No capítulo anterior:
O grupo da Ilha das Rosas chega ao complexo de Araki e vai à Granja, onde estão os HMs capturados e lá, Felícia se lembra sobre seu passado.
Capítulo #11 – O Haras
Ilha das Rosas – Complexo de Araki
O grupo voltou ao saguão do complexo, com Zaira na frente. Eles se encaminharam para o corredor oposto ao que levava para a entrada da Granja. No fim do corredor, havia outra porta com leitor de palma da mão. Zaira pôs sua mão no leitor e a porta se abriu. Ela passou pela porta e os outros a seguiram. O local chamado Haras estava completamente deserto.
Zaira: “Bem-vindos ao Haras. Aqui é uma espécie de caserna dos soldados Ômega, onde passei boa parte de minha vida. Onde nós estamos estão as beliches, ali [apontando para duas portas] fica o quarto de armas e na outra, ficam os uniformes.”
Angélica: “E o painel de controle, para libertar os HMs?”
Zaira: “Calma, doutora, não terminei. Então, o painel de controle fica do outro lado. Vamos para lá, mas primeiro, quero passar no quarto de armas. Não vou demorar.”
Tarso: “Vou com você. Quero ver as armas dos soldados Ômega.”
Zaira: “Certo, Monteiro. Vamos lá.”
Angélica: “Também quero ver. Como chefe da DCT, tenho que conhecer outras tecnologias.”
Roberta: “Felícia e eu esperamos vocês aqui.”
Zaira: “Certo. Não vamos demorar.”
Então, ela entrou no quarto das armas e Angélica e Tarso seguiram-na. Lá dentro, havia um verdadeiro arsenal de fuzis, granadas, lança-granadas e pistolas, além de coletes.
Zaira pegou um lança-granadas e vestiu um dos coletes. Tarso perguntou a ela:
“Esses coletes são aqueles que explodem e que nos deixou desacordados? (*)”
Zaira: “Sim, são eles. Na verdade, eles têm dois modos de bombas, de efeito moral e à combustão. A que usei contra vocês foi de efeito moral.”
Tarso: “Entendi.”
De repente, Angélica soltou uma exclamação. Zaira e Tarso voltaram-se para ela.
Tarso: “O que foi, doutora?”
Angélica apontou para um blueprint pregado em um mural do quarto. Lá, havia um desenho de uma espécie de arma.
Angélica: “Este é um projeto que a DCT estava desenvolvendo desde os tempos de Araki. Quando ela saiu, eu dei sequência ao projeto, mas ficou abandonado, porque estava desenvolvendo as BataFardas. Pelo visto, ela queria usar o projeto para o mal.”
Tarso: “Que projeto é esse, doutora?”
Angélica: “É para construir uma espécie de canhão que dispara um raio muito mais poderoso que os disparos das BataBazookas. Este canhão seria capaz de vaporizar qualquer ser vivo com um disparo.”
Tarso: “Nossa! Imaginem isso nas mãos de Araki! Zaira, ela chegou a construir essa arma?”
Zaira: “Que eu saiba, não. Este projeto ficou por aqui, mas nunca soube de uma arma dessa sendo construída.”
Angélica: “Acho que Araki também abandonou o projeto para investir em outras prioridades...”
Tarso: “Ainda bem. Quero dizer, pelo menos, não construiu uma arma de destruição capaz de vaporizar com um disparo. Bem, vamos voltar lá para fora. Roberta e Felícia estão esperando.”
As outras concordaram e eles saíram do quarto de armas, juntando-se à Roberta e Felícia. Eles se encaminharam para o outro lado do Haras, onde havia uma cabine contendo vários monitores de TV.
Zaira: “É a sala de vigilância, onde se monitorava as celas dos prisioneiros. O painel de controle está por lá.”
Eles entraram na cabine e nas telas dava para ver os prisioneiros de dentro das celas.
Tarso: “Não quero nem imaginar o sofrimento deles por todo esse tempo...”
Zaira: “E tudo por minha culpa...”
Roberta: “Não foi sua culpa, grandona. Você só estava cumprindo ordens, mas ordens de gente mal-intencionada.”
Zaira: “Mas esse é o problema, Silva. Se eu tivesse percebido o que eu estava fazendo, teria me desertado antes.”
Angélica: “O ‘se’ não adianta mais, Zaira, já passou. Pelo menos, você reconheceu seu erro.”
Zaira: “Tem razão, doutora. Ainda vou me redimir dos meus erros.”
Angélica: “Como já disse antes, você já está se redimindo, por estar nos ajudando até agora.”
Zaira: “Para mim, não é o suficiente, doutora. Eu ainda preciso prová-los que não compactuo com mais nada da Dra. Araki.”
Tarso: “Então, você poderia começar a provar, libertando os HMs que prendeu.”
Zaira: “Tem razão, Monteiro. Agora, eles estão livres!”
Então, ela apertou um botão do painel de controle e todas as celas do corredor da Granja foram destrancadas.
Pelos monitores de TV, dava para perceber que os recém-libertos não entendiam absolutamente nada da situação.
Angélica: “E agora, para onde eles vão? Temos que voltar à Granja!”
Zaira: “Não é necessário, doutora. Aqui, há um microfone onde pode-se falar pelo alto-falante da Granja. Como alguns deles conhecem a voz da senhora, a senhora fala.”
Angélica: “Mas...mas... falar o quê? O que eu vou dizer a eles?”
Zaira: “É só a senhora repetir o que eu disser.”
Angélica: “Certo. Já estou acostumada a falar no alto-falante da BataBase. Onde está o microfone?”
Zaira apontou para uma mesa de áudio e lá estava o microfone. Angélica apertou o botão para ligar o microfone e começou a falar aos HMs libertos:
“Pessoal, aqui é a Dra. Angélica Gomes. Quando eu disse que ia dar um jeito de libertá-los, eu cumpri. Agora que estão livres, vocês vão para...para...”
Ela parou e olhou para Zaira, que disse:
“A escadaria onde fica a porta de saída”
Angélica: “...para a escadaria onde fica a porta de saída. Aí, vocês...”
Zaira: “Subam as escadas, abram a porta e sigam o corredor, virando à direita, em seguida.”
Angélica: “...subam as escadas, abram a porta e sigam o corredor, virando à direita, em seguida.”
Pelas telas de TV, dava para ver que os libertos começavam a sair das celas e se encaminhavam à escadaria que dava para a porta de saída.
Angélica desligou o microfone, virou-se para Zaira e perguntou:
“E agora? Para onde eles têm que ir?”
Zaira: “Diga a eles para esperarem no saguão e que a senhora vai levá-los aos vagonetes que vão até o continente.”
Angélica: “Entendi.”
Então, ela ligou o microfone e falou exatamente tudo que o Zaira ditou. Depois de falar, a cientista desligou o microfone.
Angélica: “Bem, nossa missão de libertar os HMs foi cumprida. Agora, só falta ver a Teia, o laboratório de Araki.”
Zaira: “Eu já lhes disse que só a Dra. Araki tem acesso à Teia (**). Porém, não custa nada tentar encontrar um jeito para irmos até lá.”
Tarso: “Então, vamos voltar ao saguão, para nos encontrar com os HMs. O que foi, Felícia?”
Felícia, que estava em silêncio todo aquele tempo, ficou inquieta repentinamente.
Felícia: “Estou sentindo que alguém vem vindo para nos incomodar. Eu posso sentir o perigo se aproximar.”
Roberta: “Sério, Fê? Você tem um ‘sentido de aranha’, mas em versão felina?”
Felícia riu e explicou:
“É que eu tenho ouvidos sensíveis e consigo ouvir de longe. Neste momento, estou ouvindo passos vindo em nossa direção.”
Angélica: “Será que é Araki? Se for, a gente mata dois coelhos com uma cajadada, libertando os HMs e prendendo Araki.”
Tarso: “Seja quem for, vamos ficar a postos. Roberta, vamos ativar as BataFardas.”
Roberta: “Certo, Tarso.”
Os dois Batarangers ativaram as BataFardas.
De repente, alguns disparos vieram na direção deles. Rapidamente, eles se abaixaram. O vidro da janela da sala de vigilância acabou sendo atingido com os disparos.
Felícia virou a fera e foi como um raio na direção de onde vinham os disparos.
Tarso: “Felícia, espere! Felícia!”
Mas ela não ouviu e sumiu da vista deles.
Tarso virou-se para Roberta e disse:
“Vá atrás dela, Roberta.”
Roberta: “Certo, Tarso.”
E ela foi atrás de Felícia em supervelocidade.
Passado um minuto, Roberta e Felícia retornaram, mas elas não estavam sozinhas. A mulher-felina estava agarrada a uma figura toda vestida de preto que usava um capacete, enquanto Roberta estava segurando as mãos algemadas do desconhecido.
Roberta: “Felícia achou esse elemento aqui. Foi ele quem atirou na gente. Aí, tive que algemá-lo.”
Tarso: “Excelente, Roberta!”
Ele apontou sua BataPistola para o desconhecido e perguntou:
“Quem é você? Por que atirou na gente?”
Antes dele responder, Zaira tomou a frente de Tarso e disse:
“Não façam nada! É o instrutor.”
Então, ela virou-se para o desconhecido e perguntou:
“Instrutor, o que o senhor faz aqui no Haras? O senhor não evacuou o local, como foi ordenado?”
O desconhecido respondeu:
“Eu resolvi ficar aqui, para vigiar o complexo. Quando vi vocês, eu atirei, pensando que eram intrusos. Aí, esta moça me atacou e a outra me algemou.”
Zaira: “Silva, solte o instrutor. Garanto que ele não nos fará mal.”
Roberta: “Tudo bem, grandona. Felícia, pode largá-lo.”
Felícia o largou e Roberta tirou as algemas. O instrutor de Zaira estava livre. Ela desativou a BataFarda, assim como Tarso.
De repente, o instrutor virou-se para Tarso e perguntou:
“Tarso Monteiro? O que faz aqui?”
Tarso estranhou e perguntou:
“Como...? Como sabe meu nome?”
O instrutor olhou para Angélica e fez outra pergunta:
“Dra. Gomes, a senhora também está aqui? O que está acontecendo?”
Angélica: “Eu é que pergunto. Como você sabe de mim e de Tarso Monteiro?”
Então, o instrutor tirou o capacete e revelou-se ser um homem moreno com o corte de cabelo militar.
Angélica e Tarso: “Capitão Torelli?!”
CONTINUA...
(*) Ler Força Especial Bataranger 2, capítulo 6 (“Uma luz no caso”);
(**) Ler Força Especial Bataranger 3, capítulo 6 (“A história de Zaira”);
No próximo capítulo:
O instrutor de Zaira conta como foi parar no complexo de Araki.
2 Comentários
O suspense desse arco tá tão grande que tem hora que penso que me falta ar... kkkk!
ResponderExcluirA todo o momento penso que Araki vão aparecer e que Zaira vão trair Tarso ,Roberta , Felícia e Angélica...
Tomara que esteja errado e vou ficar muito p da vida se isso acontecer...
Mas, o final, me deixou bolado.
Capitão Torelli,aliado de Araki?
Um traidor da FEB?
Vejamos, onde essa magnífica história desaguará.
Parabéns!
Bataranger cada vez melhor!
Obrigado pelo feedback de sempre. Sua desconfiança é válida, mas é só aguardar o desfecho. Abraço.
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