Olá, pessoal.
Desculpem ficar tanto tempo sem postar e postar um mais curto, aproveitei uma inspiração para concluir o capítulo. Espero que curtam!!
Aquela noite passou rapidamente, Lucky sequer sentiu, de tão cansado que estava. Os demais Kyurangers descansaram como puderam, e aqueles que não precisavam dormir, como Raptor, Champ e Balance apenas mantiveram-se vigilantes durante a noite inteira.
Em um sono agitado, Naga sonhou novamente com sua família, mas daquela vez era apenas uma lembrança de quando ele era pequeno, com menos emoções ainda do que hoje em dia. Naquela época ele seria o melhor assassino ou o pior psicopata, pois pouquíssimas emoções lhe sobravam.
Hammy dormia abraçada a Lucky e tinha sonhos felizes. Stinger sonhava em como poderia ter salvo seu irmão, como a realidade poderia ser brutal e ao mesmo tempo sábia. Como estar entre os salvadores do universo poderia, sim, ter salvo sua alma da perdição, de um destino similar ao do irmão.
Kotaro sonhava com os pais. Podia ser adolescente e podia ser poderoso, mas ainda era um jovem que adorava seus pais. Spada sonhava com seu restaurante, em como seus clientes poderiam estar felizes comendo suas criações.
Enfim, Tsurugi sonhava com o trabalho na federação do universo, burocracias que ele nunca pensou em sentir falta... Shou sonhava com seus antigos companheiros, com uma época em que os Kyurangers eram outros e ele era apenas o Ryu Purple. Garu sonhava com sua matilha: mãe, pai, muitos irmãos, tios e primos. Como eles poderiam estar sofrendo na constelação do Lobo.
No momento seguinte, houve um barulho de explosão. Todos aqueles que estavam dormindo acordaram assustados, enquanto isso Balance, Champ e Raptor correram na direção de onde pensaram ter ouvido o barulho.
Os outros Kyurangers, ainda tonto de sono, tentavam entender o que estava acontecendo.
Não demorou muito para que Champ, Balance e Raptor chegassem ao local da explosão, ao menos o mais acertado. Se tratava de uma máquina antiga e há muito não funcionava, e seu mecanismo não funcionava a contento, fazendo com que a energia ainda armazenada explodisse.
Mesmo assim os três se puseram a investigar o ocorrido, tentando entender ser uma falha mecânica ou se era causado por alguém ou outro ser ali presente.
Garu foi o primeiro a chegar dos outros que ainda estavam tontos de sono. Talvez por ser um lupino, tinha melhor disposição para acordar de maneiras inesperadas.
Observando o lugar, a primeira coisa que notou foi que em um dos lados de uma das máquinas havia três marcas de garras, indicando que era um ser vivo, de garras relativamente grandes que atacou aquela máquina.
- Olhem aqui o que vocês perderam enquanto procuravam – Falou Garu, chamando atenção dos demais para o que havia descoberto – Parece que não somos os únicos seres vivos neste planeta! Me ajudem a procurar por pegadas na região, porque isso pode nos levar àquele que atacou essa máquina.
E assim os quatro começaram a rastrear o que pensavam ser uma fera quadrúpede, mas havia apenas um par de pegadas no começo. Pouco depois de entender que poderia ser bípede, dois pares de pegadas apareceram, e isso deixou Garu surpreso.
Isso parecia muito com o estágio de transformação de seu povo, quando queria assumir a forma mais ágil, para fugir de algum perigo ou caçar um alvo pretendido, fosse uma presa comum ou mesmo um dos seus...
Um renegado.
- Vocês ficam rastreando aqui enquanto eu vou seguir a minha intuição de homem-lobo.
Os três não entenderam o que Garu quisera dizer, mas acataram o que ele havia pedido, afinal ele era o melhor rastreador da equipe.
Farejando o ar, Garu seguiu por uma trilha que ladeava a estrada principal, que seguia em diagonal, saindo do centro da construção. Quanto mais o homem-lobo andava, menos aquela trilha mostrava estar inteira, casa vez mais a natureza reclamava seu espaço para si.
O cheiro do vento dançava próximo ao focinho de Garu. Ele sabia que estava sendo observado, sabia que, em breve, encontraria o ser responsável pelos danos na base Kyuranger.
- Eu não esperava encontrar você, Garu, grr.
A voz surgira pelo ar, como o prenúncio do que viria. Mas o Kyuranger azul não reconhecia a voz de seu interlocutor. Ao menos não mais, pra era claro que ele o conhecia.
- Por que não conversamos? Aparece aí. -Tentou Garu descontrair o ambiente que estava tenso.
- Estranho... O Garu que eu conheci atacava primeiro e perguntava depois.
- O Garu que você conheceu não existe mais. Ele cresceu, amadureceu, ganhou sabedoria. Não age mais apenas pelo instinto, não é mais tão afoito. E você não é quem parece ser.
- Muito inteligente de sua parte. – Naquele momento, foi possível escutar um “click”, e um sim de respirar fundo – E agora você talvez me reconheça, embora já tenha muito tempo da última vez que nos encontramos.
Garu ficou estupefato. A voz que ouvia naquele momento, além de ser feminina, lhe trazia lembranças que nunca mais pensou que teria.
- Rururi? – Perguntou Garu com a voz vacilante. A última vez que havia encontrado a mulher-lobo tinha sido quando ainda eram adolescentes, na constelação do Lobo, no planeta Dark Fang.
- Vejo que você não se esqueceu de mim. Isso é bom. Mas o que faz neste planeta? Este mundo é de heróis decadentes, que sumiram há muito e que há cinco anos pensaram que tinham vencido o mal... – Rururi parecia conhecer a história da batalha mas não quem eram os guerreiros.
- Já entendi que você ouviu muito da nossa história. – Garu pretendia contar tudo a ela.
- Nossa? Não me diga que... – Rururi estava estupefata apenas com a ideia.
- STAR CHANGE! OOKAMI KYUUTAMA!
Depois da transformação...
- A Estrela Feroz! LOBO AZUL!!
- É. Você é um deles. – Disse Rururi surpresa.
Logo Garu desfez a transformação. Não era necessário mantê-la.
- E nós continuamos a lutar depois da queda de Dom Armage. Tinha muita coisa pra reconstruir, muitas pessoas ainda para salvar. Descobrimos que a Jark Matter se reconstruiu e que há monstros mais fortes para cuidar. Mas agora somos completos, mais poderosos do que nunca.
Depois de pensar bem...
- E como eu posso fazer parte da equipe de vocês? – Perguntou Rururi.
- Bom, precisamos entender que constelação você assumiria, porque a do Lobo já é minha... E onde está a sua possível Kyuutama... Mas não tem problema. Temos vários sábios na equipe e eles podem responder isso. E ter você ao meu lado vai me dar força.
Rururi corou e sorriu. Fazia tempo que não encontrava Garu e ele agora era realmente um homem-lobo com suas iniciais maiúsculas.
8 Comentários
Bem legal o lance dos sonhos, um ótima maneira de desenvolver os personagens em poucas linhas.
ResponderExcluircurti tbm o encontro dos lobos, pode render boas cenas no futuro.
Muito bom cara!
Essa é a intenção. Obrigado por ler, Norberto!
ExcluirMuito bom cara, as cenas descritas pelos sonhos ficaram ótimas e funcionam muito bem como meio de narrativa, mas quando vi as marcas de garras e a semelhança com o povo do Garu eu considerei que teríamos um embate entre dois seres iguais! Agora é esperar pelo desfecho, muito bom cara, parabéns! \0/
ResponderExcluirValeu Lanthys. Essa foi a intenção.
ExcluirEu já tinha gostado do episódio 18.... Mas, esse foi ainda melhor. Achei excelente você tratar a história com base na perspectiva dos sonhos. Matou a pau, mesmo. Parabéns.
ResponderExcluirVou procurar colocar em dia a leitura... A saga avança para um final apoteótico!
Obrigado por acompanhar, Artur. Fico feliz que tenha curtido. Eu quis trazer algo diferente...
ExcluirOutro excelente capítulo!
ResponderExcluirNovamente e com êxito você subdivide a narrativa em duas partes a serem observadas e isso tem sido muito bacana em acompanhar,
Na primeira parte , os sonhos internalizados de cada um.
Na segunda o encontro de Garu com uma velha conhecida que, pode se unir a equipe.
Seguimos em frente!
Belo trabalho!
Man, essa ideia de separar a narrativa eu aprendi com o nosso mestre George Martin, foi uma das muitas vezes (e ele usa com maestria) a divisão de narrativa. Claro que eu dividi o sonho do Lucky (claramente protagonizado) e depois os dos demais, trazendo a Rururi. Perceba que há um trocadalho, porque Garu é "Grrr", onomatopéia pra rosnado, e a personagem que criei, Rururi, é "Rrrrr", outra onomatopéia pra rosnado.
ExcluirAbraço!!