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Doutor Gero: uma vida dedicada à vingança (capítulo II)

 


                                                  Capítulo II: O começo de tudo

Como dito no capítulo introdutório, aquele que posteriormente se tornou o Doutor Maki Gero nasceu em 695, em uma aldeia campesina não muito distante da Capital do Norte.

Ao longo da segunda metade do século VII de nossa era, a sociedade da Terra do sétimo universo passou por um grande processo de desenvolvimento técnico e científico. Um evento que entrou para a história da humanidade como a Terceira Grande Revolução Industrial. Áreas como a indústria química, telecomunicações, robótica, engenharia genética e construção de veículos aéreos e de grande velocidade receberam grande impulso. É uma revolução que literalmente mudou a face da Terra do sétimo universo.

Essa revolução tecnológica foi acompanhada de um entusiasmo muito grande por parte das pessoas que acompanhavam os eventos. E elas acreditavam à época que todo esse progresso técnico-científico resolveria todos os problemas e mazelas da humanidade, desde a descoberta da cura de doenças que eram um sério problema para muitas pessoas como a malária, a cólera e a sífilis até as desigualdades sociais. A ciência passou a ter tida uma espécie de deus exmachina que resolveria todos os problemas da humanidade. Só que, como veremos, a coisa não se desenrolou bem da maneira como tais pessoas esperavam.

De fato, encontrou-se a cura para várias doenças, muitas das quais até então eram de cura muito complicada (isso quando havia alguma cura), ou até mesmo incuráveis. Só que por mais que tenha muito se falado em mundo 3.0, indústria 3.0, sociedade 3.0 e adjetivações similares, o fato é que os resquícios de sociedades passadas ainda estão ai, e inclusive convivendo com o mundo moderno. Pode-se até dizer que o tão sonhado mundo moderno e os resquícios dos velhos mundos são como Piccolo e Kami Sama: dois elementos opostos entre si, mas que uma mesmo completam-se um ao outro. Em outras palavras, é uma unidade contraditória.

E, de forma análoga, as desigualdades sociais, ao contrário do que muitos acreditavam, não cessaram de existir, mesmo como todos os avanços tecnológicos da Terceira Grande Revolução Industrial. Pelo contrário, da maneira como ela foi conduzida, ela ajudou a concentrar ainda mais recursos e dinheiro na mão de pouca gente, como também beneficiou muito mais a uma pequena elite de endinheirados e seus associados que a população como um todo. O que com o tempo produziu cenas como bolsões de pobreza convivendo lado a lado com a opulência das grandes corporações ligadas ao mundo da tecnologia.

Entretanto, esse desenvolvimento não foi uniforme. Pois se há algo sobre o qual os livros de história pouco falam é que algumas áreas foram mais beneficiadas por tal desenvolvimento nas áreas técnico-científico que outras. Tal desenvolvimento foi muito grande nas áreas próximas a grandes metrópoles, em especial nas áreas das quatro capitais e seu entorno e mais algumas outras grandes cidades, geralmente com população de mais de 200 mil pessoas.

E entre as áreas que foram marginalmente abrangidas pela Revolução Industrial do século VII são as áreas mais remotas das terras do norte, situadas próximas às grandes cadeias de montanhas e à costa do Oceano Glacial do Norte. E o curioso é que essa região não é lá muito distante da Capital do Norte, um dos principais polos industriais, científicos e tecnológicos da Terra do Sétimo Universo. Como se vê, as grandes revoluções tecnológicas ao longo da história da Terra do Sétimo Universo têm sido marcadas por grandes paradoxos, que não raro intrigam aqueles que as estudam, ao contrário daquelas ocorridas na Terra do Sexto Universo.

Foi em uma dessas regiões que no ano de 695 o futuro Doutor Gero nasceu, em uma família de camponeses que vive não muito distante da capital do norte.

Como de praxe entre famílias camponesas, Gero nasceu em uma família numerosa da região norte, com cinco irmãos ao todo sob os cuidados do pai e da mãe dele. Pais muito zelosos e cuidados não só para com a terra na qual mora, como também para com a família que criam com muito zelo e afinco.

O pai de Gero, Gewo, e a mãe, Gemo, desde tenra idade já notavam que Gero tinha uma inteligência fora do comum, muito acima da média. Foi questão de tempo Gewo e Gemo o colocarem sob os cuidados de um tutor, o senhor Radigast, que com o passar do tempo também notou a inteligência fora do comum dele. Desde tenra idade, Gero mostrou interesse em diversas áreas do conhecimento, em especial as assim chamadas ciências exatas. E se há algo que impressionou ao professor particular dele é o interesse que o jovem Gero demonstrava nas aulas. Interesse esse que era traduzido em notas altas nas periódicas provas que lhe eram aplicados.

1 Comentários

  1. O problema das mentes brilhantes é que ,em algum momento ,elas se corrompem ,deixando a ganância tomar conta de sua mente.

    Respeitadas as diferenças ,aconteceu com Gori e acontece aqui também.

    Vamos que vamos !

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