Olá, pessoal. Desculpem a demora. Este foi um pouco mais difícil de escrever, até porque como vocês puderam perceber, não é um mal tão tangível... Eu tive que fazer o capítulo um pouquinho mais curto para finalizar a cena anterior e nos trazer para um novo cenário... Espero que curtam.
1. O
poder da Amizade
Todos iam andando em direção dos três Kyurangers. O clima era tenso, os três estavam nervosos. Eram cerca de 30 pessoas, Hammy e Spada contra eles. Os três deram alguns passos para trás, enquanto que o ‘exército’ improvisado chegava perto da estátua.
Para todos os cenários, ela estava quebrada, destruída, longe de qualquer conserto natural.
Mas aquela estátua podia ser qualquer coisa, exceto natural.
Uma fumaça roxa começou a sair dos dois lados do corte feito pelo Leão Orion Branco, e, lentamente, começava a aproximar as duas metades...
O monstro ainda vivia, mesmo cortado em dois. Tentava se refazer, reviver, para seguir com o seu intento.
Também era possível ver que cada um dos ‘soldados’ ali presentes ficavam mais cansados a cada momento, com a exceção de Hammy e Spada.
Hammy: Entreguem-se, Kyurangers. Suas mortes glorificarão o nosso grandioso deus.
Spada: Se deixem ser o sacrifício que fará deste mundo algo novo, diferente, pacífico.
Lucky observava os amigos com aquele papo evangelizador e qualquer um poderia sentir seu olhar feroz por baixo da viseira de seu traje.
Leão Orion Branco: Hammy, Spada, não adiantará nada eu querer brigar com vocês. Estão fora de sua razão. O que eu farei é não machucá-los. Apenas os tirarei de combate.
E, em uma velocidade absurda, passou por todos os moradores do vilarejo ‘recrutados’ e os nocauteou, os amarrando rapidamente. Hammy e Spada olharam, surpresos. Lucky parecia mais poderoso, parecia ter assimilado mais ainda os poderes de Orion. Garu e Kotaro olharam com orgulho.
A fumaça parou de sair dos moradores e não juntou mais a estátua, mas sim, começou a se juntar no ar. O monstro se refazia.
Foi quando Hammy e Spada, sorrindo, olharam para o alto e viram o monstro se refazendo, retiraram as lentes de contato que haviam colocado, voltando às cores normais de seus olhos...
Era tudo um plano para acabar com aquela seita.
Hammy: Finalmente vou poder parar de fingir! Obrigado Lucky, Garu, Kotaro!
O Kyuranger Urso Ciano puxou de uma bolsa que carregava ao lado de sua echarpe duas Seiza Blasters e jogou para os parceiros.
Foi possível ouvir uma voz ao fundo:
SAY THE CHANGE!
Hammy e Spada: Star Change!!
E os dois assumiram seus trajes Kyurangers.
Hammy: A Estrela Shinobi! Camaleão Verde!
Spada: O Mestre Cozinheiro! Dourado Amarelo!
Kotaro: A Grande Estrela! Urso Ciano!
Garu: A Estrela Bestial! Lobo Azul!
Lucky: A Estrela Milagrosa! Leão Orion Branco! Nós
somos...
O Esquadrão do Universo...
TODOS: Kyurangers!!
E uma explosão nas cores branca, azul, ciano, amarela e verde aparece nas costas dos guerreiros, mostrando que estavam com uma equipe completa. Raptor chorou de ver aquela cena, finalmente uma das equipes dos Kyurangers estava de volta. 7 dos 12 estavam prontos para o perigo.
Leão Orion Branco: Vamos testar a sua sorte!!
Assim que as transformações dos Kyurangers terminaram, enquanto as apresentações aconteciam o monstro terminou de se formar. Era uma espécie de golem cheio de espinhos, mas olhava para os Kyurangers como se tivesse pena deles.
Monstro: Eu pensei que tinha salvo vocês, mas parece que não querem ser salvos... Terei que destruí-los para salvar os demais.
Camaleão Verde: Isso é você tendo pena de nós? Como se vocês fossem o bem neste mundo, conquistando tudo pela força.
Monstro: Crianças são assim, não sabem o que querem até os adultos lhes digam o que é bom e o que não é. E vocês são como essas crianças.
Aquilo enfureceu Spada.
Dourado Amarelo: Basta. Você não fará mais maldades. Já salvamos o universo diversas vezes, está será mais uma, vocês monstros da Jark Matter não entendem o que é liberdade sem ser pela violência!
Assim a luta contra a Jark Matter recomeçou. Aquele monstro não foi, nem de longe, um desafio, os cinco os derrotaram, e para sua surpresa, não houve ressurreição e aumento de tamanho.
Antes de ir embora, eles analisaram a estátua destruída. Não era algo comum, tinha sido concebida por seres de enorme poder, pois a essência daquele monstro foi inserida no material esculpido de maneira a continuar com todas as faculdades mentais.
Todos, à exceção de Lucky, reverteram a transformação.
Kotaro: O que foi, Lucky?
Lucky: Levarei essa estátua comigo para a Orion. Vou pedir para a Raptor analisar a composição dela. Talvez nos dê uma ideia de como destruí-las mais facilmente caso encontremos com mais uma. E eu não vou encostar nesta coisa com a minha pele, e peço que vocês não cheguem muito perto desprotegidos.
Hammy e Spada ficaram assustados. Lucky não era o tipo inteligente, e muito menos sereno. Ele já teria disparado seu bordão e já teria emendado na zueira. “O que aconteceu com ele enquanto esteve por aí, viajando”, pensaram a kunoichi e o cozinheiro.
Com um comando emitido pelas Seiza Blasters, as naves voyagers saíram do planeta, indo em direção à Orion. Quando Hammy e Spada assumiram novamente a gravidade zero, eles sentiram que voltaram à luta, sorriram com saudosismo estampado em seus rostos. Eles estavam naquele planeta havia, pelo menos, dois anos e meio, sendo nesta data quando Stinger descobrira que o império Jark Matter estava se reerguendo.
Quando as voyagers trocaram os motores baseados a combustão para os cinéticos, o empuxo foi sentido e a Orion foi ficando maior no visor. Foi quando o controle de gravidade aplicado às voyagers foi ativado, elas foram sendo atraídas para a nave Orion, e lá entraram lentamente, apenas pelo poder da atração gravitacional.
Ao entrar na Orion, Lucky desfez sua transformação, mas mantendo a luva do traje. Não havia necessidade de mantê-la ali. Hammy e Spada já estavam felizes por terem retornado à base. Na ponte de comando estavam Stinger, agora comandante, e Raptor. Passo a passo, todos foram entrando. Lucky, Hammy, Garu, Spada e Kotaro, nesta ordem.
Stinger: Então a missão de vocês dois está finalmente concluída?
Hammy: Sim, Stinger. Demorou muito porque os monstros eram muito cuidadosos, não tivemos como ser mais rápido. Só terminamos hoje graças à volta do Lucky. E eu não sei o que deu nele, mas ele está mais parecido com um líder do que antes da nossa primeira batalha com Don Armage. E desculpe, Lucky – Disse a garota ao virar-se para ele – Esta é a verdade. Você sempre foi confiável, mas era um pouco cabeça de vento.
Lucky: Não tem problema, Hammy. Lembro bem de como eu era. Eu até confirmo e afirmo que era um pouco infantil demais. Você está certa. Mas eu vi algumas coisas na minha viagem que me fizeram pensar melhor e raciocinar melhor como sucessor do meu pai.
Agora todos tinham certeza. Depois desta missão, Lucky não estaria mais entre os Kyurangers, ele seria o rei do planeta Kaien no lugar de seu pai. Mas isso não era tão importante naquele momento. Precisavam vencer a nova Jark Matter, pensando em quem poderia ser o novo líder, ou se era liderado por um conselho. Todos os monstros enfrentados até agora eram chamados de santos, e falavam não de um deus, mas de mais de um, e isso era preocupante.
Agora eles eram 7, faltando 5. Dos restantes, dois eram fáceis de ser recrutados novamente, como Ohtori Tsurugi e Ronpo Shou. Restavam três – Champ, Naga e Balance. Destes três, um deles era fácil de achar, ele continuou na luta livre, enquanto os outros dois eram mais difíceis de achar, já que eram caçadores de tesouros, poderiam literalmente estar em qualquer lugar.
Então partiriam para os mais fáceis primeiro, começando pelo Comandante Dragão. Era só se dirigir ao Quartel General da Resistência... Na constelação de Ursa Maior.
10 Comentários
Uma verdade precisa ser dita, se o Lucky fosse mais assim na série original eu não teria desistido dela... Meus parabéns por torná-lo um personagem interessante.
ResponderExcluirE cada vez que um ou mais membros se reúnem a equipe fica muito mais forte... Vamos ver o que será capaz de fazer frente à equipe toda reunida.
Parabéns por mais esse capítulo Jorge!
Obrigado, Norberto. Obrigado por sempre acompanhar e comentar. É importante pra mim.
ExcluirMuito bom Jorge, não assisti Kyuranger além dos cinco episódios iniciais, mas gostei do que vi na série! Deixando de lado a série original e focando na tua, visto que não tenho bagagem pra comparar, eu tõ gostando do que tô lendo aqui, e realmente tá valendo a pena! Parabéns meu velho, muito bom trabalho Jorge!
ResponderExcluirMuito obrigado, Lanthys. Fico feliz que tenha gostado.
ExcluirEu não assisti a original, mas pelo que li no seu trabalho, como sempre, vejo o esmero com que você se dedica a cada personagem. A coesão do grupo parece ser a marca desse sentai. Muito bom mesmo, meu amigo!
ResponderExcluirMuito obrigado, Artur. Fico contente que você também esteja acompanhando. Grande abraço!!
ExcluirAqui tivemos o desfecho dos acontecimentos do episodio passado. O ponto auto pra mim continua sendo o debate sobre extremismo religioso e como as pessoas estão se contaminando com ele. Bom Texto Jorge!!
ResponderExcluirObrigado, Rodrigo. Eu quis pautar este conto de Kyurangers em uma vilania menos aparente, algo que pudesse ser camuflada em algo do bem. Com isso...
ExcluirAbraço!!
Pelo visto nos comentários anteriores, Lucky está adurecenedo se comparado com a série original, obtendo a admiração dos demais.
ResponderExcluirSpada e Hammy, na verdade estavam fazendo o serviço de espionagem, fingindo-se de seguidores da seita.
Excelente narrativa!
Obrigado, man. Fico feliz que você começou a leitura de Kyurangers. Obrigado!!
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