Capítulo XVII - À deriva no cosmos (Wakusei E-Kara Tsuihou Sareta...)
A nave de
Gori e Karas vaga pela vastidão do cosmos com destino incerto, e assim fica
durante vários dias e até mesmo meses. O que será que aguarda aos simióides
espaciais oriundos do Planeta Épsilon? Qual será o destino deles e que
surpresas o lugar de destino a eles reserva (se é que eles chegarão a algum
lugar vivos)? Uma coisa é certa: apenas o tempo saberá responder a tais
indagações.
Em Épsilon, rapidamente
a fuga de Gori e Karas foi notada.
Torre de
comando: “Saiam todos, houve uma rebelião! Os traidores Gori e Karas fugiram e
roubaram uma de nossas naves! Eles não podem escapar!”.
Guarda 1:
“Gori e Karas fugiram e ainda por cima capturaram uma de nossas novas! Não pode
ser!”
Guarda 2:
“Isso é gravíssimo! Não podemos tolerar tamanha insubordinação à nossa
autoridade!”
Guarda 1:
“Vamos capturar os dois, e mostraremos que com as autoridades de Épsilon não se
brinca!”.
Ao verem que
Gori e Karas já não estão mais em Épsilon, as autoridades do planeta dos
simióides ordenam que buscas fossem feitas para encontrar os dois fugitivos.
Simius III, o
atual Grande Simiano de Épsilon: “Essa não, não pode ser! Gori fugiu não se
sabe para onde, e ainda por cima levou uma de nossas naves! Não vamos deixar
isso impune!”.
Naves são
enviadas no encalço de Gori e Karas, mas já era tarde demais. Gori e Karas já
estavam tão distantes que persegui-los de planeta em planeta seria o mesmo que
procurar uma agulha em um palheiro. Além disso, muitos dos planetas próximos a
Épsilon, como dito antes, já estavam sob a jurisdição de Bazoo ou de Satan
Goss, e aterrissar uma nave em um planeta sob a jurisdição de qualquer um dos
dois conquistadores espaciais sem a autorização prévia deles (algo que pode
muito bem demorar certo tempo, um tempo do qual os epsilonianos não podem se
dar ao luxo de desperdiçar) poderia trazer grandes embaraços diplomáticos com
eles. Quem sabe eles até não aproveitariam a deixa para lançar um ataque
conquistador ao planeta Épsilon...
Durante certo
tempo Gori e Karas vagaram pelo espaço. Nesse ínterim, a dupla passou por
vários planetas para reabastecer a nave de víveres e combustível, ou mesmo para
se esconder de eventuais perseguidores vindos de Épsilon. Mas, se por um lado eles conseguiram escapar
de eventuais perseguidores vindos de Épsilon, por outro lado não encontraram
nenhum planeta com vida abundante. Os dois estavam perdendo as esperanças de
encontrar algum outro planeta que fosse tão fértil quanto Épsilon.
Até que
repente a nave dos dois simióides espaciais foi atingida por uma tempestade
magnética.
Karas: “Mas o
que é isso que está acontecendo com a nossa nave, mestre?”.
Gori: “Isso
só pode ser... uma tempestade magnética!”.
Karas: “Isso
é péssimo, mestre!”.
Gori: “Não
sei não, mas acho que esse é o fim da nossa linha!”.
Karas: “Ai
tempestade maldita, acabe logo!”.
Foram
momentos angustiantes para os dois simióides. Gori chegou a pensar que a nave
em que estavam seria destruída pela tempestade que se arrastou por vários
minutos.
Gori: “Será o
fim de nossa linha, Karas?”.
Karas: “Acho
que sim, mestre. Não nos resta muito tempo de vida pela frente”.
Como se pode
ver, certa dose de desânimo abateu aos nossos queridos simióides. Mas os
minutos se passaram e a tempestade passou.
Quando a
tempestade passou, Gori e Karas deram de cara com um belíssimo planeta, um
planeta que nunca viram antes. Na verdade, um planeta do qual eles nunca
ouviram falar de sua existência: o planeta Terra, o terceiro planeta do sistema
Solar.
Gori: “Há,
mas que planeta é esse? Parece ser tão lindo e cheio de vida...”.
Gori ficou
simplesmente encantado com a beleza do Planeta Terra. Um planeta cheio de vida,
com paisagens das mais variadas e fauna e flora composta por espécies das mais
variadas, tal qual Épsilon. O Doutor Gori e seu comparsa Karas, pelo visto,
estão diante de um verdadeiro Éden.
Gori: “Mas
que planeta mais lindo! Veja Karas, animais correndo, nadando e voando de um
lado para o outro, plantas florescendo, rios fluindo, mares vastos, lagos
profundos, montanhas vastas e íngremes, desertos escaldantes, florestas
verdejantes e repletas de árvores, estepes e campos vastos e abertos, savanas
quentes e úmidas...”.
Karas: “Sim
mestre, é um planeta deveras belíssimo”.
Mas passado
certo tempo os recém-chegados vindos do Planeta Épsilon descobrem que nem tudo
são flores no planeta em que eles acabaram de chegar. Eles descobrem que não
apenas muitos dos ambientes e biomas vistos por eles estão severamente devastados,
como também a poluição, principalmente de cerca de 200 anos para cá, tem se
mostrado um problema seríssimo, a ponto de os gases emitidos pela poluição
ajudarem a aumentar a temperatura média do planeta.
Logo Gori
descobriu de onde vem a fonte de toda a poluição: os seres humanos. Toda essa
devastação do meio ambiente não é de origem natural, e sim induzida pelo ser
humano em suas mais diversas atividades, em especial desde o século XVIII com a
Primeira Revolução Industrial. E então o cientista chegou à seguinte conclusão:
ou a Terra se livra da praga chamada seres humanos e assim terá o seu esplendor
de outrora restaurado, ou o seu futuro estará condenado!
Para Gori, é
imperdoável que os seus próprios habitantes estejam usando seus recursos da
forma como usam e que estejam o destruindo. A ponto de, entre outras coisas,
estarem aquecendo o planeta por meio da excessiva emissão de gases como metano
e o dióxido de carbono, os chamados gases estufa e destruindo muitos dos
lençóis freáticos, rios, mares e lagos do planeta por meio da poluição.
Dessa forma,
o que os seres humanos merecem é uma só coisa e nada mais: extermínio total e
inexorável. E Gori, como se fosse uma espécie de escolhido pela providência
divina, está decidido a levar adiante tal extermínio com suas próprias mãos. O
que ele fará por meio de monstros criados, ironicamente, através da mesma
poluição que os seres humanos expelem. Ou seja, é como se o próprio planeta
estivesse se voltando contra os seres humanos que tanto mal fazem a ele na
forma de poderosos, ferozes e gigantescos monstros.
Dito e feito.
O primeiro monstro que Gori cria por meio da poluição é o monstro Draks. Terá
Gori sucesso em sua empreitada terrena, ou algum herói surgirá para detê-lo? Mais uma
pergunta que só o tempo será capaz de responder.
1 Comentários
Gori e Karas conseguem fugir de Epsilon!
ResponderExcluirEm seus desbravamnento pelo universo afora, descobrem a existência do Planeta Terra e se assombram que os males que os humanos criam para o nossos próprio planeta.
Um sentimento de fúria toma Gori de tal forma que promete destruir a humanidade.
Desse modo , tudo vai se encaixando com que Gori se tornou na saga de Spectreman!
Excelente capítulo!