Esquadrão Mítico Tupangers - Capítulo 24, Do Inferno ao Paraíso

 

Boa noite, leitores.

Espero que curtam este episódio. Abraço!

- Tsukiko, não sabia que você tinha um poder assim! – Exclamou Fábio.

- Eu não sabia até Aiyra e Iúna me falarem. Segundo eles, é por causa do avatar de Jaci. – Explicou Tsukiko.

- Isso vai evitar muito problema. – Fábio estava aliviado com o que tinha acontecido. Agora era só focar no que era necessário, vencer Dain.

Não foi preciso pedir aos outros que invocassem os avatares dos deuses que representavam, foi automático. Assim que foram chegando, eles foram se unindo. Aos poucos, todos o Tupan God Supremo estava sendo formado enquanto Dain tentava entender para onde tinha sido levado.

Quando entendeu, o mecha já tinha terminado a união. Possuía três pares de asas e sua armadura estava mais pesada do que nunca, mas isso não impactava em nada, muito pelo contrário. Os nove Tupangers estavam no centro do peito do composto, que não possuía janela, exatamente para não serem atingidos.

A visão do Tupan God Supremo estava conectada à mente de todos, fazendo com que vissem tudo o que ele via, sem obstáculos, sem impedimentos. Era como se cada um deles possuísse aquele tamanho colossal.

Em uma das mãos estava a espada, agora mais robusta, composta da Arraia Azul Clara, e o escudo era agora a compressão do Boto Cor de Rosa, símbolo de Isis, que também nunca tinha sido invocado.

As pernas tinham sido construídas com o Veado Mateiro e o corpo da Graúna se transformaram nos pés e pernas; O Lobo Guará e o Sinimbu as mãos e os braços; O Mico Leão Dourado se tornou o torso e a armadura peitoral tinha sido composta dos corpos da Arara Azul e da Coruja Branca.

Em uníssono, Blue e White convocaram o ataque, e a mente de todos funcionava como uma só, atacando pesadamente o inimigo. A trocação de golpes ficou mais simples para Dain, pois ele não precisava pensar em mais de um inimigo por vez; Mas, em contrapartida, precisava se preocupar com o poder dos golpes, já que a força de todos tinha sido combinada e multiplicada pelos avatares.

O clangor das armas em choque era como sinos do inferno badalando, mas como estavam em uma zona erma, que era antigamente uma floresta, desmatada por causa das obras do Rodoanel, o impacto não seria tão grande quanto em uma zona tão populosa quanto a que estavam antes.

Ataques e defesas eram pensados em conjunto, o que se provava ser uma vantagem valiosa contra a experiência de Dain. Ele era sim, um guerreiro muito experiente, porém era portador de apenas uma mente. Por mais que contasse com a experiência recebida de Uushgi, o que ele passava no momento ultrapassava, e muito, o que foi sentido e utilizado na luta anterior.

Foi quando Japeusá resolveu intervir novamente. Deu a Dain os restos mortais de Takhal, que ainda estavam próximos à Grande Muralha da China, o que lhe conferiu a experiência de luta em tamanho gigante; Porém não adiantou muito, pois o Tupan God da época nem de longe era tão poderoso quanto o daquele momento.

A luta se estendeu por horas, somando ataques, defesas, esquivas, bloqueios e tudo o mais, porém ainda o Tupan God Supremo tinha mais vantagens. Foi quando todos resolveram acabar com a luta, fazendo com que a espada e o escudo se acoplassem aos braços e estes, combinados, formaram um canhão.

Todos miraram rapidamente e, sem dar tempo para que Dain pensasse em esquivar ou bloquear, dispararam com toda a força na cabeça do Cavaleiro do Apocalipse, e acertaram, mesmo com dificuldade.

O dano foi mortal. Dain caíra.

E assim como Uushgi, os restos mortais de Dain sumiram logo em seguida. Sem esperar que fossem notados pelo Governo do Estado, eles teleportaram-se direto para um dos totens ali próximo, deixando o Tupan God Supremo desmontar-se sozinho e voltar a ser parte dos poderes de cada um.

...

Plano Mítico, 23h

Todos estavam exaustos. Deram tudo de si para vencer aquela luta. Mas todos estavam felizes, afinal de contas, faltava apenas um.

O Cavaleiro do Apocalipse ligado à MORTE.

O mais difícil de todos segundo Aiyra e Iúna, que entrou apenas uma vez, na época mítica, quando Japeusá ainda não entendia a força humana, e muitos humanos morreram. Agora restava saber o que o inimigo iria fazer a respeito da derrota de Dain.

Os deuses estavam extremamente felizes com o resultado, afinal de contas, eles haviam cumprido sua missão com maestria.

- Fazemos a mesma coisa que fizemos com Dain para o próximo, Aiyra? – Perguntou Fábio, já pensando na última luta antes de Japeusá.

- Sim, Fábio. Agora é hora de vocês recuperarem suas energias. É imprescindível que descansem. – Respondeu Aiyra.

Depois de ouvir o que a avatar dos deuses tinha a falar, cada um dos Tupangers foi fazer alguma coisa, afinal de contas, tudo tinha acontecido em um sábado, e eles ainda tinham o domingo inteiro para aproveitar.

Fábio e Amanda foram para a casa dele, assistir a um filme. Pedro e Débora tinham ido a um shopping, para comer algo na praça de alimentação. Ada ficou em casa, estudando um pouco. Eduardo foi trabalhar, assim como Tsukiko, Alexandre foi praticar um pouco seu instrumento musical e Isis também ficou em casa, desenhando alguns croquis.

...

Plano do Caos, 01h

Japeusá ainda não acreditava no que havia acontecido. Ele não entendia como os representantes dos outros deuses podiam ser tão poderosos, eliminando três dos quatro Cavaleiros do Apocalipse. Restava apenas um, e ele era o mais difícil de se lidar.

Ukhel.

O Cavaleiro que representava a morte.

Foi preciso apenas pensar nele que o mesmo surgiu no portal do plano caótico.

- Creio que precisas de meus serviços mais uma vez, milorde Japeusá. – Disse Ukhel com uma voz de tom enfadonho. Como se estivesse entediado só com o fato de ter de ir atender o deus do Caos.

- Isso mesmo, Ukhel. E aqui estão as essências dos outros três, para que se torne mais forte e mais experiente. A de Dain vai ser extremamente valiosa. – Japeusá não tratava Ukhel da mesma maneira que tratava os outros três, ele fazia o que queria, quando vem entendia.

- Você sabe a minha opinião sobre este seu plano de ataque, não é mesmo, Milorde? – A pergunta era claramente uma retórica, em que os dois sabiam que a opinião de Ukhel era de um ataque maciço, com os quatro Cavaleiros do Apocalipse, para que os Tupangers fossem dizimados e trancafiados na área mais profunda do mundo inferior.

- Claro, sequer é preciso que me digas. Não o segui por subestimar o poder deles. Agora estou furioso, mas não mais com eles, mas sim comigo mesmo. Eu deveria ter partido com tudo desde o começo, quando eles eram apenas 3. Teria sido muito mais fácil. – Respondeu mesmo assim Japeusá, com um tom de voz monocórdio, m que ele já não pensava mais nada. Apenas queria que tudo acabasse rapidamente, com sua vitória ou não.

- Eu tenho um plano de ataque, Milorde. Preciso apenas de sua aprovação. – Naquele momento, Ukhel parecia mais interessado no que poderia vir da resposta de seu senhor.

Japeusá, já literalmente “de saco cheio” daquela situação, não se importava mais se teria de lutar ele mesmo com os comandados de Tupã ou se seu intento seria logrado e, enfim, ele dominaria tanto o plano humano quanto o mítico.

- Faça o que quiser. – Terminou o deus do Caos, e em seguida entrou em seu castelo para recolher-se.

- Era o que eu queria ouvir. – Disse Ukhel em êxtase para si mesmo, e no momento seguinte começou a gargalhar, insano.