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Força Especial Bataranger 2 - Capítulo 11 - Que tem a cor da rosa

 


No capítulo anterior:

Jefferson e Mateus são atacados pelos Irmãos Cobra, mas eles conseguem vencê-los. Logo em seguida, eles encontram Sabrina.



Capítulo #11 – Que tem a cor da rosa



Antes de saber o que aconteceu com cada Bataranger na Ilha das Rosas, vamos ver o que está acontecendo no continente...


Centro do Rio de Janeiro


Por volta das onze horas da noite, depois de um dia agitado por causa do desaparecimento dos Batarangers, Angélica foi literalmente voando ao seu apartamento, onde morava sozinha. 

Chegando na recepção do prédio, o recepcionista disse a ela:

“Boa noite, Dona Angélica. Sua tia está esperando a senhora no seu apartamento. Pelo visto, deve ser urgente, porque ela disse que queria falar com a senhora hoje e que iria sair da cidade nesta madrugada. Ela está esperando faz uma meia hora.”

Angélica pensou: “Minha tia aqui? Impossível, porque eu não tenho nenhuma tia que mora por aqui no Centro. Deve ser uma armadilha.”

Voltando-se para o recepcionista, ela disse, sorrindo:

“Ah, é verdade. Nossa, é tanto trabalho que nem me lembrava que minha tia viria hoje. Muito obrigada.”

Recepcionista: “De nada.”

Angélica foi ao elevador, desconfiada. Quem estaria se passando por sua tia?

Chegando ao apartamento, ela abriu a porta devagar e sacou sua BataPistola, cujo coldre ficava do lado interno de sua coxa esquerda.  Quando entrou no apartamento, não viu ninguém, mas ela manteve a pistola apontada. 

De repente, ela ouviu uma voz por trás dela:

“Abaixe a arma, Gomes. Eu só vim conversar.”

Angélica não podia acreditar na voz que acabara de ouvir. Era de alguém que deveria estar a cerca de mil quilômetros dali...

Ela virou-se e viu Rosicler Araki em seu apartamento. 

Angélica: “Então é você, ‘tia’? Sabe, doutora, acho que a senhora poderia inventar uma história melhor para invadir meu apartamento.”

Araki deu uma gargalhada e disse:

“Confesso que imaginação não é meu forte. Aliás, você poderia ir para um apartamento melhor, com o salário que ganha na F.E.B., hein, Gomes?”

Angélica: “Humpf, eu gosto daqui. É próximo da base e o aluguel não é tão caro quanto os outros apartamentos.”

Araki: “Que bom. Pelo menos, você não mudou de endereço para que tenhamos esta conversa. Já disse para abaixar a arma!”

De fato, Angélica ainda estava com a arma apontada para Araki. 

Angélica: “Não vou abaixar, até que você saia daqui, Araki. Não confio em mais nada do que diz.”

Araki: “Acho justo, mas garanto que estou sozinha e desarmada. Aliás, eu não menti que era urgente falar com você, porque tenho outro compromisso ainda nesta noite.”

Angélica: “Fale logo o que quer, Araki. Qualquer passo em falso, eu atiro!”

Araki: “Ei, ei, ei. O que deu em você, Gomes? Onde está aquela moça pacífica que conheci há muitos anos?”

Angélica: “Aquela moça ficou para trás, depois que minha ex-chefe me sequestrou e me acorrentou com uma bomba-relógio (*). Estou falando sério, Araki. Não me obrigue a fazer algo estúpido com você.”

Araki: “Tudo bem, Gomes. Eu sei que está irritada comigo, mas eu vim em paz. Só quis visitar minha substituta, depois que ganhei a liberdade.”

Angélica: “Sei... Você disse a mesma coisa no dia da invasão dos soldados Ômega à BataBase (**). O que me garante que você não esteja fazendo o mesmo?”

Araki: “A garantia é a minha palavra. Como disse, só vim fazer-lhe uma rápida visita. Se eu quisesse fazer-lhe algo com você, eu já teria feito, não acha? Abaixe a arma, Gomes, por gentileza.”

Angélica abaixou sua pistola e a colocou de volta no coldre.

Araki: “Bem melhor. Podemos conversar agora?”

Angélica: “Humpf, podemos, mas vou ficar de olho em você.”

Araki: “Tá certo. Bem, como disse, vim fazer-lhe uma visita, depois que ganhei a liberdade daquele fim de mundo que Lopes me mandou, no Paraná.”

Angélica: “Como foi que saiu de Catanduvas?”

Araki: “Fui solta pela Justiça Federal do Paraná, graças aos advogados de Pedro Lahm e vou poder responder as acusações contra mim em liberdade. Cheguei hoje ao Rio.”

Angélica: “Saiba que você está encrencada, Araki. Quanto mais nós reunirmos provas de seus crimes, mais você ficará mais perto de voltar à Catanduvas.”

Araki: “Até o julgamento, a F.E.B. já estará acabada, eu garanto. Suas provas não valerão de nada.”

Angélica: “Pois bem, aí vem a pergunta mais importante: onde estão os Batarangers? Eu sei que eles estão vivos, mas onde estão?”

Araki: “Sobre isso, não vou dizer. Vão ter que descobrir sozinhos”

Angélica: “Você fez com que nós não localizemos os HMs capturados, não foi?”

Araki: “Não fui eu, foi Lahm, apesar da ideia ser minha. Eu nem sabia que você tinha tirado o Localizador Genético do papel, eu juro. Lahm conseguiu com que vocês não localizassem determinadas pessoas, como Sabrina Reis.”

Angélica: “Por que fizeram isso, capturando até uma criança?”

Araki: “A tal criança era vizinha de Monteiro. Fizemos um levantamento dos HMs daqui do Rio e capturamos alguns, apenas para parecer que não havia um padrão, como se fossem casos isolados. Nosso alvo sempre foi Sabrina, na verdade, nossa meta era capturá-la para atrair os Batarangers. Pois bem, eles foram para jogo e nós conseguimos capturá-los.”

De repente, Angélica sacou novamente sua pistola e apontou para Araki.

Angélica: “Desgraçada! Vai falar agora onde estão os Batarangers, Sabrina e os outros HMs! Fale, agora!”

Araki: “Ou o quê? Vai atirar em mim? Angélica, você não é assassina. Matar-me não trazer-os-á de volta.”

Angélica hesitou por um momento, mas abaixou a arma e a guardou no coldre novamente. 

Angélica: “Humpf, não vou atirar em você, mas não pense que vai se safar dessa, Araki. Vamos descobrir o que está tramando e você voltará à cadeia e dessa vez, para sempre.”

Araki: “’Para sempre’ não dá, porque não existe prisão perpétua no Brasil, mas entendi sua hipérbole. Como eu disse, vocês terão que descobrir seus comandados por si só, já que eu não vou dar nenhuma pista sobre o paradeiro deles.”

Ela olhou para o relógio e disse:

“Bem, o papo está bom, mas já deu minha hora. Gomes, nossa conversa foi... complicada, mas pelo menos, nós duas estamos vivas, por enquanto.”

Angélica: “Vá embora e nunca mais pise neste apartamento!”

Araki: “Tudo bem, tudo bem! Eu já estou indo, minha querida. Sabe, Gomes, eu sinceramente tenho uma admiração por você. Pena que escolheu ficar do lado da utopia sobre ‘manter a ordem’ de Roberto Lopes.”

Angélica: “Vá embora! Agora!”

Araki: “Já vou, já vou. Adeus, Angélica. Te vejo em outra vida.”

Ela se retirou do apartamento.

Angélica, tomada pela raiva, arremessou um vaso contra a parede. Em seguida, derramou-se em lágrimas, escondendo seu rosto em uma almofada. Ela nunca sentiu tamanha raiva como naquele momento, muito menos por alguém. Aquela mulher que um dia foi sua mentora era uma farsa. Rosicler Araki, para ela, era o que havia de pior em um ser humano. Na verdade, Angélica nem mais considerava Araki como humana, mas como um monstro...

Já mais calma, Angélica juntou os cacos do vaso quebrado e jogou-os no lixo. Ela lamentava que tinha perdido a cabeça em um momento onde deveria ter a mente fria. Contudo, o desaparecimento dos Batarangers a deixava fora de seu normal, porque eles eram como uma família para ela. Jamais perdoaria Araki se algo acontecesse a eles...

Angélica tomou banho e foi se deitar. Com todas essas preocupações na mente, dificilmente ela conseguiria dormir, o que de fato ocorreu. Ela não conseguia pregar os olhos e rolava de um lado para o outro na cama.



Copacabana – Av. Atlântica



Por volta de meia-noite, em seu apartamento de luxo de frente para a Praia de Copacabana, Pedro Lahm aguardava Araki, sua amiga de longa data que virou “parceira no crime”, na sala de estar. Esse três meses de “exílio” foram cansativos e custosos para ele, tudo para pôr em prática o “Plano D” de Araki contra os Batarangers. Apesar de enfrentar Cris nos tribunais, por causa do processo contra a Ômega, ele não tinha nada contra os Batarangers, mas para ele, o inimigo de Araki era também seu inimigo.

Lahm ouviu batidas na porta da sala. Rapidamente, ele colocou a máscara do Mestre Ômega e gritou, com a voz distorcida:

“Entre!”

Zaira, a soldado Ômega aprimorada, vestindo um terno elegante, entrou na sala e disse ao chefe:

“Mestre, a Dra. Araki já chegou. Posso mandá-la entrar?”

Lahm: “Sim, minha cara. Mande-a entrar.”

Zaira: “Sim, senhor.”

Ela retirou-se da sala e voltou acompanhada de Araki.

Lahm: “Obrigado, Zaira. Se eu precisar, eu irei chamá-la.”

Zaira: “Sim, senhor. De nada, senhor.”

Ela retirou-se da sala novamente.

Lahm ficou a sós com sua amiga. Ele tirou a máscara e cumprimentou-a: 

“Minha querida Rosi, como é bom encontrá-la em um lugar que não seja naquele fim de mundo. Como está sentido a liberdade?”

Araki respondeu, sorrindo:

“É estranho no começo, mas você acaba se acostumando com o tempo.”

Lahm foi até ao pequeno bar e perguntou:

“Quer beber algo?”

Araki: “Não, obrigada. Minha religião não permite consumir bebida alcóolica.”

Lahm: “Ah, é verdade. Esqueci que você é muçulmana. Quer um copo d’água, pelo menos?”

Araki: “Ah, eu aceito.”

Lahm deu a ela um copo d’água com gelo, enquanto ele bebia whisky, também com gelo.

Lahm: “E então, como foi o encontro com a nossa dileta doutora alada?”

Araki: “Foi produtivo, porque percebi que ela está com os nervos à flor da pele. Ela me ameaçou com uma pistola por duas vezes.”

Lahm: “Você se arriscou muito, Rosi. Poderia estar morta agora. Ou será que era isso que queria, que Angélica Gomes fosse presa pelo seu assassinato?”

Araki: “Claro que não, Pedro. Angélica não atrever-se-ia em matar-me. Disse isso na cara dela.”

Lahm: “Não disse onde os Batarangers estão, disse?”

Araki: “Claro que não, Pedro. Não sou descuidada como você, que gosta de ‘preservar sua imagem’.”

Lahm: “Já pedi desculpas por me revelar a Ribeiro. Bem, voltando ao assunto, foi genial de sua parte mandar os Batarangers para a ilha particular de sua família.”

Araki: “Sim, aquela ilha chama-se Ilha das Rosas, porque meu avô materno, que tinha muitas posses, como a ilha, homenageou minha avó, que se chamava Rosa. Inclusive, todas as mulheres da minha família por parte de mãe tem o nome derivado de rosa. Por isso me chamo Rosicler, que significa ‘que tem a cor da rosa’.” 

Lahm: “Interessante saber sobre seu nome, o que faz muito sentido sobre o nome da ilha. Bem, a ilha é completamente isolada, fora a comunicação cortada. Os Batarangers não têm a menor chance de escapar.”

Araki: “Sabe, aquela ideia dos robôs nunca me passou pela cabeça, tanto que nem estava no cofre. Aí foi mérito seu, Pedro.”

Lahm: “Obrigado. Os Batarangers os chamaram de ‘Omegatrons’. Até que gostei do nome...”

Araki: “Falando nos Batarangers, como estão agora?”

Lahm pegou um tablet, tocou na tela e disse:

“Bem, ainda estão vivos e espalhados pela ilha.”

Araki: “Estão vivos, por enquanto...”

Lahm percebeu um brilho estranho nos olhos de Araki.

Lahm: “Ainda não entendo este seu ódio aos Batarangers, mas seu inimigo é o meu inimigo.”

Araki: “Não é ódio, é que eu os quero fora do meu caminho. Neste momento, eles estão fora. Finalmente, o caos está próximo e a F.E.B. não fará nada para impedir!”

Lahm: “Certo, mas como será esse caos? Soltar os presos novamente? Na última vez, não funcionou. A F.E.B. venceu e você acabou presa.”

Araki: “Por enquanto, vou guardar para mim. O que posso adiantar é que será a fase 2 do ‘Plano D’.”

Lahm: “Fase 2? Isso não estava no cofre.”

Araki: “Como disse, a fase 2 está guardada apenas para mim. No momento oportuno, eu falo para você. O que importa agora são os Batarangers fora de ação.”

Lahm: “E o que faremos com o comando da F.E.B? Com certeza, Lopes deve está mobilizando as Forças Armadas, na busca dos Batarangers.”

Araki: “Não se preocupe com isso. As Forças Armadas só perderão tempo procurando a ilha, porque não a acharão. Sobre o comando da F.E.B., mande os soldados Ômega para distraí-lo. Pedro, o jogo está totalmente favorável para nós. O plano está seguindo tudo nos conformes. Só falta a fase 2 para o plano ter sucesso absoluto.”

Lahm: “Hum, estou curioso para saber dessa fase 2. Contudo, tenho paciência. Admiro seu otimismo, Rosi.”

Ele ergueu seu copo de whisky e bradou:

“Um brinde ao nosso sucesso e ao fim dos Batarangers!”

Araki ergueu seu copo d’água e o chocou com o copo de Lahm.



BataBase – Entrada



Na manhã seguinte, por volta das sete horas da manhã, Angélica chegou na entrada da BataBase, em mais um dia de trabalho. Ela não conseguiu dormir, por conta da preocupação com os Batarangers, além da dúvida de contar ao comandante da visita de Araki, na noite passada.

Ao se aproximar do portão de entrada, de repente, ela ouviu uma voz feminina por trás dela:

“Dra. Angélica Gomes?”

Angélica virou-se e viu uma jovem branca de olhos azuis com um longo cabelo preto, sentada em uma mureta da entrada.

Angélica respondeu:

“Sim, sou eu. Quem é você?”

A jovem respondeu:

“Meu nome é Simone, Simone Reis. Minha irmã mais nova desapareceu e pedi a um de seus homens, que é meu vizinho, para procurá-la e até agora não tive notícias. Como hoje não estou de serviço, vim até aqui para falar com a senhora ou com o comandante, para ver se há alguma notícia.”

Angélica tentava ligar o nome à pessoa, até que se lembrou.

Angélica: “Ah, sim! Então, você é a irmã de Sabrina Reis, a menina da cura. Infelizmente, Simone, nós também não temos notícias dela, como também não temos notícias dos Batarangers.”

Simone: “Hein? Como assim? Os Batarangers também desapareceram?”

Angélica: “Infelizmente, sim. Porém, tudo indica que eles estejam vivos, mas estão desaparecidos e incomunicáveis.”

Simone: “Ah, por isso que Tarso não deu sinal de vida, depois que ele e o primo estiveram lá no hospital...”

Angélica: “Sinto muito não poder ajudá-la, Simone. Tenha um bom dia.”

Ela voltou a se encaminhar para o portão de entrada, mas Simone a deteve pelo braço, dizendo:

“Espere, doutora. Não quero sair daqui sem saber da minha irmã e dos Batarangers. Eu... eu não consigo dormir, pensando nisso.”

Angélica: “Acha que não estou preocupada? Eu também não consegui dormir. Agora, me dê licença, porque tenho que bater ponto.”

Porém, Simone não largava o braço de Angélica. A cientista pôde observar o semblante de desespero da irmã de Sabrina. Pensou: “A irmã deve significar muito para ela, para chegar ao ponto de me esperar e me segurar dessa forma. Não posso bancar a durona em um momento como esse.”

Angélica: “Hã, Simone... Não quer entrar? Quero que veja de perto nossos esforços para encontrar sua irmã e os Batarangers.”

Simone: “Sério, doutora? Eu... eu não quero incomodá-la. Desculpe se eu estou sendo inconveniente.”

Angélica: “Não esquenta. Eu vejo em seu rosto seu desespero. Você parece ser do bem. Por isso que estou lhe convidando para entrar na base, a não ser que tenha um dispositivo para danificar o sistema de segurança por pulso eletromagnético e esteja acompanhada de soldados fortemente armados.”

Simone: “Hein?”

Angélica: “Esqueça. Longa história. Vamos entrando.”

Elas foram entrando na base e Simone teve que passar por rigorosa revista, já que era convidada. A jovem ficou incomodada com a revista e Angélica explicou, sem dar muitos detalhes, que a revista ficou mais rigorosa, por conta de um “certo episódio” que causou uma falha na segurança (***)...



Divisão de Ciência & Tecnologia



Chegando à DCT, Simone ficou impressionada com a estrutura do local. 

Simone: “Uau! Esse lugar parece uma nave espacial que a gente vê nos filmes! Nunca vi coisa igual!”

Angélica: “Pois é, esta divisão é o meu orgulho. Não é fácil manter o padrão de excelência.”

Simone: “Incrível!”

De repente, o Comandante Lopes e o Inspetor Meirelles adentraram na DCT. Angélica e seus assistentes prestaram continência.

Comte. Lopes: “Bom dia, doutora. Bom dia a todos. Meirelles e eu viemos aqui como combinamos, para tentar trazer uma luz sobre o paradeiro dos Batarangers...”

Ele parou e reparou na presença de Simone. Angélica adiantou-se para explicar:

“Ah, comandante e inspetor, essa é Simone Reis, irmã mais velha de Sabrina Reis, a menina desaparecida. Trouxe-a aqui, para que ela veja nossos esforços.”

O comandante apertou a mão de Simone e disse:

“Muito prazer, Srta. Reis. Como a doutora disse, estamos fazendo o possível para encontra sua irmã e os Batarangers.”

Simone: “O prazer é todo meu, comandante.”

O inspetor também a cumprimentou e disse:

“Senhorita, como chefe da Divisão de Investigação, posso garantir-lhe que conseguiremos encontrá-los. Nós enxergamos, na verdade, minha equipe enxergou, um padrão nos desaparecimentos de outros HMs e sua irmã estava inclusa neste padrão.”

Simone: “Quer dizer que Sabrina não foi a única HM que desapareceu misteriosamente?”

Inspetor Meirelles: “Não e sabemos que ela e os outros foram sequestrados.”

Ao ouvir isto, Simone sentiu-se mal e desmaiou. Rapidamente, Angélica foi à copa pegar um copo d’água, enquanto os dois homens seguravam a jovem.

Comte. Lopes: “Meirelles, você poderia ser mais delicado com suas palavras. A moça deve estar com os nervos à flor da pele.”

Inspetor Meirelles: “Perdoe-me, Lopes. Eu esqueci que aqui está alguém que não é uma de nós.”

Angélica voltou com o copo d’água e deu para Simone beber. A jovem acordou e imediatamente levantou-se.

Simone: “Oh, estou melhor agora. Nossa, que vexame, meu Deus! Me desculpem por desmaiar. É que... foi um choque para mim saber que Sabrina foi sequestrada.”

Inspetor Meirelles: “Não precisa se desculpar, senhorita. A culpa foi minha, que não fui delicado com minhas palavras. Prometo que não vai mais acontecer.”

Simone: “Que isso, inspetor?! Está desculpado.”

Ela deu um sorriso tão meigo que fez com que o frio chefe da DI ficasse sensibilizado com a situação dela.

Inspetor Meirelles: “Senhorita, permita-me dizer, mas a senhorita transmite uma pureza como de uma criança, ao mesmo tempo que transmite uma determinação de uma mãe que faz tudo pelos filhos. Eu sei disso, porque minha esposa é desse jeito.”

Simone: “Nossa, obrigada. É que... eu sou como uma mãe para Sabrina, já que ficamos órfãs desde quando ela tinha dois anos. Nossos pais se foram, vítimas de acidente de carro.”

Inspetor Meirelles: “Meus sentimentos. Agora, a senhorita pode nos dizer se viu alguma luz forte no dia do desaparecimento de Sabrina?”

Simone: “Não. O que tem a ver essa luz forte, com todo o respeito?”

Inspetor Meirelles: “É que nós descobrimos que, antes dos HMs desaparecerem, a sequestradora lançava uma granada de luz e a vítima, além das testemunhas, ficavam sem enxergar. Achei que pudesse ter visto.”

Simone: “Pois eu não vi nada e nem a amiga da Sabrina. Eu posso garantir, porque falei com ela no dia.”

Depois de um momento de silêncio, o comandante disse:

“Bem, a conversa está boa, mas vamos ao trabalho. Dra. Gomes e Meirelles, vou para minha sala. Qualquer resultado, comuniquem-me imediatamente.”

Angélica e Inspetor Meirelles: “Certo!”

 Voltando-se para Simone, o comandante disse:

“Srta. Reis, não se preocupe. Encontraremos sua irmã, custe o que custar.”

Simone: “Oh, eu creio nisso. Obrigado pela consideração, comandante.”

Comte. Lopes: “Não há de quê. Com licença.”

Ele se retirou da DCT.

Inspetor Meirelles aproximou-se de Simone e disse:

“Senhorita, faço minhas as palavras do comandante. Confie em nós.”

Simone: “Eu confio, inspetor.”

Inspetor Meirelles: “Ótimo. Doutora, vou para minha divisão. Qualquer coisa, é só falar.”

Angélica: “Sim, inspetor.”

Ele também se retirou da DCT.

Simone comentou com Angélica:

“Seus colegas são gente boa. Não que eu desconfiasse deles, mas me surpreendeu positivamente.”

Angélica: “Bem, o comandante sempre foi gentil, já o inspetor tem fama de antipático.”

Simone: “Sério? Eu não o achei antipático.”

Angélica: “Talvez você tenha quebrado o gelo dele, por lembrar a esposa. Eu a conheci e é realmente o oposto dele. Ela é meiga e simpática, assim como você.”

Simone disse, sorrindo:

“Obrigado, doutora. A senhora também é muito gentil.”

Angélica: “Eu que agradeço. Os últimos dias não estão sendo fáceis para mim, por causa desses desaparecimentos. Se pelo menos a gente tivesse um sinal...”

De repente, o tablet de Angélica apitou e ela tocou na tela. Ela ficou tão agitada com o que viu, que quase teve um desmaio ali.

Simone: “Doutora, está tudo bem? O que houve?”

Angélica respondeu, ainda muito agitada:

“É o sinal, Simone. É o sinal!”



CONTINUA...



(*) Ler Força Especial Bataranger, capítulos 16, 17 e 19.

(**) (***) Ler Força Especial Bataranger, capítulo 16.



No próximo capítulo:


Cris e Tarso fazem descobertas sobre a Ilha das Rosas.

4 Comentários


  1. Um episódio muito bem costurado em uma linguagem limpa e clara.

    Rosicler se mostra uma psicopata de força maior, embora devo admitir que o plano dela , desta vez está muito bem bolado, não deixando brecha.

    Angélica mostra o quanto tem empatia e se solidariza com o sofrimento de Simone, irmã de Sabrina.
    No final, um grande gancho.

    Veremos se os Batarangers serão resgatados.

    Parabéns!

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  2. Bom capítulo em que vale ressaltar a relação de Angélica e Simone. O afeto e preocupação de Angélica tem por conta da luta de Simone é tocante até em função pelo elo com Sabrina.

    Fiquei bastante curioso pelo apito final. O que será que vem pela frente?

    Parabéns.

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    1. A interação de Angélica com Simone é como se fosse o encontro de dois mundos completamente diferentes, mas que convergem em um mesmo sentimento de preocupação com seus entes queridos. Só digo que vai demorar um pouco até voltarmos a este ponto da história, porque ainda temos que ver o que acontece com os Batarangers na ilha. Obrigado pelo feedback de sempre.

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