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Lugi Ep 9

 



Capítulo 9 -  Dynamist

"Quando a fúria vem do amor, cada golpe é o eco de quem luta para não perder o essencial."



Anteriormente em Lugi:



“Não vou perder tempo…”


Sem hesitar, correu até Luís, ainda caído e debilitado. O coração dela batia forte, cada segundo pesando como uma eternidade. Com cuidado, mas em urgência, ergueu-o em seus braços e o levou rapidamente para dentro do carro. Enquanto o colocava no assento, sua mente fervilhava.


Eu não vou perder mais alguém que gosto… não de novo.


Esse pensamento ecoava em sua mente com uma dor cortante, cada palavra sendo um juramento silencioso. E, como se o próprio anel respondesse a esse juramento, uma onda de informações começou a invadir a mente dela. De repente, Origami passou a compreender por completo o funcionamento do carro, como se sempre tivesse treinado com ele. Os comandos, os sistemas, a energia que o movia — tudo estava claro, tudo estava dentro dela.


Ela percebeu, surpresa, que o veículo não precisava ser apenas dirigido; podia se mover de forma autônoma, bastava que ela ordenasse. Terminando de ajeitar Luís, sentindo o calor frágil dele sob seus dedos, ela tocou o painel e, com a voz trêmula mas decidida, disse:


“Cuide dele… e o leve pra longe daqui. Depressa. Leve ele pra base.”


O carro reagiu imediatamente, sem emitir nenhuma palavra, mas a resposta estava clara. As luzes do painel brilharam, o motor rugiu baixo, e o veículo parecia pulsar em sintonia com a ordem de Origami.


Por mais que desejasse entrar junto, algo dentro dela sabia: havia coisas mais importantes agora. O peso da escolha apertava seu peito, e uma fração de segundo de fraqueza a fez desejar poder se dividir em dois, estar ao lado de Luís e, ao mesmo tempo, lutar contra a ameaça. Mas não havia tempo para lamentar.


O carro se fechou automaticamente, protegendo Luís, e em seguida deu a ignição, preparando-se para partir. Origami observou com olhos marejados, tentando se consolar com a ideia de que pelo menos ele estaria seguro.


Enquanto isso, o chão tremia com a marcha da tropa inimiga. Os homens sinos avançavam cada vez mais perto, formando uma linha sólida de ameaça metálica. Mas o que fez o coração de Origami gelar por um instante foi a visão de dois sinos dourados surgindo à frente, caminhando lado a lado.


Os líderes.


A aura deles era diferente, mais pesada, quase sufocante. As armas que carregavam pareciam mais ornamentadas, e os sinos dourados em suas cabeças refletiam a luz com um brilho quase divino, mas opressor. Eles não corriam como os demais; marchavam com a confiança de quem sabe que a vitória é inevitável.


Origami respirou fundo, seus punhos cerrados, o anel brilhando em sua mão ensanguentada. A guerra pessoal dela acabara de mudar de escala.












O carro rugiu e disparou em alta velocidade, levantando poeira e faíscas pela rua destruída. Os olhos de Origami acompanharam a fuga por um breve instante, o coração pesado, mas logo sua atenção foi puxada para a marcha lenta e ameaçadora que ecoava pelo chão. No meio da tropa de homens sinos, dois deles se destacavam com uma imponência inegável. Seus sinos eram dourados, refletindo a luz com um brilho quase ofuscante. Os demais soldados abriam caminho para eles.


Os dois caminhavam lado a lado, passos firmes, vozes carregadas de convicção.


O mais jovem, Dan, ergueu o punho fechado, o olhar firme por baixo da sombra do capacete-sino.


“Este mundo humano… há certa beleza nele, devo admitir. Mas essa beleza é corrompida. Está repleto de defeitos.”


Seu irmão mais velho, Ryudo, assentiu lentamente, a voz grave e calma ecoando com autoridade.


“E é exatamente por isso que vamos limpá-lo. Junto de nossa rainha, recriaremos este mundo de forma perfeita, sem imperfeições, sem fraquezas. Um mundo puro, irmão.”


Dan desviou o olhar rapidamente na direção em que o carro desaparecia e então voltou-se para Origami, fixando o corpo dela sujo de sangue e o anel que brilhava em sua mão.


“A garota… parece que a pessoa que ela colocou dentro daquele veículo é de grande importância para ela. Mas não senti nenhum traço de poder de anel vindo daquele humano.”


Ryudo estreitou os olhos. Sua presença parecia pesar no ar, como uma sombra esmagadora.


“Então escute bem, Dan. Vá atrás do carro. Alcance-o e destrua-o antes que chegue ao destino. Eu cuidarei desta garota e do seu anel. Ela não passará de agora.”


Dan respirou fundo, inclinando o corpo para frente. Assumiu a posição perfeita de um corredor olímpico, como se fosse disputar a final dos 100 metros rasos. O chão tremeu sob sua preparação, e antes que Origami pudesse reagir, o jovem Dynamist disparou como um raio dourado, sumindo de sua visão em questão de segundos.


Origami arregalou os olhos, seu coração afundando.


“Não… o carro…”


Seu rosto se contorceu em preocupação, mas ela não teve tempo para pensar. Um corte de vento se aproximou perigosamente.


Os homens sinos comuns avançaram contra ela em sincronia. Origami rolou pelo chão para a esquerda, evitando o primeiro golpe, e contra-atacou com um chute giratório que afastou outro inimigo. Em seguida, executou um mortal para trás, aterrissando com firmeza, os olhos em chamas.


“INSERIR!”


Em sua mão direita, a Tega Sword surgiu em um feixe de luz azulada, reluzindo no meio da noite. Sua mão esquerda, ainda manchada de sangue, tremia quando ela ergueu o anel e o encaixou no cabo da luva retrátil.


O narrador clássico, em tom vibrante e cheio de energia, explodiu no ar:


“Tega Sword ativada!! Sentai Ring!!!”


Uma música animada começou a ecoar como se viesse do próprio céu. Os homens sinos não hesitaram; atacaram de novo em ondas. Origami desviava dos golpes com maestria, cada esquiva acompanhada por uma batida seca de palma.


Primeira palma. Um corte de lança passou rente ao seu ombro.


Segunda palma. Ela se abaixou e escapou de uma lâmina que mirava seu pescoço.


Terceira palma. Saltou para o lado, o vento frio da arma raspando sua cintura.


Na quarta investida, uma lâmina roçou sua bochecha direita, deixando um rastro de sangue quente escorrer pela pele. Origami cerrou os dentes, bateu as mãos novamente, e avançou com fúria. Seu punho encontrou a barriga de um dos homens sinos, o impacto seco ecoando enquanto o inimigo era arremessado para trás.


Ela bateu as palmas mais uma vez, e uma onda de energia vermelha explodiu ao seu redor, envolveu seu corpo inteiro e clareou a escuridão como fogo vivo. Quando o brilho se dissipou, ela já não era apenas Origami.


Ali estava ela, ereta, firme, imponente.


Patrulheira da justiça.


Patren 1gou.


E a voz do narrador ecoou mais uma vez, vibrante como um trovão:


“PATREANGER…! PATREN 1GOU!!!”


Os homens sinos vacilaram, mas Ryudo, o dourado mais velho, manteve o olhar fixo nela.








Ryudo permaneceu alguns passos atrás, os braços cruzados, o brilho dourado de seu capacete refletindo a chama vermelha que agora cobria Origami em sua forma de Patren 1gou. Ele observava, imóvel, enquanto a guerreira avançava contra a tropa de homens sinos comuns.


Origami disparou para frente com a Tega Sword firme na mão direita. A lâmina retrátil se abriu com um estalo metálico e brilhou em azul vivo. Um dos homens sinos tentou golpear com sua lança-rifle, mas ela desviou com um giro baixo e cravou a lâmina no abdômen metálico do inimigo, erguendo-o do chão antes de arremessá-lo contra outros dois. O impacto fez o corpo dele se despedaçar em faíscas.


Outro inimigo avançou pela lateral. Origami recuou um passo, girou sobre o calcanhar e atravessou o pescoço do soldado com um corte limpo, o corpo desabando sem força. Sem dar tempo para respirar, ela empurrou o próximo oponente contra o chão, fincou o joelho no peito dele e enfiou a Tega Sword direto no sino de sua cabeça. Uma explosão curta iluminou a cena, sacudindo os escombros.


Ela não parava. Era um turbilhão de golpes rápidos, precisos e brutais. Um chute lateral mandou um soldado voando contra uma parede rachada. Outro tentou atingi-la por trás, mas Origami girou o corpo e acertou a lâmina no meio do peitoral dele, fazendo a energia vermelha da espada explodir para dentro do corpo metálico. O inimigo desabou em chamas.


No meio desse massacre relâmpago, uma palma ecoou.


Clap. Clap. Clap.


O som seco cortou o caos da luta. Todos pararam, inclusive Origami. Os soldados ainda de pé olharam ao redor, confusos, até que perceberam a fonte.


Era Ryudo, parado, batendo palmas lentas, firmes, cheias de ironia.


O dourado mais velho inclinou a cabeça levemente, o tom de voz ressoando como uma trombeta pesada.


“Excelente. Excelente mesmo. Você tem garra, garota. Força, técnica, e… algo mais. Consigo sentir a chama que te move. Não é à toa que conseguiu segurar sozinha esse batalhão patético.”


Ele abriu os braços, em um gesto de arrogância, quase teatral.


“Eu sou Ryudo Dynamist, o mais velho dos Irmãos Dynamist. Carrego o título de Executor da Rainha. Eu e meu irmão somos especialistas em eliminar pragas como você e o humano que protegeu.”


Ryudo sorriu, um gesto que parecia distorcer o formato de sino de sua cabeça, como se o próprio metal zombasse.


“Aliás… neste momento, ele provavelmente já está morto. Ou talvez já tenha se transformado em nada nas mãos de Dan.”


Origami sentiu o sangue ferver. O punho tremeu, os olhos ardiam por trás do visor vermelho do capacete.


“Cala a boca.”


Ela ergueu a mão, bateu uma palma seca, e a voz conhecida do narrador explodiu pelo ar como um raio:


“DX VS Changer! Patranger No. 1!”


A Tega Sword brilhou e em um feixe de luz se retraiu, transformando-se em uma pistola robusta, branca com detalhes vermelhos e pretos. O encaixe circular lateral girou com energia. Origami não esperou nem um segundo.


Ela apontou a arma para Ryudo e disparou.


O dourado desviou para o lado com um movimento fluido, mas mesmo assim um dos tiros ricocheteou em seu ombro, fazendo-o recuar dois passos.


Origami não parou. Disparou mais vezes, girando o corpo, mirando para todos os lados. Os tiros explodiam em flashes vermelhos, varrendo os homens sinos comuns que tentavam se reagrupar. Cada disparo parecia mais pesado, carregado com a fúria e a dor que queimavam dentro dela.


“Vocês não vão encostar nele!”


Origami não parava. Sua respiração era firme, mas pesada dentro do capacete vermelho, cada disparo ecoando com uma força que fazia o ar vibrar. A pistola branca, com detalhes vermelhos e pretos, cuspia tiros contínuos, e a cada soldado sino que avançava, o corpo metálico deles caía em pedaços ou era jogado metros longe com a brutalidade do impacto.


“Não vou… deixar nenhum de vocês respirar perto dele!” gritou Origami, os olhos flamejando por trás do visor.


Um dos homens sinos tentou surpreendê-la pela lateral, girando uma lâmina improvisada, mas ela rapidamente deslizou para o lado, apontou a pistola contra o peitoral dele e disparou três vezes em sequência. O corpo metálico se abriu em chamas, o sino da cabeça dele girando no ar antes de cair pesado no chão.


Outro correu em sua direção, braços erguidos para esmagá-la como um martelo. Origami avançou contra ele sem hesitar, deslizando por baixo e atirando para cima, estourando o torso do inimigo e fazendo o corpo explodir em faíscas.


Um terceiro tentou agarrá-la por trás, mas ela girou o corpo com precisão de treinamento, usando o cabo da pistola para quebrar o braço metálico e, sem perder tempo, encostou o cano no peito dele e atirou. O impacto o lançou contra dois outros que vinham atrás, derrubando-os em uma pilha de metal retorcido.


Origami ofegou, mas não parou.


 “Venham todos… eu acabo com cada um de vocês!”


No meio da fumaça e do som dos sinos tilintando, Ryudo, o irmão mais velho, caminhava lentamente, a lança-rifle em mãos. Ele parecia apreciar cada movimento da luta, os olhos dourados atrás do visor de sino refletindo a imagem de Origami em combate.


Ele sorriu de canto, a voz metálica ecoando grave.


“Impressionante. Você dança com a morte como se fosse a sua parceira. Mas sabe… no fim, toda chama se apaga.”


Origami girou a pistola e apontou para ele.


“E você é quem vai apagar hoje.”


Eles avançaram quase ao mesmo tempo, e o impacto da luta fez o chão estremecer. A lança-rifle de Ryudo descreveu um arco poderoso, Origami rebateu desviando o cano e disparou à queima-roupa. O disparo ricocheteou contra o peitoral dele, fazendo faíscas voarem.


Ele recuou apenas meio passo e girou a lança em direção às pernas dela. Origami saltou, pousando sobre o cabo da arma, equilibrando-se por um segundo, e disparou de cima para baixo. Ryudo inclinou o corpo, a bala raspando sua armadura, e tentou golpeá-la com a coronha.


Ela caiu de lado, rolou pelo chão e voltou a se erguer, disparando em movimento. Os tiros atingiam o chão ao redor dele, criando pequenas explosões que o forçavam a se manter em guarda.


O som dos sinos dourados batendo contra a arma dele se misturava ao som ensurdecedor dos disparos de Origami. Era uma guerra rítmica, como uma sinfonia de destruição.


Ryudo finalmente ergueu a mão direita e ativou um dispositivo preso ao punho. Uma luz vermelha piscou duas vezes e, em seguida, dois pequenos mísseis se projetaram, voando direto em direção a Origami.


“Exploda junto com seus sonhos!” ele rugiu.


Origami arregalou os olhos por trás do visor e, em menos de um segundo, disparou contra o primeiro míssil, acertando-o no ar. A explosão foi violenta, iluminando o céu com fogo e fumaça. O segundo míssil passou pela lateral, mas ela girou o corpo e atirou novamente, destruindo-o a poucos metros de distância.


O impacto a lançou contra o chão, mas ela rolou, usando o impulso para se levantar rapidamente. A poeira cobria parte do visor, mas ela limpou com a mão, revelando o olhar determinado.


“Você vai ter que fazer melhor do que isso.”


Ryudo recuou um passo, os sinos de sua cabeça soando graves, e ergueu novamente a lança.


Origami não deu tempo. Avançou com a pistola disparando sem parar, cada tiro acompanhado de um grito de esforço. A cada disparo, ela se aproximava mais, pressionando Ryudo contra as colunas quebradas da praça.


“Eu vou acabar com você antes que possa tocar em mais alguém!”


Ela deslizou pelo chão, girando o corpo, e disparou na altura do joelho dele. Ryudo urrou, o impacto o fez recuar e bater contra uma das colunas. Origami se ergueu com um salto, pistola em punho, mirando diretamente no peito dourado dele.


Os dois ficaram frente a frente, a tensão no ar quase palpável.








Origami avança com fúria, a pistola cuspindo disparos incessantes. Cada bala fazia o corpo dourado de Ryudo recuar mais um passo, até que ele se viu pressionado contra as colunas destruídas da praça. O dourado de sua armadura já estava coberto de arranhões e buracos, a respiração metálica soando mais pesada a cada segundo.


“Você… não vai me deter!” rugiu ele, tentando repelir os disparos com a lança-rifle.


Origami parou de atirar. Ela respirou fundo, fechou os olhos por um instante e, em um movimento preciso, a pistola desapareceu em um feixe de luz. Sua mão agora brilhava em vermelho intenso.


“Hora de acabar com isso.”


Com um estalo de dedos, a luz se materializou em sua mão direita, revelando novamente a Tega Sword, a luva de lâmina retrátil que reluzia com energia. A lâmina se estendeu com um shhhk metálico, pronta para cortar.


Origami avançou.


Ryudo tentou contra-atacar com a lança, mas Origami deslizou pelo chão, desviando do golpe e cravando a Tega Sword no ombro esquerdo dele. Um grito metálico ecoou de dentro do sino que era sua cabeça.


“NNNGHHHH!!”


Ela não parou. Com força brutal, rasgou o metal reluzente do braço dele. A lâmina retrátil atravessou engrenagens e fios, até que o braço esquerdo inteiro se soltou com um estalo ensurdecedor.


Faíscas explodiram da abertura, fios pendurados se contorcendo como serpentes elétricas. O braço metálico caiu pesado no chão, ainda tremendo.


Ryudo se ajoelhou por um instante, apoiando-se na lança com o braço restante, a respiração ecoando raivosa.


Origami ergueu a Tega Sword, apontando diretamente para o peito dele, o azul da lâmina refletindo no dourado da armadura.


“Isso termina aqui, Ryudo.”


Ela preparou o golpe final. Mas, antes que pudesse desferi-lo, um raio vermelho cruzou o ar, atingindo-a de lado. O impacto a lançou contra os escombros, destruindo parte do que restava das colunas. A Tega Sword se apagou por um instante, faíscas caindo ao redor dela.


Origami se ergueu devagar, ofegante e com um pouco de dificuldade.


Do meio da fumaça, surgiu a figura de Dan, o irmão mais novo, o sino dourado reluzindo intensamente, o corpo ainda vibrando pela velocidade do ataque. Ele caminhava com calma até o irmão caído, mas em seus gestos não havia preocupação — apenas frieza.


Ele olhou para Ryudo, que ainda se mantinha ajoelhado, e falou com a voz grave e carregada de desdém:


“Perdeu… um braço.”


Fez uma pausa, aproximando-se mais, os passos lentos soando como marteladas no silêncio após a explosão.


“Um braço, irmão… isso é uma vergonha para nós. Uma mancha na reputação dos Irmãos Dynamist.”


Ryudo ergueu a cabeça, respirando pesado, mas não respondeu.


Dan inclinou a cabeça, o sino dourado refletindo a luz em um brilho cruel.


“Você é… patético. Um verme que se deixou ser humilhado por uma simples humana. Eu deveria esmagar você agora mesmo pela vergonha.”


Fez um gesto brusco com a mão direita, como se estivesse afastando algo invisível.


Origami, de pé, observava a cena em silêncio, ainda recuperando o fôlego. O peito dela ardia, mas o que mais pesava era a frieza com que Dan tratava o próprio irmão.


Ele então se virou para ela, e a voz assumiu um tom sádico, quase divertido:


“Ah, sim… o carro.”


Dan ergueu a mão esquerda, mostrando pequenos resíduos de poeira metálica que caíam de seus dedos. Ele os soprou, deixando que brilhassem no ar por um instante.


“Alcancei-o. Transformei-o em nada. Poeira.”


Seus ombros tremeram em um riso seco.


“Esse brinquedinho com seis rodas e fogo nos olhos… já não existe mais.”


Origami arregalou os olhos por trás do visor vermelho. O coração disparou no peito, e uma onda de perturbação percorreu todo o seu corpo. A imagem de Luis, frágil e ensanguentado, veio à mente.


Ela deu um passo para frente, o punho tremendo.


“Você está… mentindo.”


Dan abriu os braços, gesticulando como um ator em pleno palco, o tom de voz teatral e sádico.


“Ah, minha querida… você devia ter visto. O som da destruição, o fogo consumindo o veículo… e dentro dele, aquele garoto que você tentou salvar.”


Ele ergueu o dedo indicador, apontando diretamente para ela.


“Tudo em pó. Nada resta. Só você… e a sua dor.”


Origami fechou os punhos com tanta força que o sangue escorria novamente de sua mão esquerda por debaixo daquela armadura.









Origami não falou. Não precisava. Suas palavras estavam todas comprimidas numa única sensação bruta: fúria. Aquela fúria que não precisava de gritos para se manifestar, que vinha como uma onda inevitável.


 Seus dedos cerraram-se ao redor do cabo da Tega Sword; a luva-lâmina retrátil brilhava um instante sob a luz difusa, pronta. Em um movimento que nasceu da precisão e da raiva contida, Origami avançou em direção dos irmãos. 



Continua.....


Nota do autor: Não tenho muito o que falar. Sinto que melhorei um pouco no quesito ânimo, acho que melhorou quando fiz este capítulo. Porém, também me estressei, tenho várias ideias, mas estão bem distantes de onde minha mente projetou, e isso me frustra um pouco. Enfim, só queria agradecer por ler e se quiser comentar qualquer coisa, fique à vontade, isso ajuda bastante a dar continuidade.


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