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Força Especial Bataranger 3 - Capítulo 5 - O Salteador

 



No capítulo anterior:


Araki envia um vídeo para a F.E.B. e lá, ela faz acusações contra o comando da F.E.B. e os Batarangers. 





Capítulo #5 – O Salteador




Vamos voltar para ver o que ocorreu na base durante o período em que Angélica estava descansando em casa. 


BataBase – Divisão de Ciência & Tecnologia


Assim que Angélica saiu, o comandante e os Batarangers permaneceram na DCT. Eles estavam diante de um telão com o mapa da cidade, para monitorar o que estava ocorrendo nela.

De repente, eles ouviram passos e era Talita Flores, a principal assistente de Angélica. Ela era uma jovem negra e alta, por volta dos 25 anos. Ela ficou surpresa, quando viu o comandante e os Batarangers ali. Imediatamente, ela prestou continência.

Talita: “Comandante, Batarangers, vocês por aqui? É uma honra! Onde está a Dra. Angélica?”

Comte. Lopes: “Ela sentiu-se mal e foi para casa. Está tudo bem com ela, só a dispensei para que repousasse.”

Talita: “Ah, que bom. Comandante, o que está havendo aqui? Por que tem tantos repórteres na frente da base?”

Comte. Lopes: “Repórteres?”

Talita: “Sim, inclusive, quase não consegui entrar na base.”

De repente, o celular do comandante tocou e ele atendeu:

“Pronto. Ah, sim, eu vi, senhor... Hein? Ah, eu sei, eles estão aqui na frente da base... Claro, claro, vou explicar a eles... Até mais, senhor.”

Ele guardou o celular no bolso e voltou-se para os Batarangers e Talita:

“Era o secretário de Segurança Pública. Ele quer que eu encare os repórteres. Eles vieram até aqui para cobrar explicações minhas sobre as acusações de Araki.”

Aline: “E o senhor vai?”

Comte. Lopes: “Tenho que ir, Hashimoto. Não posso fugir da raia em um momento como esse. Araki fez acusações graves contra esta força, que foi criada por meu pai e que eu estou apenas seguindo seu legado.”

Tarso: “Isso mesmo, comandante. Mostre a eles que essas acusações são mentirosas.”

Comte. Lopes: “Obrigado pelo apoio, Batarangers. Eu vou indo. Qualquer sinal de ocorrência, a Srta. Flores fica responsável pelo monitoramento.”

Talita, prestando continência: “Sim, senhor!”

Comte. Lopes voltou-se para Cris: 

“Ribeiro, você vem comigo.”

Cris ficou surpreso e questionou:

“Eu, comandante?”

Comte. Lopes: “Sim, Ribeiro. Quero que vá comigo, porque, além de ser o líder dos Batarangers, você foi citado diretamente por Araki.”

Cris: “Faz sentido, comandante. Então, eu vou.”

Comte. Lopes: “Ótimo. Então, vamos. Lembrem-se, Batarangers, qualquer sinal de ocorrência, a Srta. Flores ficará responsável pelo monitoramento.”

Batarangers, prestando continência: “Sim, senhor!”

Comte. Lopes: “Vamos, Ribeiro.”

Cris: “Sim, senhor.”

Então, o comandante e Cris se retiraram da DCT.



***


A entrada da BataBase, como Talita disse, realmente estava repleta de repórteres, fotógrafos e cameramen, aguardando o comandante. Quando ele apareceu com Cris, imediatamente os repórteres começaram a metralhar perguntas.

“Comandante, e as acusações da Dra. Araki?”

“É verdade que o senhor ordenou a prisão dela sem provas?”

“Que conchavos são esses que o senhor tem em Brasília?”

“É verdade o que estão dizendo, que o senhor teve um caso com a Dra. Araki?”

O comandante teve paciência para escutar as perguntas e começou a respondê-las pela última, dando um sorriso:

“Não, meu caro, nunca tive caso com Rosicler Araki, aliás, sou muito bem casado, há 20 anos. Contudo, nunca escondo que fomos bons amigos no passado, mas nossa relação nunca passou de amizade.”

Ele fez uma pausa e prosseguiu:

“Bem, sobre as acusações da falecida Dra. Rosicler Araki, eu digo que são completamente mentirosas, caluniosas e infundadas. Ela tinha relações com os HMs que atacaram aqui no Centro da cidade, há alguns meses, tanto que os cooptou para atrair os Batarangers, que estão aqui representados pelo líder Cristiano Ribeiro. [Ele apontou para Cris]. Voltando, os HMs atraíram os Batarangers, para que fossem presos por eles e depois serem soltos pelos soldados Ômega, quando estes invadiram esta base, gerando um desencarceramento em massa. Na verdade, Rosicler Araki se entregou à prisão, vendo que foi derrotada. Eu a enviei para a Penitenciária Federal de Catanduvas porque, se ela fosse para uma prisão daqui do RJ, ela tentaria fugir. Sim, eu tenho amigos na Polícia Federal lá de Brasília, mas não tem nada de ilegal nisso, como Araki tentou induzi-los a pensar assim. Contudo, ela foi solta, graças aos advogados de seu amigo, o também falecido Pedro Lahm. Aliás, nós temos indícios de que a causa da morte dele não teria sido suicídio, mas isto é assunto para a Polícia Civil. Inclusive, a dupla Araki e Lahm foi responsável pelo desaparecimento de vários HMs inocentes, incluindo uma menina de 12 anos. Para provar o que estou dizendo, tenho o testemunho gravado de uma ex-soldado Ômega. Posso passá-los para vocês. Bem, vou terminar este pronunciamento, reafirmando que todas as acusações de Araki são mentirosas. Muito obrigado pela atenção.”

O comandante virou-se para a entrada da base, dando as costas para os repórteres. Cris fez o mesmo. Naquele momento, houve um grande falatório dos repórteres, fazendo perguntas ao comandante, até que uma repórter chamou Cris. O BataVermelho virou-se para a repórter e a atendeu:

“Pois não?”

Repórter: “Cristiano, é verdade que estava processando a Dra. Araki?”

Cris: “Sim, na verdade, ainda estou processando Araki, a Ômega e o médico que receitou o Arakinus para minha mãe.”

Repórter: “Mas o fato da Dra. Araki e do presidente da Ômega estarem mortos não faria com que você desistisse do processo?”

Cris: “Não vou desistir do processo. Os responsáveis pela morte de minha mãe precisam pagar, mesmo depois de mortos.”

O comandante virou-se para Cris e ordenou:

“Vamos, Ribeiro.”

Cris: “Sim, senhor.”

Então, Cris deu as costas novamente para os repórteres e entrou na base junto com o comandante.


Divisão de Ciência & Tecnologia


Enquanto o comandante e Cris estavam encarando os repórteres, o alarme da DCT disparou e Talita imediatamente foi ao telão com o mapa do Rio de Janeiro.

Talita: “Ocorrência na Av. Rio Branco. Segundo a descrição, estão ocorrendo assaltos e o ladrão não é visto.”

Ao ouvir isto, Roberta logo disse:

“Não olhem para mim. Já não faço mais isso.(*)”

Aline: “Já sabemos, Beta. Prossiga, Talita.”

Talita: “Bem, como disse, o ladrão não é visto, então, pode ser um caso de HM. Aí é com vocês.”

Aline: “Obrigada, Talita. Bem, pessoal, já que o ladrão não pode ser visto, pode ser outro velocista. Então, Mateus e Roberta vão na frente.”

Mateus e Roberta: “Certo!”

Então, os velocistas saíram em disparada da DCT.



***


Mateus e Roberta, trajando as BataFardas, chegaram à Av. Rio Branco e só viram a movimentação de carros e pedestres. 

Mateus: “Por enquanto, tudo em ordem, Talita. Tem certeza que foi aqui na Rio Branco?”

Talita: “Sim, Souza. Mais ou menos onde vocês estão, no sentido Candelária.”

Mateus: “Tudo bem. Câmbio, desligo.”

De repente, eles ouviram gritos vindo dos pedestres:

“Meu celular sumiu!”

“Roubaram minha carteira!”

“Minha bolsa!”

Então, eles viram um rapaz afastando-se correndo da multidão, atravessando para o outro lado da avenida.

Mateus: “Ei, você, parado aí!”

O rapaz continuou correndo, mas os dois Batarangers logo o alcançaram, lançando-o ao chão.

Mateus: “Quietinho aí! Foi você que roubou aquelas pessoas?”

O rapaz respondeu:

“Sim, fui eu. Só dois Batarangers? Vai ser fácil escapar.”

Roberta: “Não vai, não, garotinho. Você foi descoberto e nós dois somos velocistas. Vem cá, você é um HM?”

A resposta dele foi levantar-se e dar um empurrão nos dois Batarangers e então, ele deu um salto que ele foi parar há quase um quilômetro de onde eles estavam.

Roberta: “É o quê?! Ele... saltou daqui para lá longe?”

Mateus: “Não temos tempo para perguntas. Vamos atrás dele!”

Então, eles foram, mas o rapaz escapava, dando saltos de um quilômetro, até ele sumir da vista deles.

Mateus: “Droga, ele escapou! Souza para a base, o elemento escapou.”

Quem atendeu foi Cris:

“Hein, como assim, escapou de vocês?”

Roberta: “Então, Cristiano, o ladrão tem a habilidade de dar saltos de grandes distâncias. Por isso que não era visto.”

Cris: “Entendi. Voltem para a base. Vamos traçar alguma estratégia para pegá-lo.”

Mateus e Roberta: “Certo!”



***


De volta à DCT, Mateus e Roberta se reuniram aos outros. Cris contou a eles sobre seu encontro e do comandante com a imprensa. Contudo, o foco no momento era o assaltante da Rio Branco. Os dois velocistas contaram sobre ele e sua habilidade.

Jefferson: “Será que ele é mais um lacaio da Araki para nos atrair?”

Cris: “Pode ser. Aliás, vamos chamá-lo de Salteador, porque ele salta e é um ladrão.”

Aline: “Não pensaria em um nome melhor...”

Tarso: “Hã, pessoal, isso me fez pensar em uma coisa: será que o Salteador também é um HM inseto, como Turana e Hércules?”

Cris: “Pode ser, primo. Talita, procure sobre insetos que saltam.”

Talita: “Sim, Ribeiro.”

Ela tocou na tela de seu tablet e cerca de meio minuto, ela obteve a resposta:

“Bem, são vários tipos de insetos que saltam, mas os mais comuns são gafanhotos, pulgas e grilos. Inclusive, os gafanhotos são que saltam mais longe.”

Mateus: “Faz sentido que ele tenha DNA de gafanhoto, porque ele saltava muito longe e Roberta e eu não conseguimos alcançá-lo.”

Cris: “Bem, além das mentiras de Araki e a imprensa atrás da gente, temos mais esse problema. Não é à toa que a Dra. Angélica desmaiou. É muito estressante e segurar é pior.”

Jéssica: “Falando nela, só espero que ela volte melhor, porque tudo está cada vez mais complicado.”

Os outros assentiram.


Apartamento de Angélica


Vamos para o momento onde Angélica recebe uma visita.


Angélica estava descansando, mas acabou sendo acordada pelo barulho da campainha. Desconfiada, ela levantou-se com sua BataPistola em punho e foi atender a porta. Quando viu quem era, espantou-se.

Angélica: “Você?!”

Era Zaira, a soldado Ômega aprimorada, que desertou depois que testemunhou o assassinato de Lahm por Araki. Era uma mulher jovem e parda, com o cabelo castanho metade trançado. Além disso, ela era alta e forte, como se fosse uma lutadora de MMA. 

Zaira: “Sim, sou eu, Dra. Gomes. Eu tentei ligar para a senhora, mas o celular estava desligado. Eu imaginei que estivesse em casa e eu acertei.”

Angélica guardou sua pistola no coldre e disse:

“Deu sorte, porque há esta hora, eu estaria na base. Graças à sua ex-chefe, que também foi a minha, eu me senti mal e o comandante me dispensou.”

Zaira: “Foi por causa do vídeo da Dra. Araki, não é mesmo?”

Angélica ficou surpresa e perguntou:

“Como... como você sabe?”

Zaira: “Porque eu tive conhecimento das artimanhas da Dra. Araki para cumprir a segunda parte de seu plano. Na verdade, tive conhecimento de parte do plano e um dos objetivos era gravar o vídeo de ‘despedida’ dela, acusando vocês da F.E.B. e enviá-lo para a imprensa, polícia comum e para vocês.”

Angélica: “É mesmo? Se o objetivo era nos irritar, mesmo depois de morta, conseguiu.”

Zaira: “Doutora, ainda não terminei. Além de enviar o vídeo, ela fingiria sua própria morte!



CONTINUA...



(*) Ler Força Especial Bataranger, capítulo 5 (“Em alta velocidade”).



No próximo capítulo:


Zaira revela o plano de Araki para fingir sua morte. 


4 Comentários

  1. O Comandante Lopes e os Bataranger sob fogo cruzado.

    Uma mentira pode se tornar verdade se a narrativa for convincente.

    E Araki realmente conseguiu.

    Só que ela cometeu um erro.

    Ao não dar fim na Zaira, creio que Araki esqueceu que poderia ser traída.

    Agora é ver como a Angélica vai lidar com essa revelação que, pra mim não era surpresa.

    Parabéns , Israel!

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  2. Agora sim... Araki sendo de araque!

    Este é o estilo dela: fake news, discórdia e armações mil.

    Muito sórdida.

    Angélica será peça chave nesse imbróglio. Parabéns!

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