CAPÍTULO
02 – MISSÃO DE RESGATE, VOLTA ÀS ORIGENS
FÁBRICA
ABANDONADA, EM ALGUM LUGAR DESCONHECIDO NO JAPÃO:
Um
brilho causa um clarão nas paredes de uma antiga fábrica, situada num distrito
industrial desativado há anos em alguma cidade japonesa. Quando o brilho cessa,
no seu lugar aparece o Monstro Espacial Nosey, segurando um garotinho assustado
e chorando em suas mãos.
- Ora,
pare de chorar, pirralho! – reclama Nosey. A criança com medo naturalmente
continua chorando, enquanto é conduzida pelo monstro até uma das entradas da
fábrica.
Mal
sabia o monstro que, à distância, através da cerca metálica que circundava a
fábrica, um catador de ferro velho que passava por ali notou a movimentação
dentro dos prédios. Ao avistar o monstro, o assustado catador sai apressado de
lá, em busca do posto policial mais próximo.
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BASE
DOS CHANGEMAN:
Um
novo alerta chega à sala de reunião. Um dos oficiais auxiliares a transmite aos
demais presentes:
- Informe
de um dos postos policiais do antigo distrito industrial: uma testemunha
relatou ter avistado uma criatura estranha andando por uma das fábricas do
local.
Na
tela de projeção principal, imagens da fábrica em questão aparecem. Ibuki e os
Changeman conseguem discernir o tal monstro palhaço, saindo por uma das
entradas da fábrica e desaparecendo num brilho em segundos.
- É
ali! Só pode ser ali que estão mantendo as crianças raptadas. – Tsurugi
conclui, e então se vira para Ibuki. – Sargento, nos dê permissão para invadir
aquele lugar e resgatar as crianças.
- Acalme-se,
Tsurugi. Creio que a coisa não será tão simples assim. – Ibuki responde, e
dá uma ordem ao oficial auxiliar que operava a tela de projeção. – Faça a
leitura térmica do local!
Prontamente
atendido, a leitura térmica verifica a presença de vários soldados Hidler
dentro da fábrica. A presença de quatro crianças também é verificada, mas elas
estão dentro de uma câmara bem no interior do prédio, totalmente cercadas pelos
soldados.
Ibuki
suspira de frustação:
- Infelizmente
temos uma situação arriscada em mãos. O local está totalmente tomado por
inimigos, e as crianças estão bem no meio deles. Se tentarmos entrar lá à
força, os soldados Hidler, aquele monstro, ou até um dos oficiais de Bazoo pode
tomar as crianças como reféns. Lembrem-se que Ahames já se utilizou deste
artifício com Mai e o Dr. Naoto. (*01)
- Mas
não podemos deixar as crianças nas mãos destes monstros! – protesta Mai, a
mais esquentada dos Changeman, sentindo-se revoltada pelas crianças estarem na
mesma situação em que ela uma vez esteve.
- E
não vamos. – responde Ibuki, já traçando um plano em sua cabeça. Em sua
experiência, a melhor abordagem seria uma missão de infiltração e resgate,
priorizando a segurança das crianças, para somente depois partir para o ataque
em escala. Mas o esquadrão Changeman era projetado para combate direto,
infiltração não era sua especialidade...
Até
que olhou para Mai, que estava à sua frente, e se lembrou da última investida
contra Gozma, na cidade fantasma de Super Giluke. Mai havia conseguido
sobreviver naquela dimensão, se escondendo ou se disfarçando como os demais
habitantes, de modo a ganhar tempo até que os outros Changeman conseguissem
adentrar e destruir o monstro que mantinha aquela dimensão. Ela era uma mestra
dos disfarces. (*02)
Também
lembrou da ficha histórica de Mai: antes de se juntar aos Changeman, ela havia
trabalhado no serviço japonês de espionagem, tendo operado em vários países.
Tal qualificação parecia ter origem familiar: Mai era também descendente de um
clã de ninjas pré-modernos que, após a Revolução Meiji, passou a usar suas
habilidades no Exército Imperial Japonês (*03). A família dela ainda hoje
mantinha a tradição de treinamento nas artes ninjas em um vilarejo remoto na
região de Hamamatsu.
Se
havia uma pessoa qualificada para esta missão, esta pessoa era Mai.
- Mai,
- disse Ibuki. – Você participou de missões de infiltração durante seu tempo
no serviço secreto japonês, correto?
Mai
fica confusa com esta pergunta, não entendendo o porquê do sargento mencioná-la
logo agora:
- Sim,
sargento.
Ibuki
então elabora:
- Preciso
que você conduza uma missão solo de infiltração naquela fábrica. Preciso que
você coloque aquelas crianças em segurança antes de iniciarmos um ataque direto
ao local.
Os
cinco Changeman ficam chocados com a perigosa missão que o sargento estava confiando
a Mai.
- Sargento,
- Sayaka é a primeira a se manifestar. – É realmente prudente mandar a Mai
sozinha contra aquele monstro e todos aqueles soldados?
- Ela
não irá para combater, até porque poderia pôr as crianças em risco. O objetivo
primário da missão é adentrar a fábrica sem que ninguém perceba e retirar as
crianças de lá, ou pelo menos garantir que fiquem seguras durante o ataque.
- Mas,
sargento, - desta vez é Hayate quem protesta. – Ainda assim é muito
arriscado a Mai ir sozinha. Se algo der errado, será apenas ela contra todos
aqueles soldados e o monstro.
Ibuki
rebate o argumento:
- Mai
possui a experiência necessária para este tipo de missão. Ela já atuou em
várias operações de infiltração em vários países. E ela possui as habilidades
necessárias também...
Ibuki
olha seriamente para Mai, antes de revelar algo sobre seu passado que os outros
Changeman não sabiam:
- Soube
inclusive que sua família ainda treina as antigas artes dos ninjas.
Os
outros quatro Changeman ficam pasmos com a revelação. Ninjas! Aqueles
guerreiros míticos que todos acreditavam ser objetos de lenda, há muito tempo
deixados no passado? E o sargento estava dizendo que Mai era descendente
deles!?
- Ninjas!?
– exclama Hayate. – Como ninjas, daqueles que se vestem todos de preto,
atiram estrelas de metal e andam sobre a água?
- E
podem andar pelas paredes e desaparecer em pleno ar usando bombas de fumaça?
– Ozora também pergunta, curioso.
Mas
Mai ignora as perguntas, preferindo responder a Ibuki:
- Sim,
treinei quando era pequena, - diz ela, um pouco hesitante. – Mas já faz
tempo desde que treinei a arte do ninjutsu. Desde que entrei para os
Defensores, não tenho tido muito tempo. Estou meio enferrujada...
Ibuki
acena com a cabeça:
- Estes
conhecimentos e sua experiência em infiltração serão necessários para resgatar
aquelas crianças com o mínimo de risco. Não é aconselhável que você use a
Change Proteck (*04) durante a missão, já que ela é projetada para
combate direto.
Mai
naturalmente fica pasma com esta restrição:
- Mas,
sargento... sem a Change Proteck como vou...
- Não
estou dizendo que você não deve usá-la em hipótese alguma. – interrompe
Ibuki. – Estou dizendo que você deve evitar ao máximo usá-la durante a
missão, pelo menos até encontrar e pôr as crianças em segurança. Se a situação
apertar, use-a, mas lembre-se que isso pode colocar as crianças em risco.
Mai
sente seu corpo tensionar. Sim, é uma situação potencialmente arriscada, tanto
para ela quanto para as crianças. Como um membro da elite dos Defensores, Mai
sabia lutar, mas nunca havia enfrentado hordas de soldados Hidler e monstros
sozinha e sem a Change Proteck. Sempre pelo menos uma das condições estava a
favor dela. Desta vez, ambas estariam adversas. Mas ela não podia se esquecer
do juramento que fez ao se juntar aos Changeman: proteger a paz e a justiça,
ajudar a todos que precisem e defender os inocentes, mesmo que isso lhe
custasse a sua própria vida.
Com um
olhar determinado, Mai só tem uma resposta:
- Entendido,
sargento. Aceito a missão.
Os
outros a olham estarrecidos por aceitar tão perigosa missão, mas nada falam,
pois no fundo sabem que ela, assim como eles, tinha o dever de ajudar aquelas
crianças.
- Mas
sargento, peço apenas uma coisa antes de seguir com a missão.
- E
o que seria? – Ibuki pergunta.
- Gostaria
que me fosse dado tempo para relembrar meu treinamento. Peço retornar ao meu
vilarejo para treinar e assim estar mais preparada para a missão.
Ibuki
franze a testa. Tempo era algo que eles não tinham muito. Ao todo, já havia
quatro crianças sequestradas. Ninguém podia afirmar quanto tempo teriam até que
Gozma começasse a embarcar as crianças para a nave, de onde o resgate seria quase
impossível. Mas também sabia da importância da preparação e do estado de
espírito de um soldado para o combate. Se Mai estava pedindo tempo para
treinar, era porque ela necessitava disso para se sentir melhor preparada, nem
que fosse apenas psicologicamente. Ibuki sabia que era uma missão arriscada e
que estava pedindo muito da sua subordinada. Então conceder este tempo era o
mínimo que podia fazer para deixá-la no estado de espírito correto e aumentar a
chance de sucesso da missão.
- Uma
semana, - finalmente diz Ibuki. – Uma semana é o máximo que podemos
esperar. E esteja preparada para iniciar a missão antes disso, caso surja
alguma urgência.
- Quanto
aos demais, - ele continua. – Vocês treinarão aqui na base para oferecer
suporte à Mai caso algo dê errado. Esta missão é muito delicada, vai exigir
sincronização precisa de esforços, e quero todos bem preparados!
- Sim,
sargento! – os cinco Changeman saúdam.
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FÁBRICA ABANDONADA, EM ALGUM
LUGAR DESCONHECIDO NO JAPÃO:
Na
fábrica onde as crianças raptadas estavam sendo mantidas, em um dos escritórios
abandonados estava Ahames, observando a paisagem pela janela, como se
aguardasse por alguém. Um clarão surge no canto do recinto e, ao desaparecer,
aparece o monstro palhaço.
- Estou
de volta, minha rainha. – anuncia Nosey. – E trouxe a criança que pediu.
- Excelente.
– responde Ahames, sem olhar para o monstro. – Com esta, já temos quatro
candidatos em potencial para transformar em super monstros. Só mais um e já
teremos o bastante para começar o experimento.
- Rainha
Ahames, se me permite uma pergunta. – indaga Nosey, respeitosamente. – Mas
por que estamos mantendo as crianças raptadas aqui nesta fábrica abandonada?
Por que não as levamos direto para a nave Gozma, onde ficariam mais seguras dos
Changeman?
Ahames
se vira para o monstro e, num tom condescendente, responde:
- Creio
que não haja problema em lhe responder, Nosey. Você tem sido um dos monstros
espaciais mais leais a mim, desde quando eu ainda era rainha de Amazo. Você tem
me servido bem e suas habilidades têm sido de grande valia.
Nosey
sorri com o elogio, deixando seu sorriso sinistro ainda mais perturbador. Sim,
era verdade: Nosey, o monstro palhaço, vinha de um planeta que era
particularmente leal à realeza de Amazo. Mesmo quando Ahames tornou-se uma
nobre caída, manteve sua lealdade a ela. Além disso, possuía habilidades
especiais muito úteis, que eram a de assumir qualquer forma (embora a de
palhaço fosse sua favorita, por atrair crianças, consideradas presas fáceis) e
se teletransportar rapidamente por curtas distâncias, praticamente
indetectável. Tudo isso o tornava confiável e particularmente apto para missões
de espionagem e captura de alvos, exatamente o que Ahames precisava neste
projeto.
- Estas
crianças, - continua Ahames. – Serão usadas num experimento de criação
de monstros. Mas não monstros quaisquer... monstros que serão capazes de
utilizar a Força Terrena, a mesma fonte da força dos Changeman. Serão criaturas
mais poderosas do qualquer uma que Gozma já criou.
- Entretanto,
- Ahames pausa por um momento. – Não pretendo entregar armas tão poderosas a
Bazoo. Antes de levá-las à nave, vou preparar um feitiço para controlar suas
mentes. Assim, quando se transformarem em monstros, elas permanecerão leais a
mim. Aos poucos, construirei um exército de super monstros invencíveis,
energizados pela Força Terrena, e destronarei Bazoo.
Nosey
se espanta com a última declaração de Ahames:
- A
senhora pretende se amotinar contra o senhor Bazoo?
Ahames
sorri ameaçadoramente:
- Vê
algum problema nisso, Nosey?
Nosey
imediatamente se curva em respeito, amedrontado:
- Não,
claro que não, rainha Ahames. Sou leal à senhora, e somente à senhora. Se assim
deseja, assim o farei.
- Melhor
assim. – Ahames simplesmente diz e volta a observar pela janela. – Agora
só precisamos achar mais uma criança com potencial latente na Força Terrena e
teremos tudo o que precisamos.
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VILAREJO
DOS TSUBASA, HAMAMATSU, PROVÍNCIA DE SHIZUOKA:
Após
três horas de carro, Mai finalmente chega ao vilarejo de sua família, nos
arredores de Hamamatsu, uma cidade às margens do Lago Hamanako.
O
lugar parecia ter parado no tempo: era um típico vilarejo japonês da era
pré-moderna, com casas na arquitetura tradicional de madeira e telas de papel
de arroz, além de muito verde, graças à preservação da natureza pelos locais.
Ao fundo, podia-se ver o belo Lago Hamanako, com barcos de passeio e turistas
velejando e praticando esqui aquático.
Ao
descer do carro, Mai se dirige a uma das casas mais afastadas do vilarejo, ao
sopé de uma montanha e cercada pela floresta. Na clareira atrás da casa,
podia-se ver algumas pessoas, de várias idades, treinando a arte do ninjutsu.
Mesmo que o interesse nas artes ninjas tenha caído desde a era Meiji, algumas
famílias (como o clã Tsubasa) as mantinham vivas por tradição, treinando quem
se mostrasse interessado. Crianças ensaiavam o básico, aprendendo a atirar
shurikens em alvos de madeira e a se equilibrarem em cordas esticadas.
Adolescentes já aprendiam técnicas de luta, tanto corporal quanto com armas de
madeira. Os poucos adultos presentes já treinavam técnicas mais avançadas,
usando métodos mais arriscados, como pular obstáculos em chamas, ou fisicamente
extenuantes, como correr carregando pesos ou ficar períodos significativos
submersos na água. Havia técnicas ainda mais avançadas naturalmente, mas que
eram reservadas apenas aos membros do clã. (*05).
Logo
na entrada da casa, Mai é recebida por um senhor na casa dos cinquenta anos, de
expressão severa, barba branca e cabelos brancos na altura dos ombros.
- Tio
Shiunsai! – Mai sorri e abraça o seu velho tio, cuja expressão se alegra ao
ver sua sobrinha. (*06)
- Mai,
há quanto tempo! – Shiunsai diz.
Shiusai
Tsubasa era o irmão mais velho da mãe de Mai. Apesar disso, Mai o via quase
como um pai. Seu pai biológico morrera quando ela ainda era pequena, e desde
então Shiunsai ajudara sua irmã mais nova a criar a filha.
- Desculpe
por aparecer tão de repente assim, tio. – diz Mai após o abraço. – É que
apareceu uma emergência e vou precisar dar uma relembrada no meu treinamento.
- Sim,
você havia mencionado ao telefone. Alguma coisa sobre crianças sendo mantidas
reféns e que você precisará resgatá-las.
- Isso
mesmo, mas terei que fazer isso sozinha, apenas com minhas habilidades de
infiltração. O sargento achou arriscado partir para confronto direto. Ele me
deu uma semana para me preparar para a missão.
Shiunsai
passa a mão na barba, pensativo:
- Uma
semana... não é muito tempo. Teríamos que partir para um treinamento intensivo,
e mesmo assim apenas para rever os pontos principais.
- Farei
o que der em uma semana. – Mai concorda.
- Está
bem, - diz Shiusai. – Vamos começar imediatamente então. Vá se trocar e
me encontre no dojo.
NOTAS:
(*01) Episódio
26 de Changeman – “Toque da Primavera”
(*02) Episódio
44 de Changeman – “Mai em Ação”
(*03) Ideia
baseada na obra “Changeman – Império Gozma”, do autor Tripa_Seca, na
plataforma Spirit
(*04)
Change Proteck é o uniforme-armadura dos Changeman
(*05) O
local foi inspirado no vilarejo dos Hananin e no retiro dos Togakure (episódios
17 e 28, respectivamente, de Jiraya)
(*06) O
tio de Mai foi inspirado em Shiunsai Azuma, da série de games de ninjas Tenchu
12 Comentários
Quem diria?
ResponderExcluirMai, ninja?
Que sacada a sua !!!!
O plano de Ahames foi bem ardiloso.
Utilizando um recurso muito empregado por Mess , de sequestrar crianças, Ahanes mostra o quanto é diabólica.
Seu desejo de passar a perna em Bazzoo permanece latente.
Missão espinhosa e delicada para Mai .
Crianças reféns de Ahames e Nosey e
uma semana pra treinar e relembrar sua origens Ninja.
Tarefa nada fácil.
Agora , rosa ...Hamanako...
Hum... Não sei não!
Algo me diz que uma certa kunoichi das flores em breve estará nas paradas...
Será que vai rolar um encontro com a musa do Norberto?
Ansioso pra ver (mesmo que seja futuramente).
A trama ganha em suspense.
Parabéns!!!!
Olá, Antônio. Sim, o local do vilarejo da Mai foi escolhido exatamente por ser na mesma localização do vilarejo de uma certa kunoichi em um certo universo paralelo, que também favorece trajes rosas. A escolha teve dois motivos: para servir de analogia entre os dois universos, igual você fez em "Procura-se Issamu Minani", onde o apartamento de Joe Kazumi e Reiko é no mesmo endereço do apartamento dos Yamashi, mas em universos paralelos (e como o próprio Tetsuzan falou, "não há coincidências, tudo isso é a vontade de Pako e do Senhor Supremo"), e para complementar as histórias do Tripa_seca sobre os Flashman lá na plataforma Spirit (mais detalhes sobre isso no próximo capítulo, para não dar spoilers).
ExcluirAgora sim Mai com o devido destaque que o título sugere.
ResponderExcluirEspero mesmo que as crianças possa esperar tanto tempo enquanto a heroína se fortalece, um plano arriscado, mas que espero que dê certo.
O texto segue bem escrito e os personagens desenvolvidos de forma a deixar claro o quanto você gosta deles.
Meus parabéns!
Olá, Norberto. Como prometido, a Mai assume o devido protagonismo da história a partir deste capítulo. O anterior era para ser um prólogo, uma contextualização da trama, não necessariamente a protagonista teria muitas cenas naquele. Só que a versão final acabou ficando muito longa, então achei melhor categorizá-lo como o primeiro capítulo. Agradeço pela paciência e por acompanhar a história.
ExcluirGrande TreinadorPokemon. A historia continua tendo um desenvolvimento muito bom e eu até gostei dessa coisa da Mai ser uma antiga Ninja. O que soou estranho pra mim, foi ela ter que treinar durante uma semana enquanto as crianças estão rapitadas mesmo o esquadrão relampago e os defensores da terra inteiro sabendo onde elas estão. Considerando que eles todos possuem treinamento militar além de todas as armas disponíveis, entrar na fabrica seria facil pra eles. Então meio que não faz sentido as habilidades da Mai ser a unica cartada dos herois. Só essa abordagem é que eu acho que ficou um pouco fora da casinha e distoa dos personagens originais. Mas historia da Mai, de seu passado e tudo que a envolve está bem construida, e se você for levar por essa direção vai ficar bem legal. Abraços amigo!!
ResponderExcluirOlá, Rodrigo. Realmente esta questão dos Changeman terem de esperar uma semana pelo treinamento da Mai foi um dos pontos que tive que pensar bem como justificar na trama. Minha ideia foi que um ataque direto ao local (no estilo "chegar chutando a porta") seria arriscado para as crianças, pois os soldados, o monstro ou os oficiais de Gozma (Ahames, Buba, Shima ou Super Giluke, os Changeman não sabem quais deles poderiam estar por trás dos raptos) poderiam machucar ou até matar algumas das crianças antes que o esquadrão chegasse até elas. E ainda poderiam fugir com as crianças sobreviventes (lembre-se que o monstro, Ahames e Super Giluke podem se teletransportar), fazendo o resgate voltar à estaca zero. Eu sinceramente não sei por que Gozma não se utilizou deste expediente com mais frequência na série (por questão de roteiro, imagino). E por mais treinamento militar que os outros Changeman e Defensores possuam, nenhum deles é especializado em infiltração (Tsurugi é piloto, Hayate é da tropa florestal, Ozora é perito em explosivos, e Sayaka é cientista) e, ao mesmo tempo, forte o bastante para lutar até mesmo contra um soldado Hidler (lembra-se como os cinco apanharam dos soldados no primeiro episódio antes de serem expostos à Força Terrena?). Ibuki, como um estrategista, escolheu a opção com maior chance de sucesso e menor risco para os reféns. Tentei explicar bem isso na história para não não virar um furo da trama.
ResponderExcluirÓtimo episódio.
ResponderExcluirConfesso que gosto mais de Flashman do que Changeman. Nunca escondi. Mas, changeman e um clássico e com Ahames aparecendo... melhor ainda. Eu amo Ahames.
Ela é a melhor personagem. E, aqui, ela sequestrou crianças assim como Mess fez em Flashman. Fantástico! Cruel!
Agora fez todo sentido Mai só despontar nesse ep. Ela está mostrando um lado ninja e isso precisava ser trabalhado. Muito bom.
Entendi o ritmo cadenciado e prudente que você quis dar. São crianças... Não necessariamente as capacidades e treinamento dos Changeman sejam suficientes.
Eles precisam se preparar.
Parabéns.
Olá, caro Imperador Secular. Gosto muito das séries Changeman e Flashman, cada uma por seus méritos. Em Changeman gostava mais da ação e das lutas, em Flashman gostava mais da dramaticidade e desenvolvimento dos personagens. Creio que a Toei se focou em públicos diferentes quando lançou as séries.
ExcluirFico feliz que esteja gostando da trama. Nesta história, tentei adicionar um pouco mais de complexidade ao enredo de Changeman, para não ficar tanto na ação direta. Ahames é a melhor personagem para fazer isso na série: ela não é uma vilã linear, é manipuladora e calculista, trama tanto contra os Changeman como contra Bazoo. Pretendo explorar bastante este lado dela nesta e em histórias futuras.
Também tentei adicionar mais desenvolvimento dos personagens, principalmente a Mai, algo como mesclar os pontos positivos de Changeman e Flashman (sim, haverá mais menções a Flashman nesta história, algumas surpreendentes, espere para ver nos próximos capítulos).
Muito bom, adorei a narrativa, a forma como foi descrita, as palavras são bem escolhidas, o texto bem apresentado, a narrativa é bem feita e nos envolve na trama! Os personagens Changeman estão muito bem caracterizados, muito bem desenvolvidos também, cada um exatamente dentro de suas personalidades que conhecemos na série. Eu confesso que ainda tenho uma certa dificuldade em aceitar Mai como uma ninja, mas, depois que Rodrigo me fez gostar de Power Ranger, tudo que seja bem escrito e apresentado como teu trabalho é, pode com certeza me ganhar no decorrer dos acontecimentos! Parabéns pela escrita, pela forma agradável da visualização do texto e pelo zelo com as palavras e a apresentação! Grande abraço! \0/
ResponderExcluirObrigado, Lanthys. Na verdade a ideia da Mai como uma descendente de um clã de ninjas veio do autor Tripa_seca da plataforma Spirit. Como me inspirei muito nas obras dele (que unificam os universos de Jaspion, Changeman, Flashman e Maskman), aproveitei esta ideia. Este passado da Mai também surgiu de uma conversa que tive com o Antônio, quando ela, Sayaka e Tsurugi deram as caras em "Passado vs Presente". Achei que ela sendo treinada nas artes ninjas seria uma maneira de criar uma conexão com os Yamashi no universo de Jiraya. Até o vilarejo dela sendo em Hamamatsu seria uma espécie de "coincidência cósmica" com o vilarejo da Agnes.
ExcluirMe senti vendo episódio na tv, estou ansioso pelas proximas partes :D
ResponderExcluirOlá, Kiske. Que ótimo que esteja gostando. Aguarde por mais surpresas nos próximos capítulos.
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