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Esquadrão Mítico Tupangers - Capítulo 25, O que a Morte pode Trazer

 

Bom dia, boa tarde e boa noite (dependendo do horário que você ler este capítulo). Agradeço imensamente você ter devotado o seu tempo a este conto. Espero que curtam mais este capítulo!!


Os Tupangers voltaram às suas vidas, fazendo com que o lado “patrulheiro” fosse deixado de lado por um instante. Tsukiko mudou-se para São Paulo por um tempo, arrumando um simpósio para participar, uma pós graduação para fazer e uma especialização que só tinha na capital cosmopolita.

Ficou hospedada na casa dos irmãos Eduardo e Débora enquanto estivesse estudando, seria muito mais fácil do que pagar aluguel ou comprar uma casa longe de sua terra natal. Com isso ficou mais próxima da equipe, literal e emocionalmente falando.

Porém Ukhel não ficou parado, agindo sem demora. Por ser responsável pela morte, ele resolveu começar a arregimentar seu exército. Primeiramente trouxe os outros três Cavaleiros de volta, claro, submissos a ele. Depois, com uma pesquisa minuciosa, começou a trazer todos os inimigos derrotados dos Tupangers até o momento, que seriam fundidos em apenas um monstro. Porém, ele não parou por aí.

Dessa mesma pesquisa ele trouxe uma equipe de ex Tupangers, de séculos atrás, a equipe antecessora dos atuais. Eles não estavam completos, mas ainda assim eram muito fortes e experientes com os poderes míticos, dariam trabalho aos atuais e ainda serviriam como substitutos. Esses seriam sua última cartada antes de se envolver diretamente na luta.

Os Tupangers sequer sabiam o que os esperavam.

A primeira pista do que viria foi um escândalo que se dava no Centro Velho, ali na região da Praça da Sé, em frente à Catedral. Alguns moradores de rua faziam suas buscas diárias por alimentos, como sempre faziam, e deram de cara com um ser humanoide esquisito. Ele apenas lembrava um ser humano, mas era mais distinguível como qualquer outra coisa do que como um humano, de tão deformado que era.

Claramente os moradores de rua saíram correndo, afinal de contas, graças às condições de vida deles, não tinham pra onde fugir, não tinham um porto seguro. A sorte deles foi que Alexandre estava fazendo alguns trabalhos para a empresa onde trabalhava e isso o levou ao local do ocorrido, fazendo com que ele tivesse a visão da causa de tanta agitação, os salvando no processo.

Logo chamou os demais com sua comunicação mental, e enquanto não chegavam, foi chamar a atenção do monstrengo.

Alexandre aproveitou a oportunidade para analisar o inimigo. Viu que era basicamente uma colcha de retalhos, ostentava, nos detalhes, características de cada um dos monstros já enfrentados pelos Tupangers em sua trajetória.

As memórias de cada um foi sendo compartilhada dos membros mais antigos para os membros mais novos, e por isso todos sabiam de tudo. Afinal de contas, como diz o velho ditado, “o melhor combate é aquele em que é possível estudar seus adversários antes de lutar”.

Várias pessoas ali no Centro já haviam fugido para os lugares mais diversos possíveis, não ficando para acompanhar o que ocorria ali. A única pessoa que ficou para fazer frente ao monstro foi Alexandre, e se vendo nesta posição, não esperou mais a chegada de ninguém. Transformou-se em Anhum Gold.

Porém, para o revés do combatente do mal, a Tropa de Choque estava a postos e viu o monstro também.

- Você é um daqueles que salvou o Presidente, não é mesmo? Hoje vocês não vão agir. Para trás, a Polícia irá agir desta vez. – Disparou o líder da incursão.

- Vocês não vão saber lidar com esse monstro, senhor policial. Ele está além de suas capacidades humanas. – Alexandre usou em seu capacete um dispositivo que distorceu sua voz, fazendo com que ela parecesse metálica e sem indicação de quem era, para a proteção de sua identidade.

- Só porque salvou o Presidente pensa que pode agir como vigilante, correndo atrás dessas coisas? Eu suspeito que isso seja culpa sua e de seus amigos. Se você não cumprir o que estou ordenando, terei que te dar voz de prisão. Então, para trás.

Contrariando seu senso comum que seria de salvar a todos, Anhum Gold fez o que lhe foi ordenado, deixando a linha de frente para os policiais, mas mantendo-se a postos para dar-lhes suporte caso necessário.

No momento seguinte chegaram Ceuci Green, Tupan Blue, Yara Light Blue e Caupe Pink. Anhum Gold estendeu o braço na primeira menção de seus companheiros atacarem o monstro, mentalmente explicando a respeito da reprimenda que havia tomado da tropa de choque.

“Quem eles pensam que são? Vamos acabar com o monstro agora”, disparou Caupe Pink com um pensamento.

“Não devemos antagonizar nenhum papel em relação à polícia, Isis. Devemos deixá-los fazer seu trabalho e dar-lhes suporte caso necessário, senão seremos vistos como vilões ou milicianos, e não queremos isso”, enviou Anhum Gold.

“E agiu muito bem, Ale. Vamos nos manter afastados, mas não deixando que nenhum deles morra”, concluiu Tupan Blue.

“Parece que os demais vão demorar ainda um pouco mais. Onde estão eles?”, perguntou Ceuci Green na conversa. Porém, não deu tempo de mais ninguém responder. Os demais chegavam, já transformados, e já recebendo a prévia da análise de Anhum Gold sobre o monstro ali à frente.

Enquanto isso, a luta entre o ser deformado e a Tropa de Choque da Polícia Militar ia de mal a pior para os funcionários públicos. As balas de pistola não surtiam o efeito desejado e as armas mais pesadas pouco efeito a mais traziam, pouco dano a mais era aplicado ao inimigo.

As escopetas calibre 12 foram utilizadas e não houve mudança no dano aplicado. Na verdade, o único dano causado foi na moral da tropa em combate.

Um dos cabos da Polícia Militar engoliu seu orgulho antes que qualquer um deles morresse e chamou os Tupangers para conversar com o capitão, que era ninguém mais, ninguém menos que o homem que mandou Anhum Gold afastar-se.

Como o ser era lento, foi possível as duas lideranças conversarem.

- Em primeiro lugar, peço desculpas pela prepotência, eu não sabia que estes monstros eram tão resistentes a projéteis. As armas de vocês são tão fortes assim? – Começou o Capitão daquele destacamento.

- Não há o que se desculpar, Capitão. Entendo o seu trabalho com a moral pública. Foi necessário. – Respondeu Anhum Gold.

- As nossas armas foram criadas por forças sobrenaturais e são imbuídas dessa mesma energia. Elas são mais efetivas em proporção de quanto mais nos dedicamos para isso. – Informou Tupan Blue.

- E onde vocês conseguiram esse poder? – Perguntou o Capitão.

- Infelizmente não podemos informar, Capitão. E mesmo que pudéssemos, o senhor não acreditaria. – Respondeu Jaci White.

Entendendo que não conseguiriam vencer aquela criatura, o Capitão seguiu com o protocolo.

- Há algo em que possamos ajudá-los?

- Há sim. – Respondeu Tupan Blue – Uma coisa que não conseguimos fazer é evacuar os inocentes, e além do mais, eles vão confiar mais em vocês do que em nós. Eu sei que parece trabalho pequeno para a Polícia Militar, mas é de grande importância para nós também.

-Não ofendeu, não se preocupe. Sabemos quando não conseguimos agir e outro esquadrão consegue. O que me deixa feliz como policial é o respeito que vocês têm por nós. Agradeço. Mas agora não percam mais tempo conosco, vão acabar com aquilo. – E ao final, o Capitão fez um sinal à sua tropa, e todos bateram continência aos Tupangers.

Os guerreiros míticos repetiram o gesto para os policiais e seguiram em direção ao monstro.

Claro que ele causou o caos enquanto estava sendo distraído, mas como não havia mais ninguém naquele local, o problema era menor com pouca importância.

“Então ele é uma mescla dos anteriores, certo, Alê?” – Fábio começava o reconhecimento, mantendo toda a comunicação mental para não causar problemas.

“Isso, Fábio. Eu fui notando um detalhe aqui, outro ali enquanto fui segurando ele até a chegada de vocês. Ele só não é muito rápido e parece não ter adquirido a capacidade daquele monstro que se instalou nos celulares de vocês, mas de todo o resto eu notei algumas particularidades. Até mesmo do Varpo ele tem alguma coisa, um poste sumiu quando ele fez a mão brilhar” – Alexandre complementava o relatório inicial.

“Bom saber disso. Podemos lutar com isso em mente, nos precavendo do que aconteceu com vocês no shopping Eldorado. Aliás, é melhor não nos deixar encurralar por esse ser”, complementou Tsukiko.

Era possível ver que o monstro era esperto, mas o corpo muito pesado. Era como se seu mestre o fizesse lento de propósito para que a atenção dos Tupangers fosse chamada.

11 Comentários

  1. Grande George!

    Um episódio difetente mas, muito bacana.

    A interação telepática entre os membros foi algo que curti assim como o respeito pelo trabalho dos policiais.


    Mas sinto que último Cavaleiro do Apocalipse está aprontando algo grandioso.

    Chamar os ancestrais Tupangers me parece ser a maior cartada .

    Aguardemos com ansiedade o desenrolar desse arco.


    Parabéns por seu trabalho, George!

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  2. Um capítulo muito bom e repleto de ideias ótimas!
    o monstro de retalhos de monstros antigos foi uma delas e, apesar de não ter feito muita coisa nesse capítulo, seu uso promete.
    o cavaleiro da morte foi muito bem utilizado no campo do planejamento, espero que ele não tombe facilmente como seus irmãos.
    A relação dos Tupangers com a Polícia ficou muito bem posto e achei muito legal, mostrando que é possível criar cenas assim com personagens brasileiros.
    Meus parabéns!

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    1. Valeu, Norberto. Venho tentando não prolongar, e fazer isso não ficar tão chato, mas acho que eu fiz eles caírem com facilidade mesmo.

      Abraço

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  3. Outro episódio excelente. Demais mesmo, George.

    Acho ótimo quando se consegue fazer interação com a polícia ou autoridades. Mostra que todos estão cientes do que ocorre e de como pode haver cooperação entre heróis e governos, por exemplo. Traz mais realidade.

    Creio que o Cavaleiro do Apocalipse causará muitas situações complexas sim. A telepatia e clamor pelos ancestrais dos Tupan Rangers me parece a melhor saída mesmo.

    Meus mais sinceros parabéns por sua grandiosa obra!

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    1. Obrigado, Arthur. É a maior luta antes da luta final, e eu to me esmerando pra não acabar com ela assim, do nada.

      Abraço

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  4. Isso tem treta e das grandes, tipo, o cara é estrategista e, vai direto pra um local movimentado chamar a atenção com um monstro lento... Se fosse um brucutu seria o normal ir arrumar treta e confusão, mas eu duvido que o foco seja esse, eu creio que ele está chamando eles pra um lado pra fazer alguma coisa muito pior e talvez irreversível de outro, onde eles não poderiam perceber ou iriam impedir... Se prepara Tupanger que vem chumbo grosso ae! E muito legal a atitude dos Tupangers com os policiais, respeito mútuo, colaboração, atitude, honestidade, isso tá faltando no Brasil, precisamos disso, muito bom Jorge, gostei pra caramba, meus parabéns cara! \0/

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    1. É exatamente isso que eu quis passar, Lanthys. Tá faltando muito isso no país, principalmente coerência por parte da liderança do executivo... Eu creio que isso poderia melhorar, e muito.

      Abraço.

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  5. Gostei do plano do Ukhel de reviver monstros antigos e combina-los, é um clássico de sentai e me amarro muito, mas principalmente essa ideia de trazer guerreiros míticos antigos pra enfrentar os atuais (por mais q eu tenha ressalvas sobre a facilidade de fazer isso, mas ok). Gostei tbm da dinâmica para com a polícia, de mostrar respeito a todo momento, msm sabendo q eles n eram parecidos para o monstro, afinal, eles só estavam fazendo seu trabalho. Esse comentário final foi bem acertado pra causar curiosidade, o fato do inimigo ser lento de propósito, agr quero ver pra q ele está ganhando tempo...

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    1. É que neste caso estamos falando de alguns personagens míticos como os "Cavaleiros do Apocalipse", então é o próprio ceifeiro. E fico feliz que você tenha gostado do capítulo. Obrigado por acompanhar.

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