Olá Tokuleitores.
Aqui estou eu novamente com uma nova ideia.
Tentei pensar como seria escrever uma história com heróis da Marvel, mas com uma pegada de tokusatsu e, como não poderia deixar de ser, escolhi os extintos Metal heroes para começar essa experiência, criando assim...
Sentinela da Liberdade - Capitão América!
Preparei uma trinca de histórias apresentando esse novo universo que, espero, agrade aos leitores e gere mais histórias, mesclando os heróis da Marvel com outras franquias de tokusatsu.
Portanto, vamos ver como ficou essa história.
Cidade
de Nova York, Julho de 2045, um dos mais quentes já registrados em toda a
história da grande maçã, por volta da meia-noite, o calor diminuiu um pouco,
mas, ainda assim, o ar parecia sufocar, devido ao excesso de poluição e demais
estragos climáticos causados a anos pela humanidade.
Em um velho galpão abandonado, nos
arredores do Bronx, ocorria um encontro extremamente suspeito entre um grupo de
jovens, poucos aparentando ter mais de dezoito anos, mas todos devidamente
armados, e homens trajando ternos em tons escuros de verde.
— Está tudo aqui. Vocês trouxeram o
dinheiro?
— Podicrê chefia. Tá tudo nessa mala
que tu nos passou. Cadê os berros?
— Essas gírias estão fora de moda.
garoto. Não tente ser um bandido mais assustador com esse tipo de linguagem. É
ridículo.
— Tá me tirando tiozinho? É assim que
os Big Demons falam rapá!
Antes que o homem de terno, que se
mantinha à frente de seu grupo, ter a chance de replicar o jovem, um dos seus
colegas cochichou em seu ouvido e então, após um longo suspiro, resolveu
terminar o quanto antes aquela transação.
Quando a mala de dinheiro foi
finalmente entregue, os jovens foram encaminhados até um caminhão estacionado a
alguns metros do grupo, onde os esperavam vários caixotes que, assim que foram abertos,
deixaram à mostra dezenas de armas com aspecto futurista, de vários calibres,
incluindo até mesmo um lançador de foguetes.
— Agora sim moleque! Papai Noel
chegou mais cedo esse ano galera!
Os jovens avançaram vorazmente, como
um bando de cães famintos sobre um amontoado de carne, todos querendo pegar
logo uma das novas armas e logo estavam brincando, fazendo poses com seus novos
“brinquedos”.
— Espero que todos morram logo no
primeiro confronto com a polícia.
— O que que tu falou aí, ô tiozinho?
Agora chega dessa pose.
Os delinquentes então apontaram suas
armas para os homens de terno, que pareciam estar cercando-os, e apertaram com
força os gatilhos das armas, se preparando para qualquer coisa que elas fossem
capazes de fazer e, claro, para os sons dos tiros.
Ao invés disso, porém, tudo o que
tiveram foi silêncio.
— Sério mesmo que vocês acharam que
colocaríamos armas nas mãos de crianças pirracentas, sem garantir que elas
jamais seriam disparadas contra nós? Somos da Suprema Hidra, moleques, não
qualquer tipo de amadores com os quais vocês estão acostumados a lidar.
Dizendo isso, foi a vez do líder dos
homens de terno empunhar uma arma e encostar o cano na testa do jovem que
estava mais perto dele.
— As ordens eram para vender as armas
e ir embora, mas duvido que o Grande Líder vai se importar com o extermínio de um
bando de baratas.
O jovem fechou os olhos, mal tendo
tempo de se arrepender pelas escolhas que o trouxeram até ali, ou fazer uma
promessa de que, se escapasse vivo, tentaria mudar de vida.
— Shield Slash!
O grito ecoou por dentro do galpão,
chamando a atenção de todos os presentes, que mal conseguiram reagir, quando um
disco de energia voou na direção deles, atingindo todas as armas, cortando-as
ao meio, antes de desaparecer em pleno ar.
— Podemos fazer isso de duas
maneiras.
Um homem, trajando uma armadura nas
cores da bandeira americana, ia caminhando calmamente na direção dos
terroristas e criminosos, que logo trataram de sacar qualquer arma que ainda
estavam inteiras.
— Vocês podem escolher manter todos
os dentes na boca, ao se renderem e me deixar levá-los para as autoridades, ou
fazemos do jeito divertido, porém, bem doloroso para vocês.
Deixando as diferenças de lado, o
recém-chegado logo se viu cercado por cerca de trinta inimigos, entre
terroristas e jovens criminosos, mas isso só fez surgir em seu rosto, total e devidamente
oculto por seu capacete, um imenso sorriso.
— Jeito divertido então. Perfeito.
Ele estalou as articulações dos dedos
de ambas as mãos e então avançou.
Seus oponentes não tiveram a menor chance.
Marvel UT apresenta.
Sentinela da Liberdade
Capitão América #01.
Contra a hidra: Amanhã você vive, hoje você morre.
— Outro “lote”?
— É o que parece, mais um punhado de
terroristas da tal Hidra e, pra arrematar, um grupo de moleques de uma daquelas
novas gangues. Dá pra acreditar nessa merda?
— Só acredito pela quantidade de
Agentes da SHIELD que estão com o capitão na sala dele.
Em um distrito de polícia, não muito
longe de onde aconteceu a apreensão dos criminosos e terroristas, após uma
ligação anônima, o capitão da polícia, Joe Simon, tentava em vão manter
os terroristas em suas celas, alegando que precisava investigar a ligação deles
com o aumento de armas de alta tecnologia usadas pelos criminosos da cidade.
— Escuta Joe, é Joe mesmo, não é? Posso
te chamar assim? Certo então, Joe, eu gostaria muito que fosse possível te
ajudar nessa, mas esses cachorros da Hidra são nossa dor de cabeça. Acredite,
estamos fazendo um favor imenso para vocês se conseguirmos tirar os desgraçados
daqui o mais cedo possível.
— Com todo respeito Coronel Fury,
mas eu já falei que precisamos deles aqui para tentar, ao menos, conseguir
alguma pista sobre o tráfico de armamento que tá tornando as nossas ruas um
baita dum inferno.
A discussão ainda se estenderia por
algumas horas, mas, sem ser notado, um jovem que havia visto a chegada da
SHIELD à delegacia e ficara horas em um café ali perto, finalmente tirava um
pequeno fone de seu ouvido, enquanto soava o toque de seu celular.
— Oi Dennis. Alguma novidade? Certo, certo.
Perfeito. Muito obrigado cara, você fez a diferença mais uma vez. Vou reunir o
pessoal.
Ele então deixou o café e seguiu
pelas ruas, sorrindo enquanto, após recolocar o fone, percebeu como Joe Simon,
tanto quanto Nick Fury, erguia a voz, enquanto a discussão entre os dois
seguia.
“Quero ver você dobrar esse policial,
coronel.”
O pensamento fez com que ele sorrisse
outra vez, enquanto guardava o fone de uma vez, desligando a escuta plantada no
escritório do policial, algumas horas
antes da chegada da força mundial mantenedora da paz, o que permitiu ao homem
ouvir o que era dito a respeito de sua última ação, que havia resultado na
prisão dos terroristas e criminosos, além do bloqueio de dezenas de armas que,
provavelmente, já estariam espalhadas pelas ruas de Nova York naquele momento.
Conforme ele se colocava a fazer
várias ligações, algo chamou a sua atenção, reparando no jeito que um rapaz
segurava o pulso de uma mulher, com força o suficiente para até mesmo tremer
sua mão, além da forma como ela se movia e voltava sua cabeça para os lados.
Por uma fração de segundos os olhos
dela cruzaram com os do homem, o que foi suficiente para ele reconhecer de
imediato o que eles transmitiam.
O mais profundo e completo medo.
Encerrando suas ligações, o homem
seguiu o casal pelas ruas. Até finalmente se fazer notar pela mulher assustada
que, de imediato, abriu a palma de sua mão livre para esconder o polegar por
debaixo dos demais dedos, um símbolo internacional de pedido de socorro.
Assim que eles entraram em uma
lanchonete, a oportunidade de ajudá-la surgiu quando a garçonete, avisada da
situação pelo homem que os seguia, derrubou café quente no colo do agressor,
que finalmente soltou a garota, levantando furioso.
Assim que ele se direcionou à moça do
café, que deu alguns passos para trás, buscando se proteger, um punho certeiro
atingiu o queixo do agressor, que literalmente desabou no chão, tal qual um
boneco largado por uma criança.
— A polícia deve chegar antes dele
acordar. Você está ferida moça? Precisa ir até um hospital?
— N-não… Eu… Muito obrigada!
— Não precisa agradecer. — dizendo
isso o homem foi se voltando para a saída da lanchonete. — Estou feliz só de
você estar bem. Até.
— E-espera! Qual o seu nome?
— Steve Rogers. Se cuida, tá?
E então ele se foi.
Horas mais tarde, quando finalmente o
coronel Nick Fury saía do distrito policial, após chegar a um acordo com o
capitão da polícia, um toque específico de seu celular particular chamou sua
atenção e ele atendeu, já sabendo de quem se tratava.
— Ah! Agora o senhor liga não é? Tô a
horas resolvendo a sua bagunça e… O que? Onde? Vou reunir uma equipe
imediatamente e… Como assim você já fez isso? Não pode entrar desse jeito,
mesmo que tenham crianças lá dentro! Me espera e… Droga!
Assim que a ligação foi interrompida,
o líder supremo da SHIELD correu até a nave mais próxima, despejando ordens
para que uma equipe de assalto fosse reunida imediatamente, passou as
coordenadas que conseguiram ao rastrear a ligação e ordenou que o piloto partisse
imediatamente.
Poucos minutos se passaram e logo ele
e vários outros agentes estavam diante de um prédio, localizado em um bairro
residencial, pouco afastado do centro financeiro de Manhattan.
— Merda Rogers… Que você não tenha
feito nenhuma cagad...
O coronel Fury não pode terminar a frase pois, naquele mesmo instante, o prédio explodiu.
Continua.
6 Comentários
Grande Norberto
ResponderExcluirPrimeiramente ,parabenizo-o pela iniciativa de inovar e você fez isso, ao colocar elementos tokusatu no rico universo Marvel.
No nosso grupo, você disse que muitos fazem fanfics unindo Marvel/DC com heróis do universo tokusatsu ou anime.
De fato ocorre. Só que o foco são crossovers.
Na plataforma Spirit acompanho algumas obras com esse perfil.
O seu mérito é isso ninguém vai te tirar é criar uma Terra específica dentro do Universo Marvel, onde a mescla de elementos consagrados nos tokusatsus interajam de modo harmônico com toda a mitologia Marvel ( poderia ser DC).
E, com o Capitão América , deu muito certo.
Por suas características pessoais, o Capitão América se identifica mais com a proposta Metal Heroe, embora, o Homem de Ferro também cumpra bem esse requisito.
Essa sua leitura, foi o que mais me conquistou !
Você criou algo meio que faroeste do futuro e a combinação com elementos dos Metal Heroes deu liga.
Ficou bacana a forma como o Rogers abordou os terroristas.
Eu curti pra caramba!
Que venham mais heróis da Marvel ou da DC com essa pegada
Parabéns!
Muito obrigado pela leitura e comentário.
ExcluirA própria Marvel já "arriscou" criar mesclas de seus heróis e com temas orientais, o que resultou no Mangaverso, com títulos transitanto em bons, médios e ruins.
Acredito até que o Homem de Ferro se encaixa ainda mais nos Metal Heroes, mas sou fã do Capitão... hehehe.. .Normalmente começo esses projetos pensando em uma versão dele.
Espero que você continue gostando.
Valeu mesmo
Olá, Norberto!
ResponderExcluirVou ser direto: *Sentinela da Liberdade* me prendeu do começo ao fim. Confesso que, sendo alguém que não é tão fã do universo Marvel, fui surpreendido com o quanto sua história me cativou. Sua narrativa conseguiu equilibrar perfeitamente ação, suspense e desenvolvimento de personagens, algo que é difícil de alcançar, ainda mais ao integrar universos tão distintos como Marvel e tokusatsu.
Pontos de destaque:
1. Ambientação:
O cenário de uma Nova York sufocante em 2045, castigada pelas mudanças climáticas, é extremamente visual e convincente. Esse pano de fundo adiciona um tom sombrio e atual, sem soar forçado.
2. Diálogos:
As trocas de falas, especialmente entre os delinquentes e os homens da Hidra, fluem bem e trazem personalidade aos personagens. As gírias e conflitos linguísticos são realistas, contribuindo para o dinamismo da cena.
3. Ação bem estruturada:
A chegada do Capitão América foi épica. O uso do "Shield Slash" para neutralizar as armas antes do confronto direto foi muito criativo, e a escolha entre "jeito fácil ou divertido" deu o tom perfeito ao personagem. Isso fez com que o Capitão mantivesse sua essência heroica, mas com um toque moderno.
4. Construção do Steve Rogers:
Apesar de ser um ícone da Marvel, você conseguiu trazer uma nova camada de humanidade ao Capitão América. O resgate da mulher em perigo foi sutil e tocante, demonstrando que, mesmo em um futuro tão caótico, Steve continua sendo aquele herói que olha pelos pequenos detalhes.
5. Suspense final:
A explosão no clímax foi um gancho perfeito para o próximo capítulo. Essa tensão mantém o leitor ansioso para saber o que aconteceu, equilibrando bem ação e mistério.
Sugestões para refinamento:
- A interação entre o jovem que espiona a delegacia e o restante da trama ainda parece desconectada. Talvez você possa dar mais dicas sobre como ele se relaciona com o conflito central.
- O título do capítulo já é forte, mas poderia ser trabalhado para refletir mais a dualidade entre o Capitão e a Hidra.
No geral, sua história não só arrebentou, como conseguiu prender até alguém que não é fã de Marvel. Está de parabéns, e mal posso esperar para ler a continuação!
Muito obrigado pela leitura e comentário amigão!
ExcluirSobre os pontos de destaque:
A ambientação. Eu realmente quis mostrar que, em poucos anos, sentiremos mais as mudanças climáticas, bem como mostrar que algumas coisas mudaram no futuro e outras não.
Diálogos. Confesso que o uso das gírias dos jovens criminosos foi algo difícil de fazer, mas fico feliz por ter dado certo.
A ação. O Shield slash é o nome de um dos golpes do Capitão no jogo Marvel VS capcon e achei que caberia para dar um ar mais tokusatsu nas ações dele quando usando a armadura.
Sobre o Steve. Esse é a minha versão do personagem que, em algum momento ganhará sua origem devidamente mostrada, por isso achei interessante mostrar a cena dele ajudando a garota, no estilo Reacher da série de mesmo nome.
Sobre o gancho final. Eu adoro encerrar assim minhas histórias... Sempre que posso tento deixar os leitores ansiosos pelo próximo capítulo.
As suas sugestões foram perfeitas e pertinentes.
Sobre o Jovem da Lanchonete, já falei com você em off.
Sobre o título, eu fui atrás de nomes de histórias famosas do Capitão e tentei linkar com essa explosão no final, mas realmente precisava ser melhor ligado ao restante da história. Tentarei ajustar isso no futuro.
Valeu mesmo meu amigo. Seu comentário foi muito instigante.
Norberto... Cê tava escondendo o ouro, né?
ResponderExcluirConto muito bom, a imersão estava muito boa, estaria até melhor se eu tivesse ouvido o seu conto com uma música de fundo, mas como eu não sabia qual por, porque o Capitão América que você descreveu estava um pouco diferente do que eu vi nos filmes da Marvel - acredito que seja mais próximo dos quadrinhos, não tive nenhuma dica do que eu poderia utilizar.
Mas afora isso, me senti imerso na história, que mostrou uma Manhattan do futuro ainda decadente por causa do excesso de armas nas mãos erradas e disseminadas por mãos mais erradas ainda.
Obrigado por compartilhar o conto. Até!
Valeu mesmo pela leitura e comentário.
ExcluirEsse Capitão é uma versão criada por mim, não é nenhum dos já apresentados, seja em hqs, desenhos ou no MCU, por isso, como raramente penso em músicas para acompanhar meus contos, fiquei devendo.
fico feliz que, apesar disso, você tenha gostado.