Capítulo IV - Os primeiros anos de Gori II: conquiste, ou seja conquistado.
Como já
vimos, tal cretinismo pacifista incomoda e enoja muita gente, principalmente
entre aqueles que temem que um dia Épsilon venha a ser engolida por conquistadores
espaciais como Satan Goss, Bazoo, La Deus e Rainha Pandora. Diga-se de
passagem, notícias inquietantes sobre as conquistas de Bazoo e Satan Goss,
assim como das pilhagens genéticas do Monarca La Deus e da Rainha Pandora, já
chegaram ao Planeta Épsilon, e não são poucas as pessoas que estão preocupadas
com isso, já que planetas não muito distantes já se encontram sob o tacão quer
seja do imperador de Gozma, quer seja do satanás galáctico.
Outros mais
planetas no cosmos sofreram a pilhagem tanto do Cruzador Imperial Mess quanto
do Império Water. Ambos os impérios agem de forma similar a uma nuvem de
gafanhotos em uma plantação. E, uma vez que já não há nada mais a ser pilhado
no planeta em questão, Mess e Water vão embora, deixando para trás cenários desoladores
e verdadeiras paisagens lunares, típicas de cidades que sofrem pesados
bombardeios.
Além disso,
em Épsilon circulam notícias de que o planeta da constelação de Sagitário
recentemente recebeu a visita de seis guerreiros da Ordem dos Caçadores
Espaciais, um grupo de guerreiros espaciais que desde o século XVII é aliado do
Monarca La Deus, que veio a Épsilon fazer uma viagem de reconhecimento de seu
terreno, seus recursos e tecnologia. Tal missão foi ordenada pelo líder da
Ordem dos Caçadores Espaciais, Aybars, e a discrição deles em tal missão foi
tamanha que pouquíssimos notaram a presença deles, ao passo que os Caçadores
Espaciais fizeram vários registros do Planeta Épsilon. Talvez, seja questão de
tempo os Caçadores Espaciais fazerem mais alguma visita a Épsilon.
Por hora,
esqueçamos um pouco Satan Goss, Bazoo, La Deus, Rainha Pandora, Aybars e outros
conquistadores espaciais e falemos mais de Gori II e seus primeiros anos de
vida. Pelo que estamos vendo de antemão, os pais do futuro Doutor Gori II já
sentem que ele é especial. Desde tenra idade, Gori II manifestou interesse por
ciência. Algo que os próprios pais dele estimulavam sempre que podiam.
Com o passar
do tempo, despertou interesse em áreas como o estudo da biotecnologia e da
engenharia genética. E já em tenra idade, Gori I e Hou já notavam que seu filho
era dono de uma inteligência muito acima da média dos cidadãos do Planeta
Épsilon. O que podia muito bem ser visto nas notas dele na escola, sempre entre
as melhores de sua turma. Dada sua inteligência muito acima da média, ele era
capaz de resolver problemas complexos de áreas do conhecimento tais como
matemática, física e química sem grande esforço. Era capaz de resolver equações
de quarto grau para cima rapidamente! É uma facilidade tamanha que os cidadãos
ordinários, desprovidos de sua inteligência fora do comum, apenas podem sonhar
e se perguntar: “como ele é capaz disso?”.
E, ao mesmo
em que Gori II era um aluno muito dedicado e o melhor de toda a escola, a sua
vida social não era lá grande coisa. O que, em realidade, não era lá grande
problema para ele. E, mesmo com tal problema, ainda assim ele conseguiu fazer
algumas amizades. Nesse ponto, Gori II tinha a seguinte filosofia: antes você
ter uns poucos e verdadeiros amigos do que muitos amigos, sendo uns 70 ou 80%
deles falsos. Em outras palavras, a qualidade acima da quantidade.
Na escola, o
que mais interessava ao jovem prodígio eram as aulas em laboratório. As
experimentações com diversas substâncias, dissecar animais, entre tantas outras
coisas. Junto com isso, veio o fascínio por fórmulas de laboratório. Fórmulas
de substâncias químicas, para ser mais exato. E era uma mais fascinante que a
outra.
O fascínio
era tamanho que chegou uma hora em que Gori II resolveu começar a fazer tais
experimentos por conta própria, em seu próprio lar. A essa altura do
campeonato, já era evidente ao mundo que Gori II era um verdadeiro prodígio
científico. Uma coisa foi levando à outra, e chegou-se a um ponto que Gori era
capaz de criar vida através de fórmulas de laboratório.
A
inteligência de Gori II era tamanha que quando ele tinha 10 anos de idade já
era capaz de realizar experiências científicas de forma magistral, sem precisar
da ajuda do pai ou da mãe. Em outras palavras, trata-se de um verdadeiro
prodígio na área científica. E, passados mais alguns anos, Gori II, assistindo
aulas. Por outro lado, Gori também se interessava por matérias de ciências humanas
como história e geografia, e compartilhava com muitos a preocupação de que cedo
ou tarde o Planeta Épsilon poderia ser engolido pelas forças de Satan Goss,
Bazoo, Rainha Pandora ou La Deus e após muito ver e observar sobre a realidade
de Épsilon, chegou à conclusão de que o regime vigente em seu planeta natal é incapaz
de defendê-lo. Mais que isso: chegou à conclusão de que se um dia Épsilon quer
encontrar seu lugar no universo, deverá conquistar outros planetas e colocá-los
sob seu tacão tal qual Bazoo e Satan Goss fazem. Em outras palavras, na vida,
segundo Gori II, ou você conquista, ou você será conquistado. Inexoravelmente.
Só assim para poder fazer frente a tais conquistadores interplanetários.
No que tange
ao filho, Gori I e Hou fizeram questão de não cria-lo em uma redoma que nem
muitos dos pais da alta sociedade de Épsilon fazem com seus filhos. De forma a
que seu filho não cresça como se fosse um sujeito esnobe, arrogante e metido,
que olha as pessoas de situação socioeconômica à dele de cima para baixo ao
mesmo tempo em que bajula os ricos e poderosos de plantão (algo muito comum
entre os filhos da alta sociedade de Épsilon, diga-se de passagem). Não raro,
só pelo fato de estarem um pouco acima das pessoas de situação socioeconômica
mais humilde, tais indivíduos acham que são ricos e pertencem à elite só pelo
fato de terem um pouco mais de dinheiro que eles e/ou por terem uma casa ou um
apartamento em um bairro nobre de determinada cidade.
Quando na
verdade uma coisa não tem nada haver com a outra. Gori I e Hou sabem disso, e
querem que seu filho não siga os passos de tais sujeitos esnobes. E com o
passar do tempo Gori II, com a ajuda dos pais, foi observando algumas coisas.
Entre elas, o fato de que ao contrário do que a propaganda dos órgãos oficiais
do governo afirma, a sociedade de Épsilon é extremamente desigual.
2 Comentários
Conquiste ou seja conquistado!
ResponderExcluirEssa é a regra !
Não existe vácuo de poder !
Talvez, os políticos de Épsilon devessem se atinar a isso.
Mas, a soberba não os deixa enxergar que a falta de um exército de defesa vai custar caro...
O pequeno Gori cresce e começa a perceber alguns problemas em seu planeta.
A história avança!
Parabéns!
Você segue contando com maestria como se deve criar um psicopata. Assim, Gori cresce conhecendo tudo de mal e pior da corrupção de Epsilon.
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