Capítulo #1: As Marcas do Rancor |
“Quintessência... o núcleo da força espiritual. E
também, a chave para a salvação.”
Eram 03:00 de uma tarde ensolarada. Uma
turma mista de 20 crianças, entre 7 e 10 anos, brincavam no parque do lado de
fora da escolinha. Suas professoras, a titular Kaname, e sua auxiliar
recém-contratada, Hotaru, as vigiavam atentamente. Enquanto isso, na pequena
cozinha da escolinha, duas moças estavam ocupadas arrumando os pacotes de
lanches em um cesto e as caixinhas de suco de fruta em outro.
Repentinamente ambas tiveram uma
sensação inexplicável, como se o tempo parasse por alguns segundos e um mantra
efêmero e quase silencioso ressoasse em seus íntimos, rapidamente efetuando seu
desfecho.
TOMOE – Sakura? Está tudo bem?
SAKURA – Você também sentiu, Tomoe?
TOMOE – Sim, eu senti. Estou
preocupada, Ken ainda não apareceu.
SAKURA – Sim... mas enfim, é melhor
irmos lá fora. Já está na hora do lanche, vamos levar os cestos.
As irmãs Mizushima, Tomoe e Sakura,
haviam se tornado voluntárias naquela escola recentemente. Elas providenciavam
os lanches e ajudavam na inspeção das crianças; em troca, tinham um espaço para
ficarem. Mal chegaram, as crianças já começaram a formar fila para receber seu
pacote de lanche e o suco.
KANAME – Muito obrigada a vocês por
essa ajuda. Antes, era difícil para mim sozinha cuidar de tudo; mas depois que
vocês chegaram, estão sendo de grande ajuda. Espero que fiquem aqui por
bastante tempo.
TOMOE – Também ficamos muito felizes em
ajudar. Não tínhamos para onde ir, e você nos ajudou com abrigo. Sempre
gostamos de crianças, embora o lugar de onde viemos não havia tantas. É que
nossa família é grande, mas...
SAKURA (interrompendo) – Tudo
bem, tudo bem! Nós cuidávamos de Ken, nosso irmão mais novo, desde os primeiros
anos. Somos duas solteironas, e adoramos crianças. Mas, Hotaru também parece
muito feliz aqui.
As três pararam para observar Hotaru. A
jovem de cabelos escuros, recém-formada professora, havia sido contratada como
auxiliar há apenas três semanas; porém, já havia conquistado a todos com o
jeito sereno e maternal. Ela ouvia e falava com as crianças, mas falava pouco
com os adultos. Seu olhar por vezes parecia distante.
KANAME – Sabem, ela é feliz aqui; mas
por vezes parece que algo lhe falta. Quando a admiti, vi que ela havia crescido
num orfanato; e estudou e se formou professora graças alguém que lhe deu um
certo apoio. Ela vive há cerca de 40 minutos daqui; até tenho vontade de
perguntar se ela não quer se mudar para ficar mais próxima, mas tenho medo de
ser invasiva.
Hotaru estava observando as crianças,
mas de repente fica inerte, olhando para o céu. As irmãs Mizushima também
sentem que naquele momento, algo está para acontecer. A única que não
compreende é Kaname, que apenas observa e resolve reunir as crianças. Apenas a
pequena Kokoro fica perto de Hotaru, segurando sua mão.
KOKORO (preocupada) – Tia
Hotaru?!
HOTARU (totalmente alheia ao redor)
– As asas...
Hotaru parecia em transe, quando de
repente, ela vislumbra asas ganhando forma no céu, e elas se estendem,
envolvendo a jovem.
VOZ MISTERIOSA (internamente) –
O Bem nasceu com você. Quanto aos outros, faça por merecer!
Hotaru então acorda do transe e pega
Kokoro no colo. De repente, ouve-se um ronco de motor e barulho de pneus.
Rapidamente, um homem mascarado desce do carro e aponta uma submetralhadora em
direção dos presentes.
HOMEM MASCARADO (agressivamente)
– Todos quietos! Qual de vocês é a pirralha chamada Kokoro?
KANAME (se aproximando) – Moço,
por favor! O que o senhor quer?! Aqui é uma escola infantil!
Kaname quer proteger as crianças de
algum modo; porém o homem a agride com a arma e a deixa inconsciente, o que faz
todos gritarem. Tomoe e Sakura então tomam a frente das crianças, que choram
desesperadamente. O homem dispara uma rajada contra a parede da escola.
HOMEM MASCARADO – Ninguém vai falar?!
Bom, acho que vou começar a matar um por um até alguém me dizer! Vou perguntar
só mais uma vez: qual de vocês é a pirralha chamada Kokoro?
KOKORO (apavorada, no colo de Hotaru)
– Sou eu, tio!
O homem sorri sarcasticamente e caminha
em direção de ambas, que começam a se desesperar ainda mais.
HOMEM MASCARADO – É você, não é?! Pois
você vai passear com o tio aqui! (para Hotaru) E você, princesa, vai
acompanhar a gente!
TOMOE – Por favor, o que quer com a
menina?
HOMEM MASCARADO (aos gritos) –
Calem-se! Não quero ouvir mais nada! Já tenho o que quero, e agora, as duas vão
me acompanhar!
O homem pega Hotaru pelo braço, e dá a
ordem para prender a pequena Kokoro no banco de trás. Em seguida, ele algema as
mãos de Hotaru no banco do carona, entra no carro e parte a toda velocidade,
deixando um rastro de pneu e poeira para trás.
Sakura então leva as crianças para
dentro da sala de aula, para tentar tranquiliza-las, enquanto Tomoe vai
socorrer Kaname, que está desacordada devido ao forte golpe recebido.
Nenhuma das pessoas ali compreendia o
que de fato havia acontecido e o motivo; porém, todos sabiam que aquela tarde
dificilmente seria esquecida. Principalmente aquelas pequenas crianças que,
minutos antes, brincavam e se alimentavam tranquilamente.
Longe dali um homem dirige seu carro
com seus olhos encolerizados. No banco do carona, o celular ainda estava com a
mensagem aberta “Se prepara, Joji! Hoje é o dia”. O carro está a mais de 150
km/h numa estrada a beira-mar. Joji, o homem, pega o celular e faz a seguinte
gravação:
JOJI – Hoje é o dia, Kido?! Pois então
eu quero ver essa conversa na prática.
A gravação não demora a ser respondida
da mesma forma. Lá, ouve-se um choro de criança e uma voz feminina trêmula.
VOZ FEMININA – Senhor Joji, somos reféns
dele, eu e a Kokoro!
Joji aperta o volante do carro, e então
uma nova resposta chega.
KIDO – E aí, Joji?! Eu avisei, não
avisei?! Já tenho tudo o que preciso, agora só falta você. Arranca pro farol,
que é lá que eu vou fazer arte! Vai se chamar... “Pedaços da Agonia”!
Hahahahahahah!
Joji acelera o carro mais uma vez com o
ódio tomando a sua mente e o fazendo ficar cego. Por sorte, naquela estrada não
haviam muitos meios de transporte. Em cerca de 15 minutos, Joji, chega a praia
e desce do carro. Vê a areia, apenas umas 4 pessoas há 100 metros dali; vê o
mar, já está dando sinais de ressaca mediante aquele fim de tarde. Pneus
carecas, motor sobreaquecido, mas nada disso era relevante nesse momento.
Preparou-se como achou melhor. Faca tática, duas pistolas, um rifle, e subiu as
pedras para chegar ao farol.
Joji estava atônito; não era um lugar
agradável para se estar, ainda mais depois de 8 anos. O que ocorreu ali havia
mudado sua vida para sempre, e até então ele precisava lidar com as marcas
daquilo.
JOJI (gritando) – Não vai
mostrar a cara, Kido? Onde estão as duas?
KIDO (de um ponto alto) – Aqui
eu vou te fazer sofrer, maldito! Pode ver?
Ele então acende uma lanterna grande o
suficiente para iluminar aquela parte. Vê-se o homem segurando a arma com uma
das mãos e o braço de Hotaru, ainda algemada, com a outra. Nenhum dos dois
consegue ver Joji lá embaixo.
KIDO – Vai aparecer ou vou ter que
ensinar a boneca a voar?
JOJI (olhando para o alto) – O
que fez com ela, Kido? Cadê a criança?
KIDO (sarcástico) – Não deu
tempo de fazer nada, Joji durão!
JOJI (impaciente) – Cale-se!
Cadê a criança? E o que pretende com ela?
KIDO – Calma, Joji durão! Você vai ver
agora um espetáculo digno de um show de marionetes!
De repente, ele empurrou Hotaru daquela
altura, e então Joji se deu conta de que ela estava atada a uma corda, que por
sua vez estava presa ao teto do farol. Com o impulso, Hotaru deslocou os ombros
e gritou de dor, desmaiando em seguida. Em seguida, Kido subiu um lance de
escadas rapidamente e apanhou a pequena Kokoro, que estava atada ao corrimão da
mureta, desacordada.
KIDO – Anjos podem voar, não podem,
Joji? Será que...
JOJI (interrompendo) – Deixe-a
em paz! Não machuque a menina ou eu juro que hoje bebo o seu sangue, Kido!
KIDO – Sabe, Joji Sasaki?! Estou
curioso para ver quem vai ser o vampiro esta noite!
Em seguida, Kido jogou a pequena Kokoro
da parte mais alta do farol. Ela também estava atada a uma corda que ao seu
limite interrompeu a queda assim como foi com Hotaru.
KIDO – Sabe, esperto, eu enchi esse
farol de gasolina! Poderia explodir tudo, não é?! Mas eu não quero chamar a
atenção de ninguém lá de fora. E isso me traz péssimas recordações, por
incrível que pareça!
Então, Kido jogou um cigarro aceso na
parte inferior do farol, e um incêndio rapidamente começou. O tempo se tornou o
maior inimigo de Joji, ele precisava salvar as duas reféns, porém a cada
segundo tudo se tornava um poço de chamas, e a medida que ele subia, era
alvejado por Kido; porém sempre conseguia evitar ser atingido.
KIDO – Esta estrutura logo vai ceder.
Sabe que não vai suportar outro incêndio.
As chamas começaram a iluminar o farol
e subir os degraus rapidamente. Joji então se desfez da lanterna e se muniu das
pistolas, olhando para aquele fulgor escarlate que parecia cada vez mais
próximo.
KIDO – Que tal, Joji? Duas marionetes
penduradas, que podem cair a qualquer momento naquele fogo! Mas precisa
escolher bem, Joji e rápido: as cordas estão bem gastas e encharcadas de
gasolina!
Joji ficou furioso. Ele jamais imaginou
que se encontraria num dilema tão cruel novamente; mas não podia vacilar,
tratou de subir as escadas apressadamente, desviando dos disparos, até sentir
que o inimigo estava sem munição.
Um segundo bastou, um avanço foi feito
e um estampido se ouviu. Joji foi alvejado de raspão no braço. Ele precisava
pensar. Como salvar as reféns? Chegar até Kido e detê-lo era o mais correto,
mas como fazer isso antes que ele disparasse ou fizesse com que alguma das duas
caísse para aquele fatídico fim?
VOZ MISTERIOSA – Não vai recorrer a
mim, Joji?
Um calafrio tomou seu corpo. Aquela
voz, não lhe era estranha. Mas o que seria?
VOZ MISTERIOSA – Você sabe quem eu sou.
Sou aquele que escolheu você desde sua existência neste mundo.
JOJI (murmurando) – Mas... o
quê?! Eu ouço! Eu me lembro!
Joji de repente se lembrou de um
passado não tão distante: de um incêndio naquele mesmo lugar, de um corpo
perecendo no fundo do mesmo. Se lembrou de que naquele momento, o tempo havia
parado e ele havia enxergado dois brilhos saindo daquelas chamas e indo até
ele. Um eu mais jovem, ferido, desesperado, estendeu as duas mãos e as tais
luzes adentraram seu ser.
VOZ MISTERIOSA – Você já possui chaves
de quatro das sete mansões celestiais. Eu autorizo você a usar uma delas agora.
JOJI (com os olhos cintilando) –
Kang!
Logo ele pôde dar um salto em questão
de segundos como se fosse flutuar, até onde estava Kido. Assustado, Kido
disparou contra Joji, mas o mesmo desviava dos projéteis como se os enxergasse
a quilômetros de distância. Não demorou para que os dois entrassem em luta
corporal; Kido não era páreo para o porte e a habilidade de Joji e logo foi
derrubado.
KIDO – Prefiro a morte do que perder
para você outra vez, Joji Sasaki! Eu jurei que de uma forma ou de outra,
destruiria você hoje!
JOJI (furioso) – Você já perdeu,
Kido! Você é um maldito perdedor, medíocre como sempre, desde que resolveu
arruinar a vida alheia para progredir. Seis vidas! Você tirou seis vidas para
nada!
Kido sabia que não poderia vencer. Mas
seu ódio o consumia; além de Joji tê-lo derrotado física e intelectualmente,
também havia o derrotado moralmente. Perdedor, medíocre, ele sentia que tudo o
que havia feito realmente havia sido em vão. Porém, ele precisava agir. As duas
reféns ainda estavam penduradas pelas cordas e o fogo ainda subia, mesmo não
tão rápido quanto ele gostaria.
JOJI – Kang!
Joji olhou para a pequena Kokoro
desfalecida. Só o seu toque bastou para que a corda se desintegrasse, e ele
tomou a pequena nos braços, voltando ao outro lado do farol e colocando a menina
atrás da mureta.
Enquanto isso, Kido subiu o mais rápido
que pôde até a parte mais alta do farol, onde já havia deixado uma arma de
grosso calibre de reserva. Então, ele apanhou a arma e disparou contra Joji que
mais uma vez saltava em sua direção; mas havia alguma espécie de barreira ao
redor dele. Era como se aquela barreira se tornasse uma armadura etérea em
forma de dragão, apenas desintegrando o projétil como se aquela potência nada
significasse. Desesperado, Kido apontou a arma para o grampo no qual a corda
que prendia Hotaru estava presa e disparou, fazendo a mesma cair; em seguida
voltando a disparar contra Joji.
Infelizmente, Joji não teve tempo hábil
para segurar a corda, visto que o disparo havia tomado a sua atenção. Ele viu a
inerte Hotaru cair no poço flamejante e desaparecer em meio àquelas chamas.
JOJI - Não... outra vez, não! Hotaru!
HOTARU!
KIDO (num acesso de loucura e
satisfação) - Perdeu outra vez, Joji!
Porém, do lado de fora se pôde ouvir a
sirene da polícia: muito provavelmente a fumaça que saía do farol deve ter
chamado a atenção de alguém. Kido se deu conta de que cedo ou tarde seria pego
e, daquela vez ele não conseguiria matar Joji Sasaki, o seu odiado rival.
De nada havia adiantado toda aquela
artimanha. De nada serviu sequestrar a pequena Kokoro e sua professora, atrair
Joji para o farol com o intuito de matar as reféns para fazê-lo sofrer e depois
matá-lo.
Logo vieram as lembranças em sua mente.
Há oito anos, ele tinha acabado de entrar na corporação e ambicionava subir.
Começou a se infiltrar e se instruir de tudo o que devia e não devia para esses
fins. Se envolveu em esquemas com a máfia nacional, servindo de informante e
esperando ter alguma vantagem. Foi a partir daí que o caminho dele e de Joji
Sasaki se cruzaram.
Era inaceitável perder. Kido era capaz
de fazer um pacto com o demônio para que assim pudesse derrotar Joji; porém não
tinha saída. Num acesso de loucura, pulou no poço em chamas diante dos olhos de
Joji, que pesava a perda de Hotaru enquanto mais uma vez acolhia a pequena
Kokoro em seus braços.
KOKORO (despertando) – Moço?!
Inexplicavelmente, labaredas se
ergueram até o teto do farol e Joji abraçou Kokoro fortemente para protegê-la.
Do lado de fora, dois policiais que já se aproximavam do local viram as chamas saindo
pelas aberturas, e logo em seguida, toda aquela estrutura ruiu deixando um
rastro de fumaça, cinzas e poeira.
POLICIAL (ao rádio) – Chegamos
ao local indicado, parece que a estrutura desmoronou. Por ora, não há como
saber se há vítimas, vamos precisar de apoio.
POLICIAL FEMININA – Isso me parece
muito familiar, sabia?
POLICIAL – Temo que o nosso velho
conhecido tenha aprontado de novo.
Então, em meio àquela névoa maldita,
algo se ergue dos escombros do farol. De repente, uma figura totalmente atípica
surge diante dos policiais envolta por uma capa, em seguida, revelando por
baixo da mesma a pequena Kokoro em seus braços. A figura, trajando uma armadura
verde e dourada com detalhes azuis, inspirada em um dragão, se aproxima de
ambos e entrega a menina para a policial.
FIGURA – Ela precisa de cuidados
médicos. O nome dela é Kokoro Ito, e ela estuda na Escola Okamoto.
POLICIAL MASCULINO – E quem, ou o que,
é você?
FIGURA – Não sei responder.
POLICIAL FEMININA – Há mais alguém ali
embaixo?
FIGURA – Deve haver. Dois corpos, o do
sequestrador, e o da outra vítima. Não pude salvá-la.
A figura então salta mais uma vez e
desaparece diante dos olhos dos dois policiais. Logo, está em local ermo, e a
armadura esvanece revelando Joji como o seu usuário.
JOJI – Eu perdi a Hotaru! Eu falhei
mais uma vez! Mesmo com isto que eu ainda não entendo, não pude fazer nada por
ela!
VOZ MISTERIOSA – Joji, o destino não
comete erros: é uma roda em constante mudança, mas jamais comete erros. Você
precisa entender isso, e assim poderá entender melhor o mistério de tudo isso.
JOJI – Mas o que é isso, afinal?! Já
são oito anos desde a primeira vez! E até agora, eu não entendo nada!
VOZ MISTERIOSA – Desta vez, você
entenderá tudo, pois é chegado o momento. O mal sempre existiu, Joji Sasaki;
porém, agora ele está fora de controle e o equilíbrio está comprometido. É
chegado o momento de intervirmos para que o equilíbrio seja restaurado, de uma
maneira ou de outra. Mas, você compreenderá isso muito em breve.
JOJI – Eu só não quero perder mais
ninguém. Eu não quero mais cometer erros!
VOZ MISTERIOSA – Mantê-lo íntegro foi
um desafio, mediante todas as provações que você passou durante a sua vida. Mas
não foi em vão, e assim podemos estar em harmonia para que enfim você possa
assumir o seu destino.
JOJI – Mas, quem é você, que fala no
meu interior?
VOZ MISTERIOSA – Eu sou... Seiryu.
Na escola, todas foram informadas de que Kokoro havia sido resgatada e estava sendo cuidada no hospital local, fora de perigo. Kaname também havia ido para o mesmo hospital, para cuidar do ferimento causado pelo sequestrador. Mas ninguém sabia nada de Hotaru, não ainda.
Já havia passado um dia desde o ocorrido, e após o horário cumprido, as irmãs Mizushima haviam entregado as crianças para os pais. Enquanto cuidavam da arrumação da escola, escutaram um barulho na porta.
SAKURA (para Tomoe) – Será que
acharam a Hotaru? (respondendo a batida) Pois não?!
VOZ MASCULINA – Toc, toc!
TOMOE – Será possível...
Sakura abre a porta, e as duas tem uma
grande supresa. Um rapaz jovem, de cabelos ruivos, com uma faixa na cabeça, uma
jaqueta, mochila nas costas e calça, sorri para elas.
TOMOE E SAKURA – Ken!
CONTINUA...
11 Comentários
Antes de mais nada, seja bem vindo à Mindstorm!
ResponderExcluirUm início interessante... Uma estréia bem legal.
Achei um pouco corrida a história, poderia ter detalhado melhor alguns acontecimentos e deixou muuuuuuitas pontas para serem desenvolvidas no futuro, mas foi um começo que deixa no leitor vontade de ver mais um pouco.
Parabéns!
Obrigado pela recepção, Norb.
ExcluirA história ainda vai se desenrolar nos próximos capítulos, a partir daí muito será esclarecido. O primeiro capítulo foi mais uma introdução para o despertar do Joji. Obrigado pela forca!
Grande Leeyu!
ResponderExcluirPrimeiramente seja muito bem vindo à Mindstorm!
Afinal....lugar de campeão é na seleção !
Um começo maravilhoso com uma premissa promissora.
Os elementos da Terra....Fogo, ar, terra, água e o éter ( metafísico).
Em outras, palavras, quintessência!
Belo título!
A história começa interessante contando basicamente sobre o passado de Joiji, suas perdas e o novo confronto com o covarde do Kido.
A forma como Jooji entrou em contato com o seu guardião/densetsu/ protetor foi muito bem construída.
Hotaru, a garota misteriosa que protegeu Kokoro, caiu entre as chamas.
A voz que falou com ela antes, indica que ela será uma das escolhidas.
Qual será o densetsu?
No final, a aparição do jovem Ken no colégio , indica que ele também tem um segredo.
Qual será?
Gostei do que vi e vou acompanhar.
Parabéns pelo trabalho!
Felicidades nessa nova trajetória como fictor!
Obrigado pelo seu apoio, querido Jirayder!
ExcluirA partir do próximo capítulo, muita coisa será esclarecida, e muitos novos elementos surgirão. Inclusive o leitor entenderá melhor o que acontece (Seiryu falou meio por alto do mal estar saindo do equilíbrio, mas isso será gradativamente exposto).
Agradeço ao carinho de todos vocês, e estou muito contente por isso!
Seja bem vindo ao Mindstorm.
ResponderExcluirTrabalho muito bem escrito e com um toque espiritual e místico. Fora de tudo senti um apelo dramático também.
Adoro esse tipo de escrita com pontas soltas pois instigam e favorecem o desenvolvimento do mistério. Série que se constrói me deixando encucado é algo maravilhoso. Naao acho bom algo que já me justifique tudo no primeiro episódio.
Aplaudo de pé e desejo que esse trabalho evolua.
Eu apenas naao colocaria a palavra FIM ao final até porque é umaa Série... Mas, entendo que é o final do capítulo. Mas, vai por mim.... Guarde a palavra fim para o último ato. Há uma sensação especial neste ato.
Bela estreia.
Poxa, Artur, gratidão!
ExcluirEstou superfeliz por estar sendo tão bem recebido por vocês.
Tudo se explicará e se encaixará devidamente, já tenho planos para o próximo capítulo.
Que bom que você gostou do primeiro, e realmente, a palavra "Fim" foi mais pra terminar o mesmo, kkkkkk.
Mais uma vez, obrigado pelo carinho!
Repetindo o que os demais lhe desejaram, seja bem-vindo ao Mindstorm.
ResponderExcluirEu percebi que o que você utilizou aqui foi pra enfatizar a urgência do momento e em quão pouco tempo toda essa ação se passou. Você consegue prender, sabe utilizar o que tem a seu dispor a seu favor e a história é prova disso.
Esse primeiro capítulo foi, ao menos pra mim, um prólogo de algo muito maior e que apenas o sequestro da pequena Kokoro (e sua quase morte) foi apenas a primeira linha dessa história que parece ser fascinante.
Não só deu pra perceber que o mestre do Joji (aliás, me identifico, haha) é o primeiro dos quatro lendários (pelo que já conversamos a respeito), mas sim algo que não sei pode influenciar (e muito) no andamento dessa história.
Resta saber o que vai ser do pessoal do orfanato daqui pra diante.
Parabéns pela sua estréia e fico no aguardo dos próximos!
Obrigado, meu querido Firefalcon, pelo carinho!
ExcluirEstou muito feliz por estar sendo bem recebido por vocês aqui; e que bom que você gostou do que de fato é um prólogo para algo bem maior que está por vir, e também não só uma, mas várias histórias entrelaçadas em Quintessência.
Um grande abraço!
E finalmente o trabalho do meu querido amigo Lee Yu está postado no MindStorm, seja muito bem vindo meu caro! Gostei muito do episódio, achei bem interessante como desenvolveu as apresentações, gostei do ambiente onde tudo se desenvolveu, eu particularmente curto muito histórias que se desenvolvem em orfanatos (ou escolas infantis) japonesas, porque me remete muito ao Kuuga, série que amo de coração! Bom, eu de início acho, usando de suposição apenas, que Hotaru ainda vai voltar, lembro que tu mencionou os personagens e parte da trama no chat, mas intencionalmente eu não li e não me atentei ao que tu colocava lá, justamente para não ter spoilers então, por isso, eu não lembro se Hotaru é uma das integrantes principais ou não, porém, ver asas no céu enquanto mais ninguém via, não deve ter sido por nada então creio, que ainda possamos ter surpresas com a Hotaru! Quanto ao Ken e os demais iremos ver mais à frente, assim como as duas irmãs da escola, e ainda tem a questão do Kido, vai que ele tenha algo também a nos mostrar ainda, cair em um poço de chamas, quando soltamos a imaginação, nem sempre quer dizer o fim de tudo! Fiquei na dúvida da Kokoro se por acaso ela tem alguma coisa a revelar ainda, mas esperemos para ver afinal, este é apenas o primeiro episódio, a introdução de tudo! Agora o Joji, eu curti muito a personalidade dele, o mistério das vozes, aliás, a Hotaru ouviu a voz também, mais um indício, e, temos a imagem que mostra os quatro deuses celestiais da China até onde eu conhece, responsáveis pelos quatro pontos cardeais ou seja, protetores do leste, oeste, sul e norte, então, isso me leva a crer que, uma vez que Seiryu surgiu, os outros também irão aparecer... Hummm, mas só tem quatro deuses e até onde percebi tem muito mais personagens que quatro... Enfim, isso veremos à frente, de qualquer forma, parabéns pelo trabalho e vamos ver o que os mistérios apresentados aqui ainda tem a nos revelar! Parabéns pelo primeiro post, parabéns pela iniciativa e ansioso pelos próximos episódios, gostei muito! \0/
ResponderExcluirCara, seja muito bem vindo ao Mindstorm. Espero que você tenha uma ótima experiência aqui no blog, os melhores(eu acho) dos meus textos eu desenvolvi aqui. Mas enfim, vamos ao texto!!
ResponderExcluirCara, eu sinceramente fiquei meio assim, tipo, o que está acontecendo, na maior parte do texto. Mas minha visão das cenas engrenou na sequencia de Joji chegando ao farol até o final quando ele entrega Kokoro aos policiais e sai voando.
Não da pra ter uma visão da historia e eu entendo isso. A trama aqui foi apenas pincelada, e acredito que o desenviolvimento venha com os próximos episodios. De qualquer forma eu gostei da sua escrita, curti a forma como você escreve e se eu pudesse te dar um conselho, seria desenvolver mais as cenas de ação, de luta, etc.. De diálagos eu achei que você manda muito bem. Parabéns pela estréia e pela historia!!
Obrigado pela recepção, Rodrigo, fico muito feliz pelos seus votos e também farei o meu possível para acompanhar os trabalhos do blog.
ExcluirSim, eu realmente escrevi dessa maneira porque eu tenho a intenção de esclarecer tudo sucessivamente, e nada ficará no limbo.
Me alegra muito saber que você gostou, e quanto a cena de ação, eu realmente não desenvolvi essa porque eu pensei que não valeria a pena detalhar o sacode que o Kido levou do Joji, kkkkkk. Mas todo conselho bem dado é bem-vindo sempre! Obrigado, companheiro, e por favor aguarde os próximos!