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Força Especial Bataranger 2 - Capítulo 24 - Surpresa em alto-mar

 




No capítulo anterior:

Inspetor Meirelles e Angélica visitam a cena do crime da morte de Lahm e fazem a reconstituição do crime.


Capítulo #24 – Surpresa em alto-mar


Baía de Guanabara


A BataLancha rumava ao Rio de Janeiro...

As águas da Baía de Guanabara estavam calmas e a viagem parecia seguir tranquila.

Na BataLancha, Cris, Aline e Tarso estavam na cabine do piloto André Lima, enquanto os outros estavam do lado de fora, na popa.

Cris perguntou ao piloto:

“Lima, você consegue comunicar-se com a base?”

Lima pegou o microfone do comunicador e fez um sinal negativo com a cabeça.

Lima: “Não consigo. Estranho, porque quando estamos perto da ilha, a comunicação desaparece.”

Aline: “Estranho mesmo. Felizmente, conseguimos nos comunicar com a base através da estação de rádio da ilha.”

Lima: “Ainda bem. Dentro de dez minutos, estaremos no Porto do Rio.”

Tarso: “Ótimo! Finalmente, voltaremos para casa!”

Os outros concordaram e a viagem seguia normalmente, até que...

Lima: “O que é aquilo?”

De repente, surgiu algo gigantesco na frente da BataLancha.

Lima: “Ah, é um navio. É normal ter navios cargueiros por aqui.”

Porém, a proa do navio abriu-se de repente.

Lima: “O que está havendo? Eu... não consigo desviar!”

Cris: “Como assim?”

Lima: “Algo está atraindo a lancha para o navio. Por mais que tente, não consigo desviar.”

De repente, eles ouviram uma batida na janela da cabine. Era Jéssica.

Jéssica: “Pessoal, o que está havendo? Que navio é aquele lá na frente?”

Aline: “Não sabemos e o Lima não consegue desviar.”

Então, a BataLancha ia involuntariamente até o misterioso navio. Assim que a BataLancha entrou no navio, a proa fechou-se.


BataBase – Sala do comandante


Enquanto isso, no continente, Angélica foi chamada para ir à sala do comandante. Chegando lá, ela prestou continência e o comandante começou a dizer:

“À vontade, doutora. Eu a chamei aqui para lhe dizer algo importante. Assim que a senhora saiu do SimuDeck, recebi a ligação de uma soldado Ômega chamada Zaira. Ela diz ter visto Rosicler Araki matar Pedro Lahm, mas não deu muitos detalhes. Disse que queria falar conosco pessoalmente.”

Angélica: “O quê? Como assim, comandante? Não é possível! Deve ser uma armadilha.”

Comte. Lopes: “Isso me passou pela mente, doutora, mas ela parecia realmente apavorada ao telefone. Para averiguar se a informação que ela diz ter é verdadeira, designei a senhora para conversar com ela, daqui há meia-hora. O local do encontro é o Mirante do Leblon, porque ela estava ali perto, em Copacabana.”

Angélica: “Eu irei, senhor, mas eu vou com os dois pés atrás.”

Comte. Lopes: “Eu entendo, doutora, mas qualquer informação na atual conjuntura é importante. Poderia mandar Meirelles, mas acho que ele assustaria Zaira ainda mais e ela não falaria nada. Quem sabe ela entregue sobre os Batarangers à senhora?”

Angélica: “Hum, faz sentido. Então, eu estou indo, comandante. Permissão para se retirar!”

Comte. Lopes: “Permissão concedida. Boa sorte, doutora.”

Angélica: “Obrigada, comandante.”

Ela prestou continência e retirou-se da sala.


Mirante do Leblon


O Mirante do Leblon estava um tanto movimentado naquele começo de tarde ensolarado no Rio de Janeiro. Angélica chegou lá cinco minutos adiantada ao encontro. Passados os cinco minutos, ela não viu Zaira. Então, ela foi contemplar o mar, que estava calmo.

De repente, Angélica ouviu uma voz por trás dela, que disse:

“A senhora é realmente pontual, Dra. Gomes. Chegou até antes do horário. Ter asas é uma grande vantagem.”

Angélica ia virar a cabeça, mas Zaira a interrompeu:

“Não, não se vire, doutora. É melhor que não tenhamos contato visual. Posso estar sendo seguida.”

Então, Zaira posicionou-se ao lado de Angélica e a cientista disse:

“Antes que você me diga algo, saiba que não confio em você e qualquer movimento em falso seu, eu saco minha pistola e o paralisador elétrico. Ah, e nossa conversa está sendo monitorada pela minha equipe lá da base.”

Zaira: “Acho justo não confiar em mim, doutora, por tudo que fiz à senhora e aos Batarangers, mas eu precisava falar a vocês da F.E.B. sobre o que eu vi mais cedo.”

Angélica: “Sim, sobre o assassinato de Lahm. O que você viu exatamente?”

Zaira: “Bem, quando eu larguei meu uniforme para explodir lá no Porto (*), eu fui imediatamente ao apartamento do Mestre Ômega. Porém, quando cheguei lá, eu ouvi um barulho tipo um espirro e vi a Dra. Araki segurando uma pistola com silenciador e o Mestre caído no chão. Então, ela apontou a arma para mim e me ameaçou.”

Angélica: “Ameaçou como, Zaira?”

Zaira: “Ela disse assim: ‘Nem uma palavra do que viu ou vai ter o mesmo destino, ouviu?’. Eu apenas ergui meus braços e fui embora, porque fiquei com medo. Ela matou seu amigo de anos e poderia me descartar também. Aliás, o Mestre desaprovou a captura da senhora e da outra moça, mas ele não disse mais nada, talvez por causa da amizade. Acho que ele expôs a ela o que pensava e acabou sendo morto por ela.”

Angélica: “Que horror! Hã, Zaira... Há... quanto tempo você serviu ao Mestre Ômega? Aliás, há quanto tempo você é uma soldado Ômega?”

Zaira: “Na verdade, doutora, eu sempre fui soldado. Eu vivia em um local estranho que parecia uma prisão, até ser convocada para servir ao Mestre. Eu fui designada para capturar alguns HMs daqui da cidade, incluindo a irmã daquela moça, para atrair os Batarangers. Eles vieram e graças à explosão do meu uniforme, eles ficaram desacordados e, então, os levamos à Ilha das Rosas.”

Angélica: “Pois saiba que eles estão de saída daquela ilha. Em breve, se Deus quiser, eles estarão de volta para cá.”

Zaira: “Não tenha tanta certeza disso, doutora. O Mestre preparou uma surpresa para os Batarangers, se eles tentassem escapar pelo mar.”

Angélica: “O quê?! Então, foi por isso que você está aqui, para nos distrair. Sabia que não podia confiar em você!”

Ela retirou sua BataPistola do coldre que estava na coxa esquerda e apontou para Zaira, de forma discreta, para não chamar a atenção dos civis presentes no mirante. A soldado imediatamente apertou o pulso direito de Angélica, desarmando-a.

Zaira: “Doutora, não seja afobada. Está pondo tudo a perder com esta atitude. Se eu quisesse fazer algo contra vocês, já teria feito, não acha?”

Zaira entregou a pistola para Angélica, que, cheia de dor no pulso, guardou-a de volta no coldre.

Angélica: “Tem razão, mas não foi por falta de aviso.”

Zaira: “Tudo bem, doutora. Podemos retomar a conversa?”

Angélica: “Podemos. Então, que ‘surpresa’ é essa de Lahm, hein?’”

Zaira: “Não sei dizer, porque é surpresa, óbvio. Porém, posso ajudá-la a penetrar o bloqueio de comunicação e localização do Mestre.”

Angélica: “Sério?”

Zaira: “Sim. Tome aqui meu comunicador. Ele pode interceptar a comunicação dos soldados Ômega. Eu penso que, desta forma, vocês conseguem localizar os Batarangers.”

Então, ela entregou à Angélica uma espécie de ponto eletrônico auricular. A cientista examinou o objeto rapidamente e disse:

“Hum, interessante. Parece que não tem nada de suspeito neste comunicador. Agora, eu pergunto: Zaira, por que está fazendo isto? Por que nos procurou?”

Zaira: “Porque a Dra. Araki matou meu Mestre. Eu a odeio por isso. Como vocês a combatem há muito tempo, quis fazer-lhes uma pequena contribuição.”

Angélica: “Sei como é ser traída por Araki... Bem, você nos ajudou bastante, independentemente de suas intenções. Seu testemunho foi gravado pela minha equipe e será útil contra Araki e para a Polícia Civil descartar a morte de Lahm como suicídio.”

Zaira: “Obrigado, doutora. Entenda, não sou assassina. Eu sequestrei aquelas pessoas, porque segui ordens do Mestre e da Dra. Araki. Porém, não quero matar ninguém. Por isso que não quero mais obedecer à Dra. Araki.”

Angélica: “Pois faz muito bem. Só peço para que se entregue à polícia comum pelos sequestros.”

Zaira: “Eu farei isso, doutora, porque eu não tenho mais para onde ir. Saindo daqui, vou me entregar.”

Angélica: “Ótimo. Você não é uma pessoa má, Zaira. É uma pessoa disciplinada, como uma verdadeira soldado. Porém, tem senso de justiça. Espero que pratique o bem daqui para frente.”

Zaira: “Não posso prometer o que não posso cumprir, doutora. Eu... estou muito confusa, depois do que vi. Eu não sei o que eu sou de verdade.”

Angélica: “Talvez a prisão faça você se descobrir como pessoa. Eu gostei da nossa conversa. Foi produtiva.”

Zaira: “Ótimo. Então, estou indo. Adeus, doutora.”

Angélica: “Adeus.”

Zaira: “Pode virar-se agora, doutora.”

Angélica virou-se para o seu lado e não viu Zaira. Virou-se para trás e também não a viu. Ela já tinha partido.

Angélica observou mais uma vez o comunicador dado por Zaira e pensou: “Segundo ela, isto pode penetrar o bloqueio de localização e comunicação. Só espero que os Batarangers não sejam pegos pela ‘surpresa’ de Lahm.


Baía de Guanabara


A BataLancha atracou em algum cais dentro do navio. Os Batarangers, Sabrina, Felícia e Lima saíram da lancha.

Cris: “Onde estamos?”

De repente, surgiram dezenas de soldados Ômega com os fuzis apontados. Os Batarangers ergueram os braços, sem oferecer resistência. Em seguida, eles ouviram uma voz conhecida:

“Olá, Batarangers e amigos. Sejam bem-vindos ao navio de meu falecido amigo Pedro Lahm. Aliás, foi ideia dele vir com este navio até aqui. Como ele não pôde vir, por motivo de força maior, eu vim em seu lugar. Nada mais justo que eu viesse ver minhas criações.”

A notícia da morte de Lahm pegou os Batarangers de surpresa.

Cris: “Lahm está morto?”

Araki: “Sim, Ribeiro. Foi suicídio, infelizmente. Você deveria está feliz por isso, já que o está processando.”

Cris: “Não, não fico feliz pela morte de ninguém, nem de meus inimigos.”

Araki: “Pois eu ficaria feliz com a morte de vocês. Não sou hipócrita.”

Ela fez um sinal para os soldados Ômega e disse:

“Leve-os até o convés.”

Os Batarangers e os outros foram caminhando, sob mira dos fuzis dos soldados Ômega.


CONTINUA...


(*) Ler Força Especial Bataranger 2, capítulo 19.


No próximo capítulo:

Os Batarangers estão detidos pelos soldados Ômega no navio, enquanto Angélica tenta localizá-los pelo comunicador de Zaira.

4 Comentários

  1. O suspense ganha requintes dramáticos.

    A saga dos Bataranger parece longe do fim.

    Evidentemente, que eles não sairiam da Ilha das Rosas tão facilmente.

    Araki se mostra cada vez mais vil e demoníaca.

    Mas, cometeu um erro crasso.

    Permitir até Zaira, a testemunha de um crime ,ficasse viva.

    Acho que começa a derrocada dela!

    Aguardemos!

    Muito bom!

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    1. Obrigado pelo feedback de sempre. É verdade, o drama dos Batarangers parece não terminar, mas Zaira é um arquivo vivo e pode complicar as coisas para Araki... Mas isso fica para o futuro. Abraços.

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  2. Outro excelente episódio!

    O desfecho deve envolver toda a revelação de Zaira. Mas, a Araki não daria um mole assim. Ela está tramando algo maior por trás disso tudo.

    Parabéns, Israel!

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