No capítulo anterior:
Os Batarangers ganham um novo membro e são bem-sucedidos em sua primeira missão. Porém, é só o começo...
Capítulo #3 – Em chamas
SimuDeck da BataBase
Os Batarangers estavam treinando situação de refém. Na
simulação, havia um ônibus parado, no qual os passageiros foram feitos de reféns
por uma gangue de vampiros. Os cinco Batarangers chegaram ao ônibus e começaram
a discutir planos de resgate.
Cris: “Vamos fazer a mesma coisa que fizemos, quando pegamos
o Morcegão. Vamos agir um por vez.”
Aline: “Acho melhor agir simultaneamente, de forma separada.
Dois pela frente, um em cada lateral e um por trás”.
Cris: “Mais alguém?”
Jéssica: “Bem, não sou boa com planos. Por isso, prefiro
agir logo”.
Mateus: “Somos dois”.
Jefferson: “Gente, decide logo, porque o tempo tá passando!”
Cris: “Muito bem, vamos de acordo com meu plano.”
Aline: “Não, vamos pelo meu”.
Enquanto eles discutiam, Jéssica e Mateus foram para o
ônibus, mas encontraram os passageiros todos transformados em vampiros...
De repente, ouviu-se uma sirene, sinalizando o fim da
simulação. Dra. Angélica, que estava acompanhando o treinamento, dirigiu-se a
eles, com cara de poucos amigos:
“Operação muito abaixo da média. Se fosse em uma situação
real, a cidade ficaria infestada de vampiros. Precisam agir mais rápido.”
Aline: “A gente agiria rápido, se o ‘nosso amado líder’
aceitasse meu plano”.
Cris: “Eu? Seu plano era furado, porque ataque simultâneo é
suicídio”.
Aline: “Você não sabe nada sobre táticas de ataque, porque
nunca frequentou a academia!”
Cris: “Tá certo, mas o meu plano prendeu o Morcegão.
Aceite.”
Aline: “Humpf, foi sorte. Um raio não cai duas vezes no
mesmo lugar”.
Angélica: “Chega! Com essa desunião, vamos sempre ser
derrotados. Isso precisa se resolver imediatamente, entendido?”
Cris e Aline: “Sim, senhora!”
Angélica: “Muito bem. Vamos repetir esta operação amanhã,
até que peguem o jeito. Só espero que estejam com os ânimos menos exaltados.
Dispensados!”.
Os cinco prestaram continência e se retiraram do SimuDeck.
Dormitórios da BataBase
As moças estavam conversando no quarto delas e os rapazes
no deles, mas o assunto era o mesmo.
Aline: “Eu não sei o que o comandante tinha na cabeça em
colocar aquele sujeito na equipe, Jéssica. Ele não sabe o básico de operações
policiais, mas já é o líder. ‘Ain, mas ele conhecia o Morro do Morcego’... Tá
certo, mas a verdade é que tivemos sorte. Se fosse em outra situação, estaríamos
perdidos com esse cara na liderança”
Cris: “Não sei como vocês aguentam essa Aline. É uma mala
invejosa que nunca deve ter amado na vida!”
Jéssica: “Calma, amiga. Deve haver um motivo. A gente
precisa ter paciência com o Cris.”
Aline: “Fale por você. Minha paciência já acabou logo que o
conheci. Moleque mala de uma figa!”
Mateus: “Cara, a Aline é uma garota difícil, tem seu jeito
mandão, mas a gente se acostuma e a conhecendo melhor, ela é gente boa. Né,
Jeff?
Jefferson: “Verdade. A Aline sempre foi muito temperamental.
Uma vez, ela quase me deu aquele super-chute dela em mim, só porque errei no
treino. Se não fosse a mana separar... Mas como o Mateus disse, a Aline, mesmo
com esses defeitos, é gente boa.”
Mateus: “Falando na Jéssica, ela acha que a Aline tá
diferente desde que tu chegou, Cris.”
Jéssica: “Olha, amiga, eu nunca te vi assim, tipo, exaltada.
Algo que algo mudou, depois da chegada do Cris...”
Aline: “O que está insinuando, Jéssica? Eu sou a mesma de
sempre.”
Jefferson: “Minha irmã pode ser meio fofoqueira, mas também
reparei que Aline tá diferente desde que tu chegou.”
Cris: “O que está insinuando?”
Jéssica: “Acho que você está gostando dele”.
Jefferson: “Acho que ela está gostando de você”.
Aline: “Humpf. Eu, gostar daquele boçal?”
Cris: “Aquela doida gostar de mim?”
Cris e Aline: “NEM PENSAR!”
Sala do comandante
No dia seguinte, o comandante Lopes chamou os Batarangers à
sua sala. Ele foi direto ao assunto:
“Batarangers, chamei-os aqui porque temos problemas. Há uma
onda de incêndios criminosos e parece ser obra de um HM.”
Apertando um botão em sua mesa, surgiu um holograma contendo
imagens de um homem jovem, com habilidade de lançar labaredas de fogo.
Cmte. Lopes: “Nós resolvemos chamá-lo de Drago. Adquirimos
essas imagens das câmeras de segurança. A última vez que foi visto, foi na
região próximo à Central. Quero que vão para lá imediatamente.”.
Batarangers: “Certo!”
Cmte. Lopes: “Contudo, peço que apenas Ribeiro e Hashimoto
vão para essa missão. Os outros ficarão, até segunda ordem”.
Aline: “Por quê, senhor? Com todo o respeito.”
Cmte. Lopes: “Soube da discussão entre os dois. Precisam
entender que aqui, o batalhão está em primeiro lugar. Vaidades pessoais não
serão mais toleradas. Fui claro?”
Cris e Aline: “Sim, senhor!”
Jéssica: “Boa sorte aos dois. Estaremos prontos, se precisarem”.
Aline: “Valeu”.
Cris e Aline prestaram continência e se retiraram da sala.
Ruas do Centro do Rio de Janeiro
Cris e Aline foram à procura do HM incendiário chamado
Drago. Eles ficaram em silêncio por um tempo, até que o rapaz falou:
“Eh, Aline, eu quero te pedir desculpa pelo o que aconteceu ontem”.
Aline: “Também peço desculpas. Eu acabei me exaltando. Mas
não é hora para isso. Temos que capturar o tal do Drago”.
Cris: “Vejo que você só vive pelo batalhão”.
Aline: “Olha aqui, eu não tenho pais. A minha família tem sido
a F.E.B. Fui criada na academia, assim como os outros”.
Cris sabia disso, mas não podia comentar com o grupo,
conforme fora combinado com o comandante.
Cris: “Acho que você deveria ser mais...sociável, de vez em
quando. Confesso que eu fico com medo de você, às vezes”.
Aline: “Medo de mim? A cada dia, te acho mais esquisito...”
De repente, ouviram gritos dos transeuntes e viram um prédio
em chamas. Também viram um rapaz correndo.
Aline: “Olha, é o Drago. Vamos!”
Os dois foram atrás do HM incendiário. Para despistá-los,
Drago soltava labaredas pelas mãos. Os dois Batarangers conseguiram fugir das
chamas.
Cris: “Vamos usar as BataFardas”.
Aline: “Certo”.
Ambos: “BATAFARDA! ATIVAR!”
Eles continuaram correndo atrás de Drago, até que ele entrou
em uma espécie de fábrica abandonada.
Cris: “E aí, chama os outros?”
Aline: “Ainda não. Vamos tentar pegá-lo nós mesmos”.
Cris: “Certo, qual é o plano,
Senhora-Conhecedora-das-Táticas-de-Ataque?”
Aline deu uma risada.
Cris: “Olha, te fiz rir! Já estamos evoluindo... Falando
sério, qual é a estratégia?”
Aline: “Vamos nos separar”.
Cris: “Certo. Não pensei em nada melhor”.
E ambos se separaram, em busca de Drago.
Aline viu Drago entrar em um quartinho e ela foi para lá. De
repente, a porta se fechou e ela ficou trancada.
Aline: “Cris, eu o
achei, mas ele me trancou em um quartinho”.
Cris: “Onde? Não estou enxergando”.
Aline: “Deixa eu ver esse quartinho”.
Ela ligou a lanterna do capacete e viu caixas com o adesivo:
INFLAMÁVEL. Ela logo percebeu o perigo...
Aline: “Cris, corre!”
Sem entender, Cris saiu correndo da fábrica. Foi então que
ouviu-se uma forte explosão. Cris foi arremessado para longe e perdeu os
sentidos.
Quando Cris voltou a si, só viu a fábrica em chamas.
Cris: “Aline, responda! Aline! Aline!”
Nenhuma resposta.
Cris resolveu comunicar-se com a base:
“Cristiano Ribeiro para a base. Hashimoto e eu estávamos
atrás do elemento, mas houve uma explosão e nem sinal deles”.
Jéssica: “Cris, fala devagar. Você disse que a Aline sumiu?”
Cris: “Disse, Jéssica. Depois da explosão, tentei falar com
ela, mas não tive nenhuma resposta”.
Jéssica: “Meu Deus! Só espero que não tenha acontecido o
pior”.
Cris: “Eu também”.
Angélica: “Calma, gente. Vou tentar encontrá-la pelo
rastreador GPS.”
Passado um instante, Angélica disse:
“Gente, Aline não aparece no rastreador. Tentei várias vezes
e nada”.
Na base, formou-se um clima de tensão. Onde estava Aline?
Angélica: “Cris, você está aí?”
Cris não respondeu.
Angélica: “Cris, está me ouvindo? Cris? Cris!”.
Voltando-se aos outros, Angélica disse:
“Cris também não responde, mas ele aparece no rastreador.
Não sei porque ele não quer responder”.
Jefferson: “Comandante, podemos ir lá, para procurá-los?”
Cmte. Lopes: “Sim, vão. Agora!”
Os três prestaram continência e saíram da sala.
Ruas do Centro do Rio de Janeiro
Jefferson, Mateus e Jéssica, trajados com as BataFardas, chegaram
ao local onde estavam Cris e Aline, na fábrica abandonada que explodiu.
Mateus: “Vou tentar apagar o fogo com minha velocidade”.
E ele criou uma espécie de ventania, que rapidamente apagou
o fogo do que restou da fábrica.
Jéssica: “Não sobrou nada para contar história. Só cinzas.”
Jefferson: “Vou fazer uma checagem de raio-x. Espero não
encontrar corpos por aqui”.
Jéssica: “Vira essa boca para lá, Jefferson!”
Jefferson: “Foi mal, mana, mas eu fico preocupado, porque
nossos companheiros não respondem”.
Mateus: “Pessoal, ouviram isso?”
De repente, ouviram passos atrás deles. Eles não acreditavam
no que viam...
Jéssica: “Cris!”
Ela correu para abraçar o companheiro, que estava com o
rosto chamuscado. Os outros rapazes também foram cumprimentá-lo.
Jéssica: “O que houve? Por que não respondeu ao comunicador?”
Cris parecia está alheio às perguntas da moça. Ele ficava
repetindo:
“Foi minha culpa, foi minha culpa...”
Jéssica: “O que foi sua culpa?”
Cris: “Eu não a salvei... Eu a deixei para a morte...”
Mateus: “Cara, não fica assim. Não foi sua culpa”.
Cris: “Foi, sim. Se eu a salvasse a tempo, ela não
desapareceria”.
Jefferson: “Cara, ela não morreu, eu garanto. Fiz a checagem
de raio-x e não tem o menor sinal de corpos aqui, mesmo com as cinzas”.
Cris: “É, mas ela não está aqui. Por minha causa!”
Cris entregou seu BataMorpher à Jéssica e disse:
“Depois dessa, não sou digno de ser um Bataranger. Aline tem
razão. Não sou policial, sou só um ladrão”. E afastou-se deles.
Jéssica: “Cris, não diga isso. Nós vamos encontrar a Aline. Juntos,
como equipe. Precisamos de você, certo, gente?”
Os outros: “Sim!”
Mas Cris não parecia escutar e foi se afastando ainda mais
do grupo.
BataBase – Sala do comandante
Os três voltaram à base e reportaram tudo o que ocorreu.
Jéssica mostrou o BataMorpher de Cris e disse:
“Ele simplesmente me entregou e foi embora. Não quis
conversa. Estava muito abalado”.
Cmte. Lopes: “Vamos dá um tempo ao rapaz. Ele precisa de
espaço.”
De repente, o celular do comandante tocou. Na tela, estava
escrito “Número Desconhecido”. Ele atendeu e ouviu novamente a voz distorcida
de antes:
“Como vai, Lopes? Parece que as coisas não vão bem aí no
batalhão, hein?”
Cmte. Lopes: “O que você quer? Fala!”
Voz: “Tudo bem, eu falo. Meu amigo esquentadinho atraiu seus
garotos para uma armadilha. O rapaz escapou, mas a menina japonesa, não. Calma,
ela está viva, mas está me fazendo companhia”.
Cmte. Lopes: “Onde ela está?”
Voz: “Paciência, Lopes, paciência. Vou dizer onde ela está,
mas preciso de uma garantia. Quero que sua cientista vá ao local que eu disser,
mas que ela esteja SOZINHA, ouvi bem?”
Cmte. Lopes: “Alto e claro. Só me diga o local”.
Voz: “Vou dizer, mas lembre-se. A doutora precisa vir
sozinha ou a menina japonesa sofrerá as consequências.”
Cmte. Lopes: “Certo.”
O comandante anotou algo no bloco de notas em cima de sua
mesa. A voz encerrou a chamada.
Angélica perguntou: “Quem era, comandante?”
Cmte. Lopes: “Era ele. O inimigo”.
A doutora e os três Batarangers soltaram uma exclamação de
surpresa.
Angélica: “Quem é ele?”
Cmte. Lopes: “Não dá para saber. A voz é distorcida.”
Angélica: “Mas o que ele ou ela queria?”
Cmte. Lopes: “Ele disse que o tal Drago é um amigo e que
atraiu Ribeiro e Hashimoto para uma armadilha”.
Jéssica: “Desgraçado!”
Cmte. Lopes: “E ainda disse que Hashimoto está viva, mas ela
está no poder dela.”
Jefferson: “Pelo menos, a Aline está viva.”
Angélica: “O que mais, comandante?”
Cmte. Lopes: “Bem, ele me passou o local onde Hashimoto está,
mas com uma condição: ele quer que a Dra. Gomes vá lá, sozinha”.
Angélica: “Sério? Por que eu?”
Cmte. Lopes: “Não sei. Temos que resgatar Hashimoto, antes
que seja tarde”.
Angélica: “Tudo bem, eu vou”.
Ela prestou continência e saiu da sala.
Mateus comentou com os outros:
“Aí, vocês repararam que a doutora parece corcunda? Tipo,
ela tem um negócio nas costas”.
Jéssica: “Ah, Mateus, que maldade com a doutora. Deve ser problema
de coluna, sei lá”.
O comandante voltou-se para eles e disse:
“Batarangers, vocês precisam convencer Ribeiro a voltar. Ele
é importante para a equipe.”
Jéssica: “Eu irei, senhor. Acho que sei onde ele deve está.”
Cmte. Lopes: “Ótimo”. Voltando-se para Jefferson e Mateus,
disse: “Vocês fiquem aqui, de sobreaviso”.
Ambos: “Sim, senhor”.
Cmte. Lopes: “Boa sorte, Nascimento”.
Jéssica prestou continência e saiu da sala.
Morro do Morcego
Jéssica foi à paisana ao Morro do Morcego. Apesar da prisão
de Morcegão, os moradores do Morro ainda tinham receio da F.E.B., por causa das
operações. Não foi difícil para Jéssica encontrar a casa de Cris. Ela bateu no
portão e a mãe de Cris atendeu.
Jéssica: “Com licença, o Cris está?”
Mãe de Cris: “Sim, mas ele não está a fim de conversa. Ele
teve problemas no trabalho dele”.
Jéssica: “Eu sei. Eu sou da F.E.B. Quero conversar com ele.
Por favor, é importante.”.
Mãe de Cris: “Tá, vou falar com ele”.
Ela foi ao quarto de Cris e disse ao filho, que estava
deitado na cama:
“Cris, tem uma amiga sua
querendo falar com você. Ela diz ser da F.E.B.”
Cris: “Não quero falar com ninguém”.
Mãe: “Ela diz que é importante”.
Cris: “Como ela é?”
Mãe: “Ah, ela é loira, alta, bonitona”.
Cris: “Ah, sim. É a Jéssica. Ela pode entrar.”
A mãe de Cris levou Jéssica até o quarto dele e os deixou a
sós.
Jéssica: “E aí, como vai?”
Cris: “Tô indo. Como me achou aqui?”
Jéssica: “Eu imaginei que você viesse para casa”.
Cris: “Mas o que você quer?”
Jéssica: “Vou ser franca: quero que você volte para a
equipe. Aliás, o comandante quer. O pessoal quer”.
Cris: “Não sei, Jéssica... Não me sinto confiante, depois o
que aconteceu com a Aline”.
Jéssica: “Então, sobre a Aline, soubemos que ela está
viva...”
Cris: “Sério? Que bom!”
Jéssica: “Calma, não terminei. Ela está viva, mas foi
capturada por alguém misterioso. Esse alguém exigiu que só a doutora fosse
aonde a Aline estaria.”
Cris: “Droga! Não só a Aline, mas a doutora também está em
perigo”.
Jéssica: “Verdade. Para isso, precisamos de você. Vamos
tentar salvá-las e precisamos de seus planos”. Ela disso isso dando uma risada.
Cris: “Bem, pelo menos alguém gosta dos meus planos... Falando
sério, eu ainda não sei. Não quero perder a Aline de novo. Ah, e a doutora
também, claro”.
Jéssica: “Pense com carinho”.
Ela se retirou do quarto e deixou a casa.
Cris viu que ela deixou algo no quarto...
Cais do Porto do Rio de Janeiro
Angélica foi ao local indicado pela voz, que era um depósito
abandonado no cais do Porto do Rio. Chegando lá, teve dificuldade para
enxergar, devido à iluminação fraca do depósito, mas vi uma silhueta de uma
pessoa que logo reconheceu:
“Aline!”
Angélica aproximou-se de Aline, mas viu que a Bataranger
estava acorrentada e amordaçada. Mais do que isso: nas correntes onde ela
estava amarrada, havia uma bomba-relógio! No visor, marcava menos de 30 minutos.
Angélica: “Droga!”
De repente, ela ouviu passos e uma voz distorcida:
“Acho que sua amiguinha se ‘amarrou’, Gomes”.
Angélica: “Quem é você?”
O dono da voz surgiu na meia-luz. Ele estava todo trajado de
preto e usava um capacete parecido com aquele usado pelos pilotos de caça. Além
disso, ele tinha um emblema no peito, que era a letra grega ômega...
Estranho de preto: “Meu nome não posso revelar, mas me chame
de Skruk. Sou comandante do Esquadrão de Elite da Corporação Ômega.”
Angélica: “E o que um comandante de um esquadrão da Ômega
quer comigo e com a soldado Hashimoto?”
Skruk: “Bem, recebi ordem dos meus superiores para capturar
um Bataranger e faz a Dra. Angélica Gomes como refém”.
Angélica: “O quê?”
De repente, ela foi agarrada por trás e sua boca foi tapada.
Ela sentiu um calor humano além do comum de seu agressor...
Skruk: “Essa é a forma do meu amigo esquentadinho dar-lhe as
boas-vindas. Soldados, amarrem e amordacem a doutora”.
Os soldados Ômega fizeram o que seu chefe ordenou, que deu
aquela gargalhada típica de vilão:
Skruk: “Bem, confesso que está divertido. Lopes vai perder
sua genial cientista e sua ‘pequena notável’. Preciso contar essas novidades a
ele.”
Ele pegou seu celular e quando começou a discar, de repente,
surgiu uma luz muito forte, seguida de um grito ensurdecedor...
Os soldados foram ao chão. Skruk ordenou:
“Drago, hora de incendiar!”
Drago começou a soltar suas labaredas pelas mãos, mas as
labaredas foram se apagando, como se tivesse um vento forte...
Skruk: “O que está acontecendo aqui?”
Uma voz respondeu:
“Achou mesmo que nós iríamos deixá-las nossas amigas sozinhas?”
E assim surgiram os Batarangers Azul, Verde e Amarela.
Skruk: “Vocês?”
Jéssica: “Nós mesmos. Não deixamos ninguém para trás”.
De repente, outra voz ouviu-se no depósito:
“Eu sou a prova disso!”
E assim surgiu o Bataranger Vermelho!
Jéssica: “Cris! Sabia que viria.”
Cris: “Obrigado por não desistirem de mim”.
Jefferson: “E aí, qual é o plano?”
Cris: “Bem, temos que libertá-las, prender esses caras e dá
o fora daqui”.
Mateus: “Esse eu gostei”.
Cris: “Então, vamos nessa!”
Skruk: “Drago! Soldados! Ataquem!”
E começou uma batalha no depósito. Os soldados Ômegas
atiravam com seus fuzis, mas os Batarangers desviavam dos tiros.
Cris: “Mateus, vamos libertá-las. Jéssica e Jefferson, nos deem
cobertura”.
Irmãos Nascimento: “Certo!”
Cris e Mateus libertaram Angélica e tiraram a mordaça de
Aline, mas não conseguiram tirar as correntes, porque elas estavam unidas à
bomba-relógio, que marcava menos de 15 minutos.
Angélica: “A única forma de tirar as correntes é desarmar a
bomba. Eu vou tentar desarmá-la.”
Aline: “A senhora já desarmou uma bomba?”
Angélica: “Já, mas foi há 10 anos, no treinamento”.
Aline: “Ai, meu Deus...”
Angélica: “Calma, tá? Acho que esse tipo de bomba não é
difícil desarmar”.
De repente, Drago soltou suas labaredas em direção a eles. Cris
tocou em Mateus e disse:
“Foi mal, Mateus, mas preciso fazer algo bem rápido”.
Cris usou a velocidade de Mateus para se livrar das
labaredas e tocou em Drago, que ficou desnorteado.
Angélica: “Cris, use as algemas que estão na fivela do
cinto. Não se preocupe, é antichamas”.
Cris algemou Drago.
Jéssica gritou para os outros:
“Galera, a gente precisa de uma força aqui”.
Cris: “Bem, tá na hora de usar fogo contra fogo!”
Cris, com os poderes de Drago, lançou labaredas contra Skruk
e os soldados Ômega, derrubando-os.
Enquanto isso, Angélica tentava desarmar a bomba junta às
correntes que amarram Aline. A bomba marcava menos de 10 minutos.
Aline: “Doutora, o tempo está passando!”
Angélica: “Eu sei, eu sei! Tenha calma! Tenho que puxar o
fio certo.”
Ela puxou um fio, que desarmou a bomba e libertou Aline das
correntes.
Angélica: “Graças a Deus!”
Aline: “Obrigado, doutora”
Elas se abraçaram.
Skruk interrompeu aquele momento.
“Ainda não acabou, Batarangers. Em breve, esta cidade viverá
o caos que ela merece e vocês nada farão para impedir!”
Ele soltou uma espécie de cortina de fumaça ninja e
desapareceu dali, junto com os seus soldados.
BataBase – Sala do comandante
No dia seguinte, os cinco Batarangers e Angélica estavam na
sala do comandante. Ele começou a falar:
“Mais uma missão bem-sucedida, Batarangers. Conseguiram capturar
o HM incendiário. Estão de parabéns!”
Depois de uma pausa, prosseguiu:
“Contudo, o nosso inimigo finalmente mostrou as caras, ou
quase isso. Não se sabe nada sobre esse tal Skruk, na Corporação Ômega. Aliás,
parece que não existe esse tal Esquadrão de Elite na corporação”.
Angélica: “Das duas, uma: ou a Ômega está mentindo ou quem
está mentindo é o tal Skruk”.
Cris: “Se me permitem falar, essa Ômega fabricou um remédio
para minha mãe, que não funciona. Não confio nessa empresa”.
Jefferson: “Tem coisa aí”.
Cmte. Lopes: “De fato, tem coisa aí. Temos que descobrir
quem é esse Skruk e sua suposta ligação com a Ômega. Dispensados!”
Os seis prestaram continência e estavam se retirando da
sala, quando o comandante disse para Cris:
“Bem-vindo de volta, Ribeiro”.
Cris: “Obrigado, senhor”.
E eles se retiraram da sala.
Corredores da BataBase
Angélica disse aos Batarangers:
“Vamos começar o treino daqui há meia hora, no SimuDeck”.
Os cinco: “Certo!”
Eles se separaram.
Cris estava no parapeito do prédio da base, observando a
vista do Centro. Aline se aproximou dele e disse:
“Oi, posso ficar aqui do seu lado?”
Cris: “Claro”.
Aline: “Soube que você quis sair da equipe, achando que
tinha me perdido.”
Cris: “Eu surtei, sabe? Quando eu me recuperei depois da explosão
e não te vi lá, pensei no pior”.
Aline: “Eu também fiquei um tempo desacordada, até eu
acordar acorrentada com uma bomba”.
Cris: “Desde ter sido um choque”.
Aline: “Nem fala...”
Os dois riram.
Cris: “Olha, te fiz rir de novo”.
Aline: “Eu ri de nervoso, só de lembrar do que passei”.
Cris: “O importante é que estamos bem”.
Aline: “Obrigada”.
Cris: “Pelo quê?”
Aline: “Por pensar em mim, quer dizer, na equipe. Vejo que
está aprendendo.”
Cris: “Sim, tenho muito a aprender”.
Aline: “Eu também tenho muito a aprender”.
Cris: “Sério? Achei que você sabia de tudo sobre táticas e
os cambau”.
Aline: “Não, preciso aprender a ser mais sociável”.
Cris: “Eu posso te ajudar. Quero dizer, o grupo pode”.
Aline: “Tá certo”.
Ela disse isso sorrindo.
Cris: “Sabe, você fica até mais bonita sorrindo”.
De repente, Aline deu um soco no estômago de Cris. Voltando ao
seu jeito sério, ela disse:
“Vamos para o treino, senão vamos nos atrasar”.
Cris: “Ai, se eu conseguir me mexer...”
No próximo capítulo:
O Rio de Janeiro passa por vários blecautes e os Batarangers precisam descobrir a causa deles.
8 Comentários
Mais uma missão bem sucedida e vemos que alguns problemas no grupo surgiram, rapidamente sendo resolvidos...
ResponderExcluirVamos ver que tipo de perigos virão da Corporação Ômega.
Obrigado pelo feedback.
ExcluirExcelente episódio, colocou os dois líderes à se confrontarem e explorou o resultado de suas ações... Cris surtou com a possível perda e aprendeu à ser mais tolerante, Aline aprendeu com o duro golpe e acreditou que os outros possam ter boas ideias também, afinal, ela foi salva em uma ação elaborada por Cris... A doutora foi extremamente útil para desarmar a bomba enquanto grupo lutou muito bem diante do perigo! Parabéns pelo episódio cara!
ResponderExcluirObrigado. Sim, Cris e Aline tiveram, literalmente, uma prova de fogo, porque ambos têm personalidade forte e o Comandante Lopes foi um ótimo disciplinador, colocando-os para trabalhar juntos. Garanto que a doutora ainda será muito útil no decorrer da história. Abraço.
ExcluirGrande Israel!
ResponderExcluirSituação difícil e dramática,com o verdadeiro vilão mostrando as caras.
Chegou chegando !
Os Batarangers carecem de maior entrosamento e isso só se consegue com o tempo.
São ainda imaturos.
Cada vez fica mais óbvio que Cris e Aline sentem a paixão avassaladora,mas que ambos não admitem.
Parabéns !
Muito bom!
Obrigado. O começo é sempre assim, a equipe precisa se entrosar e amadurecer. Sobre Cris e Aline, você está certo. Abraço.
ExcluirPontos a se destacar:
ResponderExcluir1 - Um vilão que chega mostrando sua força e crueldade logo de cara!
2 - Cris e Aline: O vermelho e rosa terão uma relação de gato e rato/ amor e ódio. Sei lá, me passou isso.
3 - Equipe em evolução: amo essa ideia. Você escreve de um modo que detalha a personalidade de cada um. Dá pra notar que você valoriza isso. E, isto é excelente. Em séries de TV, muitas vezes, isso não é bem trabalhado. Em escrita, a gente consegue dedicar tempo para modelar os comportamentos dos personagens.
Excelente!
Pelo visto, a galera aqui gosta mais dos personagens. Realmente, não espera por isso, aliás, eu não esperava por nada. Abraço.
Excluir