Espero que todos estejam bem.
E espero que curtam!!
20.
Treze?
Caminhando lado a lado com Rururi, Garu percebeu o quanto
sentia a falta de seu povo, de seu planeta natal. Sua mente viajava por
diversas lembranças; Seus pais, a matilha, os cantos daquele mundo por onde
viajava...
E para coroar toda aquela viagem... O dia em que Rururi e ele se conheceram. Os dois ainda eram filhotes, por volta dos 4 ou 5 anos de idade, onde brincar era a coisa mais importante que eles pensavam em fazer.
Toda a cena se desenhava na mente do jovem lupino, com uma riqueza de detalhes que até mesmo o assustou. Os cheiros, os sons, o local, o jeito como ele, de maneira atabalhoada, tentou iniciar o assunto... E, no momento seguinte, ele olhava para ela, imaginando o que seria da vida deles dali pra frente, como a adição de um 13º membro no esquadrão ajudaria a vencer aquele embate...
Sua mente analítica pulava para sua mente emocional com uma velocidade quase suficientemente rápida para deixar Garu louco... E ainda assim ele conseguia prestar atenção em tudo o que ela dizia, conversava com ela... Não emitia opinião porque não conseguia pensar em mais nada...
Garu e Rururi passaram no lugar atacado para pegar Champ, Balance e Raptor, que ainda tentavam entender a origem da marcação das garras. Houve uma longa conversa em que Rururi desculpou-se e deixou claro que estava condicionada a acreditar o que lhe era dito em seu planeta natal... E mais uma longa história teve início.
Rururi contou que a Nova Jark Matter havia tomado o planeta dos dois de assalto, bem parecido com o que foi feito quando Garu foi embora do planeta – embora ela nunca tivesse entendido verdadeiramente o motivo. Houve luta, os guerreiros restantes lutaram bravamente, mas nenhum deles sobreviveu para proteger os demais.
Os únicos sobreviventes daquele mundo eram os idosos que não podiam mais lutar, fracos demais; Os adoentados, que não posavam nenhuma possível ameaça, os filhotes por serem muito novos e não serem poderosos o suficiente e quanto às fêmeas, como no caso de Rururi, serviram de “diversão” para os porcos chauvinistas.
Era possível sentir, em todas as últimas palavras da lupina, a ira que tinha em relação aos membros da Nova Jark Matter. E, naquele planeta desolado, que não tinha mais nenhum Kyuranger além dos 12 daquele plano, surgiu no ar, uma 13ª Kyuutama no ar, enquanto alcançava os demais na base...
Canis Minor.
Funcionava da mesma maneira que as demais. Rapidamente Stinger jogou uma Seiza Blaster para Rururi, que a vestiu rapidamente e a Kyutama em questão voou direto para o braço da guerreira, que se transformou rapidamente.
Com uma cor que ficava entre o vermelho e o azul – o magenta, ela ergueu as mãos e as observava. No momento seguinte, começou a desferir alguns golpes ao vento, vendo quanto poder havia adquirido, e ficou satisfeita com o resultado. Logo girou a Kyutama e voltou ao normal, correndo para Garu, o abraçando.
E, para espanto de todos (principalmente de Garu), Rururi tascou-lhe um beijo de fazer inveja a artistas de cinema. Tonto, o guerreiro do Lobo Azul apenas acompanhou a amiga de infância.
Raptor deu risadinhas curtas, Hammy abraçou o braço de Lucky e os demais apenas olhavam, condescendentes. Todos sabiam o quanto Garu andava solitário, pensando que seria o único de sua espécie restante por anos a fio, enquanto lutavam contra Dom Armage, mas agora as coisas haviam mudado.
E pra melhor.
Ficaram assim por alguns minutos, admirando o que seria de uma vida pacífica, mas sabiam que se ficassem assim a paz não duraria por muito tempo. A Nova Jark Matter viria atrás deles, os destruiriam por serem a única ameaça ao domínio deles.
Depois do momento de paz, todos entenderam que sua força estava em conseguir ter o coração sereno, a mente afiada e o espírito forte. Não importava como eles conseguiriam ficar mais fortes, mas ainda assim, era possível alçar novos níveis para que a Nova Jark Matter fosse derrotada, uma vez por todas.
Chegando à base (onde todos estavam instalados), instalaram Rururi em um quarto ao lado do de Garu, que felizmente estava livre.
Procurando um pouco na base de dados presente naquele lugar, os três robôs da equipe encontraram algo valioso: o projeto de uma nave maior. Por mais que Orion fosse poderosa, ela tinha espaço para doze voyagers, e agora haviam treze.
Raptor, por ter a mente mais analítica dos três, começou a ler o projeto de ponta a ponta, em velocidade máxima. Nunca tinha lido tão rápido desde que havia sido construída, mas entendia que aquele projeto poderia guardar um poder imenso, que os auxiliaria a vencer aquela guerra velada.
Quando terminou, desmaiou. Ela estava sem energia e precisaria se recarregar, fato curioso – porque eram robôs de bateria elevada, sempre que estavam na Orion podiam ficar até sem dormir que não perdiam energia, e aquele lugar não recarregava as baterias dela.
Mas era possível que transformasse Orion com aquele projeto, algo que faria que tivesse o tamanho desejado sempre que quisesse, algo de autorreplicação, autoconstrução, reestruturação. Champ e Balance deram suporte a Raptor, perceberam que não era perda de bateria, e sim, uma sobrecarga que fez com que a Águia Rosa perdesse o funcionamento por alguns segundos.
E a sobrecarga era porque a informação que ela absorvera fora de escala fora de série.
Voltando a si, ela começou a pensar, sabia onde conseguir os materiais, mas precisaria começar a trabalhar imediatamente ou não daria tempo. Encostando sua cabeça nas de Champ e Balance, ela passou o conhecimento que recebeu a eles, e aconteceu a mesma coisa, os dois perderam o funcionamento por alguns segundos.
Ao voltar, Champ, por ser o mais forte dos três, já saiu em busca dos materiais, e Balance, o mais ágil com as palavras, começou a explicar aos demais o ocorrido, como aquele projeto poderia salvar milhares de vidas no universo e que os deixaria mais e mais poderosos.
Deixaria de ser Orion para ser algo maior? Algo que os faria ter mais velocidade ou mais poder de fogo? Isso era algo que os demais Kyurangers teriam de descobrir assim que os três terminassem o que tinham em mente.
E não demorou muito para que todos os Kyurangers estivessem envolvidos na melhoria técnica da Orion. Os mais ágeis ajudavam com os trabalhos pequenos, mas ágeis; Os mais fortes ficaram com o trabalho de carga, e os restantes ajudavam no planejamento, fosse por coordenação de esforços ou mesmo com definição de lugares para peças que não seriam mais utilizadas.
Ao final do primeiro dia de trabalho, todos, com a exceção dos robôs, estavam exaustos, mas felizes com o resultado obtido.
Os casais aninhavam-se entre si e os demais aproveitavam a brisa que aquele mundo tinha a lhes oferecer.
Os dias seguiram em uma mescla de trabalho pesado e treinamento, fortalecendo os Kyurangers e os unindo de uma maneira que eles nunca pensaram que seria possível. As Kyuutamas foram se fortalecendo e restaurando suas energias, que haviam sido drenadas com o tempo de uso e com algumas vezes em que foram mal utilizadas... Mas até isso havia sido corrigido, pois se havia alguma energia maligna envolvida em seus centros, àquela altura haviam sido purificadas.
O relacionamento entre os Kyurangers se tornou mais próximo, se isso era realmente possível. As amizades se tornaram inseparáveis; Os amores, mais intensos; E o senso de dever, além de renovado, amplificado. Os Kyurangers que sairiam daquele mundo serial a própria versão do que os vilões poderiam chamar de “imbatíveis”.
Mas ninguém percebeu, estes acontecimentos na antiga base Kyuranger se mantiveram ocultos até mesmo dos novos líderes da Nova Jark Matter.
E isso foi extremamente crucial para as lutas que viriam, para as conquistas logradas, pelas vidas que seriam salvas. Porém ninguém, ninguém tinha ciência disso...
... Ainda.
Mas, como diz o velho ditado, “não há calmaria que dure ou tormenta que perdure”, era hora de enfrentar os inimigos. E os 13 sabiam disso. Continuaram trabalhando com afinco e terminaram mais rápido do que fora previsto em projeto, tamanho o foco empregado. Agora a Orion poderia aumentar ou diminuir seu tamanho organicamente, evitando o trabalho de rebocar uma ou mais voyagers a ela.
Todos ajudaram Rururi a melhorar como guerreira e a dominar os poderes de sua recém descoberta Kyuutama. Mesmo com pouco mais de uma semana (do encontro entre ela e Garu), ela chegou facilmente ao nível dos Kyurangers atuais, provando que ela era um gênio do combate e das técnicas de luta, e uma facilidade sem limites para entender técnicas, além de criar novas.
Depois de todo o tempo que os Kyurangers passaram naquele mundo, era preciso ir, era preciso voltar a lutar contra a Nova Jark Matter. Eles não desistiriam de escravizar os seres mais fracos que eles, era de seu mau costume fazê-lo... Mas os Kyurangers estavam ali, exatamente para acabar com isso e levar os últimos membros dessa organização que tomou de assalto aquele universo.
8 Comentários
Um capítulo bem ficado no surgimento de uma nova Kyuranger e o avanço da Orion...
ResponderExcluirAgora vamos ver como serão as novas batalhas.
Sim... Eu quis colocar um contraponto para o Garu, que merece. E outra coisa, isso dá margem pra continuações de histórias. Eu ainda não pretendo, mas isso dá pretexto.
ExcluirObrigado por ler! Abraço.
Gostei muito, principalmente a parte mais pessoal do Garu, que é um personagem que curto muito diga-se de passagem, sendo bem trabalhada, bem aprofundada, encontrando alguém de sua raça, sonho que muitos em cenários de destruição de mundos, buscavam com todas suas forças e nunca obtiveram, achei principalmente isso, muito legal! Ver a preparação de todos eles, a ajuda de todos à nova integrante, a capacidade dela em se adaptar e melhorar, tudo muito bem tramado e muito bem descrito, preparando-se para o grande confronto que ainda viria! Muito bom Jorge, que venha o próximo, meus parabéns cara! \0/
ResponderExcluirValeu, Lanthys! Obrigado por acompanhar.
ExcluirÉ basicamente uma preparação. O que será que vai acontecer? Por enquanto nem eu sei. Kkkkkk
Excelente episódio, meu caro! Você nos brindou com o surgimento de uma nova Kyuranger. Isso abre novas perspectivas! Para o alto e avante!!!
ResponderExcluirObrigado, Artur. De verdade.
ExcluirGrande George!
ResponderExcluirUm belo capítulo nos brindando com a décima terceira integrante desse Mega Esquadrão, certamente os que tem mais membros.
Rururi, a companheira de Garu.
Todo o empenho da equipe em modernizar a nave Orion e o entrosamento da equipe formando uma verdadeira família, onde todos são iguais e igualmente valiosos e importantes foi algo que curti.
O velho ditado "unidos somos mais fortes" uma vez mais se fez valer!
Parabéns por essa grande saga!
Com certeza, Jirayrider. Por isso que eu curti tanto Kyurangers, porque não são só 5 ou 6 membros que podem fazer alguma coisa pelo universo. O original tem 12, e eu deixei 13, e aprofundei algumas coisas a mais... Fico contente, de verdade, que tenha curtido, e eu tenho preparado algumas coisas a mais para essa série. Ela está chegando em seu ápice, então pode esperar algo bastante interessante.
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