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Esquadrão Mítico Tupangers - Capítulo 29, Luz

 


Boa noite, leitores.

Dou graças aos deuses por ter escrito este capítulo antes. Agora vocês podem ler com tranquilidade. 

Espero que gostem. 


29. Luz

Um portal surge em meio à cidade, no meio da madrugada, brilhando forte. Os dois mendigos que viram o fenômeno acharam que o apocalipse havia chegado e saíram em disparada para proteger-se.

Ficou ali, aberto, por alguns minutos, sem que houvesse qualquer reação de poder ou mesmo qualquer ser saiu dele. Mas como naquela parte da cidade raramente passava alguém, o fenômeno passou despercebido pela maioria.

Foi quando os Tupangers, um a um, foram saindo. Ao passo que iam saindo, eles se encontravam e se cumprimentavam, como se fizesse muito tempo que não se viam.

- Não acho que passei por algo parecido em toda a minha vida – Disse Isis, olhando para os céus e respirando fundo.

Todos concordaram silenciosamente, assentindo com suas cabeças.

Todos estavam diferentes, em aparência física e mentalmente falando. Alguns dos garotos assumiram barbas, outros haviam deixado o cabelo crescer. Entre as garotas havia um consenso, todas haviam deixado sua cabelos crescerem e suas peles estavam bem tratadas.

Todos estavam serenos, sem exceção. Não havia mais tensão, medo aparente ou mesmo a sensação de fracasso que sentiram quando perderam para Dain.

- Quanto tempo faz que deixamos o plano humano mesmo? Alguém sabe? – Perguntou Alexandre.

- Apenas 9 dias, mano! – Respondeu Pedro, puxando um celular do bolso da roupa – Pareceu bem mais, né? Não sei onde os nossos patronos nos levaram, mas parece que o tempo lá passa diferente, mais lento do que na realidade.

- Não é? Eu pensei que haviam passado anos lá dentro! – Comentou Débora, de maneira intensa – Que saudade eu estava de você, Pedro!

E a garota chegou perto do amigo e lhe chapou um beijo na boca, daqueles de cinema. Todos olharam para aquela cena, surpresos (para dizer o mínimo).

Eduardo ficou olhando para aquela cena como se fosse algo alienígena. Viu que Pedro não tinha tomado a iniciativa, mas também não resistiu. Ele mesmo também não resistiria se estivesse na mesma situação.

Depois de algum tempo absorto, reagiu:

- Débora!!!! – Exclamou envergonhado o guerreiro de Anhangá.

- Que foi? – Perguntou a inquirida.

E todos, com a exceção de Eduardo, deram risada. Até mesmo Pedro que estava meio aparvalhado.

Foi quando o semblante de todos mudou, rapidamente. Sentiram a presença de Ukhel nas proximidades e já saíram em busca.

Não demorou muito para que o encontrassem.

- Ora, vocês voltaram? Pensei que tivessem mais amor à vida de vocês, mas acho que estou enganado.

- Eu, se fosse você, não teria tanta certeza. – Afirmou Fábio.

- Então farei com que você tenha certeza da sua falha! TAKHAL, TACHIAGARE!

Olhando para o antigo inimigo, o líder dos Tupangers olha, pensa e... 

- Quem se habilita? – Perguntou ele em tom monocórdio.

Ninguém se manifestou, mas não por acharem que não conseguiriam.

- Ah tá, já entendi. Vocês querem que eu mostre o quanto eu melhorei, né? Tá bom... Mas não reclamem depois...

Com um pensamento, Fábio já assumiu sua transformação em Tupan Blue e logo foi possível notar a diferença em seu traje. Ele já não remetia tanto à Arara Azul como antes, agora possuía sinais do poder de Tupã, seu patrono. 

Takhal ficou surpreso como os Tupangers agora passavam a subestimá-lo, ele que tinha gostado tanto de lutar contra eles, que eram honestos e não se gabavam do poder que tinham.

Isso o deixou irado.

Havia resolvido lutar a sério daquela vez, uma das pouquíssimas vezes que isso acontecia ao antigo Cavaleiro da Peste... A última vez havia sido nas Cruzadas, onde o haviam desafiado.

Mas Takhal sequer teve tempo de esboçar qualquer reação para liberar seu poder, Blue já chegou com um chute voador em uma velocidade alucinante. Se não tivesse se valido de seus instintos, ele fatalmente teria caído.

- Tem certeza de que não vai me levar a sério, Takhal? Vai me subestimar? - Perguntou Blue, o chamando para a luta de maneira bem séria.

O momento seguinte foi impressionante. O Cavaleiro, antes apenas ressequido pela manipulação de Ukhel, agora era a própria cara da fome: cadavérico, com uma barriga enorme, olhos injetados cheios de fúria e a armadura agora fazia parte de seu corpo, como pedaços de metal enfiados na carne por meio de qualquer ritual satânico.

- Espero que você possa fazer jus à bravata que acabou de cometer, humano.

O momento seguinte foi espetacular. Em um átimo de contração muscular, Takhal partiu pra cima de Blue, que se defendeu prontamente, e os dois iniciaram sua luta veloz.

Chutes, voadoras, socos eram trocados e prontamente defendidos um pelo outro, mas ainda assim parecia que Blue estava brincando com seu adversário, vendo até onde ele poderia chegar.

- SABRE! - Bradou Blue.

No momento seguinte a arma do Tupanger apareceu em sua mão, como se materializasse do nada. E em nenhum momento sua pedra preciosa era vista.

A luta continuou titânica, os outros Tupangers assistiam a tudo, maravilhados. O treinamento dos deuses tinha sido, sim, algo a mais. Agora eles conseguiam canalizar mais os poderes conforme receberam dos deuses.

Takhal estava estupefato. Ele estava dando tudo de si, em sua forma verdadeira, mesmo que ressuscitado de maneira profana por Ukhel, o que aumentava bastante seu poder, e mesmo assim aquele humano conseguia acompanhá-lo e mais, superá-lo.

- Amor, acho que tá na hora de acabar com isso mais rápido, não? - Perguntou Amanda.

“Espere aí... Mais rápido? Esse moleque consegue canalizar poder divino a um nível maior que o meu?” - Takhal se perguntava, incrédulo.

- Você me descobriu, né? Não consigo esconder nada de você. Desculpe, Takhal, mas o aquecimento acabou.

A palavra havia doído.

AQUECIMENTO.

Em um átimo de segundo depois de a humana ter falado aquilo, seu adversário sumiu e logo ele sentiu seus membros serem despedaçados, esfarelarem por efeito da quebra do poder de Ukhel, somados à velocidade e poder dos golpes.

Quando Blue parou, não havia sobrado quaisquer vestígios de Takhal.

Ukhel era a máscara da surpresa.

Se em 9 dias eles haviam progredido tanto assim, os planos de Japeusá estavam arruinados, e os dele também. 

Se viu pensando em seu renascimento, que demoraria séculos para acontecer. Takhal tinha sido a primeira vítima do novo poder dos guardiões.

Sem dar trégua para os heróis, Ukhel mandou Uushgi e Dain juntos, não se importando o que os dois pensariam.

- Pessoal, agora precisaremos agir em equipe. O Cavaleiro da morte agiu exatamente como previsto. 

No momento seguinte todos os Tupangers estavam transformados, e de nenhum deles havia sinal de suas pedras preciosas, como elas ficavam encrustadas em seus cinturões... Agora nem isso.

Uushgi e Dain atacaram em conjunto. Os dois, separados, antes do treinamento, eram mortíferos, mesmo em sua forma reduzida. Em sua forma total, como acontecera há pouco com Takhal, eles seriam imparáveis... 

Isso se os Tupangers não tivessem passado por aquele treinamento.

10 Comentários

  1. Uau! O treinamento deve ter sido brutal pata render essa mudança de poder e até mesmo de atitude dos tupangers, agora tão mais poderosos e confiantes...
    Fiquei curioso com o que passa ter acontecido na dimensão dos deuses.
    E lá se foi mais um inimigo. Vejamos como a próxima dupla vai se sair contra a equipe inteira.
    Parabéns!

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    1. Vou fazer alguns flashes desse treinamento como recurso... Você vai entender o negócio.

      Valeu por ler! Abração, Norberto.

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  2. 9 dias na escala do tempo comum.

    Uma eternidade no plano mítico!

    Um treinamento intensivo que fez com que os Tupangers abandonassem tudo...

    Mas, tudo tem um preço...

    Não se consegue nada sem sacrifícios supremos e os nossos heróis mostraram isso...

    Se tornaram poderosos!

    A jornada dos herdeiros dos deuses indígenas vai chegando a um final épico!


    Parabéns!


    Belo capítulo!

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  3. Muito bom o episódio, deixando nas entrelinhas o treinamento e nos mostrando um grupo muito mais poderoso, muito mais coeso, muito mais preparado! O inimigo não teve qualquer chance e parece que os próximos também não terão, então me leva a crer que os Tupangers chegaram ao seu auge e devemos nos preparar para fortes emoções! Parabéns pelo trabalho cara, muito bom! \0/

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    1. Fico feliz que tenha curtido essas partes, Lanthys. Eu me esforcei bastante nessa obra.

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  4. Bela reviravolta dos heróis. Os deuses deram um Powerup nos heróis...

    Bom saber que você dará uns flashs para entendermos o que aconteceu...

    Parabéns pelo trabalho majestoso.

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    1. Majestoso... Obrigado pelo elogio. Já fico feliz só de ter os comentários de vocês.

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  5. Vou te contar que senti vendo um ep de Dragon Ball, afinal, tem coisas bem parecidas: a sessão de treino em um lugar que passa num tempo diferente e seu resultado numa transformação poderosa e avassaladora, que foi o que aconteceu aqui. Alguns adjetivos que usou pro Takhal, n sei se fora outra rima para com os outros cavaleiros, mas me deu certa embananada na cabeça, mais culpa minha msm. Esperava q o encontro com o Ukhel seria um pouquinho mais marcante, foi mais um "ele tá ali na esquina". Por sua vez, o reencontro entre eles serviu bem pra passar esse ar de evolução, porem mostrando q eles ainda eram os msms, e o bj da Débora é o tipo de interação q eu queria ver mais entre os personagens, ainda mais, na visão deles, dps de um "reencontro". A cara do Eduardo q eu visualizei de "To entendendo nada" foi o apice XD

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    1. Eu sou um fissurado em Dragon Ball, Max, não poderia ser diferente.Obrigado por ler e por ter gostado.

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