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Uchuu Sentai Kyuranger: Episódio 5

 


Salve, povo.

É, mais um capítulo, dois no mesmo dia haha.

Espero que curtam.

5. Afrodite, com uma coleira.

- Tem certeza que estamos seguros aqui, Champ? Posso fazer uma checagem? - Perguntou Lucky, preocupado.

- Esteja à vontade, Lucky. Assim eu fico mais tranquilo. - Respondeu Champ sorrindo.

Como um agente de forças especiais, Lucky varreu o quarto de Champ com um detector de captadores de voz, e encontrou facilmente dez mini microfones no local, e com o mesmo aparelho fez com que enviasse apenas silêncio natural, com ruídos captados por um minuto inteiro e reproduzido em looping.

- Agora sim, Champ. Você tava grampeado até o pescoço. Agora precisamos que nos conte. Você sabe o que é esse ser da Nova Jark Matter que está possuindo a imperatriz daqui? Ele me parece ser uma espécie de parasita ou sanguessuga. - Perguntou Lucky, sério.

Todos estavam impressionados com a coesão do amigo. Ele realmente havia mudado, e pena que não ficaria muito tempo com eles.

- Obrigado, Lucky. Agora eu entendo o que causava um pouco de interferência em alguns dos meus componentes. Eu devia ser mais cuidadoso. - Se desculpa Champ, com um sorriso no rosto.

- Não se culpe, Champ. Hammy e Spada passaram por algo similar a você, foi muito difícil lutar contra essa Nova Jark Matter que usa de subterfúgios pra dominar os mais fracos. É normal. Mas agora deixei algo aqui pra nós manter seguros. Conta pra gente o que você já descobriu desses monstros. - Lucky estava bem sério.

E Champ começou a contar o que sabia. Ele havia chegado naquele planeta havia três anos, e no começo era diferente, as pessoas eram mais felizes, conseguiam se esforçar mais e o resultado vinha mais rápido.

Porém, quando a mulher que eles haviam conhecido como imperatriz chegou, havia um ano, em uma semana ela conseguiu fazer a cabeça dos principais líderes daquele mundo, e quem pagou foram os mais pobres.

Na surdina, Champ começou a investigar por conta própria o que havia acontecido, mas logo na primeira tentativa ele quase foi pego, então ele resolveu mudar o método de aproximação, chegando como alguém amado pelo povo.

Como as lutas multi marciais estavam na moda, havia muito tempo que ele não se envolvia nisso e ele estava sem sua Seiza Blaster, ele voltou, e demorou seis meses para que ele fosse aclamado campeão invicto.

Porém a guarda da dita imperatriz aumentou exponencialmente, ele havia gasto os outro cinco meses estudando os padrões de comportamento da guarda, quem era destacado para os turnos da manhã, tarde, noite e madrugada, os líderes da guarda, quem era totalmente leal e quem estava ali apenas pelo dinheiro...

Champ mostrou um verdadeiro dossiê de tudo o que ele havia observado durante todo aquele tempo, e ele estava pronto para atacar quando os quatro chegaram.

- ... E assim meu plano fica muito melhor. Eu entro como visita, faço o meu papel de herói e vocês, que ninguém conhece, podem entender o que fez aquela mulher virar a cabeça dos líderes e tornar esse mundo o que ele é hoje. - Champ estava feliz com o que estava acontecendo com os amigos ali.

- Compreendo. É muito melhor quando temos todas as informações. Vamos fazer a incursão amanhã, quando o Champ irá à mansão dela, nós seguimos com o plano. - Stinger terminou o raciocínio coletivo ali.

- Yossha! Vamos libertar esse povo, deixá-los viver em paz suas vidas! - Disparou Lucky empolgado.

Todos riram.

- O que foi? - Perguntou Lucky, confuso.

- Você quase falou o seu bordão, Lucky. - Respondeu Hammy, rindo.

- Ah... – E o líder dos Kyurangers deu um sorriso e risada amarelos. Foi aí que todos riram mesmo.

Ao contrário do que Stinger pensava, a visita de Champ aos salões da imperatriz era naquele mesmo dia, e quando o herói da constelação taurina foi convocado, o plano entrou em ação.

Champ foi caminhando lentamente, à vista de todos. Afinal de contas, ele era um herói para aquele povo por causa de suas lutas no octógono, e isso o deixava feliz. Os demais seguiam o cortejo nas sombras, vendo o comportamento dos guardas, para usar algo na missão que eles cumpririam.

Chegaram na mansão, e enquanto Champ foi entrando pela porta da frente como visita, os demais aproveitaram uma janela que havia para a ventilação de um quarto de porão, que milagrosamente estava aberta. Com a entrada facilitada, eles entraram e se espalharam.


Champ

Os corredores daquela mansão eram enormes, a ostentação era visível em cada detalhe, tudo ali era utilizado para denotar poder. O Touro Negro não deixou escapar nenhum detalhe, até os menores foram levados em conta.

Sempre acompanhado de guardas, Champ avançava sem medo, lembrando que várias vidas ali dependiam dele. Um pouco depois de uma curva, chegaram a uma escadaria dupla em arco, e, por fim, em um portal dourado.

As portas foram abertas e uma cama enorme de dossel se descortina diante do autômato, e ele é levado a uma sala adjacente, onde a imperatriz o aguardava.

- Se aproxime, Champ. Há tempos que eu espero por esta nossa primeira reunião. Sempre é possível ouvir seu nome quando o povo comenta, porque eles amam o quanto você pode representá-los. - Disse a Imperatriz com um sorriso no rosto.

- Mas eu faço o possível para que seja assim mesmo, majestade. Eles já têm tão pouco com que ficar felizes, então se com as minhas lutas eles possam viver melhor, que assim seja. - Disse Champ, com um sorriso sério no rosto.

Ela sorriu, mas soube naquele momento que ele era bom, seja com o físico ou com as palavras. Ela entendeu a crítica onde realmente havia.

- Vejo que tem uma opinião muito forte sobre a vida do povo. O que você acha que poderia melhorar? - Perguntou a Imperatriz, com um sorriso sério no rosto.

Ela tinha sido bem direta. Aquilo não era bom. Ela entendia o que ele estava dizendo e começou a rebater os argumentos... “Ela é só inteligente ou tem uma mente por trás que a manipula”, perguntou-se o guerreiro.


Restante da equipe

Lucky, Stinger, Hammy e Spada se infiltraram na mansão usando o alto, por meio de uma saída de ar, e começaram a se locomover pelos dutos de ar condicionado, observando bem as aberturas que permitiam eles observarem o movimento interno.

A mansão era realmente muito grande, porém não tinham a mesma atenção aos detalhes nos locais ocultos. Aquele local era apenas para encher os olhos. Os cantos onde os funcionários trabalhavam eram sujos, mal cuidados, mantendo apenas a sua funcionalidade, mal dando estrutura para que eles mostrassem serviço.

Os empregados que ficavam mais à vista eram muito bem arrumados: uniformes impecáveis, aparência impecável. Mas estes eram os mais fracos, pois sempre estavam à disposição, mal tinham tempo para descansar ou se alimentar.

Porém os demais eram o extremo oposto. Eram fortes, sim, mas vestiam trapos, viviam sujos, mal tendo tempo para praticar sua higiene pessoal. Eles precisavam ser efetivos. Sua alimentação até era boa, mas era distribuída ao longo do dia, seu “expediente” era muito maior, sempre se sentiam cansados.

Os seguranças eram os únicos que pareciam fortes o suficiente para suprimir revoltas e aparentemente fortes. Estavam sendo manipulados direto ou não tinham escrúpulos mesmo?

Muita coisa estava errada naquele lugar, e os quatro Kyurangers viam, em detalhes, tudo o que poderia ajudar na libertação de todos.

Andaram pelo que pareceu por horas, por todos os cantos ocultos da construção, com sorte não sendo vistos por ninguém. O padrão de reconhecimento era simples: Hammy visualizava o lugar antes com sua invisibilidade, e em seguida, quando julgavam seguro, os outros três iam junto dela. Quando tinham algo para desviar-se, eles mantinham-se em formação e passavam silenciosamente.

Em determinada parte do trabalho de espionagem, Lucky começou a se desesperar. O medo de não conseguirem libertar aquelas pessoas de suas amarras começou a se instalar no peito do Leão Vermelho, porque o sol começava a se por, e eles podiam ser descobertos se ficassem demais por ali.

Foi quando eles começaram a ouvir a voz de Champ falando, eles deviam estar embaixo do quarto da dita Imperatriz. O local era mais vazio do que os demais aposentos da mansão, parecia que daquele local eles poderiam observar a monarca e o que Champ falava para ela.

Eles percebiam que ele a havia mantido entretida por todo aquele tempo para que eles pudessem agir tranquilos. A conversa não podia ser mais aleatória, sobre culinária. Parecia que ele tinha derivado todos os assuntos que podia partindo de sua participação nos campeonatos de luta para outras coisas que a mantivessem entretida.


Champ

Champ resolveu ser direto e ver o que acontecia. Falou dos impostos altos, o quanto aquele povo se esforçava para cumprir o peso tributário que era imposto a eles, o quanto sofriam e tudo o mais.

A Imperatriz observou Champ com os olhos marejados. Ela observou o guerreiro e em seguida, após secar os olhos, puxou diversos outros assuntos, como a beleza da paisagem, culinária local, e tudo o mais.

Conversaram pelo que foi por horas, o que foi bom na opinião do Kyuranger Preto, pois isso daria mais tempo para os demais fazerem uma varredura detalhada. Em determinado tempo depois de tudo ter começado e quando a Imperatriz falava de um determinado pudim, ele sentiu, por sua Seiza Blaster oculta, que os demais estavam embaixo dele.


Cena toda

É quando os quatro, abaixo da Imperatriz e de Champ, descobrem algo brilhando atrás de uma parede malfeita, com tijolos aparentes e sem argamassa.

8 Comentários

  1. Uia!
    Um capítulo muito bem conduzido, mostrando de forma excelente os Kyurangers se deparando com tudo o que estava de errado, Champ em conversa com a imperatriz que, pelas lágrimas, eu diria que está quase consciente do controle pelo qual deve estar passando, bem como os demais membros da equipe vendo a situação in loco...
    E bora ver como resolverão isso!
    Meus parabéns!

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  2. Parabéns Jorge, não assisti Kyuranger ainda mas tua saga me faz querer assistir a série o quanto antes! A narrativa também ficou muito boa e conduz a gente legal pelo cenário, nos localizando facilmente dentro da aventura! Parabéns meu amigo, excelente capitulo! \0/

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    1. Valeu, Lanthys. É essa a sensação que eu busco fazer.

      Abraço

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  3. Rapaz... Com base nos seus contos, parece que a saga original deve ser fantástica. Espero poder assisti-la um dia.

    George: você tem se mostrado um escritor de mão cheia. Parabéns, mesmo. Lindo trabalho!

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    1. E foi mesmo, Artur, você não perde por assistir. Spoiler: provavelmente você vai ver que o Lucky, o Kyuranger vermelho, é "ligeiramente" diferente no original.

      Obrigado pelos elogios.

      Abraço

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  4. Mesmo para quem nunca assistiu um episódio de Kyurangers, consegue se conectar com sua narrativa, muito bem conduzida, diga-se de passagem!

    Um trabalho primoroso tenho observado nessa homenagem que você faz a esse Esquadrão.

    Quanto ao capítulo, toda a estruturação dele foi muito bem elaborada, mostrando que uma investigação requer certos cuidados.

    Vejamos qual será o segredo da tal Imperatriz!

    Parabéns pelo excelente trabalho!

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    1. Fico feliz que tenha curtido. Eu me conectei de boassa com Kyurangers... Espero que eu possa finalizar a história do jeito que ela merece. Abraço!!

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