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Força Especial Bataranger - Capítulo 7 - O segredo da Ômega


 No capítulo anterior:

Os Batarangers desmascararam uma banda de vampiros, que usavam da música para transformar as pessoas em vampiras.

 

Capítulo #7 – O segredo da Ômega

 

Sala de Jogos da BataBase

 

Era o dia de folga dos Batarangers e um dos momentos de lazer deles era ir à Sala de Jogos, um espaço que continha duas mesas de sinuca, uma mesa de pebolim (ou totó, dependendo da região do leitor), uma mesa de carteado e três televisões com videogames. Eles gostavam mais do videogame.

Cris e Jefferson estavam jogando um game estilo FPS (First Person Shooter), Mateus na espera de quem perdesse e as garotas só ficavam assistindo.

Cris: “Não ‘campera’, não, Jeff. Tô te vendo ‘camperar’.”

Jefferson: “Eu não tô ‘camperando’. É tu que fica escondido no mapa.”

Aline perguntou para Mateus:

“O que é ‘camperar’?”

Mateus: “É quando um jogador fica de tocaia, só esperando o inimigo. A gente chama esse jogador de ‘camper’.”

Aline: “Ué, qual é o problema nisso? Por que o Cris está reclamando?”

Mateus: “É que nos games, isso é considerado trapaça.”

Aline: “Ah, tá. Eu não entendo nada de videogame.”

Jéssica: “Duas.”

Enquanto isso, o jogo tinha encerrado e Jefferson foi o vencedor.

Jefferson: “Uhu! Ganhei de novo! Tu é meu ‘pato’, Cris!”

Cris: “Não valeu! Tu ficou ‘camperando’ a rodada inteira!”

Jefferson: “Que ‘camperei’, o quê? Tu só fica escondido e não atira. Ainda quer falar que sou ‘camper’...”

Mateus: “Para de choro, Cris.  Passa o controle.”

De repente, uma voz interrompeu os rapazes:

“Tsc, tsc... Se eu jogar, vocês todos vão ser ‘patos’ meus.”

Eles se voltaram para o dono da voz.

Cris: “Tarso!”

Os cinco Batarangers foram cumprimentar Tarso Monteiro, que estava se convalescendo da surra que levou de Morcegão, na missão do Morro do Morcego.

Jéssica: “E aí, Tarso? Como vai indo?”

Tarso: “Tô legal, agora. Tomei uma surra para nunca esquecer, hehehe... Mas agora, tô legal. Tô pronto para mais uma.”

Cris: “Pô, cara. Tô feliz de te ver assim, recuperado.”

Tarso: “Valeu, Cris. Eu que tô feliz de você ter se juntado à F.E.B. Seja muito bem-vindo.”

Cris: “Valeu.”

Aline: “Hã, Tarso... Posso te fazer uma pergunta?”

Tarso: “Diga, Aline.”

Aline: “O que é ‘pato’?”

Todos riram e Tarso respondeu:

“É o jogador que sempre perde no videogame.”

Aline: “Ah, então, Cris é ‘pato’ do Jefferson, hahaha!”

Cris: “Olha que eu te mostro quem é ‘pato’, japonesa!”

Tarso: “Ei, ei, ei! Resolvam seus problemas ‘conjugais’ em outro lugar, não aqui!”

Aline: “Problemas conjugais? Não tenho nada com esse traste.”

Cris: “Nem eu com essa doida.”

Tarso: “Foi maneira de dizer. Pô, mas eu tô muito feliz de ver todos vocês.”

Jefferson: “Igualmente, cara.”

Jéssica: “Abraço coletivo!”

E os cinco Batarangers foram abraçar Tarso, coletivamente.

 

Sala do comandante

 

No dia seguinte, o comandante Lopes chamou Cris e Tarso para a sua sala, além da Dra. Angélica.

Cmte. Lopes: “Seja bem-vindo de volta, Monteiro. Em nome de toda a F.E.B, estamos felizes pela sua recuperação.”

Tarso, prestando continência: “Obrigado, senhor!”

Cmte. Lopes: “À vontade. Bem, chamei os dois aqui, porque tenho uma tarefa importante para os dois. É sobre a Corporação Ômega.”

Tarso: “Permissão para falar, senhor.”

Cmte. Lopes: “Permissão concedida.”

Tarso: “Hã... O que é essa Corporação Ômega?”

Cmte. Lopes: “Ah, sim. Você está um tanto por fora dos acontecimentos, Monteiro. É uma corporação sem fins lucrativos voltada para a produção científica. Ela tem laboratórios farmacêuticos por todo o Brasil, contudo, a empresa está envolvida com, digamos, controvérsias em relação aos remédios deste laboratório.”

Tarso: “Que tipo de controvérsias, senhor?”

Cmte. Lopes: “Bem, Ribeiro me relatou que um dos remédios dos Laboratórios Ômega foi receitado à sua mãe, contudo, o remédio não tinha eficácia no caso dela. Daí, comuniquei à ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) e por incrível que pareça, o remédio foi testado e aprovado.”

Cris interrompeu o comandante, indignado:

“Quê?! Perdão, senhor, mas não faz sentido. Como um remédio testado e aprovado não funciona com minha mãe?”

Cmte. Lopes: “Acalme-se, Ribeiro. Ainda não terminei. Então, depois de falar com a ANVISA, fui na Polícia Federal e também estava tudo na mais perfeita legalidade com a empresa. Porém, fui ao PROCON (Programa de Proteção e Defesa do Consumidor) e tinham milhares de ações contra os remédios da Ômega, incluindo o Arakinus. Aí está a controvérsia.”

Tarso: “Ah, sim. Agora, entendi. O remédio é aprovado, a empresa é legal, mas mesmo assim, os remédios têm problemas. Por que isso não repercute na mídia?”

Cmte. Lopes: “A Ômega é poderosa e pode ter suas influências nas instituições, para não dizer outra coisa. Bem, é aí que vocês entram. Quero que os dois vão para a sede da Ômega, na Barra da Tijuca, descobrir o porquê dos remédios darem problemas, mesmo que estejam legais.”

Cris: “Com todo o respeito, senhor, mas por que só Monteiro e eu? E os outros Batarangers?”

Cmte. Lopes: “Tenho uma outra missão para os outros Batarangers. Eu escolhi vocês dois, porque o caso lhe interessava, Ribeiro. E Monteiro lhe fará companhia, por conta de sua experiência, além de estar apto para voltar a campo.”

Cris: “Entendo perfeitamente, senhor.”

Cmte. Lopes: “Ah, Ribeiro. A custódia de sua mãe foi deferida pela Secretaria de Justiça e ela poderá ser monitorada pela F.E.B.”

Cris: “Ah, que bom, comandante. Muito obrigado, senhor!”

Cmte. Lopes: “De nada. Estamos corrigindo um erro de quase 20 anos, quando vocês sumiram da nossa vista.”

Cris: “Ah, entendi.”

Cmte. Lopes: “Bem, não há tempo a perder. Precisamos descobrir o que há com a Ômega. Além disso, ainda há Skruk.”

Tarso: “Quem é esse?”

Cris: “É um louco que quer acabar com a harmonia entre humanos e HMs. Ele diz ser da Ômega, mas não há nada registrado sobre ele por lá.”

Cmte. Lopes: “Exato, Ribeiro. Vão para lá, imediatamente. É uma missão muito importante. Conto com vocês. Dispensados!”

Cris e Tarso prestaram continência e saíram da sala.

Voltando-se para Angélica, o comandante disse:

“Chame os outros Batarangers, doutora.”

Angélica: “Sim, senhor.”

Cinco minutos depois, os demais Batarangers chegaram e prestaram continência. O comandante começou a falar:

“Batarangers, eu os chamei aqui, porque temos um problema que está ocorrendo nas noites de Lua cheia: ataques de licantropos.”

Jéssica: “Lican o quê?”

Angélica: “Licantropos. São HMs que se transformam em animais, mais especificamente em lobos.”

Aline: “Então, são lobisomens?”

Cmte. Lopes: “Tipo isso. Tivemos várias ocorrências nas últimas noites de Lua cheia. Enviamos a DT (Divisão Tática) para deter os licantropos, mas não conseguiram. Agora, é a vez de vocês.”

Mateus: “As buchas da DT sempre sobram para nós...”

Cmte. Lopes: “Ora, Souza, respeite a DT! Em alguns casos, humanos comuns não são capazes de fazer o que vocês fazem. Não tolero qualquer tipo de pilhéria a quaisquer divisões da F.E.B. na minha presença. Fui claro?”

Mateus: “Sim, senhor!”

Cmte. Lopes: “Bem, retomando, os ataques dos licantropos estão  ocorrendo na Zona Portuária, mais precisamente na Gamboa, próximo da Cidade do Samba. Hoje é noite de Lua cheia, então, esta é a oportunidade para capturar os licantropos.”

Batarangers: “Certo!”

Cmte. Lopes: “E como Ribeiro está em outra missão com Monteiro, Hashimoto será a líder de vocês. Está pronta, Hashimoto?”

Aline, prestando continência: “Sim, senhor!”

Cmte. Lopes: “À vontade. Então, nesta noite, vocês irão para a Gamboa deter os licantropos. Dispensados!”

Os quatro prestaram continência e saíram da sala.

 

Corredores da BataBase

 

Jefferson para Mateus: “Velho, tu conseguiu irritar o homem mais tranquilo do mundo, o comandante Lopes. Parabéns!”

Mateus: “Ué, eu menti? A gente só resolve as buchas que a DT não resolve. Não esperava que o comandante ficasse pistola.”

Aline: “Mas, Mateus, não se faz esse tipo de comentário na frente do comandante.”

Mateus: “Tá, já aprendi, líder.”

Jéssica: “É, finalmente Aline vai ser nossa líder. Aê, garota!”

Aline: “Valeu, gente. Confesso que estou um pouco nervosa.”

Jéssica: “Por quê? Você era nossa líder nos treinamentos.”

Aline: “É, mas em campo é diferente. Não quero bancar a autoritária com vocês, como eu fazia antes. Além do mais, o Cris vem se esforçando na liderança e vocês gostam dele.”

Jéssica: “Ah, amiga, você não era autoritária. Tá, um pouco. Mas a gente entende que vocês têm estilos diferentes, certo, turma?”

Jefferson e Mateus confirmaram com a cabeça.

Aline: “Só queria saber o que Cris e Tarso foram fazer. Espero que seja importante.

 

Linha Amarela - A caminho da sede da Corporação Ômega

 

Cris e Tarso estavam em uma viatura da F.E.B., com Tarso ao volante. Os dois estavam colocando o papo em dia, depois de tanto tempo sem se ver.

Tarso: “E aí, cara? Está gostando da F.E.B.?”

Cris: “Claro. Foi tudo muito rápido, mas estou me acostumando.”

Tarso: “Pois é, ser HM tem suas vantagens...”

Cris: “Senti uma ponta de inveja aí, hein?”

Tarso: “Que mané, inveja? Eu menti? A sorte que vocês são gente boa.”

Cris: “Você queria ser um HM?”

Tarso: “Sinceramente, sim. Ter poderes deve ser ótimo, aí não levaria surra de vampiros, hehehe.”

Cris: “Ter poderes é bom, mas pode ser perigoso, se usá-los para o mal.”

Tarso: “Concordo. Mudando de assunto, qual é o seu lance com a Aline Hashimoto?”

Cris ficou vermelho, mas não era o vermelho da BataFarda...

“Que lance? Não tem lance nenhum.”

Tarso: “Sei... Senti uma... química entre vocês, quando discutiram lá no Morro do Morcego naquele dia e ontem. Tem certeza que não tem nada?”

Cris: “Absoluta. Nossa relação é estritamente profissional.”

Tarso: “Sei... Olha, vou te dizer, a Aline não é de se jogar fora, fala tu.”

Cris: “Realmente, ela é bonita, principalmente quando sorrir.”

Tarso: “Eu nunca vi a Aline sorrir. Das duas, prefiro a Jéssica. O que tu acha?”

Cris: “Ah, sim. A Jéssica é muito gata, realmente. A gente até zoa o Jefferson, dizendo que ela ficou com toda a beleza, hahaha.”

Tarso também riu.

Cris: “Mas e aí, Tarso? Tu nunca teve um lance lá na F.E.B.? Tu gosta ou já gostou de alguém de lá?”

Tarso: “Não, nunca gostei de nenhuma garota de lá. Meu negócio é só trabalho.”

Cris: “Ih, duvido que não tenha alguém que não goste de você. Tu é boa-pinta.”

Tarso: “Valeu. Olha lá, o prédio da Ômega.”

Eles avistaram o prédio da Ômega, que era gigantesco, com a letra ômega na fachada.

Tarso: “Vamos deixar o carro longe, para não levantar suspeitas.”

Cris: “Falou.”

Ambos saíram da viatura.

Tarso: “Vou olhar a entrada pelo binóculo”.

Ele pegou o binóculo e começou a observar a entrada.

Tarso: “Eita, lasqueira! A entrada está cheia de guardas fortemente armados. Vai ser quase impossível entrar pela frente.”

Cris: “Não tem como escalar o prédio, igual em Missão Impossível: Protocolo Fantasma, quando o Tom Cruise escala aquele arranha-céu?

Tarso: “Já vi esse filme. Quem dera que tudo fosse igual aos filmes... Quem dera eu fosse o Homem-Aranha... Bem, e aí, como a gente entra, ‘mestre dos planos’”? A galera me contou seu apelido.” Disse isso, piscando para Cris.

Cris: “Hehehe... Bem, acho tenho um plano. Siga-me.”

Tarso: “O que vai fazer, Cris? Não vai fazer bobagem!”

Cris: “Relaxa. Vou tentar distrair os guardas.”

Tarso: “Vê lá, hein? Vou pegar o fuzil no carro.”

E cada um foi para um lado, Tarso na direção do carro e Cris para a entrada.

Os soldados Ômega, aqueles mesmos que apareceram no Capítulo 3, estavam fazendo a guarda do prédio da Ômega. De repente, eles viram um caminhão desgovernado vir em direção da entrada. O caminhão chocou-se na guarita da entrada.

Enquanto os guardas foram ver o caminhão, Cris e Tarso aproveitaram e passaram por eles, sem serem vistos.

Tarso: “Cara, tu é bom mesmo! Como fez para o caminhão bater na guarita?”

Cris: “Simples. Eu toquei no motorista, acelerei o caminhão e saltei antes de bater na guarita.”

Tarso: “E você pensou em tudo isso em questão de segundos? Acho que tu nasceu com outra habilidade, de fazer planos.”

Cris sorriu para o companheiro.

Cris: “Bem, passamos pelo guardas. Agora, é só entrar no prédio e seguir com a missão.”

Os dois entraram no prédio.

A noite de Lua cheia já caía no Rio de Janeiro...

 

Gamboa – Noite

 

Os outros Batarangers, trajados das BataFardas, chegaram à Gamboa, para capturar os licantropos. As ruas estavam desertas, por conta do medo de sair de casa em noite de Lua cheia.

Aline: “Muito bem, galera. Vamos nos separar. Jefferson vem comigo nesse beco, enquanto Jéssica e Mateus vão para o outro lado.”

Os outros: “Certo!”

E eles se separam.

Aline e Jefferson entraram no beco.

Aline: “Jeff, cubra minha retaguarda. Os licantropos podem atacar por todos os lados.”

Jefferson: “Falou.”

Aline: “Jéssica, Mateus, viram algo por aí?”

Jéssica: “Nada ainda.”

Aline: “Está tudo calmo, muito calmo...”

De repente, ouviram passos e grunhidos.

Aline: “São eles...”

E diante deles, surgiram três criaturas meio lobos, meio homens. Eram os licantropos.

Jefferson: “Para trás, Aline! Vou lançar uma bola de luz.”

Aline: “Já!”

E Jefferson lançou a bola de luz nos licantropos, mas não surtiu efeito.

Jefferson: “Impossível!”

E os licantropos continuavam a avançar.

Aline: “Vou tentar retardá-los com meu chute.”

E ela deu seu super-chute em um dos licantropos, mas a criatura segurou o pé dela.

Aline: “Jefferson, me ajuda!”

Jefferson: “A caminho!”

E ele lançou outra bola de luz no licantropo e isso fez com que soltasse o pé de Aline.

Jefferson: “E agora?”

Aline: “A única alternativa seria as BataBazookas, mas precisamos dos outros aqui. Mateus, Jéssica, encontramos os licantropos. Precisamos de ajuda.”

Jéssica: “Hã, amiga... Nós também achamos os lobinhos e eles são muito fortes!”

Aline: “Droga! Vamos nos reunir de novo.”

Os outros: “Falou!”

E eles se reuniram, mas foram seguidos pelos licantropos. Eram sete, no total.

Aline: “Beleza, pessoal. Já que estamos reunidos, vamos usar nossas BataBazookas.”

Os quatro atiraram as BataBazookas nas criaturas, mas nada adiantou.

Aline: “Que droga! Esses bichos são muito fortes, realmente.”

Mateus: “Agora, eu entendo a DT.”

Jéssica: “Não é hora para isso, Mateus.”

Jefferson: “E agora, Aline?”

Aline: “Vamos voltar à base. Lá, a gente traça uma estratégia.”

Os outros: “Certo!”

Jefferson soltou uma bola de luz e eles desapareceram da vista dos licantropos.

 

BataBase – Sala do comandante

 

Os Batarangers estavam ainda com suas BataFardas, mas sem os capacetes.

Aline: “Desculpe-nos, comandante. Nós falhamos. Prometemos ter sucesso na próxima vez.”

Cmte. Lopes: “Isso acontece, Hashimoto. Esses licantropos são muito fortes, pelo visto. Contudo, a noite ainda não terminou.”

Angélica: “Eu posso aumentar a potência das BataBazookas. Porém, ainda não será letal. É só para imobilizar.”

Aline: “Entendi, doutora.”

Jefferson: “Onde estão Cris e Tarso? Ainda estão na missão deles?”

Angélica: “Pelo visto, sim. Ainda não estabeleceram contato. Vou ver pelo rastreador GPS.”

Ela olhou seu inseparável tablet e disse:

“Estranho... O sinal deles sumiu aqui. Tem algo errado.”

Aline: “Como assim, doutora?”

Angélica: “Há alguns minutos, eles estavam com o sinal localizado no prédio da Ômega, mas agora, desapareceu.”

Jéssica: “Caramba! Só espero que tudo esteja bem com eles.”

Os outros concordaram com a cabeça.

 

Sede da Corporação Ômega

 

Enquanto os outros Batarangers enfrentavam os licantropos, Cris e Tarso estavam no prédio da sede da Ômega. Eles conseguiram entrar, mas não sabiam o que fazer depois.

Tarso: “E aí, o que a gente faz agora?”

Cris: “Sei lá.”

Tarso: “Vamos ver o mapa do prédio.”

Eles foram até o mapa holográfico localizado no saguão do prédio. Para a sorte deles, o saguão estava vazio.

Tarso: “Hum... Acho que a gente poderia ir a Setor de Biotecnologia. Talvez tenham respostas por lá. É no décimo-quarto andar. O prédio tem quinze andares.”

Cris: “Vamos lá, então. Não temos nada a perder.”

Eles pegaram o elevador e foram subindo até o andar do Setor de Biotecnologia. Chegando lá, havia uma porta trancada, com um leitor eletrônico.

Tarso examinou o leitor e disse:

“É um leitor de retina. Pena não ter ninguém por perto para ajudar a gente.”

Cris: “Espera! Ouvi passos.”

Os passos eram de um soldado Ômega fazendo a ronda no corredor. Cris e Tarso rapidamente se esconderam, para não serem vistos.

Tarso: “Cris, agora, sou eu que tenho um plano. Escuta aqui.”

Ele cochichou algo no ouvido de Cris e este concordou.

O soldado estava ainda na sua ronda, quando sentiu um mal súbito e desmaiou. Cris se aproximou do soldado caído e disse:

“Tarso, consegui tocar nele.”

Tarso: “Beleza. Consegue assumir a identidade dele?”

Cris: “Vou ver”.

Cris colocou seu olho esquerdo no leitor e no visor do leitor apareceu “Acesso autorizado”. A porta destrancou-se.

Cris e Tarso se entreolharam e foram entrando. O Setor de Biotecnologia estava deserto e escuro. Os dois ligaram suas lanternas. Eles estavam no saguão.

Tarso: “Olha, Cris. Vamos para a Sala de Arquivos. Deve ter algo de importante lá.”

Cris: “Falou.”

Eles chegaram na Sala de Arquivos e lá, tinha um mar de prateleiras.

Cris: “Vamos procurar por ‘Arakinus’”.

Eles foram para a prateleira com a letra A e procuram por Arakinus.

Cris: “Tarso, achei. É uma pasta com vários papéis.”

Eles abriram a pasta e de fato, haviam várias folhas de papel dentro.

Tarso: “E agora? É muito papel.”

Cris: “Hum... Vamos ver esse caderno aqui.”

Ele tirou um caderno de capa dura e nela, estava um timbre da Ômega e estava escrito assim: “Diário do Dr. Flávio Rodrigues – Responsável pelos testes do medicamento Arakinus”.

Cris: “Hum, parece interessante. Vamos ver.”

Eles abriram o diário e leram uma página que estava escrito assim:

“Rio de Janeiro, 13 de outubro de 2029

Resumo do teste n°. 120 do medicamento Arakinus

Mais um teste malsucedido. O medicamento ainda não reduz o efeito mutagênico, contudo, a chefia diz para a imprensa e para comunidade científica que o medicamento funciona e é seguro. Infelizmente, eu sou apenas mais um nesta empresa gigante e não tenho a menor influência para dizer que o remédio não funciona, mas é vendido como a ‘cura dos problemas causados nas mães das crianças geneticamente modificadas’. Se não fosse para manter meu emprego, que sustenta minha família, eu me demitiria e colocaria a boca no trombone...”

Cris: “O resto só tem fórmulas que a gente não entende. Porém, isso é muito revelador. De fato, o Arakinus não funciona, mas a Ômega deu um ‘jeitinho’ de que fosse aprovado e comercializado. Desgraçados! Estão matando minha mãe!”

Tarso: “Fala baixo, Cris! É revoltante isso, mas temos que ser cautelosos por aqui.”

Cris: “Bem, já descobrimos uma prova sobre o Arakinus e a Ômega!”

Tarso: “Eh, Cris... Juridicamente, isso não é prova, é indício, que são coisas diferentes. Temos apenas um indício. Para ter provas, precisa de uma longa investigação e isso envolve a ANVISA, PF, PROCON, Ministério Público e os cambau.”

Cris: “Eita... Não importa. Quando a gente sair daqui, vou colocar a Ômega na Justiça, pelo o que fizeram com a minha mãe.”

Tarso: “Isso aí!”

Cris: “Vamos guardar essa pasta e vamos sair daqui.”

Tarso: “Calma. Vou digitalizar a página do diário.”

Ele apontou seu celular para a página do diário do Dr. Flávio Rodrigues e digitalizou a página.

Cris: “Que fim levou esse Dr. Flávio? Espero que não tenha acontecido nada com ele...”

Os dois colocaram a pasta no lugar e saíram da Sala de Arquivos. Quando chegaram na porta do Setor de Biotecnologia, a porta estava trancada.

Cris: “Droga!”

De repente, eles ouviram um chiado e sentiram um cheiro estranho. Eles começaram a tossir.

Tarso: “É gás! Cubra os olhos, nariz e boca!”

Cris: “Ok!”

Mesmo cobrindo olhos, boca e nariz, os rapazes acabaram perdendo os sentidos...

 

CONTINUA...

 

No próximo capítulo:

Cris e Tarso estão em uma armadilha, enquanto os outros Batarangers pensam em uma forma de derrotar os licantropos.

8 Comentários

  1. O complicado de fazer duas histórias em paralelo é fazer as ações ocorrerem de forma corrida... As duas missões aqui deu essa impressão, na cena dos lobos, para mim, faltou um pouco de descrição de como os heróis enfrentaram e fugiram dos Licantropos e na missão da Ômega, achei meio estranho o lance do Cris, como você descreveu "Eu toquei no motorista, acelerei o caminhão e saltei antes de bater na guarita." O poder do Cris é como o da Vampira? Ele toca em alguém, absorve as habilidades e a pessoa tocada desmaia? Nesse seu trecho eu acho que faltou ele dizer que fez o motorista desmaiar, o tirou do caminhão e aí usou o veículo como descrição... Aliás, que sacanagem com o caminhoneiro heim? hehehehe...
    E infelizmente a Aline, agora mesmo muito diferente daquela do primeiro capítulo, não conseguiu liderar a equipe... Uma pena...
    Vamos ver como essas duas missões se desenrolarão no próximo capítulo.

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    1. Sim, o poder de Cris é tipo o da Vampira. Cara, acho que vou ter que fazer um spin-off de tanta coisa que eu esqueço de descrever, hahaha... Abraço.

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  2. Grande Israel !

    A história segue bem movimentada e interessante, com os Batarangers divididos em duas missões pra lá de complicadas.

    Tanto o Cris e o Tarso na sede da Ômega, quanto os demais Batarangers,liderados pela Aline contra os licantropos.

    Dois ganchos interessantes.


    Vejamos como a equipe sairá nessa missão dupla.

    Parabéns!

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  3. Vamos lá então, mais um episódio lido e comentado e como sempre, eu tenho considerações à fazer:

    Acho que foi bem legal esse formato, mandaram uma parte do grupo pra um lado, outra parte pra outra, mas parece que como força policial, a coisa ainda não tá bem situada... Digo, o Cris, usou um inocente, pra bater com o caminhão no local e assim causar distração... Como fica o cara do caminhão? E o prejuízo? E o motorista, se machucou? Nada foi dito, o Cris age sem responsabilidade, e ele é lider de um grupo policial... Não deveria haver mais menção sobre isso, ou ele ser responsabilizado e talvez afastado pelos atos? O colega foi rechaçado pelo comandante por falar mal da outra unidade, mas o Cris usou um caminhão pra bater e detonar coisas e, tá tudo legal? O_O Enfim, seguimos com o grupo indo atrás de licantropos, e esse fato não é desse episódio, a equipe está indo à campo sem nenhuma informação ou proteção... Eles foram considerando que lobisomens era coisa pouca e tiveram de correr de volta porque não tinham a mínima ideia do poder que iam enfrentar lá... Em alguma parte, seja no comando, na doutora ou mesmo na equipe, tá faltando investigação antes de dar a cara a tapa, parece que eles vão cegos para o lugar sem nenhum preparativo, isso não é compatível com uma força especial, eu creio... O episódio, a ideia do episódio é boa, inclusive corrigisse a questão da mãe do Cris, era o mínimo que a FEB tinha de fazer por ele, mas como líder, ele faz as coisas mais improváveis como se lamber diante dos outros, e nada acontece a ele por isso, enquanto que o grupo em si, parece levar a coisa como uma brincadeira, quando a vida deles e de outros está em jogo... Você me pediu pra voltar a comentar, eu quero comentar, mas é necessário, se queres fazer uma história que seja show como a ideia que tu preparou (criminoso que vira lider, salva a mãe e ajuda a sociedade que o rejeitou mostrando o quanto eles estavam errados em suas ações) é necessário cuidar esses detalhes, senão fica cheio de buracos pra caras xaropes como eu fazer essas perguntas kkkk! Grande abraço e parabéns por estar postando, como disse antes, muitos nem postam, tu o está fazendo, então tem meu reconhecimento!

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    1. Obrigado. Pode fazer comentários "xaropes" à vontade, porque assim eu aprendo a desenvolver melhor a história. Abraço.

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  4. Aqui vemos que a Aline, de fato, parece não ter condições de liderar a equipe. É uma pena pois mulheres em geral são muito mais organizadas, metódicas e mais corajosas que muitos homens.

    Por outro lado, cada vez mais, o Cris assume a ponta do combate. Mas, eu o acho um completo inconsequente. Coloca até inocentes em risco. Mas, a verdade é que quem é do RJ sabe que isso é algo bem condizente com a realidade que vivemos em termos policiais.

    Acho que faltam detalhes no desenrolar dos acontecimentos para que ela faça mais nexo. Eu fiquei sem entender se de fato o motorista ficou bem... o que ele sentiu...suas emoções... Enfim.

    Mas, parabéns por estar postando sua obra! É muito bom ter gente produzindo e disposta a aprender e crescer.

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    1. Mais um que se preocupa com o motorista, hehehe... No mais, a ideia foi essa: mostrar que a equipe com Aline de líder não foi bem e que Cris realmente foi inconsequente. Obrigado pelo feedback.

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