No capítulo anterior:
Cris e Tarso entram em uma cabana inabitada onde descobrem informações importantes sobre a Ilha das Rosas. Contudo, eles são atacados por licantropos e são salvos por Jefferson.
Capítulo #13 – Lembranças de um sequestro
Ilha das Rosas
Cris, Jefferson, Mateus, Tarso e Sabrina entraram na cabana. Os primos viraram “guias turísticos” da cabana para os outros, mostrando os cômodos, inclusive mostrando o mapa da ilha e o quadro do avô de Araki.
Jefferson: “Hum, então, estamos em uma ilha da família de Araki. Quem poderia imaginar que aquela desgraçada pudesse ter família...”
Mateus: “Pois é. Até os maus têm família...”
Cris pigarreou e disse:
“Bem, Tarso e eu vimos no mapa que há uma estação de rádio perto aqui. A gente estava pensando em ir para lá assim que amanhecer. Pode ser a nossa chance de nos comunicar com a base.”
Jefferson: “Verdade. Só que tem uma coisa: será que as garotas estão aqui na ilha?”
Tarso: “Espero que estejam. A ilha é curta e não deve ser difícil achá-las, se estiverem mesmo aqui.”
Sabrina: “É, mas lá fora está escuro. E ainda tem os lobos maus.”
Cris: “E os Omegatrons.”
Sabrina: “Omegatrons? O que é isso?”
Então, Cris contou sobre o confronto dele e Tarso com os robôs da Ômega.
Sabrina: “Ah, são aqueles robôs de olhos vermelhos. Eles são assustadores!”
Cris: “Nem fala... Além disso, os bichos são muito fortes.”
Jefferson: “Bem, escuridão não é problema para mim. Além dos lobos e dos Omegatrons, tem os Irmãos Cobra.”
Cris: “Irmãos Cobra?”
Mateus: “Ih, é uma longa história... Jeff e eu quase fomos dessa para uma melhor, por causa desses irmãos. Se não fosse a gente usar o paralisador elétrico e a Sabrina ter curado a gente, nós nem estaríamos aqui.”
Cris: “Peraí, peraí! Vão ter que contar tudo, porque eu estou ficando confuso.”
Jefferson: “Tá certo. Vamos contar, então.”
Ele e Mateus contavam de forma alternada sobre como encontraram um ao outro, o ataque dos Irmãos Cobra e o encontro com Sabrina.
No meio da mata – Algumas horas antes
Vamos voltar para o momento onde Jefferson e Mateus, bastantes doloridos por causa da batalha contra os Irmãos Cobra, encontram Sabrina...
Jefferson e Mateus ouviram um farfalhar de folhas e rapidamente se levantaram, apontando as BataPistolas para onde vinha o barulho.
Jefferson: “Quem está aí? Apareça!”
E quem apareceu foi uma menina de mais ou menos 12 anos, branca, cabelo liso preto e de olhos azuis.
Mateus: “Quem é você?”
A menina respondeu:
“Meu nome é Sabrina. Por favor, não atirem.”
Os dois se entreolharam, ligando o nome à pessoa. Imediatamente, guardaram as pistolas nos respectivos coldres.
Jefferson: “S-s-sabrina? Então, você é a Sabrina, a vizinha do Tarso, Tarso Monteiro?”
Sabrina: “Sou eu mesma. Vocês são Batarangers, certo?”
Jefferson: “Sim, somos. Meu nome é Jefferson Nascimento e meu amigo é Mateus Souza.”
Mateus: “Olá!”
Sabrina acenou para ele, sorrindo timidamente.
De repente, os dois Batarangers caíram na relva mais uma vez, gemendo de dor.
Sabrina: “O que houve?”
Mateus: “É uma longa história, mas o que podemos dizer é que fomos atacados.”
Sabrina: “Eu posso curá-los. É só ficarem quietos.”
Jefferson: “Certo!”
Então, ela pôs cada mão em cima do peito de cada um deles e fechou os olhos. Em seguida, ela abriu os olhos e tirou as mãos.
Sabrina: “Vocês sentem alguma coisa agora?”
Os dois se levantaram e perceberam que não sentiam mais nenhuma dor!
Jefferson: “Caramba, eu não sinto mais nenhuma dor! Muito obrigado, Sabrina.”
Mateus: “Eu também não sinto mais dor. Obrigado, Sabrina.”
Sabrina: “Não há de quê.”
Jefferson: “Sua habilidade é o máximo, Sabrina. Você vai ajudar muita gente com ela.”
Sabrina: “Hihihi, eu já ajudo minha irmã, que é enfermeira. Quando eu for mais velha, também quero ser enfermeira, assim como minha irmã.”
Jefferson: “Que legal. Eu também tenho uma irmã e ela é policial assim como eu.”
Sabrina: “Que legal!”
Jefferson: “E eu também sou um HM. Olha isso.”
Ele iluminou sua mão.
Sabrina: “Caramba, sua mão está brilhando! Essa é a sua habilidade?”
Jefferson: “Sim e a do Mateus é a supervelocidade, mas ele está... impedido de correr no momento.”
Mateus mostrou os grilhões que prendiam seus tornozelos.
Sabrina: “Por que você está preso?”
Mateus: “Não sei, porque quando acordei, já estava com esse troço.”
Jefferson: “Ah, foi bom tocar no assunto. Sabrina, como você veio parar aqui? Nós viemos para cá, depois de uma explosão, exatamente quando estávamos à sua procura.”
Sabrina: “Bem, eu saí da casa da Duda, minha colega de escola, na hora que a Simone, minha irmã, falou para eu sair, por volta das seis horas da noite. Como a casa da Duda era perto da minha, minha irmã deixa eu ir e voltar sozinha. Aí, quando eu estava quase chegando no prédio onde eu moro, vi uma luz muito forte que me cegou por um tempo. Quando eu voltei a enxergar, eu só via árvores. Eu tentei ligar para a Simone, mas estava sem sinal. Aí, eu vi uns robôs de olhos vermelhos e eles soltavam raios pelos olhos! Eu saí correndo e aí eu achei vocês.”
Jefferson: “Então, tem robôs por aqui também. Agora há pouco, a gente enfrentou os Irmãos Cobra, que quase sufocaram a gente.”
Sabrina: “Que horror! Por isso que vocês estavam doloridos, né?”
Mateus: “Exato. Foi a pior sensação que já tive!”
Jefferson: “Para mim, também.”
Sabrina: “Nossa!”
Eles ficaram em silêncio por um instante, até que Sabrina perguntou:
“Ei, Jefferson, onde nós estamos?”
Jefferson: “Não faço ideia. O que nos resta é explorar o local.”
Mateus: “Isso aí. Vamos andando, porque o Sol já está se pondo.”
Sabrina: “Certo!”
Os três foram andando pela mata.
A noite caiu e Jefferson rapidamente iluminou sua mão direita, como uma lanterna. De repente, ele parou e como os outros estavam atrás, acabaram esbarrando nele.
Mateus: “Ei, Jeff, por que parou?”
Jefferson: “Olha aquilo, gente! Uma cabana!”
Então, eles viram a cabana onde Cris e Tarso estavam.
Mateus: “Será que tem gente lá?”
Jefferson: “Só há um jeito de descobrir, indo até lá. Vamos!”
Assim que eles voltaram a andar, Jefferson parou de novo.
Mateus: “O que foi agora, Jeff?”
Jefferson: “Vocês não vão acreditar no que eu vi!”
Sabrina: “O quê? O quê?”
Jefferson: “Vejam!”
Ele mostrou aos outros a batalha de Cris e Tarso contra os licantropos.
Mateus: “É o Cris e o Tarso! Cara, finalmente achamos nossos companheiros!”
Sabrina: “Viva!”
Jefferson: “Muito bom, mas ainda falta a Jéssica e a Aline.”
Mateus: “Elas devem está por aqui também.”
Sabrina: “Hã, pessoal... Vocês não vão ajudar eles, não?”
Jefferson: “Vamos esperar. Se eles precisarem, a gente age.”
Contudo, os primos correram para dentro da cabana e os licantropos foram atrás e começaram a atacar a porta.
Mateus: “Jeff, acho que é hora de agir.”
Jefferson: “Pelo o que eu estou vendo, esses licantropos são muito mais fortes que os comuns. Se Cris e Tarso não deram conta, não será a gente que dará. Se a equipe estivesse completa, nós teríamos alguma chance.”
Sabrina: “O que se pode fazer? Os lobos maus vão pegar eles!”
Jefferson: “Calma, gente. Eu tenho um plano.”
Então, ele foi para onde estava os licantropos e lançou bolas de luz na direção deles. Eles saíram da porta da cabana e foram atrás de Jefferson. Ele saiu correndo e se juntou a Mateus e Sabrina.
Mateus: “Esse era o seu plano, Jeff? Agora, os licantropos estão vindo para cá!”
Jefferson: “Calma, vou atraí-los para longe daqui.”
Ele lançou mais bolas de luz, mas na direção oposta a dos licantropos. Eles foram atrás das bolas de luz e se afastaram dali.
Sabrina: “Ufa, foi por pouco! Caramba, Jefferson, essas bolas de luz são incríveis!”
Jefferson: “Valeu.”
Então, eles ouviram o grito de Cris e o resto é história...
Dentro da cabana – Tempo presente
Cris e Tarso ouviram atentamente a história dos outros três. Quando terminaram, Tarso disse à Sabrina:
“Cris e eu chegamos a ir ao apartamento da sua amiga Duda e ela confirmou que você saiu exatamente no horário que sua irmã disse para sair. Pelo que você contou, teve a luz forte que a cegou, conforme o Inspetor Meirelles disse sobre a forma como que os outros HMs desapareceram.”
Sabrina: “Tarso, você sabe que luz era aquela que me cegou e me trouxe para cá?”
Tarso: “Foi uma granada de luz de uma soldado Ômega.”
Sabrina: “Tipo as bolas de luz do Jefferson?”
Mateus: “Por aí mesmo, só mais forte. Fui eu quem descobriu esse lance da granada de luz. Inclusive, eu impedi que uma moça fosse capturada pela soldado (*).”
Sabrina: “Que legal, Mateus!”
Cris: “Uma dúvida pertinente: será que os outros HMs desaparecidos estão por aqui também?”
Mateus: “Bem, os Irmãos Cobra disseram que vieram para cá, segundo eles, por ordem do Mestre Ômega para se ‘vingar’ de nós. Ou seja, foram trazidos por Lahm.”
Cris: “Se ‘vingar’ pelo quê?”
Jefferson: “Pelo que eles disseram, no passado, foram presos pela F.E.B. e foram soltos na invasão dos soldados Ômega à base (**). Eles conseguiram fugir da gente e da DT (Divisão Tática) na ocasião.”
Cris: “Entendi. Bem, pelo menos, mais da metade da equipe está aqui. Só faltam as garotas. Com certeza, elas estão aqui na ilha e sabem se virar, mas ainda assim, eu fico preocupado com elas.”
Mateus: “Na verdade, você está preocupado mais com a Aline, né? Hehehe!”
Cris: “Nada a ver, Mateus. Eu estou preocupado com a Jéssica também. Com certeza, o Jeff está muito preocupado com a irmã dele.”
Jefferson: “Nem me fale, Cris...”
Tarso: “Temos que encontrá-las. Como já disse, a ilha é curta e não deve ser difícil achá-las. Ninguém fica para trás, lembram?”
Jefferson: “Eu vou, porque posso me iluminar e a escuridão não vai ser problema. Além do mais, é a minha irmã e a nossa amiga que estão lá fora.”
Cris: “Eu vou também, Jeff. É a minha namorada e a minha amiga que estão lá fora. Mateus e Tarso, fiquem aqui com a Sabrina.”
Mateus e Tarso: “Certo!”
Cris: “Vamos, Jeff. Voltaremos com as garotas, se Deus quiser.”
Tarso: “Falou. Tomem cuidado.”
Cris e Jefferson acenaram afirmativamente com a cabeça e se retiraram da cabana.
(*) Ler Força Especial Bataranger 2, capítulo 6.
(**) Ler Força Especial Bataranger, capítulo 16.
No próximo capítulo:
Cris e Jefferson vão à procura de Aline e Jéssica.
4 Comentários
Gostei bastante do final, quando Cris e Jefferson se voltaram para Matheus e Tarso, acenando afirmativamente com a cabeça para aí saírem em busca de Jéssica e Aline. Este foi um momento bem bacana e que me faz lembrar vários momentos em que heróis se unem em torne de um propósito sincero e real. Quando isso ocorre em geral, a união é promovida e os seres envolvidos tendem a ser extremamente corajosos e determinadas.
ResponderExcluirConfesso que achei um pouco triste o comportamento de Matheus ao insinuar que Cris estaria mais preocupado em salvar Aline do que Jéssica. Enfim, ao menos com base no que entendi até agora, a situação é preocupante e tal comentário não é de modo algum pertinente. Eu, de fato, acho Matheus ainda muito despreparado.
Enfim, parabenizo você pela clara melhoria em sua escrita nessa segunda temporada e aguardo ansiosamente o próximo episódio.
Obrigado pelo feedback de sempre. Por serem jovens, às vezes, os Batarangers soltam um comentário e/ou uma brincadeira fora de hora. Isso aconteceu com todos eles, vale lembrar. Enfim, os elogios e críticas de vocês são muito importantes. Abraço.
ExcluirGrande Israel!
ResponderExcluirO mesmo acontecimento, falado sobre a outra perspectiva.
Adoro esse recurso narrativo !
O Norberto é mestre em fazer isso e eu também utilizo desse expediente.
Acredito que a trama fica mais encorpada e densa.
Você utilizou muito bem esse recurso.
Cris mostra muita maturidade, fazendo jus a liderança que ocupa.
Não preciso dizer que a evolução da história tem me agradado muito e que t me agradado muito.
Parabéns!
Obrigado pelo feedback de sempre.
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