E vamos n´so para mais um capítulo nessa nova versão dos clássicos Silverhawks.
Portanto, sem mais delongas... Boa leitura!
4. O Flagelo Estelar estava no principal salão de uma das sedes secretas
da Igreja do Fim Eterno, um grupo extremista que pregava a morte como a maior
das recompensas, que deveria inclusive ser almejada a qualquer preço, para
todos.
Ele analisava a forma que sua essência havia
assumido, estava imponente, sentia-se inspirador, era a primeira vez em
milênios que ele encontrava outros seres que compartilhavam sua visão
entrópica, todos dispostos a acolher o doce abraço da morte e a espalhá-la por
toda a realidade.
Naquele exato momento, no salão principal
daquela sede, todos os presentes usavam de qualquer tipo de arma para espalhar
a justa morte, poucos se protegiam,
querendo apenas matar mais, torcendo para ser o último em pé, na esperança de
receber do próprio deus que andava entre eles, a recompensa final.
Uma criatura de corpo atarracado, pele
arroxeada, cabelos cor de fogo, se mantinha atrás de um dos bancos do salão,
mexendo freneticamente na sua imensa mochila.
- Bando de acéfalos… - a pele de sapo da
criatura suava em profusão, o ar do local estava abafado, tomado pelo cheiro de
carne queimada e sangue espirrado por todo lugar, deixando-o mais e mais
abafado. - Acham que podem comigo? Tão achando que podem ferrar com o grande Da Pesada? Vou mostrar pra vocês…
No instante seguinte ele saltou para o centro
da carnificina, nos ombros duas bazucas sônicas que, ao serem acionadas e
direcionadas para a multidão ao seu redor, fez com que todos parassem
imediatamente o que estavam fazendo, largassem suas armas e levassem as mãos
aos ouvidos, caindo de joelhos no chão.
Todos morreram em extrema agonia, sentindo
seus cérebros literalmente derreterem, escorrendo por olhos, ouvidos, nariz e
bocas.
Assim que terminou e conferiu ser o último
fiel em pé, Da Pesada apoiou a ponta de uma das bazucas na imensa papada sob
seu terceiro queixo, mas antes de conseguir disparar, encerrando sua vida,
sentiu uma mão pousando levemente em seu ombro.
- Muito bem meu filho… - O Flagelo Estelar
estava ao lado dele, fazendo com que o antigo criminoso largasse a arma e o
abraçasse pela cintura, os olhos marejados pela emoção daquele toque. - Sei que
anseia pela doce sensação do fim, mas ainda não é o momento… Sinto que posso
usar suas habilidades para… Planos imediatos e futuros…
Desse modo, em meio a sangue e morte, o
Flagelo Estelar conseguiu seu primeiro Acólito.
XXX
- Então estamos mesmo salvos? – Snakeflame olhava ora para Flashback,
ora para a imensa esfera metálica que flutuava no espaço. – Eu achava que era
impossível conter antimatéria...
- A ideia partiu do Backlash.... – vendo as reações dos colegas, com exceção da líder
da missão, o silverhawk soltou um logo suspiro. – Comandante Steelheart, permissão para falar
abertamente...
- Permissão concedida.
Só então Betserai
5 revelou aos demais colegas sobre o que havia acontecido, a verdade sobre
a essência de um silverhawk de outra realidade, que agora vivia no lugar a IA
de sua armadura, bem como da ameaça do Flagelo Estelar e da antimatéria que ele
usara na destruição de várias outras realidades.
- Por isso ele me ensinou rapidamente a criar
a Esfera de Contenção, cujo exterior era impenetrável e no interior, nanorobôs
estavam prontos para se replicar, sendo consumidos infinitamente pela
antimatéria, impedindo assim dela se espalhar pela nossa realidade... Backlash
disse que eles demoraram para desenvolver a nanotech, por isso a antimateria se
espalhou rapidamente por lá... Isso não vai resolver, mas serve como algo
paliativo, pelo menos, até pararmos de vez o Flagelo.
- Considerando que essa doideira de
realidades alternativas seja real... – Moonstryker
evitava olhar para Flashback, focando apenas da líder da missão. – O que
faremos agora? Como enfrentar uma criatura que destrói realidades?
- Primeiro nós... Mas o que foi agora?
Alarmes ressoaram pela nave, numa cacofonia
ensurdecedora e só silenciaram após um grito dado por Steelheart.
- Snakeflame... – mesmo sem o som, as luzes
vermelhas ainda piscavam. – Veja o que está acontecendo. Agora.
- Sim senhora. – a silverhawk novata se
adiantou até um dos consoles da nave, digitando rapidamente num teclado
holográfico. - Temos dois alertas
prioritários... Um em Bedlan e outro
em Skartarys V...
- Coloque-os nas telas.
- Sim comandante.
As imagens eram chocantes, tanto que nenhum
dos presentes esboçou uma reação, aguardando o que Steelheart ordenaria.
- Snakeflame... – ela suspirou profundamente
antes de continuar. – Trace uma rota de salto hiperespaço para Skartarys... –
ao perceber os olhares dos outros ela suspirou outra vez. – A equipe principal
está em Bedlan... Tenho certeza de que eles conseguirão resolver a situação de
lá... Já o povo de Skartarys não tem ninguém para defendê-los... Portanto...
Ela não precisou repetir a ordem e logo a
novata assumia os controles da nave, realizando o salto pelo hiperespaço.
Seria uma viagem rápida e silenciosa.
XXX
No planeta Bedlan a confusão reinava.
- Sempre que a gente se encontra é assim não
é Salvion?
- Com certeza Chiika! Só tá faltando
mesmo o Betserai aqui para completar o nosso trio…
Protegidos dentro de uma doceria, dois
guerreiros de armadura tentavam se manter vivos, protegendo também o grupo de
inocentes que eles haviam conseguido salvar e tirar das ruas.
E pensar que o dia do desfile do aniversário
do fim da Guerra Estelar havia começado tão bem.
A primeira equipe a chegar no salão de
bastidores foi a dos Silverhawks, os operativos especiais da força aérea de
Bedlan, mas logo os operativos de infantaria e marinha também chegaram.
Quicksilver se adiantou e cumprimentou Lion-o,
líder dos Thundercats, a equipe terrestre.
Junto dele estavam Tygra, o
especialista em infiltração, Panthro, demolição, Cheetara e Pumyra,
responsáveis por resgates, além do novato Bengali.
Quase ao mesmo tempo, enquanto Silverhawks e Thundercats
se cumprimentavam e começavam a conversar, os marines chegaram.
Os Tigersharks eram uma equipe
pequena, composta apenas por Mako, a líder e única sobrevivente do
incidente que vitimou os demais membros da equipe original, acompanhada pelos
novatos Rhincodon e Sphyrna.
Assim que todos estavam devidamente sentados
e suas armaduras sendo polidas pela equipe responsável do desfile, alguns
velhos amigos conversavam.
- Poxa, pensei que o Betserai estaria aqui… -
Chiika, que usava o codinome de Mako, falava com seu amigo de
infância. - Você tem alguma notícia dele?
- Nenhuma… - o nome verdadeiro do operativo Tygra
era Salvion que, percebendo o nervosismo na voz da amiga, tentou
tranquilizá-la. - Só ouvi por alto que ele está com uma equipe de missões
secretas, parece que teve algum problema num planeta distante… Mas aposto que
não é nada… o Bet sabe se cuidar…
Mesmo sem ficar completamente calma, sentindo
no coração um peso que, em tempos passados sempre significava confusão, Chiika
não teve tempo de pensar demais, pois logo ela era levada para a parte
principal do carro alegórico, onde dividiria espaço com Lion-o, Quickisilver e,
a grande surpresa do desfile, mantida em segredo até aquele momento, Jack
Protagonist, o próprio Regente de Bedlan.
Os líderes do planeta eram escolhidos por
eleição popular havia anos e a muito tempo não havia alguém como Jack, com
aprovação maior que 90% por parte da população e reeleito mais de cinco vezes.
Alguns diziam que o maior motivo de tamanha
popularidade se dava por ele ser o responsável pela criação das equipes
especiais das forças armadas.
O que havia começado com estudos para uso
médico-hospitalar, principalmente visando ajudar pessoas que tivessem perdido
partes de seus corpos em acidentes, logo teve sua tecnologia militarizada,
criando armaduras avançadíssimas para ajudar na defesa do planeta.
Além disso ele foi o primeiro regente a
conseguir acordos comerciais com outros planetas da galáxia de Limbo, o que
garantiu autonomia não apenas em Bedlan, mas também em outros planetas, para a
equipe dos Silverhawks.
Um dos vários bordões que ele conseguira
emplacar era “Proteger a vida acima de tudo”.
Claro que ele se tornou facilmente um alvo
para os extremistas niilistas da Igreja do Fim Eterno.
Por isso, quando o desfile havia alcançado
metade do percurso, passando por uma avenida cercada de mega-arranha céus, o
ataque teve início.
Bengali viu o brilho do rifle de assalto à
longa distância, vários andares acima, conseguindo assim saltar diante do
Regente, antes do primeiro tiro conseguir acertá-lo.
O Thundercat caiu na rua, aos pés de alguns
cidadãos que estavam vendo o desfile, no peitoral de sua armadura subia fumaça
de onde fora atingido.
Imediatamente Silverhawks, Thundercats e
Tighersharks entraram em ação.
Mesmo assim, talvez, tal união não seria o
suficiente.
Continua.
Galeria de Imagens.
6 Comentários
Episódio tenso!
ResponderExcluirAntes de tudo, nunca me convide para congregar na Igreja do Fim Eterno...
Não vou nem que me pague! Kkkkk
Vai que eu encontre com o Da Pesada , Flagelo Estelar ou um membro radical dessa seita?
Deus me livre!
Que matança!!!!
Norb Gore Black, na ativa!!
Muito legal a junção com os Thundetcats e os Tygersharks que, pelo que entendi , nessa realidade são os Silverhalks da Terra (no caso dos Thundetcats).
Me corrija se tiver enganado.
Não conheço os Tygersharks .
De onde eles são?
O Flagelo Estelar não está brincando.
O ataque ao desfile foi brutal e pelo visto , matou o Bengali , que protegeu O Jack Protagonist.
Parabéns, meu amigo!
Mandou bem demais!!!!
Obrigado pela leitura e comentários meu amigo.
ExcluirAqui, ao contrário de outros títulos recentes, quis deixar o Flagelo como um vilão mais clássico, daqueles que existem só para a morte e destruição.
A ideia desse universo que estou apenas arranhando é que os Silverhawks seriam a equipe principal da força aérea do planeta Bedlan, assim como os Thundercats a força terrestre e os Tigersharks a da marinha.
Essa última equipe foi criada pelo mesmo estúdio que fez os Thundercats e os Silverhawks por isso eu aproveitei para tráze-los para esse conceito.
Sobre o Bengali... Vejamos... Vejamos...
Valeu mesmo!
Grande Norb, parabéns meu velho, mais um excelente episódio, dessa vez focado na união da seita maligna, que convenhamos, ficou muito bem narrada e dissertada, mostrando o nível da sandice e do fanatismo de ambos, culminando em algo bem pesado, bem fanatismo mesmo, algo que levaria com certeza a abraçar algo tão maligno quanto o que tu quer mostrar e isso foi muito legal de se ler! Outra coisa muito show, foi ver que ao invés de como era no original, Tygra é um codinome, um nome de guerra, e não o nome verdadeiro do personagem, isso foi uma sacada brilhante, assim como colocar, um Thundercat, um TigerShark e um SilverHawk como amigos de infância, ou seja, nos originais eles eram raças diferentes e assim por natureza, aqui eles são como armaduras e cargos, patentes, e isso cara, foi outra sacada muito bem feita! No demais, eu destaco ainda um positivo muito grande, para a cena de quando ninguém entendeu o que era o Backlash e o Betserai dá um suspiro e diz "olha, posso falar livremente?" Isso foi muito bem bolado também, parabéns meu amigo, excelente episódio cara, muito bom de se ler esse trabalho! Parabéns! \0/
ResponderExcluirOpa! Valeu mesmo a leitura, comentários e força de sempre meu amigo!
ExcluirEu me esforcei para que essa seita ficasse bem no estilo daqueles filmes dos anos 80 ou início dos 90.
Nesse universo que estou criando, achei que combinaria e ficaria bacana os nomes dos heróis originais serem, na verdade, codinomes, o que pode, no futuro mostrar novos heróis surgindo, usando ar armaduras e postos dos que tombarem pelo caminho.
O lance dos três amigos, cada um em uma unidade, veio de Tropas Estelares e foi minha maneira de unir meu Silverhawk e Thundercat favoritos, já a Mako eu escolhi por acaso, uma vez que nunca assisti um capítulo de Tigersharks.
Essa cena do "Posso falar livremente" eu tirei dos filmes de exército que vi, uma vez que nunca servi, mas para mim fazia sentido ele pedir permissão para a patente mais alta, uma vez que a existência de uma ameaça tão grande quanto o Flagelo, poderia ser considerado confidencial.
Valeu mesmo pela força amigão!
Os tigers confesso não conhecer.
ResponderExcluirMas, a ação do Flagelo foi diabólica demais. É um vilão e tanto.
O lance da igreja foi surreal, mas é uma ótima analogia pro que vivemos hoje.
Grande abraço e parabéns por mais um irretocável trabalho.
Eu conehci os Tigersharks por causa da participação dele na versão mais recente dos Thundercats, numa participação mínima.
ExcluirQuero que o Flagelo seja um vilão memorável.
valeu mesmo!