eu acho que posso falar por Alexandre que
neste momento nós dois temos profissões que permitem que tenhamos mais tempo
livre. Nós ficaremos por aqui e treinaremos, meu patrono.
Tupã sorriu. Sabia que seu escolhido não fugiria de um
desafio.
E assim começou a maratona de treinos, mais forte para Fábio
e Alexandre, porque eles ficavam no plano mítico por mais tempo, mas Pedro, Ada
e Amanda treinavam duro também. Guaraci, Ceuci, Yara e Anhum acompanharam os
treinamentos de seus escolhidos, e cada vez mais eles aprendiam sobre os
poderes concedidos e como representa-los no mundo normal.
Depois de dois meses de treinamento dos cinco, Aiyra voltou,
e não o fez sozinha. Ela voltou diretamente para o plano mítico, sabia que a
equipe estaria treinando lá, e era sábado, o último dia de treinos da semana e
o dia em que eles se dedicavam mais, uma vez que nenhum da equipe trabalhava
naquele dia.
Logo Débora e Eduardo foram apresentados a Fábio, Pedro,
Ada, Amanda e Alexandre.
Logo Picê e Anhagá se juntaram aos outros quatro deuses e
Tupã, que os liderava.
Com um reconhecimento, Débora e Eduardo mostraram o que
podiam fazer. Eram mais experientes que os cinco, tinham sido os dois primeiros
a serem recrutados, já tinham lutado com perigos maiores... E assim, todos aprenderam
muito, tornando-se mais e mais entrosados como equipe.
Fábio aprendeu muito em ser líder de uma equipe, e sequer
sentiu o impacto quando deu por si que agora ele não liderava mais 4 pessoas,
mas sim 6. Agora o Grande Tupan God teria dois complementos, com a Graúna e o
Veado Mateiro se juntando à Arara Azul, ao Lobo Guará, ao Sinimbu, ao Mico Leão
e à Arraia.
Aiyra: Agora vamos praticar a formação do novo Tupan
God. Transformem-se e apresentem-se como equipe!
Logo todos pressionaram suas pedras preciosas e
transformaram-se.
Eduardo: Pelo poder da escuridão benéfica, que traz o
descanso e a reposição de energia! ANHA BLACK!!
Débora: Pela natureza e pelos desprovidos de poder,
que os possamos proteger! PICE BROWN!!
Alexandre: Pela magia que música pode trazer e curar
a alma humana! ANHUM GOLD!!
Amanda: Pelas águas e pela preservação da fauna
aquática!! YARA LIGHT BLUE!!
Ada: Pelas florestas e possamos protegê-las contra o
desmatamento! CEUCI GREEN!!
Pedro: Pelo sol que nos ilumina e nos traz calor, e
pelo fogo que nos aquece! GUARA YELLOW!!
Fábio: Pelos céus e contra a poluição, de qualquer
tipo! TUPAN BLUE!! E nós somos o Esquadrão Mítico...
Tupangers: TUPANGERS!!!
Atrás dos sete guerreiros explodiram as cores, Pedro não
podia estar mais feliz. Estava vivendo seu sonho.
Aiyra: Agora chamem seus parceiros míticos!!
Todos ao mesmo tempo concentraram-se e seus parceiros surgiram.
Diferente da primeira vez, o Mico Leão surgiu à frente desmontando seus braços
e pernas, recebendo o Veado Mateiro como uma das pernas e o Sinimbu como
pernas; Em seguida, recebeu o Lobo Guará e a Arraia como braços. Como proteção
do peito surgiu a Graúna e como elmo surgiu a Arara Azul. As asas dos últimos
formaram-se atrás dele, e ali estava, pronto, o Tupan God versão 2.0.
Os deuses olhavam para o construto com orgulho. Aiyra e Iúna
não tinham visto a manifestação daquele século... Então olharam impressionados.
Do Tupan God 2.0 saltaram os sete guerreiros, inundados de energia mítica, e
seus parceiros míticos deixaram a fusão e chegaram ao lado de seus parceiros.
Tupã: Agora vão. Procurem o cavaleiro do apocalipse
recém desperto...
12 Comentários
Boa George!!
ResponderExcluirMais um ótimo episódio, que agora nos trás mais dois poderosos membros dessa esturpenda equipe.
Me impressiono de como vc utiliza tão bem os personagens de nosso folclore e atribui a eles poderes de Super Sentai, simplesmente incrível.
Forte abraço.
Obrigado, Renato. Fico realmente contente que você curtiu a história.
ExcluirEu gosto de mitologias, isso é fácil. E quando eu soube, por meio de um podcast da mitologia brasileira, Tupi-Guarani, eu guardei pra mim mesmo: "um dia eu vou escrever algo sobre".
Pronto, taí.
Gostei! Os dois novos rangers surgiram de forma orgânica, não ficou forçado e parecem uma ótima adição ao time.
ResponderExcluirA ligação com a situação atual, da pandemia foi bem situada e esse novo Tupan God parece ter ficado bem poderoso!
Muito bem George!
Bora ver logo o próximo capítulo!
Obrigado, Norberto. Você me elogiando, que é mais experiente que eu, muito me lisonjeia. Obrigado mesmo. Fico contente que curtiu!
ExcluirCara, é bem legal mesmo como você consegue demonstrar a possibilidade de integração de um universo sentai/ranger com nosso folclore e mitologia. Você é muito criativo.
ResponderExcluirA chegada de novos membros é algo essencial aos Tupanrangers e dá uma dinâmica mais saborosa.
Essa é a ideia, Artur. Eu ando meio que seguindo algo de Kyurangers, com uma equipe bem grande.
ExcluirParabéns Jorge, curti a forma da chegada dos dois novos membros, assim como curti o clima entre Eduardo e Ayra! Como já tinha dito antes, acho muito legal como tu consegue enaltecer o folclore brasileiro mesmo ele sendo bem zoado na maioria das vezes por quem o apresenta, são lendas e costumes indígenas que geralmente não se encaixam em atos heroicos mas tu consegue driblar isso e apresentar como verdadeiros guerreiros e isso é muito legal e muito bem vindo! Adorei a sacada do cavaleiro do apocalipse trazendo o Corono Virus, realmente é uma peste do porte de um personagem desta estirpe! Muito bom meu velho, que venha o próximo!
ResponderExcluirFico feliz que você tenha curtido o episódio. É uma ideia que eu tenho de inteirar os acontecimentos da história com a realidade.
ExcluirAbraço.
A aprensentação breve dos novos personagens foi bacana, principalmente o lance do Eduardo amar a Aiyra, gosto desses complementos nos personagens, enquanto que a irmã dele parece ser o cérebro da dupla. Desculpa Tupã, mas o pessoal tinha q botar o pão na mesa :v.
ResponderExcluirSó que aí chega mais uma das minhas criticas, e agr é sobre os relacionamentos dos personagens. Eu tive notando q os unicos que tiverem exploração e desenvolvimento foram os 4 primeiros (Fabio, Pedro, Ada e Amanda), isso pq eles já se conheciam e tiveram mais tempo de tela tanto individualmente quanto juntos interagindo entre si, ent as ligações deles e os personagens em si são paupaveis, agr chega o Alexandre Eduardo e Debora, n sabemos praticamente nada sobre eles e inves de uma introdução a nós leitores e aos personagens eles vão sendo jogados direto na trama principal pra dar um poder necessario aos outros 4 que mencionei, ent parecem q eles estão distantes e literalmente só serviram de recurso pra dar mais poder ao resto, pq n se sabe nada sobre eles, como se relacionam com o pessoal, se se aceitaram, se tem desavenças, se tem receios, etc. Ent minha recomendação é vc desenvolver mais esses personagens em primeiro plano tanto no ambito pessoal quanto no ambito de grupo e n apenas dizer "Ent eles se juntaram e pronto", deixaria a história até mais viva e completa
Cara, obrigado mesmo.
ExcluirVou observar mais isso.
Valeu por acompanhar!!
George , O Falcão de Fogo defensor de nossa mitologia!
ResponderExcluirTemos mais dois integrantes na equipe , formando sete .
Episódio focado no treinamento correlacionado com o isolamento social provocado pelo Coronavírus.
Muito bom!
Aguardemos os acontecimentos e como Japeusá, o deus caído, agirá!
História cada vez melhor!
Fico feliz, de verdade, que curtiu o capítulo, man.
ExcluirÉ por ações assim que eu fico empolgado para escrever as histórias.
Abraço