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Esquadrão Mítico Tupangers - Capítulo 27, Pesadelo, Parte 2

 


Boa tarde, pessoal!!

Desculpem não ter postado nada nas últimas semanas. 

Muita coisa aconteceu, e felizmente estou novamente na ativa.

Espero que curtam o capítulo!!


Os Tupangers, aproveitando a situação em que estavam de batalha, entenderam que todas as lutas que teriam naquele momento, seguiriam a ordem com que batalharam anteriormente.  

 

Primeiro os monstros enviados por Japeusá. 

 

Depois, Takhal, o Cavaleiro do Apocalipse da Peste. 

 

Naquele momento, Uushgi, o Cavaleiro do Apocalipse da Fome. 

 

Depois, pensaram, Dain, o Cavaleiro do Apocalipse da Guerra. 

 

E, enfim, aquele que estava orquestrando tudo aquilo, Ukhel, o Cavaleiro do Apocalipse da Morte. 

 

Pensando a respeito de Uushgi, os Tupangers lembraram dos seus poderes de regeneração. Mas como funcionaria tal poder com ele atuando da mesma maneira que Takhal, que só potencializou seus poderes, mas ainda assim era menos desafiador do que a primeira luta, parecia que o “ardor” de estar vivo era combustível de uma luta melhor. 

 

Porém, o que Uushgi tinha de falante em sua luta, nesta, assim como Takhal, completamente em silêncio. Mas ao ver que os Tupangers estavam mais fortes, quanto mais unidos ficavam. 

 

Quando eles começaram a lutar com o Uushgi, o apelo de seus poderes havia mudado. Antes, ele fazia uma luta rápida para não se cansar e ficar com fome de novo, mas naquele momento eles viram que quem precisaria lutar mais rápido eram eles, pois sentiam suas energias esvaírem-se mesmo apenas estando na presença do Cavaleiro da Fome. 

 

Então resolveram fazer a mesma coisa que fizeram quando lutaram contra Takhal, serem o mais rápidos e mais eficientes o possível naquela luta. Os “front liners” partiram logo em direção ao inimigo, todos com a exceção de Green, Yellow e Pink. Eles se trançavam em frente ao inimigo, desferindo golpes rapidamente e não dando chance para que ele raciocinasse. 

 

Com o fato de que Uushgi não era tão inteligente quanto Takhal, ele recebia os golpes e não conseguia contra-atacar, mas seu poder passivo era forte, e os guerreiros do bem sentiam-se ficando mais fracos a cada instante. 

 

Em determinado momento, os três que haviam ficado mais distantes da batalha já estavam preparados, e em um movimento extremamente ágil, todos uniram suas armas e dispararam o canhão mais poderoso que eles tinham em mãos, basicamente obliterando Uushgi sem que ele tivesse a possibilidade de revidar. 

 

Porém, os efeitos da luta contra o Cavaleiro da Fome foram além do que seria possível imaginar. Todos eles estavam cansados, famintos e preocupados com a luta que estava por vir... Contra o Cavaleiro da Guerra, o mais experiente e inteligente dos três, a luta que seria, talvez, a mais difícil até então. 

 

Aproveitando-se da pausa que havia ocorrido, Aiyra e Iúna desceram rapidamente até o campo de batalha trazendo provisões para os Tupangers, até porque famintos eles não poderiam ficar. O que era mais impressionante era que Dain, o Cavaleiro da Guerra, não havia aparecido até o momento. 

 

Isso preocupava Fábio e Tsukiko. 

 

Em um grupo de 11 pessoas, os que estavam em melhor situação ficaram de vigia para que os outros se alimentassem, basicamente Aiyra e Iúna. Durou pouco menos que 40 minutos, em que comeram tensos, a comida até poderia não fazer bem... A luta contra o Cavaleiro da Fome tinha sido causa de mais dano do que de ferimentos, ao contrário da luta contra Takhal. 

 

Depois que estavam devidamente alimentados, Dain ainda não aparecia. Era como se ele esperasse que os Tupangers se recuperassem para que lutassem com todas as forças... Mas eles não estariam desta maneira. 

 

Logo Dain apareceu. Vestia uma armadura de metal completa, mas ela não parecia ser o estilo de armadura que os jovens conheciam, parecia ser mais resistente e mais maleável, se isso era possível. 

 

Ele ficando em pé em frente a eles já era um desafio e tanto, sua presença era opressora, muito mais do que era antes. Ele também era silencioso, igual aos companheiros anteriores, mas ele parecia estar melhor acostumado com isso... Talvez porque Morte e Guerra andassem mais juntos do que algumas pessoas pensam. 

 

A batalha começou em seguida. Os Tupangers seguiram a mesma tática que seguiram contra Takhal e Uushgi, mas não parecia surtir o resultado desejado. Todos os golpes eram defletidos e não havia espaços. Era uma luta de 6 contra 1, mas ele dava conta de todos com muita folga. 

 

Preocupados, Yellow, Green e Pink preparavam-se para disparar, mas não dava, os sete se moviam muito rapidamente para que eles tivessem um campo de tiro limpo o suficiente. 

 

Foi quando Dain parou, ficando de frente para os 9 guerreiros e os dois guardiães. 

 

Com uma voz que quase congelou a espinha deles, ele disse... 

 

- Vou esperar vocês mandarem o que vocês têm de melhor contra mim. Vou aguentar e devolver o golpe. 

 

Todos ficaram assustados, ele não parecia estar cansado, muito pelo contrário, ele parecia estar gostando da situação, enquanto os 9 ficavam cansados. 

 

Foi quando Tsukiko, ao olhar para Fábio e vendo todos ali cansados e ainda assim dando o máximo de si contra os inimigos, resolveu recuar. Não tinham como continuar aquela luta daquele jeito. 

 

RECUAR! – Bradou Fábio. 

 

- Ah, não vão, não. – Disse Dain em voz baixa, mas alto o suficiente para que todos ali fossem capazes de ouvi-lo. 

 

Foi quando ele foi absurdamente rápido, nocauteou a todos sem qualquer dificuldade, com golpes que eram humanamente impossíveis de serem desferidos – que desafiavam a gravidade, que era como se o próprio Japeusá (ou assim pensavam os guerreiros do bem) tivesse encarnado neles. 

 

Em questão de cerca de 5 minutos todos os Tupangers estavam no chão, gemendo por causa dos ferimentos que haviam recebido. Alguns deles haviam vomitado por causa da ingestão de alimentos rápida demais e lutarem logo em seguida... 

 

Foi quando, de maneira abrupta, Aiyra e Iúna recolheram todos os Tupangers e os teleportaram de volta para o plano mítico, sem que Dain tivesse chances de impedi-los. 

 

Quando chegaram no local de destino, outros Tupangers vomitaram por causa da velocidade expressa pelos guardiães. 

 

Tupã olhava para eles entendendo que aquela luta seria mesmo a mais difícil até então, porque seria em uma tomada só os quatro Cavaleiros do Apocalipse com suas forças aumentadas e fraquezas reduzidas, e aquela prova de resistência, a um primeiro momento, era demais para os guerreiros do bem.  

 

Era hora que eles soubessem o que havia tornado Aiyra e Iúna tão fortes, e não tinham tempo para entender antes de usar. 

 

Em primeiro lugar, eles precisavam ser curados. Ísis havia conseguido se curar antes de todos, e já ajudava Aiyra e Iúna a curar os demais. Esse era o maior poder dela, e ela não havia se atentado a isso em meio ao campo de batalha. 

 

Ela pediu desculpas aos demais por não ter pensado nisso, mas ninguém a havia culpado, ela não era tão adepta à luta quanto os demais e não tinha inteligência estratégica. 

 

- E agora, ó Grande Tupã, o que podemos fazer se o Cavaleiro da Morte pode ressuscitar os outros, e usá-los em sequência para nos enfraquecer? – Perguntou Fábio humildemente, perguntando ao deus se ele sabia o que poderia ser feito.  

 

Tupã tinha mesmo a resposta na ponta da língua, mas se eles passassem por aquilo talvez não voltassem a ser pessoas comuns depois de saírem daquele lugar. Por medo ele resolveu não falar logo de cara, pois temia que seus guerreiros fossem fugir, devido à excruciante sensação pelo qual eles teriam de passar. 

 

- Ó Grande Tupã, acho que eles têm a força necessária para passar por aquele teste e ganhar o verdadeiro poder de vocês, deuses. Testemunhamos a força de vontade deles no campo de batalha e eles foram mais longe do que qualquer Tupanger ao longo do tempo passou. – Disparou Aiyra. 

 

- Faço minhas as palavras de minha irmã, ó Grande Tupã. Eu era o mais descrente e testemunhei também. Faço coro ao pedido dela. 

 

Aiyra olhou assustada para o irmão gêmeo e sorriu com uma leve lágrima presente no canto interno do olho direito, sabendo que com esse apelo poderiam conseguir interpelar ao líder dos deuses. 

 

Tupã olhou para os dois subordinados, olhou para os guerreiros, que ao ouvirem aquilo, olharam para seu patrono com força de vontade e resiliência mental. Eles não tinham força física ou mágica que pudessem usar naquele momento, mas queriam, de todo o coração, salvar o planeta. Sabia também que eles não tinham tempo para perder com indecisões. 

 

- Tudo bem. Vou deixar primeiro que Fábio passe para vocês entenderem pelo qual passarão, eu conheço ele melhor do que ao resto de vocês, afinal de contas ele recebe os meus dons. Sei que ele é muito capaz de suportar o treinamento e não surtar. 

 

Tupanger azul sentiu-se importante pelo patrono ter falado dele daquela maneira. 

 

Os outros oito deuses apareceram rapidamente e, em uníssono, disseram... 

 

- Não precisa sacrificar o seu representante antes dos nossos. Sabemos que eles são tão capazes quanto ele de passarem pelo treinamento, então peço que mande a todos de uma vez, mantenha a unidade da equipe, ó Grande Pai. 

 

Sem ter o que refutar, com um aceno de cabeça ele disse tudo o que os demais queriam ouvir, deixando que os nove seguissem para a Gruta do Poder. Ninguém entre os deuses de Tupã achava que eles precisariam disso, mas agora entendiam que Japeusá estava cedendo seus poderes para os seres conhecidos como Cavaleiros do Apocalipse, então resolveram quase “fazer o mesmo”. 

 

- Saibam que o que vocês estão prestes a fazer não tem volta. Vocês terão de deixar suas vidas terrenas para fazer o que vocês vão fazer. – Disparou Tupã de maneira sombria. 

10 Comentários

  1. Finalmente, a estratégia de Japeusá ficou clara.

    Vencer os Tupangers pelo cansaço e esgotamento físico, mental e psicológico.


    Um plano, de fato , ardiloso e maquiavélico.

    Se não fosse a ação de Ayra teria conseguido.

    Eis que, porém, no Plano Mítico , Tupã , de modo enigmático lança uma sentença preocupante:

    Um caminho sem volta para vencer o mal supremo.

    A renúncia de suas vidas particulares.

    Um preço caro.


    Veremos se esse treinamento supremo terá efeito e os Tupangers seguirão adiante.



    Parabéns pelo trabalho, George

    Sua obra é fantástica!

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    1. Valeu, man!! Fico feliz que tenha curtido, eu tenho me esforçado pra fazer com que vocês curtam.

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  2. Ao mesmo tempo e que tiveram sorte de um doa inimigos ter dado tempo para se recuperar, o seguinte se mostrou uma verdadeira ameaça.
    Vamos ver como será esse teste para ficaremos fortes e que assim, realmente fiquem a altura do desafio que se aproxima.
    Mandou bem Jorge

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    1. Foi por causa de alguns comentários seus que eu me empolguei pra escrever, Norberto.

      Obrigado.

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  3. As batalhas se tornam cada vez mais ferrenhas e cada vez mais as situações se estreitam deixando dos guerreiros em situações mais e mais perigosas! Ser derrotadas em cinco minutos de maneira tão brutal foi algo que deve ter realmente incomodado eles, talvez por isso tamanha determinação em enfrentar o teste que sequer eles conhecem ainda como será! Realmente a treta ficou feia Jorge, vamos ver o que espera os guerreiros e se todos eles conseguirão mesmo superar o desafio para receber novos dons! Parabéns meu amigo, excelente episódio cara! \0/

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    1. FIco feliz que tenha curtido, Lanthys. A treta vai só melhorar daqui pra diante!!

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  4. Desculpe o sumiço, Jorge!!!

    Mas, cá estamos nós para retomar a leitura!!!

    Agradeço foi essencial para a virada dos Tupan Rangers contra essa batalha que foi travada mais no campo emocional.

    Parabéns!

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  5. Bem como imaginei, a ideia era drenar a energia deles e ganhar pelo cansaço. No entanto, o Dain parecia realmente revigorado, foi uma boa rima poética a tal relação de guerra e morte. Agr, um treino pra obter um poder cujos requisitos são abandonar o mundo terreno... tô curioso pra onde isso vai e as consequencias

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