Capítulo XII - A razia do forte Crisis
Ainda segundo
as palavras de Gori, recentemente esteve no Planeta Épsilon a bruxa Marie
Baron, do Forte Crisis e que também faz parte da Ordem das Feiticeiras Galácticas
tal qual Ahames e as irmãs Kilza e Kilmaza. Marie Baron esteve em Épsilon,
ninguém a notou e ainda ela voltou ao Forte Crisis com um rico botim. Só os
velhos amigos de Gori, Sun e Wukong, a viram de relance. Mas o suficiente para
notarem que se trata da bruxa de Crisis.
Mas a
história não para por ai: meio ano depois, nas regiões mais remotas do planeta,
longe da capital, a mesma Marie Baron voltou, dessa vez acompanhada de uma
equipe de cinco guerreiros do Forte Crisis, sob ordens diretas de Jark.
Várias
cidades e povoados foram pilhadas e saqueadas por Marie Baron e seu grupo.
Gori, junto com seus amigos Sun e Wukong, foram ao local e viram com os
próprios olhos o resultado das ações de Marie Baron. Casas, templos, edifícios,
estabelecimentos comerciais e científicos, bases militares, tudo reduzido a
escombros e destroços pelos enviados do general Jark. Na verdade, não apenas
reduzidos a escombros, como também saqueados e pilhados. Marie Baron e seus
guerreiros enviaram ao Forte Crisis um rico botim. E de cereja do bolo, Marie
Baron e seus guerreiros deixaram em alguns dos pontos invadidos por eles
estandartes do Forte Crisis, um claro sinal de que Crisis também está de olho
em Épsilon!
Jark: “Marie
Baron, esplêndido! Você e seus guerreiros voltaram com um botim riquíssimo, vai
ajudar a nos sustentar por muitos anos”.
Marie Baron:
“senhor Jark, digamos que apenas fiz o que tinha que ser feito. Pois saiba de
uma coisa: foi a coisa mais fácil do mundo pilhar aquele planeta. Aqueles
simióides não são de nada, apenas têm tecnologia e nada mais. Um dia, aquele
planeta será nosso!”.
Jark: “Sim,
Marie Baron. Cedo ou tarde, nós invadiremos Épsilon. E aquele lindo planeta
será nosso”.
Caçadores
Espaciais, Kilza, Ahames e agora Marie Baron... Há quem diga também que há
alguns anos, também esteve em Épsilon uma força expedicionária da Ordem dos
Piratas Espaciais, pessoalmente liderada por seu chefe Buba. Eles até chegaram
a hastear a bandeira do pirata espacial em alguns cidades e povoados de Épsilon
na ocasião. Como Kaura bem disse uma vez, invadir Épsilon é a coisa mais fácil
do mundo, e Gori, junto com seus partidários, quer mudar essa situação
radicalmente.
A Ordem dos
Piratas Espaciais é um grupo de guerreiros espaciais que em 1879, sob a
liderança de Mundzuk (bisavô de Buba pela via paterna) se desvinculou da Ordem
dos Caçadores Espaciais e foram formar um grupo novo. Isso porque naquele ano o
caçador Kaplan foi destituído de sua posição enquanto chefe das forças de
ocupação de Mess no planeta Flash em detrimento de Barak, cria do Doutor Keflen.
Desde então,
os Caçadores Espaciais e os Piratas Espaciais vêm mantendo uma rivalidade
secular, que se expressou em uma série de batalhas entre os dois grupos,
geralmente com resultados inconclusivos. Nunca nenhum deles foi capaz de
esmagar o outro, e vice-versa. Mas, apesar de toda a rivalidade entre os dois
grupos, ainda assim seus atuais líderes, Buba e Kaura, olham um ao outro como
guerreiros honrados e se respeitam entre si. Recentemente, após uma escaramuça
entre os dois grupos, os Piratas Espaciais não tiveram outra escolha a não ser
se juntar a Bazoo.
O ataque da
bruxa a serviço do forte Crisis deixa Gori ainda mais irritado quanto ao
sistema vigente em Épsilon. Como isso é possível, um pequeno grupo de
guerreiros alienígenas causar tamanho estrago nas regiões mais afastadas de
Épsilon? Isso é uma vergonha, concluiu Gori.
Como era de
se esperar, o forte Crisis na figura de Marie Baron invade o Planeta Épsilon e
os senadores não estão nem aí. Afinal, nos povoados invadidos e devastados pela
bruxa de Crisis não tinha nenhuma autoridade importante, nenhum figurão
importante do mundo dos negócios de Épsilon, apenas pessoas comuns que
encontraram seus destinos nas mãos dos invasores.
A indiferença
para com o ocorrido é tamanha que até mesmo o atual Primeiro Senador de
Épsilon, o senhor Aap, minimiza os fatos. Em seus pronunciamentos ele diz que
isso é nada, é um pequeno entrevero que logo será superado. E nisso ele ignora
que Épsilon corre um grande perigo, se nada for feito na direção contrária.
E, diga-se de
passagem, ele não é o único que assim pensa: a esmagadora maioria dos senadores
influentes do planeta igualmente assim pensa do alto do pacifismo extremado
deles. Também assim pensa o senhor Simius III, o atual Grande Simiano (o título
que carrega todo Presidente da República de Épsilon, os quais governam a
República em mandatos de cinco em cinco anos). Que isso é um pequeno problema
passageiro que logo será coisa do passado.
Belo dia,
Gori defrontou-se com um desses senadores que mostram indiferença quanto ao
ameaçador problema que se apresenta ao Planeta Épsilon. O nome do senador em
questão é Maymun. A tônica da discussão entre os dois, como veremos, foi bem
acalorada.
Maymun: “E
então Gori, diga-me uma coisa, o que você ganha se posicionando contra os
valores que nós, os simióides há séculos defendemos?”.
Gori: “Os
valores que vocês da casta política de Épsilon usam como pretexto para oprimir
a grande massa da população e para justificar a insignificância de Épsilon no
Universo. Esperava mais de você, sabia?”.
Maymun: “Ora,
não venha com gracinhas, Gori! Épsilon é e sempre será um planeta pacífico que
jamais irá usar-se de seus recursos para subjugar outros mundos! Isso que você
propõe é uma loucura!”.
Gori: “Tão
pacífico que volta e meia invasores vindos do cosmos fazem a festa por aqui.
Que nem a Ahames que matou a minha amada esposa e sequestrou meus queridos
filhos, que não sei onde se encontram agora!”.
Maymun: “E
dai? Isso é um probleminha passageiro. Nós não precisamos nos preocupar com
isso. Tudo se resolverá com o tempo”.
Gori: “Você
diz essas coisas porque nunca teve um filho ou esposa morta por tais invasores
espaciais. E pelo que estou vendo, se Épsilon continuar a estar na mão de gente
como você, está a fadada a ser conquistada por gente como o Satan Goss, o Bazoo
e Jark. A estupidez de vocês me enoja, sinceramente”.
Maymun: “Ora
seu! Basta de suas asneiras e provocações!”.
Gori: “E basta da tua idiotice! Vou indo embora daqui, porque tua idiotice é contagiosa!”.
1 Comentários
As invasões prosseguem...
ResponderExcluirDessa vez com Marie Baron e Crisis...
Enquanto isso, as autoridades vão negando as aparências, disfarçando as evidências como diz famosa canção...
Fazendo ainda , pouco da dor do outro...
Empatia zero!
Esse negacionismo estúpido se equipara ao de Birelibles , Il Pippo, o pateta mor de Bruzundangas...
Chega me dar nojo!!
Vejamos onde essa sandice vai ...