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Força Especial Bataranger - Capítulo 14 - Encontros e despedidas



No capítulo anterior:

Os Batarangers conseguem trazer Tarso de volta para o lado deles e ele vira o novo membro da equipe.

 

Capítulo #14 – Encontros e despedidas

 

BataBase – Sala do comandante

 

Cris e Tarso foram chamados à sala do comandante, que estava com o semblante preocupado.

Cmte. Lopes: “Ribeiro e Monteiro, eu os chamei aqui para falar sobre o saldo da missão na sede da Corporação Ômega, há cerca de duas semanas. Bem, houve uma denúncia anônima para a Secretaria de Segurança Pública dizendo que dois policiais da F.E.B. invadiram o prédio da Ômega e ainda destruíram a guarita de segurança com um caminhão. Para nossa sorte, o (a) tal denunciante não mencionou vocês, mas acabei de ter uma reunião com o secretário e falando em português claro, ele me deu um esporro e cobrou uma advertência aos envolvidos, no caso, vocês. Sabe, até que ele foi bem condescendente... Bem, eu não posso me omitir sobre isso e quero explicações sobre o ocorrido.”

Cris: “A culpa é toda minha, senhor. Eu tinha que arrumar um jeito de Tarso e eu entrarmos no prédio e acabei batendo um caminhão na guarita para atrair os guardas, inclusive acabei tocando no caminhoneiro, para que eu conseguisse dirigir o caminhão. Espero que o caminhoneiro esteja bem de saúde, mas ele acabou perdendo o caminhão. Desculpe-me mais uma vez, senhor.”

Cmte. Lopes: “De fato, isso foi uma irresponsabilidade, Ribeiro. Colocou em risco não só a missão, mas também a vida de um trabalhador. Espero que tenha aprendido.”

Cris: “Sim, senhor.”

Cmte. Lopes: "Aliás, tivemos informações sobre o caminhoneiro. Sim, ele está bem de saúde, inclusive, já está trabalhando com outro caminhão. O caminhão destruído estava no seguro e por isso, ele pôde substituí-lo."

Cris: "Graças a Deus! Prometo nunca mais fazer isto novamente, senhor."

Cmte. Lopes: “Certo. No mais, estejam advertidos. Ribeiro, precisa treinar mais sobre táticas de infiltração e Monteiro, por ser mais experiente, deve sempre ficar atento a esse tipo de situação. Não quero ter mais problemas com meus superiores.”

Cris e Tarso: “Sim, senhor!”

Cmte. Lopes: "Ótimo. Não quero perdê-los por nada nesse mundo. Vocês são muito importantes para a equipe e para o batalhão."

Cris e Tarso, prestando continência: "Obrigado, senhor!"

Cmte. Lopes: "À vontade. Sobre a denúncia, ela era anônima, mas acho que tem dedo de Skruk nessa história.”

Cris: “Ah, mas pode ter certeza...”

Cmte. Lopes: “Bem, o próximo assunto que tratarei com vocês, na verdade, interessa a Ribeiro. É sobre a página do diário do Dr. Flávio Rodrigues que Monteiro digitalizou e me enviou. Eu a reuni com outros indícios para o processo que Ribeiro moverá contra a Ômega, por conta do Arakinus não ter nenhum efeito no tratamento da doença de sua mãe. Nosso advogados vão ajudá-lo nisso.”

Cris: “Comandante, eu nem sei como agradecer.”

Cmte. Lopes: “De nada. No mais, era só isso que eu queria dizer para vocês. Monteiro, dispensado!”

Tarso prestou continência e se retirou da sala.

Cmte. Lopes: “Ribeiro, eu o mantive aqui para dizer sobre sua mãe. Infelizmente, ela teve uma piora e se encontra nesse momento na UTI do Centro Médico daqui da base.”

Cris: “Sério, comandante?! Nossa, ela parecia mais ou menos bem, na última vez que a vi. Vou visitá-la agora.”

Cmte. Lopes: “Faça isso. Dispensado!”

Cris prestou continência e se retirou.

 

Centro Médico da BataBase

 

Cris chegou ao Centro Médico e ele ficou ao lado do leito de UTI onde estava sua mãe. Ela estava desacordada, cheia de sensores colados ao corpo. Cris segurou a mão dela. A médica, que era a diretora do Centro Médico, Dra. Carla Macedo, entrou no quarto e Cris saiu, ficando do lado de fora. Quando a médica saiu, Cris falou com ela:

“Como ela está, doutora?”

Dra. Carla: “Ela está estável no momento, mas segue desacordada. A perna direita dela infeccionou e está se espalhando pelo resto do corpo. Acabamos de aplicar dois antibióticos, para tentar reduzir a infecção.”

Cris: “Droga, não é a primeira vez que isso acontece. A perna dela às vezes infeccionava, mas nunca chegava ao ponto de ir à UTI. Pelo menos, a equipe da senhora agiu rápido e evitou o pior. Antes, a gente sofria com a demora do atendimento do hospital público. Muito obrigado!”

Dra. Carla: “Não há de quê. Desde quando fomos autorizados a monitorar sua mãe, estávamos esperando por isso, mas essa infecção estava se espalhando muito rápido. O que piorou a situação foi ela injetar o Arakinus, que nós o contraindicamos assim que assumimos, mesmo que ele seja aprovado pela ANVISA e receitado pelo médico dela.”

Cris: “Entendi. Mas qual é o risco dessa infecção, doutora?”

Dra. Carla: “Infelizmente, Cristiano, vou ter que ser franca com você. O risco dela é máximo. Até foi considerada a amputação, mas não pararia a infecção. Nós estamos fazendo de tudo para reverter este quadro, mas só quero que esteja preparado para o pior.”

Cris: “Eu só tenho a agradecer, doutora, pelo seu esforço. Desde sempre, eu cuido dela e sempre estive preparado para o pior.”

Dra. Carla: “Compreendo. Bem, preciso ver outro paciente. Qualquer notícia sobre o estado de sua mãe, eu irei comunicar-lhe.”

Cris: “Obrigado. Estarei atento.”

De repente, o BataMorpher de Cris apitou e ele atendeu:

“Ribeiro na escuta.”

Dra. Angélica: “Oi, Cris. O comandante está lhe chamando para a sala dele.”

Cris: “Estou indo, doutora.”

Ele deu mais uma olhada em sua mãe e se retirou do Centro Médico.

 

Sala do comandante

 

Cris se juntou aos outros Batarangers na sala de comandante, que estava passando o briefing de mais uma missão:

“Batarangers, houve relatos de assaltos a bancos e alguns estabelecimentos e nós já achamos o responsável.”

Ele apertou um botão em sua mesa e apareceu imagens holográficas, mostrando um homem jovem agitando as mãos e dinheiro, joias e outros objetos estavam flutuando pelo ar, até chegar nas mãos do rapaz.

Cmte. Lopes: “Nós vamos chamá-lo de Mão Leve. Ele tem a habilidade de telecinesia, ou seja, consegue mover objetos apenas com a força do pensamento. É o tipo mais comum de HM aqui no Rio e também é mais comum de ter ladrões com esta habilidade.”

Cris: “Permissão para falar, senhor.”

Cmte. Lopes: “Permissão concedida.”

Cris: “Eu conheci muitos telecinéticos pela cidade e a maioria deles é de bem, mas como o senhor disse, tem muito ladrão telecinético, como esse aí.”

Cmte. Lopes: “Bem, só que este telecinético está bem próximo de nós. Ocorreram vários roubos há cerca de meia hora na Praça XV e por isso, chamei vocês para agirem rápido.”

Batarangers: “Sim, senhor!”

Cmte. Lopes: “Contudo, eu peço para que Ribeiro permaneça na sala. Tenho um missão especial para ele. Com isso, Hashimoto será a líder. Dispensados!”

Os Batarangers, exceto Cris, prestaram continência e se retiraram da sala.

Cmte. Lopes disse para Cris:

“Ribeiro, pedi para que ficasse, porque tenho algo importante para você, no tocante ao seu processo contra a Ômega.”

Cris: “Sim e o que é, senhor?”

Cmte. Lopes: “Então, a Dra. Gomes fez uma pesquisa e descobriu que o Dr. Flávio Rodrigues está vivo e rapidamente entrei em contato com ele. Ele disse que tem um dossiê contra a Ômega e eu arranjei um encontro entre vocês dois, às 15h, ou seja, daqui há meia hora.”

Cris: “Caramba, o Dr. Flávio está vivo? Mas Skruk disse para mim e Tarso, naquela prisão, que o doutor teve ‘o mesmo destino’ que nós teríamos...

Cmte. Lopes: “Com certeza, ela blefou para vocês, só porque mencionaram o pesquisador e quis dar-lhes um susto.”

Cris: “Ela quem, comandante?”

Cmte. Lopes: “Perdão?”

Cris: “É que o senhor disse que ‘ela blefou’. Ela quem?”

O comandante ficou em silêncio por um instante e disse:

“Ah, eu estava...me referindo à... Ômega. Como Skruk a representa, achei que falaria em nome da empresa.”

Cris: “Entendi.”

Cmte. Lopes: “Bem, aqui está o endereço para você se encontrar com o Dr. Rodrigues. Espero que ele tenha as informações que disse fornecer.”

Cris: “Também espero.”

Cmte. Lopes: “Como vai sua mãe?”

Cris: “Ah, ela... Bem, ela teve uma infecção na perna doente e pode se espalhar pelo resto do corpo...”

Ele falava com voz embargada, quase chorando.

Cmte. Lopes: “Acalme-se, Ribeiro. Ela vai sair dessa, se Deus quiser.”

Cris: “Amém.”

Cmte. Lopes: “Bem, está quase na hora do seu encontro com o doutor. Dispensado!”

Cris prestou continência e se retirou da sala.

 

Praça XV

 

Os Batarangers chegaram à Praça XV, próximo à Estação das Barcas. Pelo horário, a praça e a estação estavam bem movimentadas. De repente, eles viram dinheiro e outros objetos flutuando pelo ar. Eles seguiram até onde os objetos estavam indo e eles chegaram até as mãos do ladrão telecinético conhecido como Mão Leve.

Os Batarangers apontaram as BataPistolas para ele e Aline deu voz de prisão:

“Parado! Força Especial Bataranger! Está preso por roubo, de acordo com o artigo 23 do Código Penal Municipal.”

Mão Leve: “Ora, ora, Batarangers por aqui... Gostei das armas. Posso pegar emprestado?”

Ele fez um movimento com as mãos e as BataPistolas começaram a flutuar pelo ar, até chegar às mãos dele.

Tarso: “Ei, devolva nossas armas!”

Mão Leve: “Vem pegar!”

Ele começou a fazer malabarismo com as BataPistolas.

Aline: “Ele está provocando... Vamos ao plano B.”

Mateus: “Temos plano B? Nem sabia que tínhamos o A.”

Aline: “Inventei agora. Vamos atacá-lo com nossas habilidades, porque se nós sacarmos a BataBazooka e o BataRifle, ele pode pegar.”

Mateus: “Entendi.”

Ele correu para cima de Mão Leve e pegou as BataPistolas. Jefferson usou sua luminosidade para cima do ladrão, enquanto Jéssica levantou seu capacete até a altura do nariz, para deixar a boca livre para soltar seu super-grito. Aline deu seu super-chute em Mão Leve, derrubando-o. Ele levitou uma lixeira grande cheia de lixo e a arremessou para cima dos Batarangers, mas Tarso desviou a rota, dando um chute na lixeira, que se espatifou no chão, sem atingir os transeuntes.

Mão Leve levitou os Batarangers, que ficaram flutuando pelo ar. Aline fez um sinal com a cabeça e eles sacaram as BataBazookas e Tarso sacou o BataRifle, atirando-os contra o ladrão, que foi ao chão. Eles voltaram para terra firme.

Aline algemou Mão Leve e ele disse:

“Não adianta me algemar. Eu posso mover objetos com a força do pensamento, esqueceram?”

Tarso: “Ele tem razão, Aline. Vamos vendá-lo, porque ele precisa enxergar para levitar as coisas.”

Mateus: “Vou arrumar um pedaço de pano. Volto já.”

Ele foi zás-trás e conseguiu um pedaço de pano e vendou Mão Leve.

Aline: “Aline Hashimoto para a base. O elemento foi detido.”

Angélica: “Excelente, Aline e pessoal. Voltem para base.”

Aline: “Afirmativo. Câmbio, desligo.”

Os Batarangers foram para a base, levando Mão Leve algemado e vendado.

 

Em outro ponto do Centro

 

Enquanto os Batarangers estavam enfrentando Mão Leve, Cris foi se encontrar com o Dr. Flávio Rodrigues, o pesquisador responsável pelo Arakinus e que diz ter informações importantes sobre a Ômega. O local do encontro era um pequeno restaurante chamado Pensão da Central, que era próxima à Central do Brasil.

Cris chegou às 15h em ponto no restaurante, que estava quase vazio. Ele sentou-se em uma mesa, pegou o paliteiro e o agitou três vezes. Esse era o código para o encontro. De repente, um homem alto, de óculos, de mais ou menos 50 anos, por conta das mechas grisalhas no cabelo castanho, sentou-se na mesma mesa de Cris, de frente para ele.

Cris: “O senhor é o Dr. Flávio Rodrigues?”

O recém-chegado respondeu:

“Sou eu mesmo. Chegou no horário, meu rapaz.”

Cris: “Sou Cristiano Ribeiro, da Força Especial Bataranger. O senhor se comunicou com o Comandante Lopes e disse ter um dossiê contra a Ômega, correto?”

Dr. Flávio: “Sim, eu tenho um dossiê com informações importantes contra a Ômega. Trabalhei lá por 20 anos, mas de cinco anos para cá, as coisas ficaram, digamos, suspeitas.”

Cris: “Suspeitas como, doutor?”

Dr. Flávio: “Bem, a Ômega era uma corporação respeitada no setor farmacêutico, mas a coisa começou a mudar, quando a Dra. Rosicler Araki chegou lá, há cinco anos e criou o Arakinus, um medicamento que supostamente era para mitigar os efeitos adversos em mulheres mães de humanos modificados que tiveram complicações na gestação e no pós-parto.

Cris o interrompeu:

“Eu sei, minha mãe é uma dessas mulheres. Acabou desenvolvendo a Síndrome do Homem-Árvore. Inclusive, ela está internada por conta dessa doença.”

Ele começou a ficar com a voz embargada. O pesquisador retomou a fala:

“Melhoras para sua mãe. Bem, continuando, eu fiquei responsável pela testagem do Arakinus e fiz aproximadamente 150 testes. E em TODOS, o Arakinus pouco ou nem surtia efeito. Contudo, o medicamento foi aprovado pela ANVISA, não sei como. Deve ter sido por politicagem, para dizer o mínimo.”

Cris: “Só pode.”

Dr. Flávio: “Bem, eu trouxe aqui vários documentos comprovando a ineficácia do Arakinus. Relatórios de testes, experimentos, cálculos, gráficos, tudo que pode ser útil em seu processo contra a Ômega. Realmente, sinto pena pela empresa se tornar desse jeito.”

Cris: “Quando o senhor saiu da Ômega?”

Dr. Flávio: “Há cerca de um mês. Não tinha como continuar trabalhando lá e fingir que está tudo bem, enquanto milhares de mulheres e até crianças estão sendo prejudicados pelo Arakinus. Daí, eu fiquei fora do ar por um tempo, até a F.E.B. me procurar e seu comandante me colocar a par de sua situação, Cristiano.”

Cris: “E que fim levou essa Dra. Araki? Ora, ela não pode ficar impune, já que ela é a criadora do medicamento.”

Dr. Flávio: “Bem, ela saiu de lá um pouco antes que eu, de uma forma um tanto abrupta. O remédio dela estava vendendo bem e a Ômega lucrando horrores com ele. Porém, ela saiu de repente.”

Cris: “E o senhor sabe onde ela está agora?”

Dr. Flávio: “Não sei dizer, mas você e seu batalhão já ouviram falar sobre um tal Skruk?”

Cris: “Ô, se ouvimos... A gente se esbarra com ele sempre. O que tem?”

Dr. Flávio: “Bem, depois que a Dra. Araki saiu, do nada, esse sujeito apareceu, dizendo ser ‘comandante do Esquadrão de Elite’ da Ômega. Nunca se tinha ouvido falar dele, até eu, por um acaso, descobrir quem era Skruk.”

Cris não podia esconder sua ansiedade:

“E então, doutor? Quem é Skruk?”

Dr. Flávio: “Então, Skruk, na verdade, é...”

De repente, o doutor caiu para trás. Cris colocou a mão no pescoço dele, na região da artéria aorta, para ver se tinha pulsação. Não havia. Dr. Flávio estava morto.

Além disso, Cris viu uma figura de preto apontando uma pistola com silenciador. Era Skruk.

Cris: “Skruk! Como veio parar aqui?”

Skruk: “Simples, eu monitorava o Dr. Rodrigues, desde quando ele saiu da Ômega. Quando ele veio para cá encontrar-se com você, tive que dar o fim nisso."

Cris: “Dessa vez você não me escapa, Skruk! BataFarda, ativar!”

O corpo de Cris brilhou e surgiu a BataFarda vermelha.

Skruk: “Ora, ora, então, você quer briga, Ribeiro?”

Cris: “Eu quero justiça pela minha mãe que está morrendo, por causa de um remédio de sua corporação!”

Skruk: “Você não tem provas, Ribeiro. Só a palavra de um louco.”

Cris: “Então, se ele era ‘louco’, por que o matou?”

Skruk: “Para que ele não espalhasse mais mentiras a respeito da Ômega. Pobre Dr. Rodrigues! Ao invés de viver como um bom pesquisador, preferiu morrer como um mentiroso.”

Cris: “Desgraçado! Foi você que denunciou Tarso e eu para a Secretaria de Segurança Pública, não foi? Sobre a gente ter se infiltrado na Ômega.”

Skruk: “Ué, o que vocês queriam que eu fizesse? Vocês invadem propriedade privada, destroem a guarita com um caminhão e acham que sairiam incólumes dessa? Para mim, advertência do secretário foi muito pouco. Vocês mereciam a cadeia."

Cris: "Quem merece cadeia é você, seu assassino! Posso te dar voz de prisão aqui e agora. Crime é o que não falta."

Skruk: "Terá que me pegar primeiro, Ribeiro."

Cris avançou sobre Skruk e os dois se engalfinharam no chão. Skruk se desvencilhou de Cris e saiu correndo dali. Cris foi atrás.

Para o azar de Cris, Skruk foi para o meio dos transeuntes. Cris não podia atirar a esmo nas ruas com transeuntes, como aprendeu no treinamento.

Cris: “Droga, ele escapou!”

Ele desativou a BataFarda e voltou ao restaurante. Chegando lá, ele pediu para o dono do restaurante ligar para a PM recolher o cadáver do Dr. Flávio. Cris abaixou as pálpebras do doutor.

Cris viu várias folhas de papel em cima da mesa e ele as recolheu. Para a sorte dele, o dono de restaurante e os transeuntes viram Skruk atirar no doutor, antes que suspeitem de Cris por assassinato. Além disso, Cris estava de luvas, o que não deixava impressões digitais.

Cris esperou a PM chegar e quando ela chegou, ele se retirou dali.

 

BataBase – Sala do comandante

 

Cris foi à sala do comandante relatar tudo o que aconteceu no encontro com o Dr. Flávio.

Cmte. Lopes: “Ótimo trabalho, Ribeiro, apesar da fatalidade do assassinato à sangue-frio do Dr. Rodrigues por meio de Skruk. Você conseguiu reunir mais alguns indícios para mostrar que o Arakinus é uma fraude.”

Cris: “Dr. Flávio era um arquivo vivo. Skruk chegou ao ponto de matar para esconder sua identidade e as mentiras da Ômega.”

Cmte. Lopes: “Garanto que Skruk não seja tão corporativista assim em relação à Ômega. Ela tem seu próprio projeto de poder.”

Cris: “Ah, sim. A Ômega tem seu projeto de poder e nós vamos acabar com ele, certo, comandante?”

Cmte. Lopes: “Sim, claro...”

Cris percebeu que o comandante estava com um semblante um tanto distraído.

Cris: “Algum problema, comandante?”

Cmte. Lopes: “Eh, nada. Só estava pensando o que Skruk fará depois disso. Sabemos que ela é capaz de matar. Quando eu falo dela, me refiro à Ômega.”

Cris: “Ah, sim. Como foram os outros Batarangers, senhor?”

Cmte. Lopes: “Ah, eles detiveram o ladrão telecinético.”

Cris: “Ainda bem. Se me permite, comandante, preciso ir ver minha mãe no Centro Médico.”

Cmte. Lopes: “Permissão concedida. Dispensado.”

Cris prestou continência e se retirou da sala.

 

Centro Médico

 

Cris foi ao quarto onde sua mãe estava. Ela ainda estava desacordada e seu filho segurou a mão dela.

De repente, ela abriu os olhos.

Cris: “Mãe?”

Lídia falou, fracamente:

“Cris...”

Cris: “Mãe, está tudo bem. A senhora vai sair dessa.”

Lídia: “Filho, acho que não vou sair dessa... Eu... só queria te ver... pela última vez.”

Cris: “Não vai, não, mãe. Tenho fé em Deus que a senhora vai sair dessa.”

Lídia: “Você... virou um homem de uns tempos para cá, Cristiano. Eu... acho... que fiz um bom trabalho...hehehe...”

Cris: “Fez, sim, hehehe. Eu devo toda minha vida à senhora, por ter me criado e ter me dado educação.”

Lídia: “Fiz tudo isso sozinha... Sempre quis ter um filho... e fui voluntária para ser barriga de aluguel. Fiquei com essa doença maldita, mas te coloquei no mundo...”

Cris: “Sim, agradeço a senhora por isso.”

Lídia: “Cris... antes de eu partir, quero te dizer uma coisa, que nunca disse antes: eu... eu... tenho uma irmã... chamada Lúcia... Nós...não nos falamos há muito tempo... depois que ela se casou e eu tive você...”

Cris: “Por que a senhora não me falou antes que tinha uma irmã?”

Lídia: “Eu... queria te falar só quando você fosse grande... Eu... queria uma nova vida dedicada só para te criar. Lúcia se casou e tem a vida dela. Só te peço uma coisa, Cris: procure-a e fale com ela que eu parti...”

Cris: “Sim, senhora. Eu farei isso. Eu prometo.”

Lídia: “Cris... chegou minha hora... Quero que siga sua vida como homem da lei... que salve muitas vidas junto com seus amigos... Te amo, filho.”

Cris: “Te amo, mãe. Obrigado por tudo.”

Lídia fechou os olhos. O monitor cardíaco chegou a zero e apitou. Rapidamente, os médicos tentaram a ressuscitação e a desfibrilação, mas não adiantou. Lídia Ribeiro estava morta.

Cris começou a chorar copiosamente.

 

No próximo capítulo:

 

Cris vai atrás da tia que nunca conheceu.




7 Comentários

  1. Grande Israel!

    Em primeiro lugar ,parabéns pelos desenhos dos Batarangers.

    Ficaram bacanas.

    Quanto ao capítulo, muitos acontecimentos se sucedendo com um final dramático para Cris que perdeu sua mãe.

    A vingança contra Ômega,Skruk e Dra Araknus é só uma das nuances,aindasis agora que Skruk matou a pessoa que tinha todas as respostas sobre a Organização.


    Mas, o Comandante Lopes esconde algo .

    Ao falar sobre ela, acidentalmente, deu uma pista que alguém conhecido está por trás disso.

    As vezes penso que Angélica seja uma informante.

    Os mistérios estão deixando a trama bem instigante.

    Tá muito bacana a história!

    Parabéns!

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    1. Obrigado por sempre comentar nos meus posts. Sobre os desenhos, eu descobri o aplicativo onde eu os fiz por um acaso, lendo os comentários de um dos capítulos da sua história Procura-se Issamu Minami. Sobre o capítulo, você realmente prestou atenção nos detalhes. Aliás, você tem suas "razões" para suspeitar de Angélica, porque é uma das poucas que sabe tudo sobre os Notáveis, BataFardas e afins e Skruk também sabe de tudo isso. Garanto que tudo isso será esclarecido nos próximos capítulos. Abraço.

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    2. Fico muito feliz que você tenha lido alguma coisa de Procura-se Issamu Minami.
      O estilo é focado no dorama com elementos de tokusatsus, o que foge um pouco das histórias do blog.

      Aguardo um comentário seu, mesmo que for crítica.

      Obrigado!

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  2. Muito bom, começo aqui dizendo algo que achei incrível e muito bem trabalhado, você tocou no assunto do caminhão, do motorista, da situação pós acidente e tudo mais, foi algo que realmente ficou bem estranho quando lido lá atrás e aqui, vários episódios depois, encontramos uma ressalva sobre esse ponto, a devida chamada de atenção aos dois policiais e ainda, a definição sobre como ficou a situação do motorista e do caminhão dele, mandou muito bem nisso aqui, bati palmas aqui, parabéns! A cena entre Cris, a mãe dele e a doutora Carla, foi outro ponto acertado, no início da saga, não foi dada a devida atenção ao caso, uma vez que a mãe de Cris era sua prioridade e ele parecia ter tratado disso como segundo plano! Aqui tu mostrou um Cris mais dedicado e mais preocupado com a mãe, assim como um comandante que se preocupa em dar algo em troca à Cris por estar arriscando a vida como BataRanger, mandou muito bem de novo! Uma pena que nessa pegada incrível de reverter a situação a mãe de Cris veio a morrer e tivemos a primeira cena realmente triste e marcante na saga de BataRangers... Eu confesso que fiquei com muito pena do Cris e a forma como tu conduziu a despedida dos dois foi intensa e bem trabalhada! Eu acho que posso dizer que de longe esse foi o melhor episódio de BataRanger até agora, tanto pela carga dramática como pelos ajustes de acontecimentos que deixam tudo mais coeso e mais bem elaborado, meus mais sinceros parabéns pelo trabalho cara! \0/

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    1. Viram como os comentários de vocês são importantes? Tive que esclarecer a questão do caminhoneiro e das consequências da invasão à Ômega. No mais, foi um dos episódios mais difíceis de escrever, por conta da conclusão. Abraço.

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  3. Episódio mais triste até aqui: Cris perde sua mãe.

    Agora, ele vai sofrer, mas se verá forçado a amadurecer. Isto é excelente para fazer dele um grande líder. É impressionante como Aline perdeu totalmente o protagonismo. Considero isso uma pena.

    O vilão investe com crueldade para cima dos heróis.

    Parabéns pelo seu trabalho.

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