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Clássicos MINDSTORM -Tributos - Artigo 04

 

 

 

Clássicos MINDSTORM- Tributos 

Artigo 4 


Esquadrão Mítico Tupangers  




Olá pessoal,tudo bem?

Saudações Jirayrideranas...

“Um viva a nossa rica mitologia dos povos originários do Brasil, os indígenas!"

Com esse brado em forma de ode ao nosso país e nossa cultura , no quarto artigo dos "Clássicos Mindstorm", eu, o Jirayrider_Decade, venho prestar minha humilde homenagem, me debruçando sobre essa grande obra do universo das fanfics, que abrilhanta o nosso blog!

Convido aos queridos leitores a embarcar comigo nessa fascinante viagem às origens do nosso querido Brasil.

A partir das próximas linhas, apresento-lhes o rico e empolgante universo criado pelo talentosíssimo colega fictor, Jorge Augusto, o Pássaro Flamejante, George Firefalcon!

Venham comigo ...

Sejam bem vindos ao mundo do Esquadrão Mítico Tupangers, o Sentai brasileiro, herdeiro de Tupã e do riquíssimo panteão de divindades indígenas!

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Introdução 

Em conversas privadas, o nosso querido e talentoso colega fictor Jorge Augusto, também conhecido como George Firefalcon, de modo modesto se refere à Esquadrão Mítico Tupangers , um Super Esquadrão (ou Super Sentai se preferirem) brasileiro baseado na rica mitologia dos povos originários brasileiros, os nossos queridos indígenas, como “algo despretensioso”.

Na verdade, para um leitor atento a detalhes como este que vos fala, essa obra tem uma mensagem ousada, atemporal e poderosa, trazendo muita poesia e transcendendo em questões filosóficas, misturando de forma autêntica e sublime, ficção e realidade, numa homenagem sincera a nossa cultura raíz, um pouco esquecida por nós, resgatando a história dos verdadeiros povos do Brasil, com uma aventura pra lá de impactante.

Esse resgate a nossa verdadeira história, trazendo uma visão “indigenocentrista” (termo criado por mim) de mundo.

Acostumados que somos à visão europeia dos povos colonizadores de outrora (Portugal, Espanha, França, Inglaterra e Holanda), esse resgate à visão dos povos primitivos de nossa terra, traz uma ressignificação da história como a conhecemos...

Através das perspectivas dos nossos indígenas, valorizando suas crenças, seus valores e ideais de profundo respeito à natureza e aos elementos fundamentais que regem à vida em nosso planeta, somos, inevitavelmente levados a uma reflexão sobre o nosso mundo atual e como poderíamos interagir com a “Nossa Casa Terra” de maneira menos destrutiva e mais harmoniosa.

Um verdadeiro tapa na cara da sociedade autoproclamada civilizada.

Tupangers é soberbo quando toca nas feridas que a própria humanidade criou para ela mesma, ao longo de milênios, reforçando a premissa universal que diz que “a semeadura é facultativa, mas a colheita de tudo que fazemos é obrigatória”...

A chamada “lei do retorno” ou, “lei da ação da causa e efeito”, tão disseminada em várias culturas e vertentes religiosas do mundo.

Feita essa contextualização filosófica necessária, vamos à história em si.

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A história

A história já começa bem emblemática mostrando duas realidades paralelas, mas que vão interagir daquele ponto por diante.

A do plano mítico, onde o autor Jorge, de maneira esplêndida começa assim:

Floresta Amazônica, plano mítico.

Um ambiente caótico por si só, onde os animais vivem a lei do mais forte, e o equilíbrio reina no caos, e no caos natural há ordem.

Porém não era bem assim naquele momento.

Os deuses naturais estavam tendo problemas com todas as queimadas, e inimigos que há muito haviam sido selados foram libertados, e já se ocultaram para planejar sua vingança contra os guardiões. Neste momento, como espectadores, conseguimos apenas ver suas sombras, nada além disso.”...

Ao mesmo tempo, no plano real, mais especificamente, na cidade de São Paulo, três jovens amigos, sendo dois rapazes (Fábio e Pedro) e uma garota (Ada), com jeitão nerds conversavam sobre amenidades e seus gostos em comum, quando a cidade de São Paulo, é atacada por um monstro gigante.

A princípio, Pedro, um dos jovens testemunhas do ataque, ligado que era aos “tokusatsus”, gênero pop japonês de filmes de ação de Super heróis nipônicos como, os Ultras, Jaspion, Kamen Riders e Super Sentais, com grande número de fãs em nosso país, julgou que poderia ser uma espécie de filmagem para esse tipo de conteúdo.

Contudo, ao verem que não era ficção o que seus olhos viam, enquanto muitos corriam desesperados, tentando fugir daquela cena infernal, meio que por instinto natural , os três decidiram ajudarem a polícia socorrendo pessoas feridas ou, ajudando na evacuação das pessoas...

Era o que o inconsciente de cada um decidiu fazer...

A forma deles se sentirem úteis em meio ao caos, ajudando naquilo que podiam.

O que eles não poderiam imaginarem é que essa atitude voluntária e empática, frutos da suas vontades de ajudarem, era observada por seres pra lá de especiais: os seres míticos do panteão de divindades dos nossos povos originários.

Liderados pelo deus Tupã, os jovens, sem sobreaviso, foram transportados daquele caos em que se encontrava a cidade de São Paulo para a Amazônia Mítica .

Em contato com Tupã, Ceuci e Guaraci, que tinham em comum a aparência indígena , morenos, altos, corpos definidos, apenas as vergonhas inferiores cobertas. Torsos nus e olhares variando conforme o sentimento que irradiavam, os três jovens são chamados a uma grande missão: defenderem a Terra!

Transcrevendo a escrita do autor Jorge, “logo os três amigos perceberam que os três irradiavam poder. Eram mesmo deuses daquele lugar. Seus olhos denotavam seus poderes: suas írises eram da cor das luzes que envolveram cada um, azul, amarelo e verde respectivamente”.

Tupã diz:

Queremos que nos ajudem a combater todo esse mal que foi liberto da Amazônia humana, com as queimadas que estão acontecendo”...

Tomados por um sentimento que misturava grande responsabilidade com a euforia natural de serem úteis, os três amigos, com os poderes fornecidos pelas três divindades , baseados nos animais sagrados da fauna amazônica

Nascia assim o Esquadrão Mítico Tupangers!

Fábio, o líder daquele trio, se torna o Tupan Blue, Pedro, o Guará Yellow e Ada, a Ceuci Green.

Transportados de volta ao Plano Real, Fábio vestia um traje armadurado azul de linhas retas com um capacete em formato de Arara Azul, que era o seu símbolo. Tão logo ele vestiu a armadura, entendeu que a pedra que segurava era um Lápis-lazúli, e que seus poderes seriam baseados no raio.

Ada havia assumido a forma de Ceuci Green, a colíder. Vestia um traje armadurado verde de linhas retas com um capacete em formato reptiliano de Sinimbu, que era seu símbolo. Entendeu que sua pedra era uma Esmeralda, e que seus poderes seriam baseados na madeira.

Por fim, Pedro havia assumido a forma de Guara Yellow, especialista em armas. Vestia um traje armadurado amarelo de linhas retas com um capacete em formato de Lobo (o Guará), que era seu símbolo. Entendeu que sua pedra era um Berilo, e que seus poderes seriam baseados no fogo.

Após transformados, eles sentiram o poder dos deuses brasileiros fluindo por si, através da conexão com os animais sagrados, chegando à conclusão que havia nada que não pudessem fazer.

E, unindo seus poderes sagrados venceram o terrível monstro!

Eufóricos com aquela vitória, os jovens guerreiros são levados de volta ao Plano Mítico, onde eles foram recebidos por vários animais silvestres e por uma jovem e linda indígena chamada Ayra, enviada pelos deuses do Plano Mítico para assessorá-los como uma espécie de tutora da nova equipe.

Enquanto isso, o verdadeiro inimigo, de modo oculto, observa a ascensão da nova equipe e começa a agir nos bastidores , até se revelar no meio da série, se mostrando um velho conhecido de Tupã e das demais divindades do Panteão Mítico.

Seu nome?

Japeusá, a essência do mal!

Manipulando os sentimentos ruins e emoções das pessoas e, até de notórias figuras públicas do nosso país, Japeusá se mostrou um inimigo ardiloso que exigiu muito de nossos heróis...

Numa comparação simplória da minha parte (ressalto aqui), eu comparo-o, ressalvando as devidas diferenças de metodologia e ação, ao icônico Satã Goss, inimigo do Fantástico Jaspion, um dos tokusatsus preferidos dos brasileiros.

Se Satã Goss teve a origens nos sentimentos negativos dos seres do universo, condensando toda a maldade em si, Japeusá, por métodos diferentes ( mais sutis, talvez) atingiu o mesmo resultado.

Se Satã Goss, usava os sentimentos ruins das pessoas contra elas mesmas e enfurecia os monstros , Japeusá não era menos vilanesco.

Em um dos episódios mais memoráveis da saga (sem entrar em maiores detalhes para não dar spoiler), ele atuou nas sombras, gerando o caos da terrível, mortal e dolorosa, Pandemia da Covid-19.

Pra mim, a metalinguagem usada pelo nosso querido George, fazendo um icônico paralelo entre ficção e realidade, ao lado do final, recheado de poderosos recados éticos filosóficos, foram o apice da narrativa...

Não bastasse todo esse caos gerado, qual seria a sua verdadeira ambição?

Em meio às novas batalhas e a premente necessidade de expansão e maior utilização dos poderes dos deuses míticos; novos integrantes (que serão detalhados mais a frente) foram incorporados à equipe, chegando à nove integrantes.

Todos eles, com suas virtudes e defeitos e suas humanidades expostas da melhor maneira possível.

A autor George faz um maravilhoso trabalho de desenvolvimento individual e coletivo, mostrando que sim, é perfeitamente possível, conviver com as diferenças de personalidades de cada integrante e, ao mesmo tempo, ter uma equipe coesa e focada no seu objetivo que é salvar a Terra da maldade suprema.

O mais legal disso tudo é que esse entrosamento entre os membros e também com as divindades do plano mítico, não ocorreu de modo forçado. Foi gradual e espontâneo, o que tornou a narrativa mais crível e realista.

Já que falamos sobre os personagens, que tal conhecê-los, um pouco mais? 

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Os personagens

Os três primeiros Tupangers

Tupan Blue, o líder 1.

Fábio, 30 anos, negro, 1,75 m, 70 Kg. Mestre em Muay Thai Graduação Khan Sib Sam. Decidido, líder nato e se preocupa com todos. Atirado e impulsivo. É vendedor em uma loja de departamentos. Normalmente está com uma camiseta branca por baixo, com uma camisa social por cima e uma calça de sarja. Olhos castanho-escuros, cabelo castanho-escuro em estilo Black Power.

Referência a Tupã, à arara azul, o símbolo do raio, pedra lápis lazúli.

Sua arma é um sabre.


Fábio , o líder 
Tupan Blue


Guara Yellow

Pedro, 22 anos, asiático, 1,60 m, 55 Kg. Mestre em Kung-Fu, estilo Long-quan (punho do Dragão). Sempre solícito, gosta de ajudar os outros. Trabalha como programador em uma empresa de e-commerce. Sempre está vestido com uma calça jeans e uma camisa social xadrez, com um sapato social. Olhos castanhos, cabelos castanhos, lisos e bem grandes.

 Referência a Guaraci, ao lobo guará, o símbolo do sol, pedra berilo e sua arma é um canhão de mão. 

Pedro  


Guará Yellow


Ceuci Green

Ada. 23 anos, branca, 1,80 m, 75 Kg. Mestre em aikijutsu e boujutsu. Repórter, quer ajudar a todos quem puder. Olhos cor de mel, cabelo castanho médio liso (estilo índio), roupas despojadas, mas sempre está de jeans e camiseta – senso prático de moda. Vice-líder nas duas lideranças de equipe.

Referência a Ceuci, ao Sinimbu (uma espécie de camaleão, réptil), o símbolo da folha e pedra esmeralda e sua arma é um chicote.

 

Ada 


Ceuci Green

Os demais Tupangers

Anhum Gold

Alexandre, 25 anos, branco, 1,70 m, 65 Kg. Mestre em capoeira e Karatê estilo Grace, é o mais sensível de todos. Olhos castanho-claros com laivos em vermelho, cabelo liso de um preto quase graúna. Anda com camisa despojada e calças de sarja, com mocassins. Referência em técnicas mentais.

É um talentoso músico, referência direta ao deus que representa, uma referência a Anhum, ao Mico Leão Dourado e à pedra âmbar.

 Sua arma é um machado de duas mãos, que também funciona como uma guitarra). 


 
Alexandre 

Anhum Gold 




Pice Brown

Débora, irmã gêmea de Eduardo, 27 anos, branca, 1,75 m, 65 Kg. Mestre em Krav Magá 2º dan, é sensitiva. Sabia dos deuses desde muito pequena, independentemente de sua localidade.

Anda com um vestido longo casual florido com uma sandália rasteira.

Referência em tecnologia, fará par com Pedro.

 Trabalha como programadora freelance. Loura com cabelos chanel, olhos azuis. (Referência a Picê, ao Veado-mateiro e à pedra Jaspe.

 Seu símbolo é uma pena e sua arma é um par de adagas).

Anha Black:

Eduardo, irmão gêmeo de Débora, 27 anos, branco, 1,75, 70kg.

 Mestre em Krav Magá 6º dan, é o porradeiro dos dois, mas também sabe dos deuses desde muito pequeno, graças à sua irmã.

Anda com uma calça jeans e uma camisa social para fora da calça, com um mocassim. Detesta violência gratuita e adora proteger os animais.

É Biólogo marinho.

 Louro com cabelos em corte militar, olhos azuis.

Sua referência a Anhangá, à Graúna e à Obsidiana.

 Seu símbolo é um triângulo (como se fosse um pedaço de vidro quebrado) e sua arma é um par de sais.

 
Os gêmeos Débora e Eduardo


Pice Brown


Anha Black 



Yara Light Blue:

Amanda, 29 anos, morena jambo, 1,70m, 65 Kg.

Mestre em yarijutsu, último dan. 

Ex- namorada de Fábio, a um primeiro instante, parece fria, mas é apenas impressão.

Trabalha como analista de comércio exterior.

Normalmente usa um vestido azul com uma bermuda de cor lisa por baixo, para evitar contratempos, e sapatos confortáveis.

Cabelos negros extremamente lisos e grandes, olhos cor de mel.

 Referência a Iara, arraia azul, o símbolo de uma gota d’água, pedra Água Marinha, um tridente.

Poderes referenciados: Peixe Babel: uma aura azul que pode ser colocada ao redor de um aliado para fazê-lo entender e falar o idioma de algum local específico. 

 
Amanda  


Yara Ligth Blue 


Caupe Pink

Ísis, 27 anos. Cabelos cor de fogo, naturais. Olhos verdes com laivos dourados, rosto afilado e sardento. Usa uma camiseta cheia de babadinhos e uma calça jeans de marca colada ao corpo, com uma sandália de salto alto (quando a conhecemos), depois uma rasteirinha (quando entende que terá de lutar).

É mestra em arco e flecha, além de Jiu Jitsu estilo Gracie. Seu principal poder é manter a mente dos Tupangers forte.

Referência a Caupé e ao Boto Cor-de-Rosa, o símbolo de uma rosa e o quartzo rosa) Ísis,

Sua pedra é o quartzo rosa e o animal, o Boto Cor-de-Rosa. Passa a ser modelo. 

 
Ísis  

Caupe Pink


Jaci White, a líder 2

Tsukiko, 28 anos.

Cabelos negros como a noite, olhos castanho-escuros, corpo bastante curvilíneo.

Pele avermelhada, natural dos índios.

 Usa uma camiseta básica branca e uma calça de tecido liso com o comprimento até os tornozelos, calçados rasteiros, confortáveis.

Usava um jaleco branco por cima da roupa.

Mestra em Yarijutsu, último dan, técnica mista entre japonesa e ameríndia brasileira. Sua pedra é o Diamante e sua ave é uma Suindara Branca, uma espécie de coruja brasileira. Sua função é compartir a liderança dos Tupangers com Fábio.

Referência a Jaci, sua arma é uma lança com ponta metálica branca.


Tsukiko 


Jaci White

Aiyra

A avatar dos deuses, que cuida dos Tupangers e lhe envia as armas por magia.

Significa o dia, o feminino, a luz. Índia clássica de túnica branca. 

 
Ayra


Iúna

Contraparte de Aiyra, cuida de Aiyra e de sua sanidade.

111 Em sua ausência ajuda os Tupangers da mesma maneira. Significa a noite, o masculino, as trevas. Índio clássico de túnica negra.

Iuna


Deus Tupã (Imagem retirada da página do Facebook Xamanismo 360 )


Representação da entidade Japeusá ( página  do Facebook "Rio Negro")



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Impressões pessoais e legado

Falar do Esquadrão Mítico Tupangers é falar de uma obra emblemática e única!

Tupangers, pra esse autor que vos fala, é uma obra com varias leituras.

Com várias nuances!

Atualíssima, Tupangers, propositalmente, sem ser ideológica e panfletária, toca em vários pontos essenciais, trazendo ao debate temas sensíveis e controversos numa profunda e apaixonante reflexão filosófica e ética.

Muito mais que as clássicas batalhas entre heróis e vilões e entre o bem e o mal, as diferentes cosmovisões de mundo, principalmente no que tange a visão dos nossos indígenas, totalmente oposta a visão do chamado “mundo civilizado”, mostrando a reverência dos povos indígenas originários com os elementos sagrados que compõem a vida em nosso planeta, algo que o mundo moderno, tem tratado com desleixo e pouca importância, é o que mais me impacta na leitura.

De forma gradual, sem atropelos, todo esse cenário vai se descortinando aos nossos olhos com a caneta crítica de um autor que presa pela cultura e respeito às diferenças.

É gritante o choque cultural que essas visões de mundo tão distintas causa nos leitores, que se veem naturalmente instados a refletirem que, tudo poderia ser diferente, se o respeito aos elementos básicos que são responsáveis pela nossa vida na Terra, fosse uma premissa básica, de todos os povos, independente dos credos religiosos , ideologias políticas ou níveis sociais.

A necessidade de se proteger a nossa natureza também é tratada com maestria e refinada sensibilidade pelo Jorge. Nesse contexto os deuses do Panteão Mítico trazem a poderosa mensagem de se conectar ao sagrado, integrando de forma uniforme corpo, mente, espírito e natureza, questionando as consequências do progresso tecnológico sem o correspondente progresso moral e ético.

Essa dicotomia ético-filosófica é a linha-mestra da narrativa, que vai além.

Não bastasse isso, George Firefalcon resgata de modo sublime a religiosidade, a espiritualidade e riqueza cultural e histórica de nossos povos ancestrais, tão negligenciada em nossos dias.

A preocupação do autor em mostrar a diversidade do povo brasileiro, também é um ponto de destaque. 

Os personagens mostram claramente o quão miscigenado é o povo brasileiro e quanto isso é valioso pra nossa cultura, mostrando que sim, é possível conviver com as diferenças.

Os personagens são a síntese do nosso Brasil: indígenas, negros, loiros, asiáticos e ruivos.

Esse resgate, esse mergulho em nossas raízes culturais, além de necessário, é fundamental para que a herança dos povos indígenas jamais seja esquecida, afinal, rever o passado, é ressignificar o presente e mudar o futuro.

Pode soar clichê o que vou dizer mas, em tempos de intolerância, desinformação e discurso de ódio contra minorias, o fato é que um povo sem história é um povo destinado a não ter um futuro próspero.

Sem se deixar levar essa ou aquela ideologia política, muito mais que uma obra de ficção, uma fanfic, baseada num Super Esquadrão, o Esquadrão Mítico Tupangers é um convite ao leitor a conhecer o verdadeiro Brasil, um pais miscigenado, onde os povos se misturam e conseguem conviver com as diferenças, apesar de uma minoria barulhenta e raivosa que não representa o povo brasileiro.

Lanthys Lionhearth, um dos autores Mindstorm, seguindo nessa linha, tem um importante relato a nos apresentar.

Confiram:

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“É impossível não sentir um enorme orgulho ao testemunhar o fim de uma jornada que acompanhamos desde os primeiros dias do blog. Como o próprio Norb já mencionou certa vez, chega um ponto em que tudo que precisava ser contado já foi, e o desfecho se torna inevitável — pelo menos dessa fase!

Sinceramente, não esperava que o encerramento tomasse um rumo tão reflexivo e profundo. Ver Japeusá confrontar suas falhas e tentar remediá-las foi uma escolha brilhante — muito mais impactante do que simplesmente destruí-lo. Foi uma decisão ousada e extremamente bem executada.

Outro ponto que me encantou foi a forma como os heróis lidaram com sua elevação ao status de semi-divindades. Durante a batalha, eles demonstraram um domínio maduro de seus poderes, dosando sua força com sabedoria. Isso mostrou claramente o quanto cresceram e evoluíram ao longo da trama.

Agora, aqueles jovens inexperientes se transformaram em figuras míticas, prontos para enfrentar novos desafios — sejam elas batalhas épicas ou missões por um mundo mais justo, por outros meios.

Criar um super sentai com identidade brasileira, explorando o folclore de forma criativa e ainda conseguir construir um universo tão heróico, ambientado aqui mesmo no Brasil, é algo que exige não só talento, mas muita coragem e visão.

Tupangers deixa saudades, mas a expectativa do que ainda vem por aí nas mãos deste escritor, também são intensas e extensas!”

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Por tudo o que foi dito acima, eu, Jirayrider_Decade, indico a leitura desse grande Clássico Mindstorm!

Deem uma chance a esse grande trabalho de um talentosíssimo autor!

Por Tupã e pelos deuses do panteão indígena, avante, Esquadrão Mítico Tupangers!

Até a próxima!


2 Comentários

  1. Eu fiquei emocionado com tamanha homenagem. É como eu disse, Tupangers foi escrito de maneira completamente despretensiosa, em que me deixei levar pela história em si, a construção dos personagens veio de maneira natural, e ainda mais, foi a primeira obra que eu escrevi para a Mindstorm. Eu tava bem empolgado na época.

    Caro Jirayrider, obrigado pela homenagem e por contar a história sob a sua ótica.

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    1. Grande George!

      O mérito é todo seu por construir uma história tao emblemática , quanto autêntica.

      Tupanger merece todos os aplaudose honras.

      Uma história que me marcou muito.

      Obrigado por nos presentear com essa obra inesquecível e que engrandece a Mindstorm.

      Fico feliz que tenha curtido!

      Gratidão!

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