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Uchuu Sentai Kyurangers - Nova Ameaça: Capítulo 11, Desabrochar antes de partir


Olá, pessoas! Tudo bem com vocês?

Segue mais um capítulo, espero que curtam a história!


Depois de uma semana passando tudo o que o vice precisava saber sobre as políticas que estavam em andamento, Tsurugi se uniu a Lucky e os dois puderam voltar ao Quartel General dos Kyurangers. A viagem de chegada foi realizada na Voyager Fênix, que era menor e mais rápida.

Uma vez lá, os dois foram recebidos por Garu e Spada, que já arrumavam a mesa para o jantar de todos. Os demais Kyurangers foram cumprimentando Tsurugi quando o viam, e uma sensação de bem-estar enorme foi se instaurando no coração de todos, afinal de contas, todos os Kyurangers estavam reunidos mais uma vez.

Todos ao redor da mesa estavam felizes por causa daquilo, mas tinham a certeza que era uma das últimas, se não a última vez que isso aconteceria, por isso aproveitaram o momento. Brincadeiras, lembranças de ações anteriores, coisas engraçadas, era quase uma despedida.

Já era tarde da noite, Lucky saiu de sua cama para observar o céu na sacada de seu apartamento na base. Observar as estrelas por um ponto de vista que não o de sua constelação nativa era sempre interessante, e ele sempre podia vê-la. Mas isso estava acabando, sua vida de viajante do espaço estava no fim, logo ele precisaria assumir o trono deixado por seu pai e enfrentar seus deveres de rei.

Sua mente ia longe, relembrando-se de todos os momentos que vivera com os Kyurangers, sejam os felizes quanto os difíceis, os de briga e os de brincadeira. Foi quando, no momento seguinte, Hammy apareceu na sacada ao lado. Era o quarto dela, afinal de contas.

- Também não conseguiu dormir, não é mesmo, Lucky? Cabeça cheia? – Era uma pergunta feita sem precisar de uma resposta, poderia passar por uma retórica que não tinha problemas.

- É... E pensar que depois daqui eu vou voltar a Regulus e assumir o manto deixado pelo meu pai... – Respondeu o jovem líder com um tom de voz aéreo. Era como se a mente dele não estivesse presente ali.

- Mas então, Lucky... Se você vai ser rei, talvez tenha uma... Uma... – Era difícil para Hammy dizer o que queria, afinal de contas, aquilo que ela estava sentindo no momento era novo, ela não sabia se era verdade tudo o que se passava em sua própria mente ou se era uma peça pregada pelo momento.

- Você diz uma Rainha? – Perguntou Lucky, de maneira simples. Ele já tinha entendido onde ela queria chegar... E viu o quanto ela havia corado. A pergunta era trivial, mas foi aí que ele se deu conta. E arregalou os olhos quando entendeu.

Hammy apenas assentiu com a cabeça, e ela estava rubra, suas maçãs do rosto e as pontas de suas orelhas transpareciam vermelhas, mesmo à luz da lua, à noite. Logo Lucky também ficou vermelho. Não tanto quanto ela, mas ainda assim ficou.

Depois de um silêncio constrangido, os dois olharam um para o outro. A distância das sacadas, por mais que denotasse um perigo para ser atravessado, era um convite mas entrelinhas. Os dois tinham a habilidade para saltar sem se machucar, ela inclusive mais que ele.

Mas foi ele quem tomou a iniciativa. Pediu que ela se afastasse com um gesto e saltou, indo para a sacada do quarto dela.

- LUCKY! – Disse Hammy, meio esganiçada e completamente ruborizada, mas sem conseguir esconder um meio sorriso.

Na sacada do quarto de Hammy haviam dois banquinhos, normalmente utilizados pela kunoichi quando tinha visita e não queria mantê-la em seu quarto. Era a oportunidade perfeita para sentar-se ao lado dele e tentar entender o que estava acontecendo.

E novamente ele tomou a iniciativa.

- Hammy, eu entendi certo? – Perguntou Lucky, com uma voz levemente grave, rascante e baixa, para não acordar ninguém.

A kunoichi não respondeu. Ela não conseguia. Normalmente ela era bem articulada com as palavras, mas naquele momento ela havia travado, seu corpo tremia e suava em profusão, ela não sabia o que fazer. Nem parecia que estavam em dias frios de inverno na base Kyuranger.

Lucky entendeu o que acontecia e chegou perto dela, a abraçando, o que fez ela soltar um gemidinho de vergonha. Se antes era difícil falar, agora ela achava difícil até mesmo respirar.

- Lu-lu-lu-lucky, o que você está-tá-tá-tá-tá fazendo???? – Perguntou Hammy enquanto tropeçava nas palavras enquanto tentava falar.

Lucky se afastou de Hammy e até mesmo levou o banquinho um pouco mais afastado do dela. Ela não conseguia reagir e ele estava se sentindo mal tomando a iniciativa sem que ela reagisse. Ela sentiu o calor dele ir embora, o que foi um misto de alívio e decepção.

- Desculpa. Fui longe demais. Vou voltar para o meu quarto. – Disse ele apenas em voz baixa, pronto para pular de volta. Foi quando ela segurou na manga de seu casaco, um pouco constrangida e com o rosto um pouco abaixado, mostrando que ainda não conseguia se expressar adequadamente.

Foram os segundos mais confusos para Lucky e os mais constrangidos para Hammy da vida dos dois.

- Espera... – Pediu Hammy numa voz baixíssima, mas Lucky a escutou perfeitamente por causa da proximidade.

Ele se virou na direção dela, e, em um ímpeto, ela o beijou, lenta e demoradamente. Primeiro um selinho, depois um beijo completo e mais profundo. Lucky se espantou, ela estava tomando coragem pra fazer isso, e seu rompante de antes tinha dado coragem para ela, só que o ímpeto de voltar a seu quarto fez com que o sentimento explodisse.

Os dois estavam abraçados, presos ao beijo, ela nas pontas dos pés por ser baixinha, e foi quando ela retornou à postura normal, os dois arfavam levemente, os dois rubros de vergonha.

- Desde quando, Hammy? – Perguntou Lucky, ainda incrédulo.

- Desde quando você voltou. Às vezes, enquanto eu dava aulas, eu me lembrei de você, mas era por amizade, pelos momentos que passamos juntos com os outros. Tanto foi que eu lembrava de você junto com o Garu. Mas quando eu e Spada ficamos presos naquele caso, que fomos obrigados a fingir estar possuídos pela nova Jark Matter, comecei a lembrar de como você poderia ter vindo nos salvar, e a minha surpresa foi que isso realmente aconteceu.

Hammy respirou fundo e depois continuou.

- Mas você não era mais o mesmo Lucky de antes! Centrado, não fazia mais brincadeiras bestas, até mesmo você não falava mais o seu bordão! Desde que derrotamos Dom Armage eu não te via, e você mudou tanto! Foi quando eu me senti balançada pela primeira vez. Claro que naquele momento eu não dei muita conta, afinal de contas, estávamos em uma missão e tínhamos que cumpri-la... Mas tudo indicava que você não ficaria conosco depois de acabar com a Nova Jark Matter! E você me confirmou isso agora há pouco.

Era fácil ver que ela lutava contra as próprias emoções para falar tudo aquilo para Lucky. Ele mesmo continuava com seus olhos arregalados.

- E quando você falou que precisaria assumir o trono de seu pai em seu planeta uma coisa louca me passou pela cabeça... E... Se... Eu... – Ela havia chegado ao limite. Foi quando Lucky complementou, para a surpresa, alegria e espanto dela. Ela sabia que alguns casais complementavam as frases um do outro, só não sabia se isso aconteceria com ela um dia.

E aconteceu naquele momento. Naquela noite fria, mas tomada pelo calor dos sentimentos dos dois.

-... E se você fosse a minha Rainha, não precisaria ficar longe de mim, não é isso que você ia falar? – Ele tinha a esperança de estar certo, e a reação dela foi a resposta que ele não precisou esperar.

Era praticamente um pedido de namoro.

Ela assentiu com a cabeça com a pergunta que Lucky tinha feito, e ele sorriu. Chegou perto do ouvido dela, e sussurrando disse...

- Yossha Lucky... Terei a Rainha mais forte de todos os tempos...! – E ele sorriu em seguida, claramente aceitando o pedido dela.

E os dois se beijaram de novo, agora ela em cima de um dos banquinhos. Ela assumia o sentimento e entendia o que estava acontecendo, e ele, descobriu que sentia mesmo algo a mais por ela, correspondendo à altura o sentimento dela.

Os dois não dormiram aquela noite. Ficaram abraçados e desta maneira ficaram e testemunharam o nascer do sol. Foi quando Lucky se manifestou.

- Vamos contar a eles? – Perguntou.

- Não sei, o que você acha? – Hammy devolveu a pergunta, levemente ruborizada.

- Eu alardearia aos quatro ventos. – Respondeu ele sorrindo. Ela sorriu em resposta, ainda ruborizada, mas feliz que ele assumira de vez o sentimento dela por ele.

- Então vamos contar.

Ela chamou a todos, antes que partissem em jornada para, enfim, encontrarem e eliminarem de vez a Nova Jark Matter. Hammy e Lucky estavam a frente de todos, que não entendiam nada em um primeiro momento, mas alguns entenderam rapidamente o que acontecia ali.

Raptor, Shou e Stinger rapidamente captaram o tipo de energia boa que ali era emanada. A primeira, por sempre ser a mais romântica de todos, o segundo por sua experiência e o terceiro por ser muito inteligente. Tsurugi poderia também ter entendido se ele não ignorasse esse tipo de sentimento.

- Bom pessoal, a Hammy e eu temos um anúncio pra fazer. – Iniciou Lucky.

- Anda logo que eu tô curioso, grr. – Garu nunca mostrou esse tipo de sentimento, mas era um dos mais ingênuos, ele não entenderia sem ser explícito. Não tinha problema.

- Hoje de madrugada Hammy e eu conversamos muito, ela me pediu em namoro, e eu aceitei.

Todos, com a exceção de Raptor, Shou e Stinger, ficaram absolutamente surpresos e sem reação. Os três foram parabenizar o casal.

- Aiiiinnnnnn, que liiiiiiindo! Que vocês sejam feliiiiiizes! – Disparou Raptor. Ela gostava dessas coisas, e ver a declaração dos dois como casal a deixou extremamente feliz.

- Eu imaginei. Vocês dois ficaram muito juntos desde que você a resgatou, Lucky. Parabéns, vocês foram feitos para serem felizes. – Shou agia respeitosamente, como se esperava de um verdadeiro líder militar.

- Eu percebi rápido que era algo entre vocês dois. Agora mais do que nunca precisamos acabar com a Nova Jark Matter e deixar vocês dois viverem seus futuros juntos. – Stinger mostrava a inteligência, e além disso, não deixava que ninguém esquecesse o compromisso de lutar contra a Nova Jark Matter.

Depois disso, os outros Kyurangers, um por um, parabenizaram o casal e desejava tudo de bom. Garu foi o último, e ele ainda estava estupefato, mas mesmo assim parabenizou o amigo de longa data.

Depois de um café da manhã reforçado pela boa notícia do casal, era hora de partirem em viagem na Orion. A missão dos Kyurangers os esperava. Não demorou muito para que a Nave Mecha Base dos Kyurangers levantasse voo, em rumo ao universo e à busca pelos remanescentes do mal.

8 Comentários

  1. Um capitulo fofo, daqueles de calmaria que antecede a tempestade.
    Gostei mesmo do clima entre o Lucky e a Hammy.
    Agora que venha a batalha final

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    1. Fico feliz que tenha curtido. Eu fiz este capítulo mais ameno porque eu queria algo bobinho assim, e isso vai influenciar nos capítulos a frente.

      Abração!

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  2. Parabéns Jorge, narrasse um acontecimento amoroso, de forma pura, bem desenvolvida, com todos os carinhos e carícias dignos mas tudo muito bonito e bem apresentado, principalmente a forma de demonstrarem seus sentimentos com uma noite inteira conversando e observando a lua ao invés do padrão, passarem a noite na cama! No popular, foi sexy e romântico sem ser vulgar, meus parabéns cara, gostei muito! \0/

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    1. Hehe, obrigado, Lanthys. É que algumas vezes eu gosto de narrar este tipo de encontro romântico.

      Abraço

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  3. Love is in The Air!!!

    Episódio realmente cheio de carinho e amor. Um momento de alívio e paz.

    Com certeza, há um total temporal à vista!

    Manda bala, George!

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    1. Valeu, Artur! Capítulos assim são bons pra acalmar os ânimos.

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  4. Grande George!

    Sou suspeitaço pra falar romances kkkk.

    O rei dos romances ...como vocês me intitulam...

    Não poderia ser diferente com o fictor maluco que casou o Touha com a Reiha, não é mesmo?


    Mas, voltando a história, considero que o o sentimento de Hammy e Lucky foi muito bem conduzido e narrado, escrito com sensibilidade e muito cuidado.

    O amor entre duas pessoas é um sentimento lindo, e faz parte da vida humana.

    Defendo que os heróis pode e devem amar sim!


    Fico feliz quando outros fiictors tocam nessa questão...


    Adorei esse capítulo!

    Parabéns!

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    1. Isso pode acontecer, não tenha dúvidas.
      Obrigado pelos comentários, man.

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