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Esquadrão Mítico Tupangers - Episódio 5



Tudo bem, leitores?

Primeiro lugar, peço desculpas pela demora do capítulo. Eu tive problemas com o PC que já foram resolvidos, até mesmo episódio de podcast atrasou mais de uma semana.

Mas agora chega de lenga-lenga, vocês querem episódio. Espero que gostem!



5. O poder da tecnologia

Chegando nas ruas, os quatro puderam despistar melhor as pessoas afetadas pelo aplicativo, desviando rapidamente e chegando à casa de Pedro, já cansados e não transformados. Naquele momento o fato de Pedro morar sozinho era uma bênção, poderiam se recostar onde fosse no apartamento e poderiam descansar.

Entraram, fecharam a porta e os quatro esparramaram-se no sofá. Estavam feridos, cansados e com o ego quase aniquilado. Como seria possível derrotar um aplicativo de celular? Como derrotariam aquele monstro que havia tomado um dos maiores vícios da humanidade moderna?

Pedro sentou-se, usou um emulador de Android para baixar o aplicativo em uma conta fake e começou a analisar o código. Os outros três nada sabiam o que fazer para ajudar o companheiro, então mantiveram-se vigilantes, como se o protegessem enquanto este dedicava todo o seu poder mental, focando-se em desenvolver uma vacina para aquela atrocidade.

Durou muito menos do que o esperado. Pedro trabalhava quase sem parar. Ele digitava tão rápido quanto suas mãos e sua prática permitiam. As meninas ajudaram Fábio a cozinhar a janta para eles, o que foi surpresa, ninguém imaginou que o líder dos Tupangers sabia cozinhar.

Mas era o mínimo que eles poderiam fazer para ajudar o amigo que focava todo o seu conhecimento de programação para parar aquele monstro.

Enfim, depois do que pareceu uma eternidade para os outros três, finalmente ele tinha conseguido desenvolver um antivírus capaz de destruir o aplicativo e forçar o monstro a sair daquele lugar, mas ele não sabia se daria certo. Eles precisariam testar, e para testar, precisariam de uma boa noite de sono.

Todos estavam cansados, então trancaram todas as portas e apagaram todas as luzes e ali se deitaram, para descansar. Eles precisaram deixar para o dia seguinte para poder seguir com a batalha. Mas antes, reportaram à Aiyra, e ela entendeu. Era preciso reporem suas forças, e mesmo se o fizessem no plano Amazônico Mítico, não recuperariam suas forças físicas.

Dormiram o que lhes pareceu uma eternidade, mas foram apenas 4 horas. Parecia que seu organismo melhorado também precisava de menos tempo para recuperar as forças completamente.

Fábio: Todos prontos?

Os outros três assentiram com a cabeça.

Pedro: Tenho um plano. Um de vocês morfará e servirá de chamariz, enquanto outros dois capturarão uma vítima. Com isso, pegamos o celular da pessoa e instalamos o meu aplicativo. Ele deve funcionar de maneira a pegar uma conexão reversa, fazendo com que a fonte da infecção possa ser revertida e enfim possamos forçar o inimigo a sair de seu esconderijo. Assim poderemos vencê-lo em um combate honrado, e não nessa covardia que ele está fazendo agora.

Depois de acertados os pormenores do plano e também alguns planos reserva caso o principal desse errado – inclusive um plano de fuga, foi quando se prepararam. A isca desta vez seria Ada, porque ela se prontificou a ser tal. Ela era muito rápida, então conseguiria livrar-se de ataques múltiplos com facilidade.

Conseguiu atrair um desavisado que corria atrás dela como se sua vida dependesse daquilo, e foi pego por Fábio e Amanda. Completamente imobilizado ele ainda tentava se debater, mas ele sequer tinha forças – porque o aplicativo não lhe ampliava o que já tinha, apenas lhe adicionava instinto assassino, sem lhe dar nada em troca, o que significava que a origem do mal subestimava os Tupangers.

Tomaram o celular já destravado da vítima com imensa facilidade, e a levaram para a casa de Pedro, que os esperava ansioso.

Ali, plugou o celular no computador e instalou o antivírus, iniciando o aplicativo em seguida, que logo fez com que o infectante parasse de funcionar, sem desinstalá-lo. A única coisa que sobrava na tela do dispositivo era uma barra de contagem... O percentual que o antivírus criado por Pedro estava sendo enviado para o servidor de armazenamento daquele aplicativo.

10, 15, 20%. O tempo parecia ser contra eles, e o humano tomado pela raiva parecia ganhar mais e mais força a cada minuto que ficava preso por Fábio e Ada, Amanda ficava de prontidão para poder agir caso a situação pedisse.

30, 40, 50%. Quanto mais o antivírus era enviado, parecia que a raiva acumulada naquele humano aumentava a cada 1% do upload realizado.

A surpresa veio quando começaram a bater na porta do apartamento de Pedro. Começaram com batidas tímidas, mas depois começaram a ficar mais e mais violentas, até que a porta começou a oscilar, e Amanda foi forçada a fazer uma barricada, que no começo conteve a tentativa de arrombamento, o que os fazia crer que, naquele momento havia apenas uma ou duas pessoas.

75, 80, 85%. O humano estava ficando incontrolável e a porta começava a ameaçar cair, depois de tanta pancada que tomava. Não havia mais nada que Pedro pudesse fazer no computador, apenas observar o percentual subir. Ajudou Amanda a segurar a porta, então eram dois Tupangers segurando o humano que já tinha uma força maior do que a dos dois que o seguravam; Fábio e Ada estavam prestes a morfar para segurar aquele humano, que já estava inteiramente roxo por tanta constrição sofrida.

96. 97. 98. 99.

100.

No momento seguinte a completar o upload, o humano raivoso caiu desmaiado, como se fosse uma marionete que teve suas cordas cortadas.

A porta também parou de receber golpes. Ao passo que Pedro e Amanda a abriram, viram o quanto ela estava destruída por fora, quase que as paredes tinham vindo a baixo, mas centenas de pessoas estavam ali, desmaiadas. O aplicativo tinha sido inutilizado com perfeição, e agora não passava de um amontoado de dados inúteis instalados nos celulares de milhares de pessoas.

Os quatro, quando saíram do apartamento de Pedro, sentiram um poder que só sentiram emanando das pessoas. O monstro estava fora da rede, e não estava muito longe... No parque próximo ao Metrô Portuguesa-Tietê.

Correram prontamente em direção ao local, sequer pegaram o metrô para irem mais rápido. Finalmente poderiam morfar sem sofrer represálias, e poderiam lutar com todas as novas forças que receberam após a evolução, e assim rapidamente chegaram ao monstro.

Ele parecia uma paródia de um personagem muito querido pelas pessoas, o Super Mario, de Super Mario Bros. Estava mais parecido ainda com seu alter ego, Wario.

Mas era magro, quase esquelético, como Waluigi, alter ego de Luigi.

Era assustador e não engraçado. Várias partes de seu corpo sumiam como se devoradas por um vírus infeccioso, e Pedro sentiu-se orgulhoso! Sua intenção convertida em código tinha sido bem sucedida.

WALUIRIO: SEUS IDIOTAS! EU ESTAVA QUASE CONSEGUINDO ULTRAPASSAR A BARREIRA DESSE PAÍS INSIGNIFICANTE! COMO OUSAM ME INTERROMPER!

Os quatro morfaram imediatamente, assumindo as faces de Tupan Blue, Ceuci Green, Guara Yellow e Yara Light Blue. Além da aparência anterior, os uniformes de batalha ganharam finas linhas brancas nas laterais do corpo e, empolgados, todos fizeram uma coreografia característica de tokusatsu super sentai, com direito a explosão colorida atrás deles. Era Aiyra ajudando na zueira.

Tupan Blue: Você não sairá ileso dessa heresia que você fez conosco, monstro idiota. Um dos nossos é tão bom com tecnologia que conseguiu te expulsar de nossa internet e trazer pro mundo real e físico. Nós somos os...

Tupan Blue, Ceuci Green, Guara Yellow e Yara Light Blue: TUPANGERS!!

Já foram pra cima do monstro que, por experiência de luta presente nos games, deu muito trabalho para a equipe. Os quatro lutavam em perfeita sincronia, até que o monstro foi preso em um poste e os quatro uniram suas armas: A espada, o arco, a lança e a bazooka.

Tupangers: Super Tupan Blaster!

E um raio formado de quatro lasers entrelaçados saiu da formação feita pelas armas dos Tupangers e atingiu o monstro em cheio, o vaporizando. Não muito longe dali, O MAL ficou possesso. Como eles puderam destruir sua obra prima? Ninguém poderia ter tirado aquele monstro dos celulares dos humanos.

Se planos inteligentes não funcionaram ou incapacitadores também, ele partiria com o que de mais potente ele tinha... Um imitador.

Mas ele precisaria de tempo para recuperar a energia gasta para criar aquele monstro falho.

Em seguida, um portal foi aberto e os Tupangers foram levados.

Amazônia, plano mítico
Pedro: Aiyra, muito obrigado! Você realizou o meu sonho!!

Aiyra: O que eu fiz?

Pedro: Você pensa que eu não sei que aquela explosão colorida foi você quem fez?

Aiyra: Eu achei uma brincadeira legal... Você não gostou?

Pedro: Como eu não gostei? Eu amei! - E o Tupanger amarelo riu em seguida.

Fábio: Nerds... Amamos eles, mas temos vergonha deles... Como viver com uma pessoa assim? - E o Tupanger azul deu mais risada ainda.

E todos riram, inclusive Aiyra.

No momento seguinte, os deuses chegaram.

Tupã: Parabéns, nobres guerreiros. Parecem ganhar mais e mais experiência nas batalhas. Parabéns, Pedro. Sua inteligência salvou o grupo.

Guaraci: Tinha que ser o meu escolhido, não é mesmo? No monstro anterior ele salvou o time, agora salvou de novo... Eu acho que ele devia ser o líder. - O deus do sol estava de bom humor, e com uma olhada torta de Tupã ele se calou, mas depois o deus dos raios riu também, então os dois riram.

Ceuci: Não esqueçam que a Ada fez muito bem em todas as ações. Sem ela vocês não tinham conseguido nada.

Yara: Amanda também fez o dela.

E os quatro riram também. Era bom estar em harmonia com os deuses, era bom ter vencido uma batalha difícil.

Uma semana depois do ocorrido, eles lembravam ainda o que acontecia, porém era difícil olhar para todos os lados e lembrar que qualquer um, qualquer um poderia ser seu inimigo, era enervante.

E o Mal percebeu a inquietação dos Tupangers. Percebeu que por mais que não tivesse sido bem-sucedido em seu plano, as marcas ficaram... E ele poderia usar essa brecha aberta para que eles duvidassem um do outro.



10 Comentários

  1. E chegamos a mais de um capítulo dos poderosos Tupangers!
    Pra mim o ponto alto do texto é a interação entre os personagens, sejam os humanos como os deuses... São detalhes que ficam muito legal quando você presta atenção, como o Red que cuida dos companheiros até fazendo comida para eles.. Achei isso uma ótima sacada. Eu tentaria deixar as descrições das cenas de ação mais detalhadas deixariam o texto ainda melhor.
    Tá de parabéns amigo!

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    1. Prestarei atenção neste detalhe, Norberto. Obrigado por acompanhar!

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  2. Excelente episódio meu amigo, mas uma perfeita narrativa da saga! Me senti num episódio de High School of The Dead com as batidas insistentes e furiosas na porta, foi no minimo assustador! A interação entre eles está muito boa e a equipe como um todo começa a se forjar de forma mais coesa! Muito bom meu amigo, parabéns pelo trabalho!

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    1. Obrigado mesmo, Lanthys. É exercitar os músculos literários assim que a gente consegue ir numa boa. Você melhor que ninguém sabe disso! Abraço.

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  3. Parabéns... firefalcon. Outro grande episódio casando bem a tecnologia com o mistico. Além disso, a pitada de terror deu um sabor a mais no epispdio. Parabéns.

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    1. Olha, Artur, a pitada em questão é de suspense, mas ficou mesmo um pouco de terror. Agradeço por acompanhar!

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  4. Olha ai mais um episodio lido. O que eu curti nesse episodio foi a parte estilo "A volta dos mortos vivos". Sem duvida nenhuma o periodo de upload do código no servidor para enfim, encerrar as atividades do aplicativo de uma vez só foi a parte mais tensa do episodio. Mas venhamos e convenhamos, eles deram muita sorte da coisa ficar restrita ao Brasil. Dormiram com o solução do problema na mão. Tempo suficiente pra merda ser muito maior do que a que eles evitaram.Por outro lado, achei interessante pontuar que apesar de herois, eles ainda são humanos e adolescentes e como tal, chega um momento que eles precisam descansar. parabéns meu jovem por esse episodio.

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  5. George Firefalcon!

    Adorei a narrativa desse episódio! A solução de Pedro e a confiança dos demais Tupangers nele foi o ponto alto da trama.

    As menções à cidade de São Paulo, continua formidável.

    Estação Portuguesa-Tietê...Show de bola!!!

    Espero que chegue na São Paulo-Morumbi ou Corinthians-Itaquera ( embora eu seja tricolor kkkkkk), completando o tour de metrô.

    Só que, no final os Tupangers deram uma brecha que pode lhes gerar problemas.


    Excelente episódio.


    Parabéns!

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  6. Saudações tricolores pra você também, haha.

    Eu retrato SP porque é a cidade onde morei antes de Taboão da Serra que moro atualmente, e que tem uns cenários incríveis para situar a luta.

    Fico contente que tenha gostado.

    Abraço!

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